------------------------Mente, Caráter e Personalidade, 1 MCP1 III 1 Prefácio MCP1 3 1 Capítulo 1 -- Sua importância MCP1 10 1 Capítulo 2 -- O cristão e a psicologia MCP1 18 1 Capítulo 3 -- Perigos no estudo da psicologia MCP1 27 1 Capítulo 4 -- Influências espirituais e a mente MCP1 38 1 Capítulo 5 -- A mente fanática MCP1 48 1 Capítulo 6 -- Normalidade sadia MCP1 59 1 Capítulo 7 -- Enfermidade que começa na mente MCP1 65 1 Capítulo 8 -- A religião e a mente MCP1 72 1 Capítulo 9 -- A mente -- a cidadela MCP1 78 1 Capítulo 10 -- Conhecimento MCP1 89 1 Capítulo 11 -- O estudo bíblico e a mente MCP1 99 1 Capítulo 12 -- Diligência MCP1 107 1 Capítulo 13 -- Alimento para a mente MCP1 115 1 Capítulo 14 -- Exercício MCP1 123 1 Capítulo 15 -- Fatores emocionais MCP1 131 1 Capítulo 16 -- Influências pré-natais MCP1 142 1 Capítulo 17 -- Hereditariedade e ambiente MCP1 152 1 Capítulo 18 -- Segurança no lar MCP1 163 1 Capítulo 19 -- Influências dos pais MCP1 174 1 Capítulo 20 -- O ambiente doméstico MCP1 181 1 Capítulo 21 -- O trato de Cristo com a mente MCP1 187 1 Capítulo 22 -- A escola e o professor MCP1 205 1 Capítulo 23 -- Amor -- princípio divino -- eterno MCP1 211 1 Capítulo 24 -- Amor no lar MCP1 218 1 Capítulo 25 -- Amor e sexualidade na vida humana MCP1 240 1 Capítulo 26 -- Amor fraternal MCP1 247 1 Capítulo 27 -- O amor de Deus MCP1 255 1 Capítulo 28 -- Respeito próprio MCP1 261 1 Capítulo 29 -- Dependência e independência MCP1 271 1 Capítulo 30 -- Egoísmo e egotismo MCP1 281 1 Capítulo 31 -- Problemas da juventude MCP1 295 1 Capítulo 32 -- Paixão e amor cego MCP1 308 1 Capítulo 33 -- Perigos que defrontam a juventude MCP1 319 1 Capítulo 34 -- A consciência MCP1 331 1 Capítulo 35 -- Influência da percepção MCP1 341 1 Capítulo 36 -- Princípios na motivação MCP1 350 1 Capítulo 37 -- Princípios no estudo e aprendizado MCP1 359 1 Capítulo 38 -- Equilíbrio na educação ------------------------Prefácio MCP1 III 1 Nos dias de Ellen G. White (1827-1915), estava em sua infância a Psicologia -- ciência que estuda a mente e suas faculdades e funções. No entanto, através de seus escritos aparece uma distinta filosofia, na qual são descritas claramente as linhas mestras dessa ciência, conducentes à saúde mental. MCP1 III 2 É propósito desta compilação reunir, para conveniente estudo, as declarações de Ellen G. White, nessa área vasta, importante e por vezes controversa. Os Adventistas do Sétimo Dia e outros, que têm a convicção de que Ellen G. White escreveu sob a influência do Espírito de Deus, muito prezam essa guia num campo tão importante, numa época em que as escolas de pensamento psicológico são várias e mutáveis. MCP1 III 3 Foi já demonstrada a sanidade dos pontos de vista de Ellen White no campo da fisiologia, nutrição e educação, assim como em outras áreas. Não há dúvida de que, à medida que progridem as pesquisas em relação à psicologia e saúde mental, mais firme se estabelecerá sua reputação quanto a expor sadios princípios de psicologia. Para os crentes adventistas esta obra, Mente, Caráter e Personalidade, suprirá muitas respostas. Estamos certos de que, à medida que se vai desdobrando a verdade, as posições aqui assumidas apelarão mais e mais a todos os leitores pensantes. MCP1 III 4 Nessas circunstâncias, o aparecimento ocasional de expressões como: "Eu vi", "Foi-me mostrado", "Fui instruída de que", não só serão compreendidas, mas serão bem-vindas pela certeza que proporcionam de que os conceitos apresentados se originaram com Aquele que deu forma à mente humana. MCP1 IV 1 Coligindo esta matéria nos escritórios dos depositários das publicações White, nenhuma tentativa se fez para selecionar trechos que apóiam pontos de vista advogados por várias autoridades nas áreas de Educação e Psicologia. Não aparecem aqui nenhuns pontos de vista mantidos pelos compiladores. Ao contrário, procurou-se permitir que Ellen White propusesse livremente seus pontos de vista. Isso se conseguiu transcrevendo da vasta bagagem de suas publicações, escritas através de seis décadas, tal como se encontram em livros e opúsculos existentes ou esgotados, seus milhares de artigos em periódicos e os volumosos manuscritos e correspondência arquivados nas caixas fortes do escritório. MCP1 IV 2 Grande parte de Mente, Caráter e Personalidade apresenta princípios diretrizes gerais. De permeio, suplementando, há advertências e conselhos práticos referentes ao relacionamento entre professor e aluno, pastor e membro da igreja, médico e paciente, pais e filhos. MCP1 IV 3 Em dezenas e dezenas de casos, os conselhos dirigidos a executivos, pastores, médicos, professores, redatores, maridos, esposas ou jovens podem, na revelação das circunstâncias e dos conselhos dados, participar como que da forma de narrações. Convém dar atenção ao princípio envolvido. MCP1 IV 4 É óbvio que Ellen White não escrevia como psicóloga. Não empregava a terminologia comumente usada hoje na área da Psicologia. Com efeito, o leitor deve compreender os usos que ela faz dos termos "psicologia", "frenologia", etc. O leitor inteligente, porém, ficará profundamente impressionado com a incomum intuição quanto aos princípios básicos de psicologia evidenciados por esses escritos. As declarações de Ellen G. White sobre as várias facetas da mente, seu lugar vital na experiência humana, suas potencialidades e fatores que levam ao seu ótimo funcionamento, reunidos em uma seqüência lógica, representam um ótimo acréscimo aos livros póstumos de Ellen G. White. Essas declarações nos ajudam a compreender o que é o homem, bem como seu relacionamento com o ambiente terrestre, com Deus e com o Universo. MCP1 IV 5 Dez anos atrás, quando se iniciou o trabalho destas compilações, julgou-se que seu apelo mais amplo se faria sentir, especialmente, entre os estudiosos na área da saúde mental. Devido a isso seguiu-se uma classificação que tornasse facilmente encontráveis as declarações, aos que se ocupassem com áreas classificadas. Deve o pesquisador compreender que, conquanto se tentasse quanto possível evitar redundâncias, umas poucas declarações importantes são repetidas em vários capítulos, pois o aluno as procuraria sob diferentes verbetes apropriados. É claro que esta compilação é de interesse vital para todos os adventistas, assim como para seus amigos, pois todos estamos interessados em tudo que se relaciona com a mente. MCP1 V 1 A tarefa dos compiladores resumiu-se à seleção da matéria, dispondo-a numa sequência que lhes parecia lógica, e suprindo os títulos, inclusive os marginais que apresentam os itens escolhidos. Fez-se a tentativa de incluir todas as declarações essenciais sobre os assuntos apresentados, escritos através dos anos do serviço ativo de Ellen White, proporcionando assim a vantagem de considerar determinado assunto sob todos os ângulos, e apresentar a cobertura mais ampla possível. Assim fazendo, aparecem aqui e ali pensamentos repetidos, em linhas básicas gerais, que o leitor casual pode achar algo irritante. O estudante cuidadoso, porém, saberá avaliar cada frase que contribua para tornar claro o assunto considerado. Assim, Mente, Caráter e Personalidade é, por assim dizer, enciclopédico. MCP1 V 2 Cada citação menciona a fonte, nos escritos de Ellen G. White, tornando possível que o leitor, em muitos casos, possa consultar o contexto original na íntegra. A fim de poupar espaço, emprega-se, ao referir a fonte, as abreviaturas comumente aceitas, dos escritos de E. G. White. Nas primeiras páginas deste volume se encontra a chave das abreviaturas. Em todos os casos se dá a data do escrito, ou de sua primeira edição. As fontes originais são dadas como referências primárias, e no caso de existirem ainda em forma de livro, aparecem as referências apropriadas. A indicação da fonte quando se refere ao Seventh-day Adventist Bible Commentary, são das declarações suplementares de E. G. White, que aparecem no final de cada um dos volumes do Commentary, ou no volume 7a do SDA Bible Commentary. MCP1 V 3 A falta de espaço impediu a inclusão, nestes volumes, de alguns tópicos mentalmente relacionados, como "insanidade", etc., para o que remetemos o leitor ao Comprehensive Index to the Writings of Ellen G. White. MCP1 V 4 Esta compilação foi preparada nos escritórios dos Depositários dos Bens de Ellen G. White, sob a direção da Mesa Administrativa, como foi autorizado por Ellen White em seu testamento. Diversamente da maioria das compilações de escritos de Ellen G. White, foi primeiramente entregue à publicidade, em caráter provisório, sob o título de Guidelines to Mental Health, para estudo em salas de aula e para leitura crítica de educadores, psicólogos e psiquiatras adventistas. Foi desejo dos Depositários White que fossem realmente tomadas em conta todas as declarações relevantes aos tópicos apresentados, e que a disposição da matéria fosse aceitável. MCP1 VI 1 O favorável acolhimento por parte das salas de aula e de outras entidades, assegura para esta obra um lugar junto aos muitos livros póstumos de Ellen G. White. Publicada agora em duas partes, torna-se um segmento da popular Christian Home Library (Biblioteca do Lar Cristão). MCP1 VI 2 Em sua forma presente, representa por assim dizer uma revisão das seleções de assuntos e uma melhoria na ordem de seu aparecimento. Acrescentou-se o capítulo intitulado "Amor e Sexualidade na Vida Humana". Alguns acréscimos complementaram certos capítulos, e algumas supressões eliminaram repetições desnecessárias. A paginação é contínua através das duas partes, e os índices de passagens bíblicas e assuntos, de toda a obra, encontram-se no final. MCP1 VI 3 Que o nítido quadro do grande conflito entre as forças do bem e do mal, para controle da mente humana, possa servir de advertência e esclarecimento a todos os leitores, e prover-lhes sugestões e orientação para a escolha daquilo que lhes dará guia seguro, assegurando-lhes a futura herança da vida por vir, é a sincera esperança da Mesa Administrativa dos Bens de Ellen G. White, Washington, D.C., 22 de Março de 1977. ------------------------Capítulo 1 -- Sua importância A mais bela obra MCP1 3 1 Tratar com mentes humanas é a mais bela obra em que já se ocuparam os homens. -- Testimonies for the Church 3:269 (1873). Conhecer as leis que governam a mente e o corpo MCP1 3 2 É dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanidade, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos. Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos. -- A Ciência do Bom Viver, 128 (1905). Educar e disciplinar a mente MCP1 3 3 Não importa quem sois... o Senhor vos abençoou com faculdades intelectuais susceptíveis de muito melhoramento. Cultivai vossos talentos, com perseverante fervor. Educai e disciplinai a mente mediante o estudo, a observação e a reflexão. Não podeis alcançar a mente de Deus a menos que ponhais em uso todos os poderes. As faculdades mentais se fortalecerão e desenvolverão se vos puserdes a trabalhar no temor de Deus, com humildade e com fervorosa oração. Um propósito resoluto operará milagres. -- Lar sem Sombras, 275 (1915). Potencialidade da mente disciplinada MCP1 4 1 Cumpre... exercer o domínio sobre si mesma. ... A mente vulgar, bem disciplinada, realizará trabalho maior e mais elevado que o espírito mais altamente instruído, e que os maiores talentos, sem o domínio próprio. -- Parábolas de Jesus, 335 (1900). Tratar com mentes humanas, uma obra suprema MCP1 4 2 O futuro da sociedade é indicado pelos jovens de hoje. Neles vemos os futuros mestres, legisladores e juízes, os líderes e o povo que determinam o caráter e destino da nação. Quão importante, pois, é a missão dos que devem formar os hábitos e influenciar a vida da geração nascente! MCP1 4 3 Tratar com a mente é a maior obra já confiada aos homens. O tempo dos pais é demasiado valioso para ser gasto na satisfação do apetite, ou na perseguição de riquezas ou das modas. Pôs-lhes Deus nas mãos a preciosa mocidade, não somente para ser preparada para um lugar de responsabilidade nesta vida, mas para as cortes celestes. -- Temperança, 270. A utilidade do professor depende de uma mente educada MCP1 4 4 A utilidade do professor não depende, porém, tanto das aquisições intelectuais que possua, como da norma que ele tenha por objetivo. O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos obtusos, espírito indolente ou memória inculta. Procura constantemente consecuções mais elevadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento. No trabalho de um professor nestas condições, há uma frescura e poder vivificador que despertam e inspiram seus discípulos. -- Educação, 278 (1903). Ele se esforçará por alcançar a mais alta excelência mental e moral MCP1 4 5 Conhecer-nos a nós mesmos é grande ciência. O mestre que se aprecia devidamente, deixará que Deus lhe molde e discipline a mente. E reconhecerá a origem de sua força. ... O conhecimento de si mesmo leva à humildade e à confiança em Deus; não toma, porém, o lugar dos esforços para o aperfeiçoamento próprio. Aquele que compreende as próprias deficiências, não se poupará apenas para alcançar a mais alta norma possível na excelência física, mental e moral. No preparo da mocidade não deve ter parte pessoa alguma que se satisfaça com uma norma baixa. -- Special Testimonies on Education, Maio 1896; Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 67. Prepara para a eternidade MCP1 5 1 Em toda a vossa obra, cumpre-vos fazer como o lavrador ao trabalhar pelos frutos da terra. Na aparência, ele desperdiça a semente, enterrando-a no solo; no entanto, ela vem a germinar. O poder do Deus vivo comunica-lhe vida e vitalidade, e eis que aparece "primeiro a erva, depois a espiga". Marcos 4:28. Estudai este maravilhoso processo. Oh! há tanto a aprender, tanto a compreender! Se desenvolvermos a mente ao máximo de nossa capacidade, havemos de continuar, através da eternidade, a estudar os caminhos e obras de Deus, e conhecer mais e mais a Seu respeito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 252 (1913), [no inglês]. A ciência do cristianismo e a mente MCP1 5 2 Há uma ciência do cristianismo a ser dominada -- ciência tão mais profunda, ampla e elevada que qualquer outra ciência, quanto o céu está mais alto do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois os homens devem fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com sua inata inclinação. Muitas vezes devem o preparo e a educação de toda uma existência ser rejeitados, a fim de que a pessoa se torne discípula na escola de Cristo. O coração deve ser educado a firmar-se em Deus. Velhos e novos precisam formar hábitos de pensamento que os habilitem a resistir à tentação. Cumpre-lhes aprender a olhar para o alto. Os princípios da Palavra de Deus -- princípios tão elevados como o Céu e que abrangem a eternidade -- devem ser compreendidos em sua relação para com a vida diária. Todo ato, toda palavra, todo pensamento, deve estar em harmonia com esses princípios. -- Idem, 20. Progresso apenas mediante conflito MCP1 6 1 Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. Mas só podem fazer progressos por meio de lutas; pois há um inimigo que continuamente contende com eles, apresentando tentações que levem a alma à dúvida e ao pecado. Há tendências hereditárias e cultivadas para o mal, que precisam ser vencidas. O apetite e a paixão devem ser postos sob o controle do Espírito Santo. Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a alcançar; e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar. -- Idem. O dever de todo cristão, de desenvolver a mente MCP1 6 2 É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. Não há desculpa para a morosidade e imperfeição em trabalho de qualquer natureza. Quando alguém está sempre trabalhando, e a tarefa nunca está concluída, é porque a mente e o coração não estão na obra. Os vagarosos, e que trabalham sem o competente preparo, devem reconhecer que essas são faltas para serem corrigidas. Precisam exercitar a mente em planejar como utilizar o tempo para alcançar os melhores resultados. Com tino e método alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho que outros em dez. MCP1 6 3 Alguns que são encarregados de tarefas domésticas estão sempre labutando, não porque tenham tanto para fazer, mas por não planejarem como poupar tempo. Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem do pouco trabalho muito. Mas todos quantos quiserem podem vencer estes hábitos falhos e lentos. Devem ter um escopo definido em sua ocupação. Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no tempo dado. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais expeditas. -- Parábolas de Jesus, 344 (1903). Disciplinar cada faculdade da mente e do corpo MCP1 7 1 Deus deu a todo ser humano um cérebro. Deseja que seja usado para glória Sua. Por meio dele é o homem habilitado a cooperar com Deus em esforços para salvar semelhantes mortais prestes a morrer. Não possuímos demasiado poder cerebral ou faculdades de raciocínio. Cumpre-nos educar e exercitar toda faculdade da mente e do corpo -- o mecanismo humano que Cristo adquiriu -- de maneira a podermos pô-lo no melhor uso possível. Devemos fazer tudo quanto pudermos para fortalecer essas faculdades, pois Deus Se agrada de que nos tornemos mais e mais eficientes colaboradores Seus. -- Mensagens Escolhidas 1:100. (Sermão no Sanatório Sta. Helena, 23-01-1904). A mente cultivada mede o homem MCP1 7 2 Nunca penseis que já aprendestes o suficiente, e que podeis afrouxar agora vossos esforços. O espírito cultivado é a medida do homem. Vossa educação deve continuar através da vida inteira; deveis aprender todos os dias, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos. -- A Ciência do Bom Viver, 438 (1905). MCP1 7 3 É frisante a semelhança entre um campo não cultivado e uma mente inculta. As crianças e os jovens já têm na mente e no coração sementes corruptas, prontas a brotar e dar sua perversora colheita; e são necessários o máximo cuidado e vigilância no cultivar e entesourar na mente as preciosas sementes da verdade bíblica. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886; Nossa Alta Vocação, 200. Aquisição de conhecimento e cultura mental MCP1 7 4 Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstâncias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o tempo gasto em viagens de ônibus ou trem, ou em espera na estação; os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais -- se se tivesse um livro à mão, e estes retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, que não poderia ser conseguido! O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo, habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade. -- Parábolas de Jesus, 343, 344 (1900). Mentes compreensivas são de grande valor no trato dos enfermos MCP1 8 1 Grande sabedoria é necessária no trato das doenças produzidas pela mente. Um coração dolorido, enfermo, um espírito desalentado, requerem um tratamento brando. ... A simpatia e o tato se demonstrarão frequentemente um maior benefício ao enfermo do que o mais hábil tratamento executado de modo frio, indiferente. -- A Ciência do Bom Viver, 243, 244 (1905). Compreender as mentes e a natureza humana ajudam na obra da salvação MCP1 8 2 Sede resolutos em vos tornardes úteis e eficientes como Deus o quer. Sede pontuais e fiéis em tudo quanto empreenderdes. Aproveitai toda oportunidade ao vosso alcance para fortalecer o intelecto. Seja o estudo de livros combinado com um útil trabalho manual, e assegurai-vos por esforço fiel, vigilância e oração, a sabedoria que é de cima. Isto vos dará educação completa. Assim podeis crescer no caráter e ter influência sobre outras mentes, habilitando-vos a conduzi-las na vereda da justiça e santidade. -- Parábolas de Jesus, 334 (1900). MCP1 8 3 Mecânicos, advogados, comerciantes, homens de todas as atividades e profissões, educam-se de modo a poder tornar-se mestres em seu mister. Deveriam os seguidores de Cristo ser menos inteligentes, e enquanto professadamente se empenham em Seu serviço, ser ignorantes dos meios e processos a ser empregados? O empreendimento de alcançar a vida eterna, fica acima de todas as considerações de ordem terrena. A fim de guiar almas para junto de Cristo tem de haver conhecimento da natureza humana, bem como um estudo da mente humana. Muito cuidadosa atenção e orações fervorosas são necessárias a fim de saber como aproximar-se de homens e mulheres quanto ao grande assunto da verdade. -- Testimonies for the Church 4:67 (1876). Faculdades cultivadas aumentam a demanda de nossos serviços MCP1 8 4 Pela falta de decisão de se reformarem radicalmente, as pessoas podem tornar-se arraigadas em maus costumes, ou, pelo cultivo de todas as suas faculdades, adquirir a capacidade de fazer muito melhor serviço. Serão procuradas em toda e qualquer parte. Serão apreciadas por tudo de que são dignas. -- Parábolas de Jesus, 344 (1900). Podemos atingir quase a excelência dos anjos MCP1 9 1 O Senhor deu ao homem capacidade de contínuo desenvolvimento, e assegurou-lhe todo auxílio possível na obra. Pelas providências da graça divina, podemos atingir quase a excelência dos anjos. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; Nossa Alta Vocação, 216. ------------------------Capítulo 2 -- O cristão e a psicologia Leis da mente, ordenadas por Deus MCP1 10 1 Aquele que criou a mente e estabeleceu suas leis, providenciou para o seu desenvolvimento de acordo com aquelas leis. -- Educação, 41 (1903). Verdadeiros princípios de psicologia nas escrituras MCP1 10 2 Os verdadeiros princípios de psicologia encontram-se nas Escrituras Sagradas. O homem desconhece o seu próprio valor. Age de acordo com o seu inconverso temperamento do caráter porque não olha para Jesus, Autor e Consumador de sua fé. Aquele que vai ter com Jesus, aquele que nEle crê e faz dEle seu exemplo, compreende o sentido das palavras: "Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." ... MCP1 10 3 Os que experimentam a verdadeira conversão hão de reconhecer, com aguda percepção, a sua responsabilidade para com Deus, de operar sua salvação com temor e tremor -- sua responsabilidade de tornar completo seu restabelecimento da lepra do pecado. Semelhante realização os levará a, humilde e confiantemente, pôr sua confiança em Deus. -- Manuscrito 121, 1902. A mente dedicada a Deus desenvolve-se harmoniosamente MCP1 11 1 Deus toma os homens tais quais são e educa-os para o Seu serviço, se eles se entregarem a Ele. O Espírito de Deus, recebido na alma, aviva todas as suas faculdades. Sob a guia do Espírito Santo, a mente que sem reserva se dedica a Deus, desenvolve-se harmoniosamente, e é fortalecida para compreender e cumprir as reivindicações de Deus. O caráter fraco, vacilante, transforma-se em outro, forte e inabalável. A dedicação contínua, estabelece tão íntimo relacionamento entre Jesus e Seus discípulos, que o cristão assimila o caráter de seu Senhor. Tem visão mais clara, mais ampla. Seu discernimento é mais agudo, seu julgamento mais equilibrado. Tão avivado é ele pelo poder vitalizante do Sol da justiça, que é habilitado a produzir muito fruto, para glória de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 285, 286 (1915). A ciência de uma vida cristã pura MCP1 11 2 A ciência de uma pura, sadia, coerente vida cristã é obtida pelo estudo da Palavra do Senhor. Esta é a mais elevada educação que qualquer ser terrestre possa obter. Essas são as lições que devem ser ensinadas aos estudantes de nossas escolas, para que saiam com pensamentos puros, e mente e coração limpos, preparados para escalar a escada do progresso e praticar as virtudes cristãs. Por esse motivo é que desejamos que nossas escolas estejam ligadas aos nossos sanatórios, e estes às nossas escolas. Estas instituições devem ser conduzidas segundo a simplicidade do evangelho, dada no Antigo e no Novo Testamentos. -- Manuscrito 86, 1905. Circundados por uma atmosfera de paz MCP1 11 3 Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio coração, com a Natureza e com Deus. ... Devemos, individualmente ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em quietação, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus."... Entre o vaivém da multidão, e a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado, será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida rescenderá uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens. -- A Ciência do Bom Viver, 58 (1905). A religião de Cristo é um remédio eficaz MCP1 12 1 Satanás é o originador da doença; e o médico luta contra sua obra e poder. Prevalece por toda parte a enfermidade mental. ... Os incrédulos têm-se aproveitado ao máximo desses casos infelizes [nos quais dificuldades domésticas, remorsos de pecados, temor de um inferno a arder eternamente têm desequilibrado a mente], atribuindo a insanidade à religião; isto, porém, é uma crassa difamação, que não terão prazer em defrontar, finalmente. A religião de Cristo, longe de ser causa de insanidade, é um de seus mais eficazes remédios, pois é um poderoso calmante dos nervos. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). Adentrando a região da paz MCP1 12 2 Quando sois assaltados pelas tentações, quando o cuidado, a perplexidade e as trevas parecem circundar vossa alma, olhai para o lugar em que pela última vez vistes a luz. Descansai no amor de Cristo, e sob Seu protetor cuidado. ... Entrando em comunhão com o Salvador, penetramos na região da paz. -- A Ciência do Bom Viver, 250 (1905). Dispensadas todas as ansiedades inúteis MCP1 12 3 Quando os homens saem para o seu labor diário, assim como quando se acham entregues à oração; quando repousam à noite, e quando se erguem de manhã; quando o rico se banqueteia em seu palácio, ou quando o pobre reúne seus filhos em torno da mesa escassa, sobre cada um o Pai celeste vigia com ternura. Nenhuma lágrima é vertida sem que Deus a note. Não há sorriso que Ele não perceba. MCP1 12 4 Se tão-somente crêssemos isto plenamente, desvanecer-se-iam todas as inúteis ansiedades. Nossa vida não estaria tão cheia de decepções como agora; pois tudo, quer grande quer pequeno, seria confiado às mãos de Deus, que Se não embaraça com a multiplicidade dos cuidados, nem é dominado por seu peso. Havíamos de gozar então um repouso de alma ao qual muitos têm sido por muito tempo alheios. -- Conflict and Courage, 86 (1892). Educar a alma pela disciplina MCP1 13 1 Cristãos, revela-Se Cristo em nós? Devemos porfiar por ter corpo sadio e mente forte, que não se enfraqueçam facilmente -- mente que olhe para além do próprio eu, para a causa e o resultado de todo avanço feito. Então estaremos em boa situação para suportar durezas, como bons soldados. Precisamos de uma mentalidade capaz de prever as dificuldades e transpô-las, com a sabedoria provinda de Deus -- mentalidade apta para lutar com problemas complexos e resolvê-los. O problema mais difícil é o que requer a crucifixão do próprio eu, suportando contratempos na vida espiritual e educando a alma por severa disciplina. Isto talvez a princípio não traga satisfação plena, mas o efeito posterior será paz e felicidade. -- Carta 43, 1899. Cristo tem poder para fortalecer e restaurar MCP1 13 2 E ao mesmo tempo em que Cristo revela o Céu ao homem, a vida que Ele transmite abre o coração do homem ao Céu. O pecado não somente nos exclui de Deus, mas também destrói na alma humana tanto o desejo como a capacidade de O conhecer. É a missão de Cristo desfazer toda esta obra do mal. As faculdades da alma, paralisadas pelo pecado, a mente obscurecida, a vontade pervertida, tem Ele poder para fortalecer e restaurar. Ele nos abre as riquezas do Universo, e por Ele nos é comunicada a capacidade de discernirmos estes tesouros e deles nos apoderarmos. -- Educação, 28, 29 (1903). Ou Deus controla, ou Satanás MCP1 13 3 Satanás assume o domínio de toda mente que não está decididamente sob o domínio do Espírito de Deus. -- Carta 57, 1895; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 79 (1895). Todo pecado acariciado enfraquece o caráter MCP1 13 4 E ninguém se lisonjeie de que o pecado acariciado algum tempo possa ser deixado facilmente, a pouco e pouco. Assim não é. Todo pecado acariciado debilita o caráter e fortalece o hábito; e depravação física, mental e moral é a conseqüência. Podeis arrepender-vos do erro que cometestes, e pôr os pés na vereda justa; porém o molde de vosso espírito e a familiaridade com o mal vos tornarão difícil distinguir entre o bem e o mal. Pelos maus hábitos formados, Satanás vos atacará sempre e sempre. -- Parábolas de Jesus, 281 (1900). Qualidades psicológicas do professor MCP1 14 1 Os hábitos e princípios do professor devem ser considerados mesmo de maior importância do que as aptidões literárias. Se ele é cristão sincero, sentirá a necessidade de ter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus alunos. MCP1 14 2 A fim de exercer a justa influência, deve ele ter um perfeito controle sobre si mesmo, e o coração ricamente tomado de amor pelos alunos, o que se observará em seu olhar, suas palavras e atos. Deve ter caráter firme, e assim poderá moldar a mente dos alunos, assim como instruí-los nas ciências. A educação da juventude cedo na infância geralmente lhes molda o caráter pelo resto da vida. Os que lidam com os jovens devem muito cuidadosamente provocar suas qualidades mentais, a fim de que possam saber melhor dirigir suas faculdades, de modo que sejam exercidas para o máximo bem. -- Testimonies for the Church 3:135 (1872). Deve o homem tornar-se nova criatura MCP1 14 3 Os homens devem tornar-se súditos do reino de Cristo. Mediante o poder divino a eles imputado, devem voltar a sua fidelidade. Por leis e recursos Deus providenciou uma comunicação com a vida espiritual do homem, que em sua ação é tão misteriosa como a ciência e atuação do vento. João 3:7, 8. Cristo declarou: "O Meu reino não é deste mundo". João 18:36. Conquanto exerça influência sobre os governos terrestres, não pode deles aceitar a menor marca sem manchar a semelhança divina. MCP1 14 4 Tão espiritual é a espécie da atuação de Deus no coração humano que a recebe, que torna o homem uma nova criatura, sem destruir ou enfraquecer qualquer aptidão que Deus lhe tenha conferido. Ao contrário, purifica todo atributo adaptado à ligação com a natureza divina. O que é nascido do Espírito é Espírito, e quando o homem nasce de cima, uma paz celestial lhe invade a alma. -- Manuscrito 1, 1897. O certo exclui o errado MCP1 15 1 Pais, sois vós os que haveis de decidir se a mente de vossos filhos se encherá de pensamentos enobrecedores, ou de sentimentos viciosos. Não podeis conservar desocupada sua mente ativa, tampouco podeis expulsar o mal com um simples gesto de enfado. Unicamente incutindo princípios corretos, podeis excluir maus pensamentos. A não ser que os pais plantem no coração dos filhos as sementes da verdade, o inimigo semeará o joio. A instrução boa e sã é o único preventivo contra as más conversas, que corrompem os bons costumes. A verdade protegerá a alma das intermináveis tentações que se encontram. