------------------------Cartas a Jovens Namorados CJN 7 1 Prefácio CJN 9 1 Eu te amo CJN 12 1 Capítulo 1 -- Casamento -- um antegozo do céu CJN 21 1 Capítulo 2 -- Como encontrar o companheiro ideal CJN 31 1 Capítulo 3 -- É realmente amor? CJN 41 1 Capítulo 4 -- Você precisa de ajuda? CJN 53 1 Capítulo 5 -- Sob controle CJN 65 1 Capítulo 6 -- Responsabilidade sexual CJN 81 1 Capítulo 7 -- Sombras sobre o lar ------------------------Prefácio CJN 7 1 Você já se perguntou como seria receber uma carta de um profeta? Teria coragem de abrir o envelope e ler o conteúdo? CJN 7 2 Este livro é uma compilação de cartas escritas sob a inspiração de Deus e dirigidas a jovens, com a finalidade de ajudá-los a fazer escolhas certas concernentes ao namoro e casamento. CJN 7 3 Alguns dados relacionados às circunstâncias e às pessoas envolvidas foram inseridos pelos compiladores e constam na página que antecede cada carta. Algumas cartas muito longas foram reduzidas sem suprimir o objetivo designado; os nomes foram substituídos. Conselhos complementares, alguns extraídos de cartas, foram incluídos em vários capítulos. CJN 7 4 Não há momento na vida, em que o tipo certo de conselho seja tão importante, como quando dois jovens estão pensando em casamento. Visto que o Senhor o ama e deseja que você tenha a vida eterna e um lar feliz, talvez a leitura de uma só dessas cartas o ajude a obter as duas coisas. CJN 7 5 Nós o convidamos a "abrir o envelope" e ler o que o Senhor falou a outros jovens como você. Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Eu te amo CJN 9 1 "Eu te Amo!" Quão significativas são essas palavras entre dois jovens! Ainda mais maravilhosas elas se tornam quando nos são ditas por nosso Salvador, que deseja que sejamos felizes e encontremos alegria em nosso relacionamento uns com os outros. CJN 9 2 Cristo comparou Seu amor pela Igreja com o amor entre o marido e a esposa. As Escrituras contêm ternas histórias de amor, tais como a de Jacó e Raquel e a comovente história de Rute, a moabita, que através de seu casamento com Boaz tornou-se um elo na genealogia do Messias. CJN 9 3 Nosso Pai celeste Se interessa por nossa vida afetiva. Através dos escritos inspirados das Escrituras e de Ellen G. White, Deus tem dado conselhos aos jovens em sua busca pela felicidade. Da Bíblia CJN 10 1 "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. CJN 10 2 "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10. CJN 10 3 "Estas coisas vos tenho dito para que o Meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo." João 15:11. CJN 10 4 "Aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho." Zacarias 2:8. CJN 10 5 "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não procura os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba." 1 Coríntios 13:4-8. CJN 10 6 "De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí." Jeremias 31:3. CJN 10 7 "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38, 39. Dos escritos de Ellen G. White CJN 10 8 Escrevo-lhe porque a amo. -- Carta 51, 1889. CJN 10 9 Queridos jovens, desejo falar-lhes positivamente, pois quero que sejam salvos. -- Mensagens aos Jovens, 140. CJN 11 1 Minha querida irmã, escrevo-lhe por amor a sua alma. -- Carta 51, 1894. CJN 11 2 Não considero seu caso sem esperanças; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas. -- Testimonies for the Church 2:582. CJN 11 3 Aceite a repreensão como proveniente de Deus, aceite o conselho e a advertência dados com amor. -- Carta 30, 1875. CJN 11 4 Exponham continuamente ao Senhor suas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. Não O pode sobrecarregar; não O pode fatigar. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça, não é indiferente às necessidades de Seus filhos. "Porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso." Tiago 5:11. Seu coração amorável se comove ante as nossas tristezas, ante a nossa expressão delas. Levem-Lhe tudo quanto lhes causa perplexidade. Coisa alguma é demasiado grande para Ele, pois sustém os mundos e rege o Universo. Nada do que de algum modo se relacione com a nossa paz é tão insignificante que o não observe. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que o possa ler; perplexidade alguma por demais intrincada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe acossar a alma, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos lábios, sem que seja observada por nosso Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse. Ele "sara o coração quebrantado e ata-lhe suas feridas". Salmos 147:3. As relações entre Deus e cada alma são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. -- Caminho a Cristo, 100. ------------------------Capítulo 1 -- Casamento -- um antegozo do céu CJN 12 1 O calor da verdadeira amizade e do amor que une o coração de marido e mulher é um antegozo do Céu. CJN 12 2 Deus ordenou que houvesse perfeito amor e harmonia entre os que participam da relação matrimonial. CJN 12 3 Que o noivo e a noiva, em presença do universo celestial, se comprometam amar-se mutuamente como Deus lhes ordenou que fizessem. -- Nos Lugares Celestiais, 202. Um antegozo do céu CJN 13 1 O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado. CJN 13 2 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "adjutora" -- ajudadora esta que lhe correspondesse -- a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. "Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta." "Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Efésios 5:29; Gênesis 2:24. CJN 13 3 Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado... seja o matrimônio" (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral.1 CJN 13 4 Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem.2 Faça com que o namoro perdure através de seu casamento CJN 14 1 Nem uma palavra deve ser proferida, nem uma ação praticada, que não queiram que os santos anjos contemplem e registrem nos livros do alto. Devem ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve ter afeição pura, santificada, digna dos seguidores de Jesus Cristo, exaltada em sua natureza, e mais celeste que terrena. Qualquer coisa diferente é aviltante, degradante no namoro; e o casamento não pode ser santo e honroso aos olhos de um Deus puro e santo, a menos que seja segundo os exaltados princípios escriturísticos. CJN 14 2 Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados.3 "Se o Senhor não edificar a casa" CJN 15 1 Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo e sua felicidade no mundo por vir. Determinam, em grande extensão, a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança. CJN 15 2 A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a melhor assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual -- de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador.4 CJN 15 3 Jesus não começou Seu ministério por alguma grande obra perante o Sinédrio em Jerusalém. Numa reunião familiar, em pequenina vila galiléia, foi manifestado Seu poder para aumentar a alegria das bodas. Assim mostrou Sua simpatia para com os homens, e desejo de lhes proporcionar felicidade.5 CJN 15 4 Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de casamento. Na sala festiva em que amigos e parentes juntos se alegravam, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o matrimônio, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida.6 CJN 15 5 Unicamente a presença de Cristo pode tornar homens e mulheres felizes. Todas as águas comuns da vida, Cristo pode transformar em vinho do Céu. O lar se torna então como um Éden de bem-aventurança; a família, um belo símbolo da família no Céu.7 CJN 16 1 Edson foi o segundo dos quatro filhos de Ellen White. Devido suas longas viagens e outras responsabilidades de sua vida atarefada, ela teve que se afastar de seus filhos. Uma grande coleção de cartas escritas para eles foram preservadas. A carta seguinte foi escrita para Edson e Ema, em 1870, pouco depois de seu casamento e retrata as esperanças e orações de uma mãe por um lar que acabara de se estabelecer. O conselho mostra o cuidado de uma mãe amorosa, mas tem sobre si a importância adicional de sua própria experiência em aceitar as mensagens divinas do Senhor através de visões. Campmeeting Grounds CJN 17 0 Clyde, Ohio, Setembro, 1870. CJN 17 1 Queridos Edson e Ema, Vocês, meus filhos, entregaram o coração um ao outro; da mesma forma como o deram inteiramente e sem reservas a Deus. CJN 17 2 Em sua vida conjugal procurem animar um ao outro. Mostrem os nobres e elevados princípios da santa fé nas conversações diárias e na intimidade de sua vida. Sejam sempre zelosos e ternos pelos sentimentos um do outro. Não permitam nenhum tipo de zombaria, gracejo ou repreensão irônica entre vocês. Essas coisas são perigosas. Elas ferem. O ferimento pode ser encoberto, contudo a ferida existe, e a paz está sendo sacrificada e a felicidade ameaçada. CJN 17 3 Meu filho, guarde-se e em nenhum momento manifeste a menor inclinação que lembre um espírito ditatorial e arbitrário. Haverá recompensa em cuidar de suas palavras antes de dizê-las. Isto será mais fácil do que retratá-las ou apagar sua impressão depois. Fale sempre bondosamente. Suavize os tons de sua voz. Permita que somente amor, bondade e mansidão sejam expressos em seu semblante e em sua voz. Faça disto uma atividade que difunda raios de luz, mas nunca permita que fique uma nuvem. Ema será tudo que você deseja, se for cauteloso e não lhe der nenhum motivo para sentir-se aflita, perturbada e duvidar da genuinidade de seu amor. Vocês próprios podem conquistar sua felicidade ou perdê-la. Através do esforço para sujeitar sua vida à Palavra de Deus, podem tornar correta, nobre, elevada e agradável a senda da vida um para o outro. CJN 17 4 Estejam dispostos a ceder. Edson, ceda algumas vezes em seu julgamento. Não seja obstinado, mesmo se o seu procedimento lhe parecer sensato. Você deve ser complacente, paciente, bondoso, sensível, compassivo, educado, mantendo as pequenas cortesias da vida, os atos afetuosos, a ternura, as palavras cordiais e encorajadoras. Que as bênçãos de Deus repousem sobre vocês, meus filhos, é a oração de sua mãe. Mamãe O casamento é como o amor de Cristo por seu povo escolhido CJN 18 1 Tanto no Velho como no Novo Testamentos, a relação matrimonial é empregada para representar a terna e sagrada união existente entre Cristo e Seu povo, os remidos a quem Ele comprou a preço do Calvário. "Não temas", diz Ele; "porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor." "Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque Eu vos desposarei." Isaías 54:4, 5; Jeremias 3:14. No Cântico dos Cânticos ouvimos a voz da esposa, dizendo: "O meu Amado é meu, e eu sou dEle." E Aquele que é para ela "o primeiro entre dez mil", fala a Sua escolhida: "Tu és toda formosa, amada Minha, e em ti não há mancha." Cantares 2:16; 5:10; 4:7.8 A vida conjugal é cada vez melhor CJN 18 2 Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, não obstante mais firme do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável.9 CJN 18 3 Amar como Cristo amou significa manifestar altruísmo, através de palavras bondosas e fisionomia prazenteira, em todos os momentos e em todos os lugares. Para aqueles que as outorgam não custa nada, porém deixam atrás de si uma fragrância que envolve a alma. Seu efeito nunca poderá ser estimado. São elas uma bênção, não apenas para quem as recebe, mas também para o doador, porque atuam sobre ele. Genuíno amor é um precioso atributo de origem celestial que aumenta em fragrância, à medida que é dispensado a outros. CJN 19 1 O amor de Cristo é profundo e ardente, fluindo como uma irreprimível torrente para todos que o aceitarem. Não há egoísmo em Seu amor. Nesse amor, nascido no Céu, há um princípio permanente no coração, e que se tornará conhecido não apenas para aqueles que consideramos mais queridos no relacionamento sagrado, mas para todos com quem entramos em contato. Ele nos levará a expressá-lo em pequenos atos de cortesia, a fazer concessões, a realizar ações de bondade, a falar palavras ternas, verdadeiras e encorajadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração anseia por simpatia.10 ------------------------Capítulo 2 -- Como encontrar o companheiro ideal Ser prático CJN 21 1 Antes de assumir as responsabilidades que o casamento envolve, devem os jovens ter na vida prática uma experiência que os prepare para os deveres e encargos do mesmo.1 CJN 21 2 Visto como os homens bem como as mulheres têm parte na constituição do lar, tanto os rapazes como as moças devem obter conhecimento dos deveres domésticos. Fazer a cama e arranjar o quarto, lavar a louça, preparar a comida, lavar e consertar sua própria roupa, são conhecimentos que não tornarão um rapaz menos varonil; torná-lo-ão mais feliz e mais útil.2 CJN 21 3 Existem muitas moças que se casam, constituem família e que possuem pouco conhecimento prático dos deveres que cabem a uma esposa e mãe. Elas sabem ler e tocar algum instrumento musical, mas não sabem preparar um bom pão, que é essencial para a saúde da família. Elas não sabem cortar e fazer suas roupas porque nunca aprenderam como fazê-las. Consideram essas coisas sem importância e em sua vida matrimonial são tão dependentes de outra pessoa para fazer-lhes estas coisas, assim como são seus próprios filhinhos.3 O que um moço deve procurar numa esposa CJN 21 4 Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor.4 CJN 21 5 "A mulher prudente vem do Senhor." "O coração do seu marido confia nela." "Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias de sua vida." "Abre sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas." "Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor." Provérbios 19:14; 31:11, 12, 26-29; 18:22. CJN 22 1 Rolf era filho de um destacado pastor na Europa. A moça com quem ele desejava casar-se não tinha certeza se realmente o amava, porém Rolf insistia para que ela se comprometesse com ele. CJN 22 2 Havia outros problemas que demonstravam que ela não estava preparada para enfrentar as responsabilidades da vida matrimonial, tanto pelo temperamento ou pelo preparo. Ellen White faz algumas perguntas a Rolf que devem ser respondidas por todo moço que planeja se casar. Great Grimsby, Inglaterra CJN 23 1 23 de Setembro de 1886. CJN 23 1 Estimado Rolf, Enquanto estive em Basiléia conversei com Edith a respeito de suas atenções por ela. Perguntei-lhe se estava plenamente segura de que o ama o suficiente para unir seus interesses a você por toda vida. Ela respondeu que não estava totalmente decidida quanto a esse assunto. Disse-lhe que deveria saber exatamente que passos estava dando, que não deveria estimular as atenções de nenhum rapaz, mostrando-lhe preferência, a menos que realmente o amasse. CJN 23 2 Ela afirmou claramente que não sabe se o ama, todavia creio que se ela estivesse comprometida com você, poderiam vir a familiarizar-se. Porém, como estão as coisas, vocês não tiveram oportunidade de conhecer-se melhor. CJN 23 3 Tive razão para pensar que ela não aprecia os afazeres domésticos, e você deve ter uma esposa com quem possa estabelecer um lar feliz. Perguntei-lhe se tinha alguma experiência nos deveres que constituem um lar. Respondeu-me que fizera as tarefas da casa no lar da família de seu pai. Fiz essas perguntas, porque da forma como seu caráter me fora apresentado, ela precisava de algum preparo específico nos deveres práticos da vida, no entanto não tinha gosto ou inclinação para tais coisas. CJN 23 4 Disse-me que não havia decidido nada, que você era muito insistente e a amava, mas ela não podia dizer que o amava, embora você fosse muito bondoso e atencioso. Eu disse: "Então reflita. Não permita que ele leve isso avante." CJN 23 5 Disse-lhe que deveria considerar o propósito do casamento com você. Se por tal passo vocês glorificariam a Deus; se seriam mais espirituais, e se a vida de vocês seria mais útil. Os casamentos planejados de forma impulsiva e egoísta, geralmente não terminam bem, e sim, freqüentemente resultam em fracassos lamentáveis. CJN 23 6 Agora, Rolf, não posso dizer que é minha obrigação afirmar-lhe que não deveria casar-se com Edith, mas dizer-lhe que me interesso por você. Eis algumas coisas que devem ser consideradas: A pessoa com quem você deseja casar-se trará felicidade ao seu lar? Edith é uma pessoa econômica? ou ao casar-se usará não apenas tudo o que ganha, mas também o que você ganha para satisfazer sua vaidade, seu amor à aparência? São os seus princípios corretos neste aspecto? CJN 24 1 Creio que Edith não sabe o que é abnegação. Se tivesse oportunidade, ela encontraria maneiras para gastar até mesmo mais recursos do que tem gastado. Nela, satisfações egoístas nunca foram vencidas, e esse egoísmo natural tornou-se parte de sua vida. Ela deseja uma vida fácil e prazenteira. CJN 24 2 Devo falar-lhe claramente. Sei, Rolf, que se você se casasse com ela, estaria acasalado, mas não casado. Haveria deficiência nesta que você deseja tomar por esposa. E até onde a devoção e piedade cristãs dizem respeito, nunca se desenvolveriam onde tão grande egoísmo domina a alma. CJN 24 3 Escrevo-lhe, Rolf, da mesma forma como escreveria a meu filho. Há um grande e nobre serviço colocado diante de nós, e a parte que nos corresponde no mundo, depende inteiramente de nossos objetivos e propósitos na vida. Podemos estar seguindo um impulso. Você tem qualidades que o tornam um homem útil, porém se seguir sua inclinação, essa poderosa corrente de voluntariedade o arrastará. Estabeleça um alvo elevado e empenhe-se decididamente para alcançá-lo. CJN 24 4 Que este seja o propósito dominante de seu coração para desenvolver um homem completo em Cristo Jesus. Com Cristo você pode atuar corajosamente, sem Ele não pode fazer nada. Você tem determinação para cumprir o que propôs. Esse não será um traço censurável em seu caráter se todas as suas faculdades forem entregues a Deus. Por favor, tenha em mente que você não tem a liberdade para dispor de si mesmo de acordo com o que sua fantasia dite. Cristo o comprou por um preço infinito. Você é Sua propriedade, e em todos os seus planos, deve levar isso em conta. CJN 24 5 Principalmente em suas relações matrimoniais, seja cuidadoso ao escolher alguém que se manterá ombro a ombro com você no crescimento espiritual. CJN 24 6 Rolf, desejo que você considere todas estas coisas. Deus o ajude a orar sobre esse assunto. Os anjos estão observando esta luta. Deixo-o com esse assunto para que considere e decida por si mesmo. Ellen G. White. Perguntas que uma moça deve fazer antes de casar-se CJN 25 1 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? E o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Estas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que entra em matrimônio.5 CJN 25 2 Faça surgir as perguntas: Ajudar-me-á esta união na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossegue, no temor de Deus. CJN 25 3 O verdadeiro amor é uma planta que precisa ser cultivada. Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições. Tem meu pretendente mãe? CJN 25 4 Qual é a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? Tem consideração para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá.6 CJN 26 1 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus.7 CJN 26 2 Esta carta a Nelli mostra algumas das mesmas perguntas da carta anterior dirigida a Rolf. O grupo com o qual ela estava se associando não era bom. Seu pretendente é irreverente, preguiçoso e usa linguagem torpe. Além disso, também possui outros hábitos duvidosos. Ellen White faz algumas perguntas bem diretas que podem aplicar-se a você também quando ler esta carta. Norfolk Villa, Prospect St. CJN 27 0 Granville, N. S. W., 9 de Agosto de 1894. CJN 27 1 Querida Nelli, Sou grata a Deus porque você ama a verdade e a Jesus. Anseio que continue seu caminho avante e para cima, a fim de atingir o padrão do caráter cristão revelado na Palavra de Deus. Que ela seja seu guia, e em tudo você possa ser moldada na conduta e no caráter de acordo com o que ela requer. CJN 27 2 Você é propriedade do Senhor tanto pela criação como pela redenção. Você pode ser uma luz em seu lar e continuamente exercer uma influência salvadora vivendo a verdade. Quando a verdade está no coração, sua influência salvadora é sentida por todos que vivem no lar. Uma responsabilidade santa repousa sobre você, e requer que mantenha a alma pura, consagrando-se inteiramente ao Senhor. CJN 27 3 Seus amigos, que são totalmente contrários às coisas espirituais, não são refinados, enobrecidos e elevados pela prática da verdade. Não estão sob a direção de Cristo, e sim sob a bandeira negra do príncipe das trevas. Associar-se com os que não temem nem amam a Deus -- a menos que seja com o propósito de conquistá-los para Jesus -- será um empecilho à sua espiritualidade. Se não puder elevá-los, a influência deles a afetará, corrompendo e contaminando sua fé. É correto que os trate amavelmente, mas não tanto que a faça amar e preferir a companhia deles. Porque se escolher a atmosfera que envolve-lhes a alma, abandonará a companhia de Jesus. CJN 27 4 Pela luz, que o Senhor achou por bem me conceder, advirto que está a perigo de ser enganada pelo inimigo. Está a perigo de escolher seu próprio caminho, de não seguir o conselho de Deus nem de andar em obediência à Sua vontade. O Senhor tem dado orientação a cada alma, para que assim nenhuma precise errar o caminho. Essas orientações representam tudo para nós, porque constituem o padrão a que cada filho e filha de Adão deve sujeitar-se. CJN 27 5 Você está justamente entrando na fase adulta de sua vida, e, se buscar a graça de Cristo, se seguir o caminho que Jesus indicar, tornar-se-á mais e mais uma verdadeira mulher. Crescerá em graça, virá a ser mais sábia pela experiência e quando avançar desta luz para uma luz maior, tornar-se-á mais feliz. Lembre-se que sua vida pertence a Jesus e você não vive exclusivamente para si. CJN 28 1 Evite os que são irreverentes. Evite quem é amante da ociosidade; evite quem zomba das coisas sagradas. Evite a companhia de quem usa linguagem profana ou é inclinado a tomar até mesmo um cálice de bebida alcoólica. Não ouça as propostas de um homem que não reconhece sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma lhe dará coragem para renunciar a mais agradável das amizades por aqueles que você sabe, não amam nem temem a Deus, e não sabem nada a respeito da verdadeira justiça. Podemos sempre tolerar as fraquezas e ignorância de um amigo, mas nunca seus vícios. CJN 28 2 Seja cautelosa em cada passo que der. Você necessita de Jesus a cada passo. Sua vida é demasiado preciosa para ser tratada como se fosse de pouca importância. O Calvário testifica o valor de sua alma. Consulte a Palavra de Deus, a fim de que possa saber como usar a vida que lhe foi comprada por um preço infinito. Como filha de Deus lhe é permitido contrair casamento somente no Senhor. Certifique-se de que não está seguindo a fantasia de seu próprio coração, e avance no temor de Deus. CJN 28 3 Se os crentes se associarem com os descrentes com o propósito de ganhá-los para Cristo, testemunharão em Seu favor, e tendo terminado sua missão, afastar-se-ão para respirar numa atmosfera pura e santa. Quando na companhia de incrédulos, lembre-se que você é uma representante de Jesus Cristo em caráter. Não permita que palavras frívolas e levianas, nem conversação vulgar sejam proferidas por seus lábios. CJN 28 4 Mantenha em mente o valor da alma, e lembre-se que é seu privilégio e seu dever colaborar com Deus de todas as maneiras possíveis. Não rebaixe-se ao nível dos incrédulos, nem zombe e diga as mesmas palavras vulgares. CJN 28 5 O Senhor será seu auxiliador. E se você confiar nEle, conduzi-la-á a uma nobre e elevada norma e colocará seus pés sobre a plataforma da verdade eterna. Através da graça de Cristo, você fará uso adequado das faculdades que lhe foram confiadas e se tornará uma representante do bem ao ganhar almas para Cristo. Cada talento que você possui deve ser utilizado do lado certo. CJN 29 1 Minha querida irmã, escrevo-lhe por amor a sua alma. Rogo que escute minhas palavras. Voltarei a lhe escrever quando encontrar tempo. CJN 29 2 Com amor cristão, Ellen G. White. ------------------------Capítulo 3 -- É realmente amor? CJN 31 1 Satanás está afanosamente empenhado em influenciar pessoas inteiramente desencontradas entre si, a ligarem seus interesses. Ele exulta nesta obra, pois pode assim trazer mais miséria e desesperado infortúnio à família humana do que exercendo sua habilidade em qualquer outro sentido.1 CJN 31 2 Muitos casamentos só podem produzir misérias; e no entanto o espírito dos jovens corre por esse trilho, porque Satanás os leva ali, fazendo-os crer que precisam casar para serem felizes, quando é certo que não possuem habilidade para controlar-se ou sustentar a família. Os que não estão dispostos a adaptar-se ao temperamento um do outro, bem como abandonar desagradáveis divergências e controvérsias, não devem dar o passo.2 CJN 31 3 Esse assunto de casamento deve ser um estudo, em vez de uma questão de impulso.3 É amor verdadeiro? CJN 31 4 O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado.4 CJN 31 5 O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente.5 CJN 31 6 É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro, não são irrazoáveis nem cegos.6 CJN 31 7 A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar -- estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes.7 Amor, uma planta terna CJN 32 1 O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência.8 CJN 32 2 Embora as mulheres desejem homens de caráter forte e nobre, a quem possam respeitar e amar, essas qualidades precisam estar combinadas com ternura e carinho, paciência e tolerância. A esposa, por sua vez, deve ser alegre, bondosa e dedicada, assemelhando seu gosto ao de seu marido até onde for possível, sem perder sua individualidade. Os dois devem cultivar paciência e bondade, assim esse terno amor de um para com o outro tornará a vida de casados deleitosa e agradável. CJN 32 3 Aqueles que têm idéias muito elevadas sobre a vida matrimonial, cuja imaginação tem construído castelos no ar, que não têm nada a ver com as perplexidades e problemas da vida, se encontrarão lamentavelmente desapontados diante da realidade. Quando a vida real vier com seus problemas e preocupações, eles estarão totalmente despreparados para enfrentá-los. Esperam perfeição um do outro, mas encontram fraquezas e defeitos; porque homens e mulheres finitos não são perfeitos. Então começam a encontrar defeito um no outro, e a expressar seu desapontamento. Em vez disto, devem tentar ajudar um ao outro a enfrentar corajosamente a batalha da vida.9 O poder do amor CJN 33 1 O amor é poder. Neste princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, e dele não se podem separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem. CJN 33 2 Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quanto do amor alguém põe no que faz, do que na quantidade que realiza. CJN 33 3 O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina. ... O amor não trabalha pelo proveito nem pela recompensa; todavia foi ordenado por Deus que grande ganho acompanhe seguramente toda obra de amor. Este é difusivo em sua natureza e sem ruído em sua maneira de agir, e todavia forte e poderoso em seu desígnio de vencer grandes males. Sua influência é de molde a abrandar e a transformar, e tomará posse da vida dos pecadores e lhes tocará o coração quando todos os outros meios se houverem demonstrado infrutíferos. CJN 33 4 Onde quer que seja empregado o poder do intelecto, da autoridade ou da força, e não se achar manifestamente presente o amor, as afeições e a vontade daqueles a quem buscamos alcançar tomam uma atitude defensiva ou de repulsa, e acresce-lhes a força de resistência. ... CJN 33 5 O amor puro é simples em suas maneiras de agir, e distingue-se de qualquer outro princípio de ação. O amor da influência e o desejo de gozar a estima dos outros talvez produzam uma vida bem ordenada e, freqüentemente, uma conduta irrepreensível. O respeito de nós mesmos nos pode levar a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar ações generosas, reconhecer a verdade presente, e exprimir humildade e afeição de maneira exterior, não obstante os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações emanadas de um coração assim podem ser destituídas do sabor da vida, dos frutos de verdadeira santidade, dos princípios do amor puro. CJN 34 1 O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina.10 Quando o amor é cego CJN 35 1 Duas pessoas travam relações; tornam-se envaidecidas mutuamente, e têm absorvida toda a sua atenção. A razão fica cegada, subvertido o juízo. Não se submetem a nenhuma advertência ou direção, mas insistem em seguir seu próprio caminho, malgrado as conseqüências. CJN 35 2 O envaidecimento que os possui é como uma epidemia, ou alguma enfermidade contagiosa, que tem de seguir o seu curso; e parece impossível detê-los. Há talvez ao seu redor pessoas que reconhecem que, se as partes interessadas se unirem em casamento, poderia disso resultar tão-somente a infelicidade por toda a vida. Mas as exortações e instâncias que fazem, são debalde. Talvez, por semelhante união, seja mutilada ou destruída a utilidade de uma pessoa que Deus desejaria abençoar em Seu serviço; mas os arrazoamentos e a persuasão são desatendidos. CJN 35 3 Tudo o que possam dizer homens e mulheres de experiência, não tem efeito; é impotente para mudar a decisão a que os levaram seus desejos. Perdem o interesse no culto de oração e em tudo que faz parte da religião. Acham-se por completo envaidecidos um com o outro, e negligenciam os deveres da vida como se fossem questões de pouca importância. ... CJN 35 4 Sob o feitiço desse envaidecimento é sacrificado o bom nome da honra, e o casamento de tais pessoas não pode realizar-se com a aprovação de Deus. Casam-se porque a isso os levou a paixão, e passada a novidade do caso, começam a reconhecer o que fizeram. Dentro de seis meses depois de feitos os votos, seus sentimentos mútuos sofreram alteração. Cada um ficou conhecendo melhor, depois de casado, o caráter do companheiro escolhido. Cada qual descobre imperfeições que, durante a cegueira e loucura de sua associação antes de se casarem, não eram aparentes. As promessas feitas perante o altar já não os prendem. Em conseqüência de casamentos precipitados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios, e grande confusão na igreja. ... CJN 36 1 Quando já é tarde demais, descobrem que cometeram erro e puseram em perigo sua felicidade nesta vida, e a salvação de sua alma. Achavam que nenhum outro sabia alguma coisa sobre o assunto; se, porém, tivessem aceito conselhos, poderiam ter-se poupado anos de ansiedade e tristezas. Mas, para com os que estão resolvidos a seguir o seu próprio caminho, os conselhos são debalde. A paixão leva essas pessoas através de todas as barreiras que a razão e juízo lhes possam contrapor.11 CJN 36 2 Pesem cada sentimento e observem todo desenvolvimento de caráter na pessoa a quem pretendem ligar o destino de sua vida. O passo que vão dar é um dos mais importantes de sua vida, e não deve ser dado precipitadamente. Conquanto possam amar, não amem cegamente.12 CJN 36 3 Espero que tenha respeito próprio suficiente para evitar esta forma de namoro. Se deseja sinceramente a glória de Deus, agirá com decidida cautela. Não tolerará que um doentio sentimentalismo amoroso lhe cegue a visão por tal forma, que não possa discernir os altos direitos de Deus sobre você como cristão.13 CJN 37 1 Várias questões desafiadoras são levantadas nesta carta. Parece que ambos são demasiado jovens e imaturos para pensar em casamento. São sugeridas algumas evidências de imaturidade. Há o problema de superficialidade por parte da moça. É considerada a questão se o amor é real ou paixão. Ellen White insiste com esse jovem para dar mais atenção ao caso e não pensar apenas no momento. Salem, Oregon CJN 38 0 8 de Julho de 1880. CJN 38 1 Estimado João, Sinto muito que você tenha se envolvido num namoro com Elizabete. Em primeiro lugar, sua ansiedade quanto a esse assunto é prematura. CJN 38 2 Falo-lhe como alguém que tem experiência. Espere até que você adquira algum conhecimento exato de si mesmo e do mundo, e da conduta e caráter da moça antes que o tema do casamento ocupe seus pensamentos. CJN 38 3 Elizabete nunca o elevará. Ela não possui as faculdades ocultas que, desenvolvidas, fariam dela uma mulher prudente e habilitada para permanecer ao seu lado, para auxiliá-lo nas lutas da vida. Falta-lhe amadurecimento de caráter. Não possui profundidade de pensamento nem mente aberta que poderiam lhe ser um auxílio. Você olha o superficial e isso é tudo que existe. Se você se casar, em pouco tempo o encanto será quebrado. Passada a novidade da vida de casados, você enxergará as coisas em seu aspecto real, e perceberá que cometeu um lamentável engano. CJN 38 4 O amor é um sentimento tão sagrado que poucos o experimentam. É um termo usado, mas não compreendido. O cálido fulgor do impulso, da fascinação de um rapaz por uma moça ou vice-versa, não é amor e não faz jus a esse nome. O verdadeiro amor tem base intelectual, através de um profundo conhecimento da pessoa amada. CJN 38 5 Lembre-se que o amor impulsivo é completamente cego. Tanto é depositado sobre coisas indignas como dignas. Controle esse amor para mantê-lo calmo e tranqüilo. Dê lugar ao pensamento genuíno e profundo, à reflexão intensa. É esse objeto de sua afeição, na escala de inteligência e excelência moral, em conduta e em boas maneiras, de tal natureza que sentirá orgulho ao apresentá-la à sua família, e ao reconhecê-la perante a sociedade como o objeto de sua escolha? Dê tempo suficiente a si mesmo para observá-la em cada ponto. E então não confie em sua própria decisão. Permita que a mãe que o ama, seu pai e amigos íntimos façam observações críticas àquela que você sente-se inclinado a preferir. Não confie em seu próprio julgamento. Não se case com alguém que, você sabe, não será uma honra para seus pais, e sim com alguém que tenha inteligência e dignidade moral. CJN 39 1 A moça que entrega suas afeições a um homem e atrai suas atenções através de suas insinuações, exibindo-se por toda parte onde será notada por ele, a menos que ele se mostre rude, não será a moça com quem queira unir-se. Sua conversação é vulgar e freqüentemente superficial. CJN 39 2 Será melhor não se casar nunca, do que estar casado e infeliz. Busque conselho de Deus em todas estas coisas. Seja tão calmo e submisso à vontade de Deus de modo que você não seja afetado por uma excitação febril, e assim desqualificado para Seu serviço devido a seus laços afetivos. CJN 39 3 Temos pouco tempo para armazenar tesouros de boas obras no Céu. Não cometa um erro nisso. Sirva a Deus com afeições não divididas. Seja zeloso e íntegro. Que seu exemplo seja de tal natureza que ajude outros a decidirem-se por Jesus. Os jovens não sabem o poder que sua influência pode ter. Trabalhe para este tempo e para a eternidade. Sua mãe adotiva, Ellen G. White. ------------------------Capítulo 4 -- Você precisa de ajuda? Fiz a escolha certa? CJN 41 1 Não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros, e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos. O Senhor nos ensinará nosso dever com tanta boa vontade como o faz a qualquer outro. Se a Ele nos achegarmos com fé, transmitir-nos-á pessoalmente os Seus mistérios. Nosso coração arderá muitas vezes dentro de nós ao aproximar-Se Alguém para comungar conosco como fez com Enoque. Os que decidem não fazer, em qualquer sentido, coisa alguma que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso saberão a orientação que hão de tomar. E não receberão unicamente sabedoria, mas força. Ser-lhes-á comunicado poder para a obediência e para o serviço, assim como Cristo prometeu.1 CJN 41 2 O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo como no porvir. Um cristão sincero não levará avante seus planos nessa direção sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deva casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto.2 CJN 41 3 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar no casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará sua vida, tanto neste mundo como no porvir. O cristão sincero não avançará os seus planos nesta direção sem ter o conhecimento de que Deus aprova seu proceder.3 CJN 42 1 Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida.4 CJN 42 2 Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele com espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura.5 CJN 42 3 Parece que Bela não quer receber conselhos de ninguém, nem mesmo das pessoas mais chegadas e mais interessadas na felicidade dela. Ellen White sugere que ela escute seus pais, e por sua vez está desapontada de que seus próprios conselhos têm sido ignorados. Ela pede a Bela que, caso não esteja disposta a buscar auxílio humano, deve volver-se para Deus. Eis duas cartas que a Sra. White escreveu para ela. Carta n 1 CJN 43 0 Battle Creek, Michigan, 1 de Março de 1889. CJN 43 1 Querida Bela, Espero encontrar-me com você para conversarmos. Temo imensamente que você menospreze a luz que o Senhor Se agradou em dar-lhe por meu intermédio. Sei que o Senhor lhe tem amor terno e compassivo e espero que você não esteja sob a tentação de ser induzida a seguir um rumo que separe sua alma de Deus. Há muitos que estão prontos a dar conselho e confundir a mente, que não têm a Deus como conselheiro. Portanto, tudo que eles possam dizer apenas confundirá ainda mais aqueles que já estão muito confusos. CJN 43 2 Bela, tais são a sua disposição e o seu temperamento, que me fazem temer muito por sua alma. Temo que não escolha por companheiros os que são prudentes, sábios e humildes de coração, que amam a Deus e guardam Seus mandamentos. CJN 43 3 Abster-se mesmo da aparência do mal, é a exortação do apóstolo inspirado. Você tem feito isto? O sensacional e o emocional são desenvolvidos mais plenamente do que o intelectual. Bela, tudo que intensifique essa tendência e a transforme numa força dominante deve ser evitado. Você tem virtudes motivadoras. Permita que elas sejam sem mácula e inteiramente dedicadas a Deus. Ele lhe conferiu capacidades e faculdades para serem santificadas e empregadas para Sua glória. CJN 43 4 Você tem uma história e está fazendo história. Nesta crise de sua vida, a mente pode ter uma predisposição, uma tendência para o que é vulgar mais do que para o que é refinado. As influências contaminadoras do mundo podem moldar seus hábitos, seu gosto, sua conversação e sua conduta. Você está do lado perdedor. Os preciosos momentos, tão solenes, cheios de resultados eternos, podem estar inteiramente do lado de Satanás neste assunto e podem evidenciar a sua ruína. Não desejo que aconteça isso. Desejo que você seja uma cristã, uma filha de Deus e uma herdeira do Céu. CJN 43 5 Está em perigo de abandonar a Cristo e tornar-se indiferente e indisposta a escutar um conselho sábio. O conselho do amor paterno se perde em ouvidos surdos. Bela, você se dispõe a pensar seriamente se aceitará o conselho dos mais experientes? Desejará ser guiada por seus amigos? O conselho paterno será desatendido? Tomará o caso em suas próprias mãos? CJN 44 1 Espero que mude suas atitudes, pois se o Senhor tem falado por meu intermédio, Ele agora lhe diz que volte atrás. Suas paixões são fortes, seus princípios estão ameaçados e não levará em consideração e nem seguirá o conselho que você sabe ser o melhor e o único claro, seguro e coerente. Você se decidirá a fazer o que é certo, a ser correta e a atender ao conselho que lhe tenho dado em nome do Senhor? Deus lhe concedeu faculdades. Serão elas desperdiçadas à toa? Esforços não orientados irão, com mais freqüência, na direção errada do que na certa. Permitirá que se sucedam anos de desobediência, de decepção e de vergonha? E você cause tantas impressões errôneas na mente das pessoas por causa de suas atitudes que nunca poderá ter aquela influência que poderia ter tido? CJN 44 2 Para conquistar aquilo que você pensa é liberdade, procura um rumo que, se seguido, a manterá em uma sujeição pior que a escravidão. Você deve mudar seu comportamento e ser guiada pelo conselho da experiência e por meio da sabedoria daqueles a quem o Senhor instrui, colocando sua vontade ao lado da vontade de Deus. CJN 44 3 Porém, se você estiver decidida a não escutar conselhos, a não ser os seus próprios, e a resolver cada problema por si mesma, então esteja certa que colherá o que semeou. Você deixará completamente o caminho correto, a não ser que ferida, magoada e diminuída em caráter religioso, se volte para o Senhor, humilde, arrependida e confessando seus erros. Você se cansará de golpear o ar. CJN 44 4 Lembre-se de que cada ação tem duplo propósito, ou é virtuosa ou desmoralizante. Deus está descontente com você. Pode permitir-se continuar na conduta que está seguindo? Ellen G. White. Carta n 2 CJN 45 1 Querida Bela, Novamente meu coração se dirige a você. Como está sua alma? Tem uma consciência livre de ofensas perante Deus e os homens? Suas amizades são de tal natureza a elevar sua mente a Deus e às coisas celestiais, a aumentar em você o respeito por seus pais, e as aspirações puras e santas? Ama a verdade e o que é correto? Ou está se entregando à imaginação criativa, que não tem influência sadia sobre a alma? Pode contemplar com satisfação o último ano de sua vida? Pode perceber crescimento em força espiritual? Qualquer satisfação vulgar, qualquer comodismo, deixa uma cicatriz na alma e as nobres virtudes da mente são corrompidas. Pode haver arrependimento, porém a alma está mutilada e levará sempre consigo sua cicatriz. Jesus pode limpar o pecado, mas a alma sofre uma perda. CJN 45 2 Bela, rogo-lhe que vá a Deus em busca de sabedoria. O mais difícil é controlar a si mesma. Suas próprias provações diárias, suas emoções e seu temperamento peculiar, seus impulsos interiores -- essas são as coisas mais difíceis de você controlar. Essas tendências voluntariosas a conduzem freqüentemente à escravidão e às trevas. CJN 45 3 Seu único caminho é entregar-se, sem reservas, nas mãos de Jesus -- e todos os seus hábitos, tentações, provações e impulsos -- e permitir que o Senhor a modele como o barro é modelado nas mãos do oleiro. Você não é dona de si, portanto há necessidade de entregar sua personalidade incontrolável nas mãos dAquele que pode dirigi-la. Então descanso, precioso descanso e paz sobrevirão à sua alma. CJN 45 4 Bela, ainda não é tarde demais para os erros serem corrigidos. Não é demasiado tarde para certificar-se de sua vocação e escolha. Agora você pode começar a operar no plano de adição. Adicione à sua fé virtude, conhecimento, temperança, paciência e todas as graças cristãs. As demais coisas perecerão no grande dia da conflagração, porém o ouro do caráter santo perdurará. Ele não conhece a decadência. Suportará a prova do fogo no último dia. Minha querida filha, desejo que se lembre de que "Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau". Eclesiastes 12:14. CJN 46 1 O que você está fazendo, Bela? Desde que decidiu rejeitar o conselho e recusar a advertência tem se tornado uma cristã firme e bem desenvolvida? Ou escolher seu próprio caminho tem lhe trazido inquietações, preocupações e ansiedades? CJN 46 2 Por que não ouve o conselho de seus pais? Diante de você está o caminho que conduz à ruína certa. Não se volverá enquanto pode? Buscará ao Senhor enquanto a doce voz da misericórdia lhe está convidando? Ou ainda preferirá seguir seu próprio caminho? O Senhor Se compadece de você. O Senhor a convida. Você aceitará? CJN 46 3 Que o Senhor a ajude a escolher ser inteiramente dEle. Ellen G. White. Os pais podem ajudar CJN 47 1 Se desfrutam a bênção de ter pais tementes a Deus, procurem deles conselhos. Abram-lhes suas esperanças e planos, aprendam as lições que lhes ensinaram as experiências da vida.6 CJN 47 2 Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo tem de afetar materialmente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir sua própria direção? Respondo positivamente: Não; não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles.7 CJN 47 3 Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultem a Deus e a seus pais tementes a Deus, jovens amigos. Orem sobre o assunto. CJN 47 4 Se os filhos tivessem mais familiaridade com os pais, se neles confiassem e lhes desabafassem as alegrias e tristezas, poupar-se-iam muita mágoa futura. Quando se acham perplexos, sem saber qual o procedimento correto, exponham aos pais a questão, tal qual a consideram sob o seu ponto de vista, e peçam-lhes conselho. Quem seria tão capaz como os pais tementes a Deus, de lhes apontar os perigos? Quem tão bem como eles compreenderá seu temperamento particular? Os filhos que forem cristãos avaliarão acima de toda bênção terrena o amor e a aprovação dos pais tementes a Deus. Os pais podem simpatizar com os filhos, e orar por eles e com eles, para que Deus os proteja e guie.8 CJN 48 1 Esta carta focaliza a questão da responsabilidade dos pais. É evidente que Henrique está tentando insistir com a moça, mesmo contra a forte oposição dos pais dela e sem levar em consideração os sentimentos deles. Essa situação levanta a questão se os pais devem ser consultados no processo de escolher a esposa. O que acontece após casamento de tal natureza, até onde as relações com os pais dizem respeito? Ellen White apresenta tais conseqüências como dignas de ser consideradas. Genebra, Suíça CJN 49 0 16 de Dezembro de 1885 CJN 49 1 Estimado Henrique, Compreendo que deseja saber minha opinião a respeito deste assunto que o preocupa referente ao seu casamento com a filha do irmão Meyer. Entendo que o pai daquela, sobre quem você depositou seus sentimentos, não está querendo que sua filha se una em casamento com você. Embora me simpatize por você, devido à sua decepção, desejo dizer-lhe: Quem deve estar mais interessado em sua própria filha do que seu pai, como também sua mãe? CJN 49 2 Na realidade, sua insistência nesse assunto contra a vontade dos pais dela, é sinal que o Espírito de Deus não tem estado em primeiro lugar em seu coração e não tem sido uma força dominante em sua vida. Você tem força de vontade e firme e persistente determinação para cumprir qualquer coisa que se propuser. CJN 49 3 Analisará você, meu irmão, seu próprio espírito para criticar seus motivos a fim de verificar se tem nesse assunto a boa intenção de fazer todas as coisas para a glória de Deus? Foi-me mostrado os casos de vários jovens na Suíça que estavam envolvidos demais pelo assunto do casamento. Sua mente estava tão completamente ocupada com isso que eles estavam se desqualificando para fazer a obra que Deus desejava que fizessem. CJN 49 4 Foi-me mostrado um jovem que estava procurando fazer parte da família do irmão Meyer, a quem ele parecia não aceitar. O rapaz estava em grande provação e tormento mental. Não posso deixar de pensar que isso se aplica a você. Esse jovem não estava habilitado, em nenhum sentido, para assumir as responsabilidades de marido ou de uma família. Se a união logo se concretizasse, haveria como resultado grande infelicidade. CJN 49 5 Pois bem, irmão, meu conselho é que você entregue sua vontade e sentimentos a Deus e deponha-se sobre o Seu altar. CJN 49 6 Há o quinto mandamento que deve ser respeitado. Houvesse esse mandamento sido mais respeitado do que tem sido, houvessem os filhos sido mais obedientes a seus pais e os houvessem honrado, quanto sofrimento e miséria seriam poupados! A filha inexperiente não sabe discernir o que é para seu bem, nem sabe como escolher sabiamente o companheiro que tornará sua vida agradável e feliz. E um casamento infeliz é a maior calamidade que pode acontecer a ambos. CJN 50 1 Meu irmão, examinará rigorosamente seu coração para ver se está ou não no amor de Deus? Perceberá que tipo de sentimentos estão se originando contra o irmão Meyer, só porque não aprova a união entre você e a filha dele? Se realmente estivesse instruindo-se na escola de Cristo a tomar Seu jugo, a carregar Seu fardo, e a aprender da mansidão e humildade de coração de Jesus, você não insistiria de forma tão persistente em fazer sua vontade e seus desejos. CJN 50 2 Não se desqualifique por causa de sua forte resolução em conseguir seus objetivos a qualquer custo. Pare onde está e pergunte-se "Que espírito me controla?" Está amando a Deus de todo coração? Está amando ao seu próximo como a si mesmo? CJN 50 3 O dever primordial que repousa sobre a filha do irmão Meyer é obedecer e honrar a seus pais. Ela poderá fazê-lo se você não mantiver a mente dela tão indecisa, que não possa cumprir seu dever para com os pais. CJN 50 4 A mãe necessita do auxílio da filha, e quando ela estiver um pouco mais experiente, saberá melhor como escolher um marido que torne sua vida aprazível e feliz. Uma mulher que se deixa ser governada até nas menores questões da vida doméstica, que cede sua identidade, nunca será de muita serventia ou uma bênção ao mundo e não corresponderá ao propósito de Deus em sua existência. Ela não será mais que uma máquina, a ser guiada pela vontade e opinião de outra pessoa. Deus deu a cada um, homem e mulher, uma personalidade própria, uma individualidade. Todos devem agir por si mesmos segundo o temor de Deus. CJN 50 5 Existem tantos casamentos infelizes! Ficamos surpresos que os pais sejam cautelosos e queiram proteger seus filhos de qualquer união que não seja sábia e apropriada? Sua irmã em Cristo, Ellen G. White. Não manter a amizade em segredo CJN 51 1 O rapaz que anda em companhia de uma moça e conquista a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica, demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. ... CJN 51 2 "Não furtarás", foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno do seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade e requer o reto procedimento sob todas as circunstâncias.9 ------------------------Capítulo 5 -- Sob controle Há poder em Cristo para controlar-se CJN 53 1 Todos são responsáveis por suas ações, enquanto são provados neste mundo. Todos terão poder para controlar suas ações se o quiserem. Se forem fracos na virtude, pureza de pensamentos e ações, poderão obter auxílio do Amigo do indefeso. Jesus está familiarizado com todas as fraquezas da natureza humana e, se Lhe rogarem, dará forças para vencer às mais poderosas tentações. Todos poderão obter essa força, se a buscarem com humildade.1 CJN 53 2 "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Eis o princípio que consiste na origem de cada ato, pensamento e motivo; a consagração de todo o ser, tanto físico como mental, deve estar sob o controle do Espírito de Deus. ... Você pode fazer todas as coisas através de Cristo, que o fortalece.2 Antes de dizer "sim!" CJN 53 3 Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como seja a do casamento, e tão vasta no alcance de seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas.3 CJN 53 4 Afeições formadas em tenra idade têm muitas vezes resultado em uniões infelizes, ou em vergonhosas separações. As uniões precoces, formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. ... Depois de se haver tornado o juízo deles mais assentado, consideram-se ligados um ao outro por toda a vida, e talvez incapazes de se tornar mutuamente felizes. Então, em vez de fazer de sua sorte o melhor que podem, lançam-se recriminações, a brecha que os separa se alarga, até que se estabeleça positivamente a indiferença e a negligência mútuas. Para eles nada existe de sagrado na palavra "lar". Sua própria atmosfera acha-se envenenada por palavras desamorosas e amargas censuras.4 Noivados rompidos CJN 54 1 Mesmo que tenham chegado a um noivado sem pleno conhecimento do caráter da pessoa com quem pretendem unir-se, não pensem que o noivado constitua positiva necessidade de que pronunciem o voto matrimonial e liguem sua vida a uma pessoa a quem não possam amar e respeitar. Sejam muito cuidadosos quanto à maneira por que entram em um noivado condicional; porém é melhor, muito melhor, romper com o noivado antes do casamento, do que separar-se posteriormente, como fazem muitos.5 CJN 54 2 Mariana parece egocêntrica e voluntariosa, não empregando sempre o melhor critério na escolha de amigos. O moço que ela escolheu como pretendente é de uma família adventista distinta. No entanto, ele não é religioso, zombando da igreja e das coisas sagradas. Ele é falso e fingido na frente de Mariana, tentando aparentar ser algo que não é, para conquistar seu coração. Ellen White considera o efeito quase hipnótico que tal relacionamento pode ter e questiona algumas coisas que tocam o âmago da questão. Essex Junction, Vermont CJN 55 0 22 de Agosto de 1875 CJN 55 1 Querida Mariana, Foram-me mostradas algumas coisas referentes a você, que não consigo silenciar por mais tempo, porque sinto que está em perigo. Deus a ama e lhe tem dado claras evidências de Seu amor. Jesus a comprou com o Seu próprio sangue. E o que você tem feito por Ele? CJN 55 2 Você ama a si mesma, ama os prazeres e a companhia de rapazes. Não faz distinção entre o que é digno e o que é indigno. Não tem experiência e bom senso e está correndo o risco de tomar um rumo que demonstrará ser totalmente errôneo e resultará em sua ruína. Você tem sentimentos sadios, porém sua inexperiência faz com que os coloque sobre objetos impróprios. Você deve se prevenir e não seguir a disposição de sua mente. CJN 55 3 Minha querida filha, estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias. Satanás está atento para corromper a mente da juventude com pensamentos, sentimentos e afinidades que eles consideram como amor real e genuíno e que não devem ser atrapalhados. O que foi me mostrado é o seu caso. Pouco sabe de quanta ansiedade e grandes preocupações seus pais têm sentido por você. CJN 55 4 Você não tem honrado a seus pais como Deus requer. O pecado que existe entre os filhos nessa geração é que eles são "desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, ... mais amigos dos deleites do que amigos de Deus". E essa situação existe em tal proporção que é mencionada na profecia como um dos sinais que estamos vivendo nos últimos dias do tempo do fim. CJN 55 5 Deus a reivindicou. Ele a tem abençoado com vida, saúde, aptidões e raciocínio que você pode desenvolver ou abusar excessivamente dessas faculdades ou qualidades, entregando-as ao domínio de Satanás. Você é responsável pelos talentos que Deus lhe tem concedido. CJN 55 6 Tirando o máximo proveito de seus privilégios, você pode capacitar-se para uma posição de influência e submissão ao dever. CJN 55 7 Em minha última visão, foi-me mostrado que há muitos jovens em Battle Creek que não têm o temor de Deus diante de si, e não estão, de forma alguma inclinados à religião. E ainda há outra classe, a dos escarnecedores. Entre estes encontra-se Arthur Jones. Em toda a sua vida tem sido rebelde. Tem desonrado a seus pais. Menospreza e se opõe à sujeição do lar e à autoridade paterna. Não se submete. O espírito rebelde lhe é tão natural como sua respiração. É briguento em casa, desobediente, violento, orgulhoso, ingrato e profano. Você está favorecendo tal espírito. Está permitindo que suas afeições se entreguem a esse rapaz. Pare exatamente onde está. Não permita que esse assunto avance nem mais um passo. CJN 56 1 Foi-me mostrado que ele é um escarnecedor da religião, um incrédulo desprezível, um céptico. Ele zomba das coisas sagradas. Simula um exterior correto para manter sua aprovação, mas em toda a sua vida tem sido um rebelde no lar e contra Deus. CJN 56 2 Não importa como lhe fala e engana, Deus o vê como realmente ele é. Por isso advirto-lhe que não acalente sentimentos de afeto por esse rapaz. Desfaça toda ligação íntima e estreita com ele. É indigno de seu amor. Ele não a respeitará se não respeita nem honra seus próprios pais. CJN 56 3 Você não deve mostrar-se tão disposta a entregar-lhe os sentimentos do coração. Você é jovem e ingênua. Certamente será enganada, a menos que esteja vigilante. Deus tem propósitos para você e Satanás deseja atrapalhar. Entregue-se sem reservas a Deus; una-se ao Céu. CJN 56 4 Não se afaste de seu Redentor por causa de um jovem sem religião, um escarnecedor das coisas sagradas. Corte imediatamente a intimidade existente entre vocês. Não siga sua inclinação, e sim o seu Salvador. Vida eterna, minha querida filha, vida eterna é o que deve desejar a qualquer custo. Não a sacrifique por seu mero prazer, por seguir seus próprios sentimentos, e sim entregue-se a Jesus, ame-O e viva para Sua glória. CJN 56 5 Faça uso destas palavras escritas, atue de acordo com elas e Deus a abençoará abundantemente. Aceite a repreensão como proveniente de Deus, aceite o conselho e a advertência dados com amor. CJN 56 6 Deus lhe tem concedido oportunidades áureas. Aperfeiçoe-as. Aproveite ao máximo o tempo que você tem agora. Faça com que sua alma busque a Deus fervorosamente. Humilhe seu coração diante dEle e na simplicidade de uma fé humilde, tome sua cruz e suas responsabilidades e siga o Modelo que lhe foi dado. O Céu parecerá barato. A preciosa vida eterna será concedida a todos os que escolherem o caminho da humilde obediência. CJN 57 1 De agora em diante, você fará uma mudança total em sua vida e procurará conhecer a vontade de Deus no que diz respeito a você? Não negligencie esse tempo de privilégio, mas agora, exatamente agora, coloque tudo aos pés de Jesus e sirva-O com todas as suas afeições. Deus a ajudará a romper os grilhões a que Satanás tem tentado prendê-la. Com pressa e muito amor, Ellen G. White. CJN 58 1 Essa carta contém algumas das advertências e conselhos mais severos da serva do Senhor encontrados nesse livro. Parece que Elizabete tem tantos problemas pessoais e fraquezas que seu caso está perdido. A princípio esta carta soa como um juízo final de Deus, porém exatamente no meio de toda a repreensão encontram-se as seguintes palavras de encorajamento:"Não considero seu caso sem esperança; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas." Ellen White conclui com um forte apelo para a conversão de Elizabete. CJN 59 2 Prezada Elizabete, Foi-me mostrado que você estava em perigo de cair sob o controle completo do grande adversário das almas. Você tem se oposto à restrição, é obstinada, voluntariosa, teimosa e tem causado muitos desgostos para seus pais. Eles erraram. Seu pai a mimou imprudentemente. Você se aproveitou disso e tornou-se fingida. Recebeu aprovação que não merece. CJN 59 3 Na escola você tinha um bom e nobre professor, no entanto sentia-se indignada porque era refreada. Pensava que por ser a filha do Pastor Cole, seu professor devia mostrar preferência por você e não devia tomar a liberdade de corrigi-la e repreendê-la. Enquanto estava na escola, algumas vezes fora incômoda, atrevida e provocadora. Faltou-lhe muita modéstia e decoro. Foi ousada, egoísta e orgulhosa e precisava de disciplina firme tanto em casa como na escola. CJN 59 4 Você formou idéias errôneas a respeito da amizade entre moças e rapazes, e se agrada muito em estar na companhia de rapazes. Está se prejudicando ao ler histórias de amor e romances, e sua mente está enfeitiçada por pensamentos impuros. Sua imaginação se tornou depravada, e até mesmo você parece não ter poder para dominar seus pensamentos. Satanás a leva cativa de acordo com a vontade dele. CJN 59 5 Sua conduta não tem sido honesta, modesta ou adequada. Você não tem o temor de Deus diante de seus olhos. Minha querida, a menos que pare exatamente onde está, certamente a ruína estará diante de você. Ponha fim a suas fantasias, a seus castelos no ar. Impeça que seus pensamentos incorram no canal da tolice e da desmoralização. CJN 59 6 Se se entrega a fantasias vãs, permitindo que a mente se demore em pensamentos impuros, você é, em certo grau, tão culpada perante Deus como se seus pensamentos fossem levados à ação. A única coisa que impede a ação é a falta de oportunidade. CJN 59 7 Tem que se transformar numa fiel sentinela de seus olhos, ouvidos e todos os seus sentidos se quiser controlar a mente e evitar que pensamentos impuros e corruptos manchem sua alma. CJN 59 8 Se as paixões e afeições forem sujeitas à razão, consciência e caráter, a imaginação deve ser controlada de forma absoluta e contínua. Você está em perigo porque está exatamente a ponto de sacrificar seus interesses eternos sobre o altar da paixão. Paixão que está obtendo domínio absoluto de todo o seu ser, e de que qualidade? de natureza vil e destrutiva. CJN 60 1 Apelo para que pare onde está. Não avance nem mais um passo em seu procedimento obstinado e desenfreado, pois a miséria e a morte estão diante de você. A menos que exerça autocontrole sobre suas paixões e afeições, certamente trará desonra sobre si e sobre todos que estão à sua volta, e desgraça sobre seu caráter que perdurará enquanto você viver. CJN 60 2 Não considero seu caso sem esperança; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas. Você pode redimir o passado no poder de Deus. Pode agora mesmo alcançar excelência moral, de modo que o seu nome seja associado com coisas puras e santas. Você pode ser elevada. Deus tem providenciado os auxílios necessários. CJN 60 3 Pensa tanto em si mesma e em sua própria esperteza, que isso tem lhe conduzido a tal fingimento e presunção, que quase fazem de você uma tola. Tem uma língua enganosa, que delicia-se com a deturpação e a falsidade. Oh, minha querida, se tão-somente pudesse acordar, se sua consciência entorpecida e enfraquecida fosse despertada. Se pudesse cultivar uma impressão constante da presença de Deus e manter-se submissa ao domínio de uma consciência iluminada e vigilante, você seria feliz e seria uma bênção para seus pais, cujo coração você magoou. Você pode ser um instrumento de justiça para suas amizades. Precisa de uma conversão completa, e sem ela está no fel da amargura e nos grilhões da iniqüidade. CJN 60 4 Tire de sua cabeça de menina a idéia de casamento. Você não está preparada em nenhum sentido para isso. Você necessita de anos de experiência antes que esteja habilitada para compreender os deveres e dedicar-se aos encargos da vida matrimonial. CJN 60 5 Pode tornar-se uma moça prudente, honesta e virtuosa, mas não sem veemente esforço. Deve vigiar, orar, refletir e examinar seus motivos e ações. Analise rigorosamente seus sentimentos e atos. Cometeria uma ação impura na presença de seu pai? Certamente não. No entanto, o faz na presença do Pai celestial, que é muito mais sublime, santo e puro. Sim, você corrompe seu próprio corpo na presença de anjos puros e sem pecado e na presença de Cristo. Continua a fazer isso sem levar em conta a consciência, a luz e as advertências que lhe são dadas. CJN 61 1 Entregue-se a Cristo sem demora. Somente Ele, pelo poder de Sua graça, pode resgatá-la da ruína. Somente Ele pode devolver a saúde às suas faculdades morais e mentais. Seu coração pode ser aquecido com o amor de Deus; seu entendimento ser claro e amadurecido; sua consciência ser iluminada, vivaz e pura; sua vontade reta e santificada, submissa ao controle do Espírito de Deus. Pode fazer de si mesma o que desejar. Se agora você der meia-volta, cessar de pecar e aprender a fazer o bem, então certamente será feliz e bem-sucedida nas batalhas da vida. Elevar-se-á à glória e honra na vida melhor. "Escolha hoje a quem você servirá." Ellen G. White. Não moldar-se aos costumes do mundo CJN 62 1 Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas.6 CJN 62 2 Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em suas bocas.7 CJN 62 3 É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça.8 A pornografia e sua mente CJN 63 1 Muitos dos jovens são ávidos por livros. Lêem tudo que conseguem. Gravuras impuras têm influência corruptora. Novelas são avidamente ouvidas por muitos, e em resultado, a imaginação torna-se-lhes manchada. Fotografias de mulheres em estado desnudo são freqüentemente oferecidas à venda. CJN 63 2 Este é um século em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e corruptas paixões são despertadas pela contemplação e pela leitura. O coração corrompe-se pela imaginação. A mente toma prazer em contemplar cenas que despertam as paixões baixas e vis. CJN 63 3 Evitem ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivem as faculdades morais e intelectuais. Não deixem que essas nobres qualidades sejam enfraquecidas e pervertidas pela muita leitura, mesmo de livros de contos.9 CJN 63 4 Satanás desceu com grande poder para efetuar seus enganos. Ele volta a atenção da mente para coisas impuras e ilícitas. Os cristãos tornam-se como Cristo em caráter pela contemplação do Modelo divino. Aquilo com que entram em contato tem uma influência modeladora sobre a vida e o caráter. Li sobre um pintor que nunca contemplava uma pintura imperfeita, nem por um momento sequer, temendo que ela tivesse influência danificadora sobre seus próprios olhos e conceitos. Aquilo que nos permitimos contemplar e pensar com mais frequência, se transfere em grande parte para nós.10 ------------------------Capítulo 6 -- Responsabilidade sexual Responsabilidade sexual de jovens cristãos CJN 65 1 A entrega de todas as faculdades a Deus, simplifica grandemente o problema da vida. Enfraquece e abrevia milhares de lutas com as paixões do coração natural.1 CJN 65 2 As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação.2 CJN 65 3 Um pouco de tempo passado a semear joio, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que lhes fará amarga a vida inteira; uma hora de irreflexão -- o ceder uma vez à tentação -- pode lhes desviar todo o curso da vida para uma direção errada. Não podem ser jovens senão uma vez; tornem útil essa juventude. Uma vez passado o caminho, não poderão retroceder para retificar os erros cometidos. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus, colocando-se no caminho da tentação, há de infalivelmente cair. Deus está provando cada jovem.3 CJN 65 4 A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. CJN 65 5 Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente.4 CJN 66 1 Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência.5 CJN 66 2 Enquanto a vida durar, há necessidade de resguardar as afeições e paixões com firme propósito. Há corrupção interior, há tentações exteriores, e sempre que a obra de Deus deve avançar, Satanás traça um plano para dispor das circunstâncias para que a tentação venha com força opressora sobre a alma. Em nenhum momento podemos estar seguros, a menos que confiemos em Deus, a vida oculta com Cristo em Deus.6 CJN 67 1 Segundo parece, William está completamente apaixonado por Carol. Nesta seqüência de cartas, percebemos o contínuo esforço de Ellen White para tentar ajudá-lo. Carol tem estimulado uma amizade que absorve quase que totalmente a atenção de ambos. Isso tem ido muito além dos limites do que é correto e honrado, e eles estão profundamente envolvidos nas práticas que, como Ellen White disse, devem ser reservadas para o casamento. CJN 67 2 Tal relacionamento ameaça a utilidade futura tanto de William como de Carol. Ellen White insiste para que eles rompam esse relacionamento, ou então se casem, para não arruinar a reputação de ambos e o efeito de seu testemunho como cristãos. Carta n 1 CJN 68 0 Ballardvale, Massachusetts, Agosto de 1879. CJN 68 1 Estimado William, Fui para minha tenda com o coração quebrantado, a fim de aliviar minha mente escrevendo a você algumas das coisas que foram-me mostradas em visão. CJN 68 2 O Senhor me mostrou que sua ligação com Carol, não foi, de forma alguma, planejada para ajudá-lo moralmente ou para fortalecê-lo espiritualmente. Você fez algumas débeis tentativas para desligar-se dela, porém logo renovou suas atenções para com ela. Algumas vezes ela provocando e você correspondendo. CJN 68 3 Você tem dispendido horas noturnas em sua companhia porque ambos estão apaixonados. Ela afirma que o ama, no entanto não conhece o amor puro de um coração despretensioso. CJN 68 4 Foi-me mostrado que você está fascinado, enganado, e que Satanás se regozija de que alguém que dificilmente possua um traço de caráter que poderia convertê-la numa esposa agradável e tornar um lar feliz, tenha influência sobre você para separá-lo da mãe que o ama com amor constante. Em nome do Senhor, ponha fim às suas atenções para com Carol ou case-se com ela -- não escandalize a causa de Deus. CJN 68 5 Você tem seguido seu próprio caminho sem levar em conta as conseqüências. Seu coração rebelou-se contra sua mãe porque ela não pode, de maneira alguma, aceitar Carol ou aprovar a atenção que você lhe dedica. CJN 68 6 A intimidade formada com Carol não tem propensão a aproximá-lo do Senhor ou a santificá-lo através da verdade. Você está arriscando seus interesses eternos na companhia dessa moça. CJN 68 7 Carol espera casar-se com você, e você a tem incentivado a esperar por isso devido às suas atenções. Sua felicidade nesta e na vida futura está em perigo. Você tem atendido às enganosas e tolas petições dela e seguido seu próprio juízo, o que não faz de você um cristão mais firme e um filho mais fiel e consciencioso. Se a atmosfera que a circunda lhe é a mais aprazível, se ela preenche suas aspirações a respeito de uma esposa que estará na direção de sua família, se em seu julgamento sereno, conduzido pela luz que lhe foi concedida por Deus, o exemplo dela for digno de imitação, você pode não só casar-se com ela como também estar em sua companhia e comportar-se como o marido e a esposa deve comportar-se um com o outro. CJN 69 1 Seus atos e conversação são ofensivos a Deus. Os anjos de Deus registram suas palavras e ações. A luz lhe tem sido concedida, porém você não a atende. A conduta que tem seguido é uma vergonha à causa de Deus. Seu comportamento é inconveniente e anticristão. Quando cada um deveria estar em sua casa dormindo, estão na companhia e nos braços um do outro quase a noite inteira. Têm seus pensamentos sido mais puros, mais santos, mais enobrecidos e elevados? Tem uma visão nítida do dever -- um amor maior por Deus e pela verdade? Sua amiga, Ellen G. White. Carta n 2 CJN 70 0 12 de Janeiro de 1880. CJN 70 1 Prezado William, Levantei-me cedo esta manhã. Minha mente não está em paz no que diz respeito a você. Seu caso foi-me mostrado. O Livro do Céu se abriu e li um registro de sua vida. CJN 70 2 Você lançava sobre si a mais amarga crítica por ter confiado em seu próprio juízo e caminhado em sua própria sabedoria. Rejeitou a voz de Deus e desprezou as advertências e conselhos de Seus servos. Seguiu com perseverança e persistência seus próprios caminhos perniciosos, nos quais o caminho da verdade foi blasfemado e almas que poderiam ter sido salvas por seu intermédio se perderam. CJN 70 3 Muito mais poderia relatar a seu respeito, mas isso é suficiente por ora. Senti-me agradecida quando saí da visão e percebi que não era a realidade presente, que o tempo de graça se prolongava. E agora, peço-lhe que se apresse e não brinque mais com as coisas eternas. CJN 70 4 Você se vangloria de ser honesto, mas não é. Por sua conduta tem estado e ainda está soldando os grilhões que o prenderão na mesma escravidão com Carol. Tem rejeitado a voz de Deus e tem atendido a voz de Satanás. Age como um homem destituído de bom senso e por quem? Por uma moça sem princípios, sem um traço de caráter realmente digno de amor, arrogante, extravagante, voluntariosa, não consagrada, impaciente, obstinada, sem afeto natural e impulsiva. Se vocês se separassem completamente, ela ainda poderia ter uma melhor oportunidade para examinar-se e humilhar o coração diante de Deus. CJN 70 5 Sempre há um período crítico na vida de um rapaz quando se separa das influências e conselhos sábios do lar e enfrenta novas situações e provas difíceis. Se, contra sua vontade ou por escolha própria, é colocado em situações perigosas e depende de Deus para buscar força, cultivando o amor de Deus em seu coração, será guardado de ceder à tentação pelo poder de Deus que o colocou naquela situação difícil. CJN 70 6 Que diferença entre o caso de José e o de jovens que aparentemente forçam sua entrada no terreno do inimigo, expondo-se aos impetuosos ataques de Satanás! CJN 71 1 O Senhor fez José prosperar. Porém em meio à sua prosperidade veio a adversidade mais sombria. A esposa de seu senhor era uma mulher licenciosa, que o incitou em direção ao inferno. Renderia José seu áureo caráter moral às seduções de uma mulher depravada? Lembrar-se-ia de que os olhos de Deus estavam sobre ele? CJN 71 2 Poucas tentações são tão perigosas e fatais para os jovens como a sensualidade. E quem se render provará ser ela claramente ruinosa para a alma e para o corpo, no presente e na eternidade. O bem-estar de todo o futuro de José dependia da decisão de um momento. Calmamente José dirige seus olhos ao Céu e clama por ajuda, livra-se de sua capa exterior, deixando-a nas mãos de sua tentadora. E enquanto seus olhos brilham com determinação resoluta, em lugar de uma paixão não santificada, ele exclama: "Como posso cometer esse grande mal e pecar contra Deus?" A vitória está ganha, ele escapa da sedutora; está salvo. CJN 71 3 Você tem tido oportunidade de mostrar se a sua religião é uma realidade prática. Tem tomado liberdades à vista de Deus e dos santos anjos que não tomaria na presença de seus amigos. A verdadeira religião compreende todos os pensamentos da mente, penetrando todas a intenções secretas do coração e todos os motivos de ação; o objeto e a direção dos afetos e toda a estrutura de nossa vida. CJN 71 4 "Tu és Deus que vê", seja a senha, a sentinela da vida. Você pode aceitar essas lições. Você necessita aprender. Que Deus o ajude. Ellen G. White. Carta n 3 CJN 72 0 Hornellsville, Nova Iorque. CJN 72 1 Estimado William, Sinto sincero interesse que esse último apelo não seja tratado com indiferença como foi o anterior. Se não atender a esse, será o último convite que receberá. CJN 72 2 Resta agora ver se você seguirá o caminho de paixão que escolheu, e se Carol, após sua confissão fará o mesmo que tem feito. Foi-me mostrada sua conduta como segue: ela admitiria e depois atrairia suas simpatias da maneira mais comovente por meio de cartas e conversação. Você fora novamente atraído por ela para lhe oferecer simpatia e estímulo, pois estava tão fraco e completamente cego que outra vez fora enredado por ela mais firmemente do que antes. CJN 72 3 Foi-me mostrado que você estava em sua companhia altas horas da noite; você sabe muito bem de que modo essas horas foram dispendidas. Pediu-me para dizer se você havia transgredido os mandamentos de Deus. Pergunto-lhe: Não os está transgredindo? Como foram empregadas as horas que passaram juntos noite após noite? Foram sua postura, atitude e afetos tais que desejaria que fossem registrados no Livro do Céu? Vi e ouvi coisas que deixariam os anjos ruborizados. CJN 72 4 Nenhum rapaz deve fazer o que você fez com Carol, a menos que esteja casado com ela. Fiquei muito surpresa ao saber que você não vê esse assunto em sua verdadeira luz. Escrevo-lhe agora para implorar, por amor a sua alma, que não brinque mais com a tentação. Apresse-se para pôr fim a esse encanto que, como um pesadelo horrível, o tem envolvido. Liberte-se agora e para sempre se tiver algum anseio pelo favor de Deus. CJN 72 5 O caminho que tem seguido é suficiente para destruir a confiança em você como um homem honesto e cristão. Você não faria o que fez se não estivesse sob o sedutor poder de Satanás. Continuo, porém, em dúvida se você mudará seu comportamento. Conheço a força que mantém o encantamento sobre você e espero que a perceba e a sinta antes que seja tarde demais. Você fará uma mudança completa e romperá a ligação com Carol? Ela fará a parte dela? Se não fizer isso, então case-se com ela de uma vez e desonrem a vocês e não mais a causa de Deus. CJN 73 1 Você tem falhado significativamente em quase todos os aspectos. Agora, no resto de sua vida procure recuperar o que perdeu. Que o Livro do Céu ofereça um registro diferente de sua conduta. CJN 73 2 Deus o abençoe. Ellen G. White. Carta n 4 CJN 74 0 Setembro de 1880. CJN 74 1 Querido William, Fiquei contente em receber sua carta e apreciei ler suas sugestões de permanecer onde está até que tenha recuperado ou desfeito a influência errônea que exerceu. Fico feliz de que se sinta assim. Como você sabe, escrevi explícita e claramente da forma que as coisas foram-me mostradas. E a consideração que tenho por sua alma levou-me a relatar o seu caso do modo como foi me mostrado, como de grande perigo. Será difícil para você enxergar dessa maneira, mas em um sonho que tive na noite passada, você estava dizendo para a sua mãe: "Se as coisas são realmente desta forma, não adianta eu me esforçar, pois vou falhar." CJN 74 2 Eu disse, William, que quando você tentar com toda perseverança e determinação voltar atrás e se libertar da armadilha de Satanás, se livrará de sua escravidão e será um homem livre. Exigirá muita força de vontade, no poder de Jesus, para romper a força do hábito e abandonar o adversário das almas que você tem acolhido por tanto tempo. Troque de hóspedes e convide Jesus para tomar posse do templo de sua alma. Ele, porém, não divide o coração com Satanás. Você pode agora mesmo, nesse instante, fazer um esforço decidido, não por seu poder, mas pelo poder de Jesus. CJN 74 3 Abra seu coração diante de Deus, confesse e abandone as coisas que o têm separado dEle. A obra do arrependimento deve começar com sua mãe. Nunca se aproximará da luz se não fizer isso. Não deixe de fazer o que deve ser feito para corrigir os erros, pois agora você chegou ao momento decisivo. CJN 74 4 Terá a provação porque será provado por Deus. Se sair puro como o ouro, então Deus o usará. Não seja incrédulo e sim confiante. Sua provação não será deleitosa no presente, mas muito dolorosa. Mais tarde, porém, produzirá o pacífico fruto da justiça. "Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?" Hebreus 12:6, 7. CJN 74 5 Agora seus passos devem descer profundamente pelo vale da humilhação. Você tem pensado: "Minha montanha permanece firme. Posso suster-me. "No entanto, sua experiência passada e sua situação presente é que deve lhe dar um claro discernimento da depravação do homem por causa de seu afastamento de Deus. CJN 75 1 Meu querido jovem, por amor a Cristo, não continue se enganando em sua conduta. Trabalhe como se fosse para a eternidade. Não consulte a si mesmo. Abra o coração perante Deus para que não caia sobre você aquela rocha e o reduza a pó. CJN 75 2 Que mais devo lhe dizer? Que posso dizer? Desejo que seja salvo. Desejo que seja perfeito diante de Deus. Com amor, Ellen G. White. Brincando com corações CJN 76 1 Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. CJN 76 2 Esta disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações.7 CJN 77 1 Escrevo com mágoa no coração que as mulheres deste século, casadas ou não, com demasiada frequência não mantêm a reserva que é de esperar. Elas agem como coquetes. Encorajam a atenção de homens casados e solteiros, e os que possuem faculdades morais debilitadas são enredados. São despertados pensamentos que o não seriam se a mulher tivesse mantido sua posição de modéstia e sobriedade. CJN 77 2 Mediante circunspecção, reserva, não tomando liberdades, não recebendo atenções não permissíveis, mas preservando alto tono moral e impecável dignidade, muito mal pode ser evitado.8 CJN 77 3 As mulheres são muitas vezes tentadoras. Sob este ou aquele pretexto cativam a atenção dos homens, sejam casados ou solteiros, e continuam seduzindo-os até que tenham transgredido a lei de Deus, tornando-se inaptos para o trabalho, e sua alma esteja em risco. CJN 77 4 Não deviam as mulheres que professam a verdade pôr-se em estrita guarda, a fim de não darem o menor pretexto para qualquer intimidade indébita? Poderão fechar muitas portas à tentação observando perfeito recato e conduta exemplar.9 CJN 77 5 Janete é impulsiva e está em perigo de tomar decisões que afetarão sua vida e seu testemunho para com os outros de forma negativa. Ellen White insiste para que ela coloque os estudos em primeiro plano e assim se prepare para uma vida útil ao Senhor. CJN 77 6 Ela trabalhou por um período de tempo no lar de Ellen White, de modo que se familiarizaram pessoalmente uma com a outra. Hastings, Nova Zelândia CJN 78 0 13 de Setembro de 1893. CJN 78 1 Querida Janete, Fui despertada às 3:00 horas da madrugada. Durante a noite estive numa conversação intensa com você e eu dizia: "Janete, o Senhor tem uma obra para você." Eu estava expondo diante de você os perigos de sua vida passada. CJN 78 2 Sinto o peso depositado em mim de manter um vigilante cuidado por sua alma. Você corre o risco de cometer graves equívocos ao seguir seus impulsos. Deus a salvou de assumir relações matrimoniais com pessoas que, de forma alguma estavam preparadas para fazê-la feliz, que eram de moral pervertida e que a teriam prendido na armadilha de Satanás, onde você seria infeliz nesta vida e poria em perigo sua alma. As lições do passado não lhe são suficientes? Você é liberal demais com suas afeições e se lhe fosse permitido seguir sua própria conduta, cometeria um erro que perduraria por toda sua vida. Não se venda num mercado barato. CJN 78 3 Você deve cuidar e não ser imprudente na escolha de suas amizades. Deve avançar, tanto quanto for possível, com as vantagens de uma educação intelectual, a fim de desempenhar sua parte no serviço de Deus. Necessita de um desenvolvimento vigoroso e simétrico das faculdades mentais e de um desenvolvimento cultural múltiplo, oportuno e cristão para tornar-se uma verdadeira obreira de Deus. CJN 78 4 Deve considerar cada passo, na luz de que você não é dona de si, foi comprada por um preço. Escrevo-lhe isso agora e escreverei de novo em breve, porque foi colocado diante de mim o erro de sua vida passada. Não me atrevo a reter mais as súplicas intensas de que se mantenha rigorosamente sob disciplina. CJN 78 5 Está agora em sua vida de estudante; demore sua mente em assuntos espirituais. Afaste de sua vida todo o sentimentalismo. Encontra-se no período de formação de caráter; coisa alguma deve ser considerada trivial ou sem importância uma vez que lhe prejudique os mais altos e santos interesses, sua eficiência no preparo para fazer a obra que Deus lhe designou. CJN 78 6 É seu dever eliminar cada traço de caráter censurável para que possa ser completa em Cristo Jesus. Você tem grande reserva de afeto e necessitará ser constantemente vigiada para que não o outorgue a propósitos indignos. O caráter é formado pela utilidade e pelo dever, através do estudo da vida e do caráter de Jesus Cristo, que é o nosso Modelo. CJN 79 1 Nunca poderá ser cuidadosa e meticulosa demais em todos os seus caminhos. Que sua influência seja de tal natureza que ajude e abençoe outros onde quer que você esteja. Deus tem uma obra para você. Em nenhum caso coloque seu pescoço sob um jugo que lhe será torturante por toda sua vida. Seja honesta consigo mesma e com Deus, e obterá o Seu favor, que é mais valioso do que a própria vida. Oro para que o Senhor a abençoe abundantemente. Ellen G. White. ------------------------Capítulo 7 -- Sombras sobre o lar Sombras sobre o lar CJN 81 1 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante, para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve constituí-Lo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma nenhumas relações que entrem em atrito com isto. CJN 81 2 Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de miséria a tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que deseje ter um lar de onde nunca se levantam as sombras, não se una com um homem que é inimigo de Deus. CJN 81 3 Unir-se a um incrédulo é colocar-se no terreno de Satanás. Você ofende o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Pode sujeitar-se a tão terríveis desvantagens na peleja da batalha pela vida eterna?1 CJN 81 4 "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte.2 "Poderão andar dois juntos, se não estiverem de acordo?" CJN 81 5 Foram-me mostrados casos de pessoas que professam a verdade, e cometeram grande erro casando-se com incrédulos. Foi por eles nutrida a esperança de que a parte não crente havia de abraçar a verdade; uma vez que essa parte conseguiu seu objetivo, porém, fica mais afastado da verdade que dantes. Começam então as sutis operações, os contínuos esforços do inimigo para desviar o crente da fé. CJN 82 1 Muitos há que estão perdendo o interesse e a confiança na verdade, por se haverem metido em íntimo contato com incrédulos. Respiram uma atmosfera de dúvida, de desconfiança, de infidelidade. Têm a incredulidade diante dos olhos, dos ouvidos, e afinal a acalentam. Alguns talvez tenham valor de resistir a essas influências; em muitos casos, porém, sua fé fica imperceptivelmente minada, destruída afinal. ... CJN 82 2 Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o enlace de muitos rapazes e moças, põe um ponto final em sua história religiosa, em sua utilidade nesse sentido. Acham-se perdidos para Cristo. Poderão, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Outrora era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, a relutar para mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem nenhum interesse no mesmo. Em consequência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece insidiosamente em torno deles uma rede de cepticismo. ... CJN 82 3 O crente raciocina que, nas novas relações, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isto, mas depois o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. ... CJN 82 4 Que deve fazer todo crente quando levado a essa posição probante para a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, deve ele dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tão diversos, que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, tornar-me-ei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver nenhuma beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus que você não pode apreciar. ... CJN 83 1 "Não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e sentir-me-ei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então poderemos reatar nossas relações." CJN 83 2 O crente faz então por Cristo um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus. ... CJN 83 3 Há de uma pessoa que está em busca da glória, honra, imortalidade, vida eterna, formar união com outra que se recusa a entrar na fileira com os soldados da cruz de Cristo? Haverá você, que professa escolher a Cristo como seu chefe e ser-Lhe obediente, em tudo, de unir seus interesses com uma pessoa que é governada pelo príncipe dos poderes das trevas? "Podem dois andar juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. ... CJN 83 4 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em consequência de haverem desposado um inconverso. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo seja de tão pouco valor para eles, que prefiram a companhia de pobres mortais?3 CJN 84 1 A carta dirigida a Rose trata, talvez, do mais perigoso problema para as moças -- a questão de casar-se com um descrente. Essa controvérsia certamente é um dos mais sérios desafios para um casamento cristão feliz. CJN 84 2 O ponto que Ellen White considera com Rose é o de que toda moça deve pensar seriamente -- "não dê ouvidos a promessas". E melhor que a questão do compromisso espiritual seja estabelecida antes do casamento e não depois. Como é sugerido nesta carta, "é uma questão de vida ou morte". Copenhague, Dinamarca CJN 85 0 3 de Junho de 1887. CJN 85 1 Querida Rose, Fiquei sabendo que você está planejando se casar com um homem descrente. Não posso escrever-lhe uma carta longa, no entanto digo que se você der esse passo, divergirá da mais clara ordem da Palavra de Deus e não poderá esperar ou reclamar Sua bênção sobre tal união. Todas as promessas de Deus estão condicionadas à obediência a Ele. CJN 85 2 Satanás está prestes a levar a mente e a alma a seguir uma conduta diretamente contrária à expressa vontade de Deus, de modo que ele possa separar essa alma de Deus, interpor suas tentações e obter controle sobre a mente e os sentimentos do coração. Esse é o plano premeditado de Satanás para levar almas a afastar-se dAquele que é poderoso em conselho e para a persuasão das mentes que não têm amor a Deus, nem à verdade. CJN 85 3 Deus a tem abençoado com grande luz e o Senhor espera que você observe a vontade dEle, para seguir cuidadosamente as orientações dadas em Sua Palavra. Você está cega, enlaçada para sua ruína. Tem razão para ser grata a Deus a cada hora. Confie nEle, cuja sabedoria é concedida em conselho em Sua santa Palavra. Ele Se preocupa com Seus filhos mais do que os pais mais afetuosos. Vê o fim desde o princípio, por essa razão nos deixou promessas e advertências. Proibiu a Seus filhos de seguir determinado caminho que será ruinoso para eles. CJN 85 4 O apóstolo Paulo envia uma nota de advertência sobre esse assunto para este tempo. "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. CJN 85 5 O Senhor proibiu expressamente Seu povo de casar-se com descrentes. Deus sabe o que é melhor para os interesses eternos e para o bem presente da alma. Advirto-lhe que se afaste desse terreno proibido. CJN 86 1 Poderia contar-lhe diferentes casos que Deus me mostrou de pessoas na Europa que cometeram um erro semelhante ao que você está cometendo agora. A triste realidade que agora experimentam de estar ligados a cônjuges descrentes, impedidos de todo crescimento espiritual, apesar das solenes promessas feitas de que não os estorvariam de maneira alguma em seus privilégios religiosos. De que valem suas promessas? As mais solenes promessas são quebradas! Como poderia ser de outro modo quando cada um serve a generais diferentes, um em oposição ao outro? Onde, então, está a doce harmonia? CJN 86 2 Rose, observe bem os seus passos. Não dê ouvidos a promessas, creia apenas na Palavra de Deus que a fará sábia para a salvação. Não confie em seu próprio coração porque ele é enganoso mais que todas as coisas e desesperadamente pecaminoso. Amo sua alma porque você é aquisição do sangue de Jesus Cristo. Ele pagou um alto preço por sua redenção, e você não se pertence para dispor de si mesma como achar melhor. Deve prestar conta solene no juízo de como se tem apropriado das faculdades que Deus lhe concedeu. CJN 86 3 Essas coisas exigem de você séria reflexão e conduta resoluta em conformidade com as claras orientações estabelecidas na Palavra de Deus. Agora é o seu tempo de tentação, de provação; resistirá ao inimigo? Ou se colocará numa posição onde o poder dele será exercido sobre você? CJN 86 4 Esta é uma questão de vida ou morte para você. Que o Senhor a ajude a enxergar cada cilada de Satanás e a evitá-la. Apegue-se a Jesus com coração, alma, mente e força. Ellen G. White. CJN 87 1 Esta carta a Laura considera a questão de casar-se com um descrente, como fez a anterior dirigida a Rose. Algumas perguntas bem precisas são feitas pela mensageira. Como você as responderia se estivesse no lugar de Laura? CJN 87 2 Ao ler esta carta, outras perguntas podem ser aplicadas a cada moça que tem em mente tal casamento. Está sendo franca e honesta com o rapaz que deseja se casar com você? CJN 87 3 Nesta carta publicada em Testemunhos Seletos 2:119-125, Ellen White define um descrente como alguém que "não aceitou a verdade para este tempo". Santa Helena, Califórnia CJN 88 0 13 de Fevereiro de 1885. CJN 88 1 Prezada Laura, Eu soube de seu planejado casamento com pessoa que não se acha unida a você na fé religiosa, e receio que não tenha pesado cuidadosamente esta importante questão. Antes de dar um passo que há de exercer influência sobre toda a sua vida futura, insto com você para que dê ao caso cuidadoso estudo e oração. Demonstrar-se-á este novo parentesco uma fonte de verdadeira felicidade? Ser-lhe-á um auxílio na vida cristã? Será agradável a Deus? Será seu exemplo de molde que possa com segurança ser seguido por outros? CJN 88 2 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que. a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Estas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. CJN 88 3 É preciso religião no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a câmara matrimonial. CJN 88 4 Como uma pessoa que espera enfrentar essas palavras no juízo, eu te suplico que pondere o passo que pretende dar. Pergunte-se a si mesma: "Não desviará um marido descrente os meus pensamentos de Jesus? Ele é amante dos prazeres mais que amante de Deus; não me levará a apreciar as coisas de que gosta?" A vereda para a vida eterna é íngreme e escabrosa. Não tome sobre si fardos além dos necessários, que retardem seu progresso. CJN 89 1 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não se permitissem casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor. É dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declara: "Pois fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria." "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." CJN 89 2 No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com ímpios. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça?" CJN 89 3 Laura, ousa desrespeitar estas direções claras e positivas? Como filha de Deus, súdita do reino de Cristo, aquisição de Seu sangue, como pode ligar-se a um que não reconhece Suas reivindicações, que não é controlado por Seu Espírito? As ordens que citei não são palavras de homens, mas de Deus. Mesmo que o companheiro de sua escolha fosse em todos os outros respeitos digno (o que, porém, ele não é), no entanto ele não aceitou a verdade para este tempo; é um descrente, e é pelo Céu proibida de unir-se a ele. Não pode, sem perigo para sua alma, desrespeitar esta ordem divina. CJN 89 4 Você poderá dizer: "Mas eu dei minha palavra, e deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrate-a sem demora, e em humildade diante de Deus arrependa-se da vaidade que a levou a dar a palavra tão precipitadamente. Muito melhor é retirar tal promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e desonrar por esse meio seu Criador. CJN 89 5 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristão com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão que interessa vitalmente a felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o porvir, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. CJN 89 6 Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. CJN 90 1 Tudo isto é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o pescoço da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro traçado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente. CJN 90 2 Por anos tenho estado a receber cartas de diferentes pessoas que contraíram casamento infeliz, e as revoltantes histórias que me apresentaram são bastantes para confranger o coração. Não é coisa fácil decidir que conselho possa ser dado a esses infelizes, ou como sua dura sorte possa ser aliviada; mas sua triste experiência deveria servir de advertência aos outros. CJN 90 3 Você está sob a mais sagrada obrigação de não apoucar ou comprometer sua santa fé, unindo-se aos inimigos do Senhor. Se é tentada a desprezar as ordens de Sua Palavra porque outros assim fizeram, lembre-se de que seu exemplo também exercerá influência. Outros procederão como você, e assim o mal se estenderá. CJN 90 4 Os mais fortes incentivos à fidelidade são-nos apresentados, os mais elevados motivos, as recompensas mais gloriosas. Devem os cristãos ser representantes de Cristo, filhos e filhas de Deus. CJN 90 5 Queira Deus ajudá-la a resistir à prova e conservar sua integridade. Apegue-se, pela fé, a Jesus. Não decepcione seu Redentor. CJN 90 6 Com o mais profundo afeto. Ellen G. White. Arriscará você seu casamento? CJN 91 1 O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, porém, de que ele ou ela não atendeu às reivindicações de Deus, e negligenciou tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. ... CJN 91 2 Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos das bodas, o espírito mundano triunfa da consciência, da fé e da verdade. No novo lar não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus. CJN 91 3 A princípio talvez o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifestasse qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não toma nenhum interesse na vida cristã.4 CJN 92 1 Pesem, os que pretendem casar-se, todo sentimento e observem todas as modalidades de caráter naquele com quem desejam unir o destino de sua vida. Seja todo passo em direção da aliança matrimonial, caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e o sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar.5 CJN 93 1 Tiago White e Ellen Harmon se casaram em 30 de Agosto de 1846. Não foi tirada foto do casamento naquela época, mas essa fotografia tirada em 1864, representou aquela ocasião. CJN 95 1 Uma reprodução do certificado de casamento de Tiago e Ellen White. Um juiz de paz fez o casamento do casal porque, como crentes na segunda vinda de Cristo no meio da década de 1840, provavelmente estavam desligados de suas igrejas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, não organizada até 1863, não possuía ministros credenciados quando eles se casaram em 1846.