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 121 (1913), [no inglês]. Apenas um dia me pertence MCP1 15 2 Dia a dia devemos ser preparados, disciplinados e educados para a utilidade nesta vida. Apenas um dia de cada vez -- pensai nisto! Um dia me pertence. Neste único dia farei o melhor que possa. Usarei meu talento da fala de modo que seja uma bênção a algum outro: seja uma ajuda, um conforto, um exemplo que o Senhor, Salvador meu, há de aprovar. Exercitar-me-ei na paciência, na bondade, na longanimidade, para que as virtudes cristãs possam ser hoje desenvolvidas em mim. MCP1 15 3 Cada manhã dedicai-vos, alma, corpo e espírito, a Deus. Firmai hábitos de devoção e de confiança cada vez maior em vosso Salvador. Podeis crer, com toda a confiança, que o Senhor Jesus vos ama e deseja que cresçais até alcançar a Sua altura no caráter. Ele deseja que cresçais no Seu amor, ampliando-o, e vos fortaleçais em toda a plenitude do amor divino. Então alcançareis um conhecimento do mais alto valor, para o tempo e a eternidade. -- Carta 36, 1901; Nos Lugares Celestiais, 227. Como desenvolver uma mentalidade bem equilibrada MCP1 16 1 O trabalho é uma bênção. É impossível gozarmos saúde sem trabalhar. Todas as faculdades devem ser postas em uso, a fim de que possam desenvolver-se devidamente, e homens e mulheres tenham mentalidade bem equilibrada. -- Testimonies for the Church 3:154, 155 (1872). Conhecimento e ciência têm de ser vitalizados pelo Espírito Santo MCP1 16 2 Somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus, é que os talentos de qualquer pessoa podem tornar-se úteis no sentido mais lato. Os preceitos e princípios religiosos constituem o primeiro passo na aquisição do conhecimento, e formam o próprio alicerce da verdadeira educação. Conhecimento e ciência têm de ser vitalizados pelo Espírito de Deus, a fim de que sirvam aos propósitos mais nobres. MCP1 16 3 Tão-somente o cristão sabe fazer o devido uso do conhecimento. A ciência, para ser apreciada plenamente, tem de ser olhada de um ponto de vista religioso. Então, todos adorarão o Deus da ciência. O coração que é enobrecido pela graça de Deus, melhor compreende o real valor da educação. Os atributos de Deus, vistos em Suas obras criadas, só os apreciamos tendo um conhecimento do Criador. MCP1 16 4 Os professores não só têm de familiarizar-se com a teoria da verdade, mas têm de possuir um conhecimento experimental do caminho da santidade, a fim de poder guiar os jovens às fontes da verdade, ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. O conhecimento só é um poder para o bem quando vinculado à verdadeira piedade. É nobre a alma esvaziada do próprio eu. Se Cristo habita no coração, pela fé, seremos sábios à vista de Deus. -- Manuscrito 44, 1894. O ser inteiro, aberto aos meios de cura provindos do céu MCP1 16 5 Cristo é a fonte da vida. O que muitos necessitam, é possuir dEle mais clara compreensão; precisam ser paciente, bondosa e todavia fervorosamente ensinados quanto à maneira em que podem abrir inteiramente o ser às curativas forças celestes. Quando a luz solar do amor de Deus ilumina as mais escuras câmaras da alma, cessam o desassossego, a fadiga e o descontentamento, e satisfatórias alegrias virão dar vigor à mente, saúde e energia ao corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 247 (1905). As graças não se desenvolvem num momento MCP1 17 1 As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé, inabalável confiança no poder de Deus para salvar, são adquiridos mediante a experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino. -- A Ciência do Bom Viver, 454 (1905). ------------------------Capítulo 3 -- Perigos no estudo da psicologia Satanás estudioso da mente MCP1 18 1 Por milhares de anos Satanás tem estado a fazer experiências com as características da mente humana, e aprendeu a conhecê-la bem. Por sua sutil atuação nestes últimos dias, ele está vinculando a mente humana à dele próprio, impregnando-a de seus pensamentos. E está fazendo essa obra de modo tão ilusório que, os que lhe aceitam a guia, não sabem que estão sendo levados por ele, a seu bel-prazer. O grande enganador espera confundir a mente dos homens e mulheres de tal maneira que não seja ouvida nenhuma outra voz senão a dele. -- Carta 244, 1907. Satanás, mestre de artes sutis MCP1 18 2 Satanás está continuamente buscando influenciar o espírito humano por suas artes sutis. Ele tem a mente de um mestre, dada por Deus, mas prostituída com todas as suas nobres faculdades para opor-se aos conselhos do Altíssimo, e torná-los de nenhum efeito. -- The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893; Nossa Alta Vocação, 208. Ele se aproxima disfarçado MCP1 18 3 Os planos e ardis de Satanás solicitam-nos de todos os lados. Devemos lembrar sempre que ele se aproxima de nós disfarçado, encobrindo seus motivos e o caráter de suas tentações. Vem com vestes de luz, aparentemente trajado com as vestes de um anjo bom, para não discernirmos que é ele. Precisamos usar de grande cautela, investigar-lhe detidamente os desígnios, para que não sejamos iludidos. -- Manuscrito 34, 1897; Nossa Alta Vocação, 18. Falso uso de ciências relativas à mente MCP1 19 1 Nestes dias em que tantas vezes o ceticismo e a descrença se apresentam com roupagens científicas, precisamos guardar-nos de todo lado. Por esse meio nosso grande adversário está enganando a milhares, e levando-os cativos segundo a sua vontade. Tremenda é a vantagem que ele tira das ciências -- ciências relativas à mente humana. Aí ele, à semelhança da serpente, insinua-se imperceptivelmente para corromper a obra de Deus. MCP1 19 2 Essa penetração de Satanás mediante as ciências é bem planejada. Por meio da frenologia, da psicologia e do mesmerismo, ele vem mais diretamente ao povo desta geração, e opera com aquele poder que lhe deve caracterizar os esforços, perto do tempo do encerramento do tempo de graça. A mente de milhares tem sido assim envenenada, e conduzida à descrença. MCP1 20 1 Enquanto se crê que uma mente humana afeta tão maravilhosamente outra, Satanás, que está pronto a aproveitar-se de toda vantagem, insinua-se e opera à direita e à esquerda. E ao passo que os que são devotados a essas ciências louvam-nas até às nuvens por causa das grandes e boas obras que afirmam ser operadas por elas, mal sabem eles que poder para o mal estão nutrindo; é, no entanto, um poder que ainda operará com todos os sinais e prodígios de mentira -- com todo o engano da injustiça. Note a influência dessas ciências, querido leitor, pois o conflito entre Cristo e Satanás ainda não terminou. MCP1 20 2 A negligência da oração leva os homens a confiar em sua própria força, e abre a porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é cativada por pesquisas científicas, e os homens se lisonjeiam mediante a consciência de suas próprias faculdades. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas em seu devido lugar, mas Satanás delas se apodera como poderosos instrumentos seus para enganar e destruir as almas. Suas artes são aceitas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que lhe convém. O mundo, que se julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritismo. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1894; Mensagens Escolhidas 2:351, 352. Sua obra é distrair a mente humana MCP1 21 1 Satanás penetrou resoluto, colocando-se entre Deus e o homem. É sua obra distrair a mente humana, lançando sua negra sombra justamente através de nosso caminho, de modo a não sabermos discernir entre Deus e as trevas morais e corrupção, e o acúmulo de iniqüidade que está em nosso mundo. Que faremos, então, quanto a esse assunto? Devemos deixar que as trevas prevaleçam? Não! MCP1 21 2 Existe ao nosso dispor um poder que trará a luz do Céu ao nosso entenebrecido mundo. Cristo esteve no Céu, e trará a luz celeste e espancará as trevas, deixando penetrar a luz de Sua glória. Então, em meio da corrupção, e poluição e aviltamento, veremos a luz do Céu. MCP1 21 3 Não devemos desanimar ante o aviltamento que prevalece na raça humana, nem ter sempre nessa direção a visão mental. Não devemos olhar a isso. ... Que devemos, pois, fazer? Qual nossa obra? É ver "quão grande amor nos tem concedido o Pai". 1 João 3:1. -- Manuscrito 7, 1888. A astuta insinuação, em contraste com o ataque franco, ousado MCP1 21 4 Se Satanás fizesse ao cristianismo um ataque franco e ousado, levaria imediatamente os cristãos aos pés de seu Poderoso Libertador que, só, poria em fuga o adversário. Ele em geral não age assim. É astuto e sabe que a maneira mais eficaz de realizar seus propósitos é chegar ao pobre homem caído, na forma de um anjo de luz. Com este disfarce ele atua na mente para atraí-la fora da vereda certa e segura. Ele sempre teve a ambição de dar idéia falsa da obra de Cristo e firmar seu próprio poder e pretensões. Leva os iludidos mortais a interpretar as obras e milagres de Cristo segundo princípios científicos; faz que dêem a impressão de ser resultado de habilidade e poder humanos. Em muitos espíritos ele assim acabará destruindo toda a verdadeira fé em Cristo como o Messias, o Filho de Deus. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1884. Mentes jovens, seu objetivo principal MCP1 22 1 É a obra especial de Satanás, nesses últimos tempos, apoderar-se da mente dos jovens, para lhes corromper os pensamentos e inflamar-lhes as paixões. Todos são livres agentes morais, e como tais precisam levar seus pensamentos a fluir nos devidos condutos. -- Appeal to Mothers, 30; Nossa Alta Vocação, 335. Satanás controla a mente não dirigida pelo Espírito Santo MCP1 22 2 Poucos acreditam que a humanidade se tenha aviltado tanto quanto se aviltou, ou que seja tão visceralmente má, tão desesperadamente contrária a Deus como é. "O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar." Romanos 8:7. MCP1 22 3 Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus, Satanás pode moldá-la a seu bel-prazer. Todas as faculdades racionais que ele controla, ele carnalizará. Ele se opõe diretamente a Deus em seus gostos, pontos de vista, preferências, prazeres e desprazeres, escolhas e buscas; não acha atrativo naquilo que Deus ama e aprova, mas deleita-se nas coisas que Ele despreza; por isso mantém um procedimento que Lhe é ofensivo. MCP1 22 4 Isto leva a luta com os que procuram andar no caminho do Senhor. Eles [os que se opõem à verdade] chamarão à luz trevas, e às trevas luz; bem ao mal, e mal ao bem. -- Carta 8, 1891. Desde os dias de Adão até aos de hoje MCP1 22 5 Satanás tem atuado ao volante, manejando-o até que tenha o controle de todas as mentes humanas que acolheram as mentiras com as quais enganou Eva, usando-a depois como agente seu para incitar Adão ao pecado. Satanás tem mantido sua capciosa atuação sobre a mente dos homens, desde aqueles dias até hoje. -- Manuscrito 19, 1894. Os que conhecem a verdade são seus alvos especiais MCP1 22 6 Satanás está atuando furtivamente para confundir a mente dos que conhecem a verdade, insinuando sentimentos enganosos, e enganosos exemplos. A menos que se arrependam e se convertam, esses que levam vida ambígua, professando servir ao Senhor mas ao mesmo tempo procurando artificiosamente realizar seus próprios planos -- planos esses que retardam a mesma obra para cumprir a qual Cristo deu a vida -- os tais serão iludidos pelo inimigo das almas. -- Carta 248, 1907. Satanás desvia a mente mediante assuntos controvertidos MCP1 23 1 Ele [o inimigo] se deleita em desviar a mente para qualquer assunto pelo qual ele possa criar divisão de conceitos e levar nosso povo à controvérsia. -- Manuscrito 167, 1897. Domínio de uma mente sobre outra MCP1 23 2 Satanás encontra muitas vezes poderoso instrumento para o mal no poder que uma mente humana é capaz de exercer sobre outra. Esta influência é tão sedutora que a pessoa que está sendo moldada por ela fica a miúdo inconsciente de seu poder. Deus me ordenou que falasse advertindo contra este mal. -- Carta 244, 1907; Mensagens Escolhidas 2:352. Poder para o bem, poder para o mal MCP1 23 3 A influência de uma mente sobre outra, tão forte poder para o bem quando santificada, é igualmente forte para o mal, nas mãos dos que se opõem a Deus. Este poder Satanás usou em sua obra de incutir o mal na mente dos anjos, e fez de conta que estivesse querendo o bem do Universo. Como querubim ungido, Lúcifer fora altamente exaltado; era imensamente amado pelos seres celestes, e era forte sua influência sobre eles. Muitos deles deram ouvido a suas sugestões e deram crédito a suas palavras. "Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia não prevaleceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles." Apocalipse 12:8. -- Carta 114, 1903; The S.D.A. Bible Commentary 7:973. Não confiar na opinião de um homem só MCP1 23 4 A opinião de um homem só e o juízo de um só homem não mereciam confiança, pois estavam em jogo interesses demasiado grandes, não isentos de fragilidades e erros humanos. ... [Tratava-se, evidentemente, de um determinado caso.] Não há nenhum parecer de um homem só, tão perfeito que não haja perigo de estar ele sendo levado por motivos errados, encarando as coisas segundo um ponto de vista errado. -- Carta 41, 1891. Satanás à espreita de mentes desapercebidas MCP1 24 1 Satanás está alerta, a fim de poder encontrar a mente num momento de desatenção, e assim tomar posse dela. Não precisamos ficar ignorantes de seus estratagemas, tampouco ser por eles vencidos. Ele se agrada com as gravuras que o apresentam como tendo cornos e patas fendidas, pois é inteligente; foi outrora um anjo de luz. -- Manuscrito 11, 1893. Anjos maus tentam destruir a vontade do homem MCP1 24 2 Se permitirmos, os anjos maus trabalharão [cativarão e controlarão] a mente dos homens, até que estes não tenham mente ou vontade suas próprias. -- Manuscrito 64, 1904. Nossa única segurança está em resistir MCP1 24 3 Nossa única segurança está em não darmos lugar ao diabo; pois suas sugestões e desígnios são sempre para nosso dano, para impedir-nos de confiar em Deus. Ele se transforma em anjo de pureza, para que possa, por suas especiosas tentações, apresentar os seus ardis de tal maneira que lhe não possamos perceber a astúcia. Quanto mais cedermos, tanto mais poder terão seus enganos sobre nós. Não é seguro discutir ou parlamentar com ele. A cada vantagem que concedermos ao inimigo, ele reclamará mais. MCP1 24 4 Nossa única segurança é rejeitar com firmeza a primeira insinuação para sermos presumidos. Deus nos deu, por meio dos méritos de Cristo, suficiente graça para resistir a Satanás, e ser mais que vencedores. Resistência é êxito. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." A resistência precisa ser firme e imutável. Perdemos tudo quanto ganhamos se resistirmos hoje apenas para ceder amanhã. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 93. Evitar atos presunçosos MCP1 24 5 Pessoas há que, descuidosamente se colocam em cenas de risco e perigo, e se expõem a tentações das quais seria preciso um milagre de Deus para saírem ilesos e incontaminados. São atos presunçosos, esses, dos quais Deus não Se agrada. A tentação de Satanás ao Salvador do mundo, de lançar-Se do pináculo do templo, foi firmemente enfrentada e resistida. O arquiinimigo citou uma promessa de Deus como segurança, para que Cristo pudesse fazer isso na força da promessa. Jesus enfrentou esta tentação com a Escritura: "Está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus." Da mesma maneira instiga Satanás os homens a entrarem em situações em que Deus não requer que se ponham, apresentando a Escritura para justificar suas sugestões. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 93. Fé genuína, e presunção MCP1 25 1 As promessas de Deus não devem ser reclamadas temerariamente por nós, como proteção, ao mesmo tempo que nos precipitamos desassombradamente no perigo, violando as leis da Natureza, ou desconsiderando a prudência e o juízo que Deus nos deu, para deles usarmos. Isto não seria fé genuína, mas presunção. ... MCP1 25 2 Satanás vem a nós com honras mundanas, riquezas e prazeres da vida. Essas tentações são variadas a fim de irem ao encontro de homens de toda espécie e classe, tentando-os a se afastarem de Deus para se servirem mais a si que ao Criador. "Tudo isto te darei", disse Satanás a Cristo. "Tudo isto te darei", diz ele ao homem. "Todo este dinheiro, esta terra, este poder, e honra e riquezas, te darei"; e o homem fica encantado, iludido, e traiçoeiramente seduzido, para sua ruína. Caso nos entreguemos à mundanidade de coração e de vida, Satanás fica satisfeito. -- Carta 1a, 1872; Nossa Alta Vocação, 91. Ou anjos maus, ou anjos de Deus, controlam a mente dos homens MCP1 25 3 Ou os anjos maus, ou os anjos de Deus, controlam a mente dos homens. Nossa mente, entregamo-la ao controle de Deus, ou ao controle dos poderes das trevas; e bem nos fará indagar onde estamos hoje -- se sob o pavilhão ensangüentado do Príncipe Emanuel, ou sob a negra bandeira dos poderes das trevas. -- Manuscrito 1, 1890; The S.D.A. Bible Commentary 6:1120. Só se cedermos MCP1 26 1 Satanás não pode tocar a mente ou intelecto, a menos que lho cedamos. -- Manuscrito 17, 1893; The S.D.A. Bible Commentary 6:1105. Necessidade de clara visão MCP1 26 2 Clara visão espiritual é necessária para discernir entre a palha e o trigo, entre a ciência de Satanás e a da Palavra da verdade. Cristo, o grande Médico, veio ao nosso mundo a fim de dar saúde e paz e perfeição de caráter a todos quantos O receberem. Seu evangelho não consiste em métodos exteriores e representações pelos quais a ciência de uma obra má pode ser apresentada como grande bênção, para se demonstrar posteriormente grande maldição. -- Carta 130, 1901; Nossa Alta Vocação, 107. A oração prevalecerá contra Satanás MCP1 26 3 A oração da fé é a grande força do cristão, e com toda a certeza prevalecerá contra Satanás. Por isso é que ele insinua que não temos necessidade de orar. O nome de Jesus, nosso Advogado, ele detesta; e quando sinceramente vamos ter com Ele em busca de auxílio, as hostes de Satanás se alarmam. O negligenciarmos o exercício da oração serve bem ao seu propósito, pois então seus prodígios de mentira são acolhidos mais depressa. Aquilo que ele deixou de conseguir ao tentar a Cristo, ele consegue pondo diante dos homens suas enganosas tentações. -- Testimonies for the Church 1:296 (1862). ------------------------Capítulo 4 -- Influências espirituais e a mente Religião e saúde MCP1 27 1 A religião pessoal é da mais alta importância. João escreveu a Gaio: "Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma." 3 João 2. A saúde do corpo depende em grande parte da saúde da alma; portanto, quer comais, quer bebais, ou o que quer que façais, fazei tudo para glória de Deus. A religião pessoal revela-se pelo comportamento, pelas palavras e atos. Produz crescimento, até que afinal a perfeição reivindica o elogio do Senhor: "Estais perfeitos nEle!" Colossences 2:10. -- Carta 117, 1901. A religião pura traz serenidade, calma e força MCP1 27 2 A religião pura, imaculada, não é um sentimento, mas a prática de obras de misericórdia e amor. Tal religião é necessária à saúde e felicidade. Ela penetra no poluído templo da alma e com um açoite expulsa os pecaminosos intrusos. Assomando ao trono, ela consagra a todos por sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da justiça. Abre as janelas da alma em direção ao Céu, dando entrada ao brilho do amor de Deus. Com este vêm a serenidade e calma. Aumenta a força física, mental e moral, porque a atmosfera do Céu, como um agente vivo, atuante, enche a alma. Cristo, a esperança da glória, é formado em nós. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901; Beneficência Social, 38. Deus é a fonte de vida e alegria MCP1 28 1 Deus é a fonte de vida, luz e gozo para todo o Universo. Como raios de luz do Sol, como correntes de água irrompendo de fonte viva, assim dEle dimanam bênçãos para todas as Suas criaturas. E onde quer que a vida de Deus se encontre no coração dos homens, derramar-se-á em amor e bênçãos aos outros. -- Conflict and Courage, 77 (1892). Todos recebem vida de Deus MCP1 28 2 Todos os seres criados vivem por vontade e poder de Deus. São recipientes da vida do Filho de Deus. Por muito hábeis e talentosos que sejam, e grandes suas capacidades, são abastecidos de vida da Fonte de toda a vida. Ele é o manancial, a fonte, da vida. Só Ele, que unicamente possui imortalidade, vivendo em luz e vida, podia dizer: "Tenho autoridade para entregar [a vida] e também para reavê-la." -- Manuscrito 131, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 5:1113. Satanás usa influências da mente sobre a mente MCP1 28 3 Expulso do Céu, Satanás estabeleceu o seu reino neste mundo, e desde aquele tempo tem porfiado incansavelmente por afastar os seres humanos da lealdade a Deus. Usa o mesmo poder de que se serviu no Céu -- a influência da mente sobre a mente. Os homens tornam-se tentadores dos semelhantes. Acariciam os fortes, corruptores sentimentos de Satanás, e exercem um poder dominante, coercivo. Sob a influência desses sentimentos, os homens ligam-se entre si, formando confederações, em sindicatos e em sociedades secretas. Há em operação no mundo forças que Deus não tolerará por muito tempo mais. -- Carta 114, 1903. O estudado propósito de Satanás, de empregar faculdades para finalidades egoístas MCP1 28 4 Satanás tem redes e laços, como os laços dos passarinheiros, todos preparados para apanhar as almas. É estudado desígnio seu que os homens empreguem as faculdades que lhes foram dadas por Deus para fins egoístas, de preferência a entregá-las para a glória de Deus. Deus deseja que os homens se empenhem em trabalho que lhes traga paz e alegria, e lhes produza proveito eterno; Satanás, porém, quer que concentremos nossos esforços no que não aproveita, nas coisas que perecem com o uso. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901; Nossa Alta Vocação, 198 (1910). A transgressão não trouxe uma nova ordem de energias e paixões MCP1 29 1 Não devemos supor que, desde a transgressão de Adão, Deus tenha dado aos seres humanos uma nova ordem de energias e paixões, pois isto daria idéia de que Deus tivesse intervindo para implantar no gênero humano propensões pecaminosas. Cristo iniciou Sua obra de transformação logo que o homem transgrediu, a fim de que, pela obediência à lei de Deus e fé em Cristo, eles pudessem reaver a perdida imagem de Deus. -- Manuscrito 60, 1905. Cada qual tem de escolher uma de duas bandeiras MCP1 29 2 Aqui se dará o grande desfecho. Aqui estão os dois grandes poderes confrontando-se: o Príncipe de Deus, Jesus Cristo, e o príncipe das trevas, Satanás. Aqui se ferirá o conflito aberto. Só há no mundo duas classes, e cada ser humano se alinhará sob uma das duas bandeiras: a bandeira do Príncipe das trevas ou a bandeira de Jesus Cristo. -- Carta 38, 1894. O pecado afeta o ser todo MCP1 29 3 O pecado afeta o ser todo; assim também se dá com a graça. -- Carta 8, 1891. MCP1 29 4 É o coração obstinado que tem rebaixado as faculdades da alma. Todos quantos quiserem aprender a ciência da salvação precisam ser submissos estudantes na escola de Cristo, para que o templo da alma se possa tornar a morada do Altíssimo. Se quisermos aprender de Cristo, a alma precisa esvaziar-se de todos os seus orgulhosos bens, para que nela Cristo imprima Sua imagem. -- Carta 5, 1898; Nossa Alta Vocação, 103. A cruz confere à mente humana o devido nível MCP1 29 5 Que dá à mente humana o devido nível? A cruz do Calvário. Olhando a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé, todo desejo de glorificação egoísta é lançado por terra. Ao termos a devida visão, vem um espírito de humilhação do próprio eu, que promove abatimento e humildade de espírito. Ao contemplarmos a cruz, somos habilitados a ver a maravilhosa providência por ela trazida a todo crente. Deus em Cristo... devidamente visto, nivelará o orgulho e exaltação humanos. Não haverá exaltação de si mesmo, mas verdadeira humildade. -- Carta 20, 1897; Nossa Alta Vocação, 112. O homem torna-se completo em Cristo MCP1 30 1 Cristo traz Seus discípulos em viva comunhão com Ele e com o Pai. Mediante a operação do Espírito Santo na mente humana, o homem torna-se completo em Cristo Jesus. A união com Cristo promove um laço de união entre uns e outros. Esta união é a mais convincente prova ao mundo, da majestade e virtude de Cristo, e de Seu poder de tirar o pecado. -- Manuscrito 111, 1903; The S.D.A. Bible Commentary 5:1148. Só Deus pode elevar o homem na escala do valor moral MCP1 30 2 O valor do homem tal como Deus o estima, é por sua união com Cristo; pois Deus é o único Ser capaz de elevar o homem na escala do valor moral pela justiça de Cristo. A honra e a grandeza mundanas valem simplesmente aquilo que o Criador do homem lhes atribui. Sua sabedoria é loucura, fraqueza a sua força. -- Carta 9, 1873; Nossa Alta Vocação, 147. O egoísmo e seus frutos MCP1 30 3 O egoísmo é a essência da depravação, e, devido a se terem os seres humanos submetido ao seu poder, o que se vê no mundo é o oposto à fidelidade a Deus. Nações, famílias e indivíduos estão cheios do desejo de fazer do eu um centro. O homem almeja governar sobre os seus semelhantes. Afastando-se de Deus e dos semelhantes em seu egoísmo, segue suas irrefreadas inclinações. Age como se o bem dos outros dependesse de se submeterem a sua supremacia. -- The Review and Herald, 25 de Junho de 1908; Mordomia e Prosperidade 24. A vitória pode ser alcançada MCP1 30 4 Mediante o cultivo de justos princípios, pode o homem alcançar a vitória sobre a tendência para o mal. Se ele for obediente à lei de Deus, seus sentidos não continuarão por mais tempo torcidos e deformados; as faculdades não são por mais tempo pervertidas e esbanjadas por se exercitarem em objetivos que são de molde a levar ao afastamento de Deus. Mediante a graça concedida pelo Céu, as palavras, os pensamentos e as energias podem ser purificados; pode formar-se um novo caráter, e ser vencido o vil pecado. -- Manuscrito 60, 1905. Mente vacilante, começo da tentação MCP1 31 1 O começo de ceder à tentação está no pecado de permitir que a mente vacile, seja incoerente com a vossa confiança em Deus. O maligno está sempre à espreita de um ensejo para desfigurar a Deus, e atrair a mente para o que é proibido. MCP1 31 2 Se ele puder, fixá-la-á nas coisas do mundo. Procurará excitar as emoções, despertar as paixões, firmar as afeições no que não é para vosso bem; pertence-vos, porém, manter toda emoção e paixão sob domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. MCP1 31 3 A obra a que Cristo nos chama é a de vencer progressivamente o mal espiritual em nosso caráter. As tendências naturais devem ser vencidas. ... O apetite e a paixão precisam ser dominados, e a vontade inteiramente posta do lado de Cristo. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1892; Nossa Alta Vocação, 85. Ninguém precisa perder a esperança por motivo de tendências herdadas MCP1 31 4 Satanás está sempre alerta para enganar e desencaminhar. Ele usa todo encantamento para atrair os homens para a larga estrada da desobediência. Ele está empenhado em confundir os sentidos com sentimentos errôneos e remover os marcos divisórios, colocando sua falsa inscrição nos marcos que Deus estabeleceu para assinalar o caminho certo. É porque estes maus instrumentos estão empenhados em eclipsar à alma todo raio de luz, que seres celestiais são encarregados de fazer seu trabalho de ministério, guiando, guardando e controlando os que hão de ser herdeiros da salvação. Ninguém precisa perder a esperança por causa das herdadas tendências para o mal, mas quando o Espírito de Deus convence do pecado, o malfeitor tem de arrepender-se e confessar e abandonar o mal. Fiéis sentinelas estão de prontidão, para guiar as almas em veredas certas. -- Manuscrito 8, 1900; The S.D.A. Bible Commentary 6:1120. Participante do pecado por motivo da associação MCP1 32 1 A alma que foi transviada por más influências e se tornou participante do pecado por associar-se com outros, agindo contrariamente ao espírito e caráter de Deus, não precisa desesperar. "Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus." Hebreus 7:26. Cristo não é só sacerdote e intercessor por nossos pecados, mas a própria oferta. Ele Se ofereceu uma vez por todas. -- Carta 11, 1897. A obra de Satanás é desanimar; a de Cristo, inspirar esperança MCP1 32 2 Nem por um momento reconheçais as tentações de Satanás como estando em harmonia com vosso próprio espírito. Fugi delas como o faríeis do próprio adversário. A obra de Satanás é desalentar a alma. A de Cristo é inspirar fé e esperança ao coração. Satanás procura transtornar nossa confiança. Diz-nos que nossas esperanças assentam em falsas promessas, e não na segura, imutável palavra dAquele que não pode mentir. -- Manuscrito 31, 1911; Nossa Alta Vocação, 83. Remédio para toda sorte de tentação MCP1 32 3 Há um remédio para toda espécie de tentação. Não somos entregues a nós mesmos, a combater o combate contra o próprio eu e a natureza pecaminosa em nossas forças finitas. Jesus é poderoso ajudador, apoio infalível. ... Ninguém precisa falhar ou ficar desanimado quando foram tomadas tão amplas providências em nosso favor. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884; Nossa Alta Vocação, 86. O sangue de Cristo, o único remédio MCP1 32 4 A lei de Jeová é amplíssima. Jesus... declarou positivamente a Seus discípulos que esta santa lei de Deus pode ser violada mesmo por pensamentos e sentimentos e desejos, bem como em palavras e atos. O coração que ama a Deus sobre todas as coisas, não há de maneira alguma de inclinar-se a estreitar Seus preceitos às menores reivindicações possíveis, mas a alma obediente, leal, há de prestar alegremente plena obediência espiritual quando a lei é vista em seu poder espiritual. Então há de os mandamentos penetrar na alma em sua força real. O pecado parecerá extremamente pecaminoso. ... Não mais há justiça própria, presunção, o honrar-se a si mesmo. Desaparece a segurança baseada em si mesmo. Profunda convicção de pecado e aversão de si mesmo, eis o resultado, e a alma, em seu desesperado senso de perigo, apodera-se do sangue do Cordeiro de Deus como seu único remédio. -- Carta 51, 1888; Nossa Alta Vocação, 138. Defrontando o desafio do tentador MCP1 33 1 Satanás virá ter convosco, dizendo: Sois pecador. Não permitais, porém, que ele vos encha a mente com o pensamento de que, por isso que sois pecador, Deus vos tenha rejeitado. Dizei-lhe: Sim, sou pecador, e por essa razão preciso de um Salvador. Preciso de remissão e perdão, e Cristo diz que, se for ter com Ele, não perecerei. Em sua carta para mim, leio: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. Eu crerei na palavra que me deixou. Obedecerei às Suas ordens. Quando Satanás vos diz que estais perdidos, respondei: Sim, mas Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido. Quanto maior meu pecado, tanto maior minha necessidade de um Salvador. -- Carta 98b, 1896. A atenção desviada, da confusão para as obras de Deus MCP1 33 2 Deus convida Suas criaturas a volverem a atenção, da confusão e perplexidade que os cerca, e admirarem as obras de Suas mãos. Os corpos celestes merecem ser contemplados. Deus os fez para benefício do homem, e ao estudarmos as Suas obras, anjos de Deus estarão ao nosso lado para nos iluminar a mente e guardar-nos dos enganos satânicos. -- Manuscrito 96, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 4:1145. O que a religião faz MCP1 34 1 A verdadeira religião enobrece a mente, refina o gosto, santifica o juízo, e torna participante da pureza e santidade do Céu o seu possuidor. Traz para perto de nós os anjos e nos separa mais e mais do espírito e influência do mundo. Faz parte de todos os atos e relações da vida e nos dá o "espírito de moderação", e o resultado é a felicidade e a paz. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 629, 630. Aumenta a capacidade intelectual MCP1 34 2 Como no caso de Daniel, na exata proporção em que o caráter espiritual é aperfeiçoado, aumenta a capacidade intelectual. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1898; The S.D.A. Bible Commentary 4:1168. Melhora a saúde física MCP1 34 3 Torne-se entendida a mente, e a vontade se coloque ao lado do Senhor, e haverá uma melhora maravilhosa da saúde física. -- Medical Ministry, Novembro-Dezembro de 1892; Conselhos Sobre Saúde, 505. Fazer o que é reto, é o melhor remédio MCP1 34 4 A consciência de fazer o que é reto é o melhor remédio para o corpo e a alma enfermos. A bênção especial de Deus que repousa sobre o recebedor é saúde e vigor. Aquele cuja mente está calma e satisfeita em Deus encontra-se no caminho certo para a saúde. Ter a consciência de que os olhos do Senhor estão sobre nós, e de que os Seus ouvidos estão atentos às nossas orações, é realmente uma satisfação. Saber que temos um Amigo que jamais falha, a quem podemos confiar todos os segredos da alma, é uma felicidade que as palavras jamais podem expressar. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 628. O amor de Jesus circunda a alma de fragrante atmosfera MCP1 34 5 A alma dos que amam a Jesus será circundada de pura e fragrante atmosfera. Alguns há que ocultam a fome de sua alma. Estes serão grandemente auxiliados por uma palavra terna ou uma bondosa lembrança. Os dons celestiais, gratuita e abundantemente concedidos por Deus, devem ser por sua vez gratuitamente concedidos a todos quantos chegam dentro do círculo de nossa influência. Revelamos assim amor de origem celeste, e que aumentará à medida que é francamente usado em beneficiar os outros. Assim glorificamos a Deus. -- Manuscrito 17, 1899; Nossa Alta Vocação, 229. Resultados de um momento de irreflexão MCP1 35 1 Uma salvaguarda removida da consciência, a condescendência com um só mau hábito, uma única negligência das altas reivindicações do dever, pode ser o princípio de um procedimento de engano que vos passará para as fileiras daqueles que servem a Satanás, enquanto estais todo o tempo professando amar a Deus e a Sua causa. Um momento de irreflexão, um só passo errado, pode volver toda a corrente de vossa vida para a direção errada. -- Testimonies for the Church 5:398 (1885). Deus não opera milagre para evitar a má colheita MCP1 35 2 O Senhor manda-nos advertências, conselhos e repreensão, para que tenhamos oportunidade de corrigir nossos erros, antes de se tornarem nossa segunda natureza. Mas se recusamos ser corrigidos, Deus não intervém para frustrar as tendências de nosso próprio procedimento. Ele não opera milagre para que a semente semeada não germine e produza fruto. MCP1 35 3 O homem que manifeste uma infiel audácia ou uma obstinada indiferença para com a verdade divina, estará apenas colhendo o produto de sua própria sementeira. Essa tem sido a experiência de muitos. Ouvem com estóica indiferença as verdades que outrora lhes comoviam a alma. Semearam a negligência, a indiferença e a resistência à verdade; e tal é a colheita que recolhem. A frieza do gelo, a dureza do ferro, a impenetrável e insensível natureza do granito -- tudo isto encontra um paralelo no caráter de muitos professos cristãos. MCP1 35 4 Foi assim que Deus endureceu o coração de Faraó. Deus falou ao rei egípcio pela boca de Moisés, dando-lhe as mais impressionantes provas do poder divino; mas o monarca recusou, obstinadamente, a luz que o teria levado ao arrependimento. Deus não mandou que um poder sobrenatural endurecesse o coração do rebelde rei, mas como Faraó resistisse à verdade, o Espírito Santo Se retirou, e ele se deixou ficar nas trevas e incredulidade que preferira. Pela persistente rejeição da influência do Espírito, os homens se desligam de Deus. Ele não tem em reserva instrumento mais poderoso, para iluminar-lhes a mente. Nenhuma revelação de Sua vontade pode alcançá-los em sua incredulidade. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; The S.D.A. Bible Commentary 3:1151. Moldando nosso ambiente, em vez de ser por ele moldados MCP1 36 1 Há males que o homem pode atenuar, mas jamais remover. Ele deve vencer os obstáculos e formar seu ambiente, em vez de ser por ele moldado. Ele tem margem para pôr em prática seus talentos, pondo ordem e harmonia onde há confusão. Nesta obra pode ele ter auxílio divino, se o reclamar. Não é deixado a lutar com suas próprias forças contra as tentações e provas. Foi autorizado a ajudar, Um que é poderoso. Jesus deixou as cortes reais do Céu e sofreu e morreu num mundo degradado pelo pecado, para que pudesse ensinar o homem a passar pelas provas da vida e vencer as suas tentações. Aqui está um modelo para nós. -- Testimonies for the Church 5:312 (1885). Deus deseja que a mente se renove MCP1 36 2 Deve ser varrido o lixo dos princípios e práticas duvidosos. O Senhor deseja que o entendimento seja renovado, e o coração cheio dos tesouros da verdade. -- Manuscrito 24, 1901; Nossa Alta Vocação, 104. Tratar judiciosamente com mentes diversas MCP1 36 3 Todos nós precisamos estudar o caráter e maneiras a fim de que saibamos lidar judiciosamente com mentes diversas, e podermos envidar os melhores esforços para ajudá-los a compreender a Palavra de Deus e levar uma verdadeira vida cristã. Devemos ler a Bíblia com eles e desviar sua atenção das coisas temporais para seus interesses eternos. É dever dos filhos de Deus ser missionários Seus, tornando-se familiarizados com aqueles que carecem de auxílio. Se alguém está cambaleando sob o peso da tentação, seu caso deve ser considerado cuidadosamente e tratado prudentemente, pois seu interesse eterno está em jogo, e as palavras e atos dos que trabalham em seu favor podem ser um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. -- Testimonies for the Church 4:69 (1876). Inflexível princípio assinala os discípulos de Jesus MCP1 37 1 Inflexível princípio assinalará a direção dos que se assentam aos pés de Jesus e dEle aprendem. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; Nossa Alta Vocação, 158. ------------------------Capítulo 5 -- A mente fanática Fanáticos e fanatismo penetrarão MCP1 38 1 Vivemos num tempo em que todo aspecto de fanatismo se insinuará entre os crentes e descrentes. Satanás forçará entrada, falando mentiras, hipocritamente. Apresentará tudo que possa inventar, para enganar homens e mulheres. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 114. Como Satanás procede MCP1 38 2 Temos visto, em nossa experiência, que, se Satanás não consegue prender as almas no gelo da indiferença, ele procurará impeli-las para o fogo do fanatismo. Quando o Espírito do Senhor Se faz notar entre o Seu povo, o inimigo aproveita a oportunidade para também atuar sobre várias mentes, levando-as a misturar seus próprios peculiares traços de caráter com a obra de Deus. Assim, sempre há o perigo de que eles permitam que suas próprias idéias se misturem com a obra e assim se tomem resoluções imprudentes. Muitos se empenham numa obra por eles mesmos ideada, e que não é inspirada por Deus. -- Carta 34, 1889. Semelhante a Testimonies for the Church 5:644. Resultado de entreter tendências defeituosas MCP1 38 3 Alguns há que não dão ouvidos. Por tanto tempo preferiram seguir seu próprio caminho e sua própria sabedoria, por tanto tempo acariciaram defeituosas tendências de caráter, hereditárias e cultivadas, que se tornaram cegos, não podendo enxergar a distância. Por eles são pervertidos princípios, erguidas normas falsas, formam-se critérios que não trazem a assinatura do Céu. ... Entre esses há os que se orgulham no Senhor, como pessoas que praticam a justiça e não abandonam as ordenanças de seu Deus. -- Manuscrito 138, 1902. Privados de atitude mental sadia MCP1 39 1 Os que foram presos na cilada de Satanás não chegaram ainda a entreter uma sadia atitude mental. Estão cegados, julgam-se importantes, auto-suficientes. Oh! com que pesar o Senhor os olha, ouvindo suas grandes palavras, pejadas de vaidade! Estão inflados de orgulho. O inimigo os contempla com surpresa ante a facilidade com que se deixaram cativar. -- Carta 126, 1906. Humildade espúria MCP1 39 2 Muita humildade espasmódica, espúria se vê entre professos cristãos. Alguns, resolvidos a vencer o próprio eu, colocam-se no nível mais baixo possível; mas exercem apenas suas próprias forças, e a próxima onda de louvor ou lisonja, arrasta-os para fora da vista. Não estão dispostos a submeter-se inteiramente a Deus, e Ele não pode agir por meio deles. MCP1 39 3 Não atribuais nenhuma glória a vós mesmos. Não trabalheis com a mente dividida, procurando servir a Deus e ao próprio eu ao mesmo tempo. Mantende fora de vista ao próprio eu. Que vossas palavras conduzam os cansados e sobrecarregados a Jesus, o compassivo Salvador. Trabalhai como vendo-O, a Ele que está a vossa mão direita, pronto a conceder-vos forças para o serviço. Vossa única segurança está na inteira confiança em Cristo. -- The Review and Herald, 11 de Maio de 1897. Dar demasiada importância a um arroubo sentimental MCP1 39 4 Há os que não se satisfazem com uma reunião a menos que haja uma feliz exibição de poder. Esforçam-se nesse sentido e conseguem uma excitação de sentimentos. Mas não é benéfica a influência dessas reuniões. Passado o feliz arroubo de sentimentos, caem mais baixo do que antes da reunião, porque sua sensação feliz não proveio de fonte certa. As mais proveitosas reuniões, quanto à promoção espiritual, são as caracterizadas por solene e profundo exame do coração, cada qual procurando conhecer-se a si mesmo e aprender de Cristo, fervorosamente e em profunda humildade. -- Testimonies for the Church 1:412 (1864). Estranhas práticas MCP1 40 1 Por essas estranhas mostras de fanatismo como a que tivemos recentemente entre nós na Califórnia, com práticas esquisitas e pretensão de poder para expulsar demônios, procura Satanás enganar, se possível, os próprios eleitos. Essas pessoas, alegando ter uma mensagem especial para o nosso povo, acusavam este e aquele de estar possesso de um espírito mau. Então, depois de orar com eles, declaravam expulso o demônio. O resultado de seu trabalho atestava de seu caráter. Fui mandada dizer ao nosso povo que o Senhor não autorizava essas estranhas práticas, mas que essas exibições iludiam as pessoas, levando-as à ruína, a menos que fossem advertidas, pois seria pervertida a verdade bíblica. -- Carta 12, 1909. Combativos por natureza MCP1 40 2 Há os que são combativos por natureza. Pouco se lhes dá concordarem ou não com os seus irmãos. Têm prazer em entrar em polêmicas, gostam de lutar em defesa de suas singulares idéias; devem, porém, pôr de lado isso, pois não contribui para promover as graças cristãs. Trabalhai com todas as forças para atender à oração de Cristo, isto é, que Seus discípulos fossem um, assim como Ele é um com o Pai. Nenhum de nós está em segurança, a menos que diariamente aprendamos de Cristo Sua mansidão e humildade. MCP1 40 3 Em vosso trabalho não sejais ditatoriais, não sejais severos, não sejais antagonísticos. Pregai o amor de Cristo, que isso abrandará e subjugará os corações. Procurai ser do mesmo sentimento e mesmo juízo que vossos irmãos e falar as mesmas coisas. Isso de falar acerca de divisões por isso que nem todos têm as mesmas idéias que se apresentam a vossa mente, não é obra de Deus, mas do inimigo. Falai as simples verdades, com as quais haja acordo. Falai de unidade; não vos torneis estreitos e presunçosos; deixai que vossa mente se amplie. -- Manuscrito 111, 1894. Seguindo uma norma auto-estabelecida MCP1 41 1 Há muitos, muitos, que confiam em sua própria justiça. Estabelecem uma norma para si mesmos, e não se submetem à vontade de Cristo, nem permitem que Ele os envolva nas vestes de Sua justiça. Formam um caráter de acordo com o seu bel-prazer. Satanás se agrada de sua religião. Representam falsamente o caráter perfeito -- a justiça -- de Cristo. Enganados eles mesmos, por sua vez enganam outros. Não são aceitos por Deus. São capazes de levar outras almas para veredas falsas. Receberão afinal sua recompensa, juntamente com o grande enganador -- Satanás. -- Manuscrito 138, 1902. Reação de um fanático MCP1 41 2 Alguns anos depois, um homem chamado N, de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar sua mensagem. ... Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. ... Quando lhe dissemos nossas razões e lhe expusemos o assunto, em que ele estava em erro, grande poder veio sobre ele, e deu certamente um alto clamor. ... Tivemos muita dificuldade com ele; sua mente ficou desequilibrada e ele teve de ser internado num asilo de alienados. -- Carta 16, 1893; Mensagens Escolhidas 2:64. Como lidar com os fanáticos MCP1 41 3 Deus convoca Seus servos a que estudem Seu desejo e vontade. Então, quando se apresentam homens com teorias forjadas curiosamente, não discutam com eles, mas afirmem o que sabem. "Está escrito" deve ser vossa arma. Homens há que procurarão tecer seus delgados fios de falsas teorias. Graças a Deus existem também os que foram ensinados por Ele e sabem o que é a verdade. -- Carta 191, 1905. Cuidai das expressões e atitudes MCP1 41 4 Este é um tempo em que precisamos estar muito vigilantes, resguardando cuidadosamente as características da obra por fazer. Haverá os que procurarão introduzir teorias falsas, e se apresentarão com falsas mensagens. Satanás incitará mentes humanas, para criar fanatismo em nossas fileiras. Vimos algo disso em 1908. O Senhor deseja que Seu povo ande cautelosamente, cuidando das expressões e mesmo da atitude. Satanás usará atitudes e expressões excêntricas, para causar emoção e atuar em mentes humanas, enganando-as. -- Carta 12, 1909. Evitar testes de invenção humana MCP1 42 1 Novas e estranhas questões surgirão continuamente, para levar o povo de Deus a falsas emoções, reavivamentos religiosos, curiosos acontecimentos, mas nosso povo não deve submeter-se a nenhuns testes de invenção humana que haveriam de criar controvérsias de qualquer sorte. -- Manuscrito 167, 1897. Acautelai-vos quanto a chamada "luz nova", "maravilhosa", "avançada" MCP1 42 2 Minha alma acha-se muito opressa, porque sei o que nos espera no futuro. Todo engano imaginável se fará sentir por parte daqueles que não têm uma viva e diária comunhão com Deus. Os anjos de Satanás são sábios na prática do mal, e eles criarão isso que haverá quem alegará ser luz avançada, e a proclamará como nova e maravilhosa; entretanto, embora em alguns aspectos a mensagem possa ser verdadeira, será misturada com invenções humanas e apresentará como doutrina os mandamentos de homens. Se já houve tempo em que devêssemos vigiar e orar muito fervorosamente, esse tempo é o de agora. MCP1 42 3 Muita matéria aparentemente correta precisará ser cuidadosamente estudada, com muita oração, pois são especiosos estratagemas do inimigo, para guiar almas humanas por veredas que ficam tão perto do caminho da verdade, que mal se distingue dele. Os olhos da fé, porém, saberão discernir seu desvio, embora quase imperceptível, da vereda certa. A princípio pode julgar-se positivamente certo, mas sem demora se demonstrará largamente divergente do caminho que conduz à santidade e ao Céu. Irmãos meus, advirto-vos a que façais retas veredas para vossos pés, para que não se extravie o que é manco. -- Manuscrito 82, 1894. Fanatismo, difícil de extinguir MCP1 43 1 O fanatismo, uma vez iniciado e deixado às soltas, é tão difícil de extinguir como o incêndio que tomou conta de um prédio. Os que entraram nesse fanatismo [carne santa] e o mantiveram, fariam muitíssimo melhor em estar empenhados em obra secular; pois devido a sua atitude incoerente, estão desonrando ao Senhor e pondo em perigo o Seu povo. Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve manter-se elevada, pura, inadulterada de superstições e fábulas. Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901; Mensagens Escolhidas 2:35. Teorias muito elaboradas, que enchem a mente MCP1 43 2 Satanás está operando de muitas maneiras, para que os próprios homens que deveriam estar pregando a mensagem estejam ocupados com teorias muito elaboradas, que ele fará parecer de tal magnitude e importância que mereçam tomar a mente toda; e enquanto julgam estar dando maravilhosos e largos passos na vida cristã, estão idolatrando um punhado de idéias, e sua vida é prejudicada e pouca influência tem quanto à causa do Senhor. MCP1 43 3 Envide todo pastor fervorosos esforços para averiguar qual é o pensamento de Cristo. Há os que apanham da Palavra de Deus, e também dos Testemunhos, destacados parágrafos ou sentenças passíveis de ser interpretadas de modo a adaptar-se a suas idéias, e nisso demoram, exaltando-se na posição a que se guindaram a si mesmos, quando Deus não os está dirigindo. Ora, isso tudo apraz ao inimigo. Não devemos desnecessariamente seguir um procedimento que provoque diferenças ou cause dissensões. Não devemos dar impressão de que, se nossas idéias próprias não forem seguidas é porque falta aos pastores a compreensão. MCP1 43 4 Há nas lições ministradas por Cristo, abundância de assuntos sobre os quais podeis conversar, e os mistérios que nem vós nem vossos ouvintes podem compreender ou explicar, será melhor deixar em paz. Dai ao Senhor Jesus Cristo mesmo, oportunidade para ensinar; deixai que Ele, por influência de Seu Espírito, abra ao entendimento o maravilhoso plano da salvação. -- Manuscrito 111, 1894. Abandone o lado negativo (conselho a um pastor) MCP1 44 1 Se pudesses ver o resultado de sempre ficar no lado negativo, como fizeste durante anos, em maior ou menor medida, terias melhor compreensão das palavras do Salvador, registradas no capítulo décimo oitavo de Mateus. Os discípulos aproximaram-se de Jesus com a pergunta: "Quem é, porventura, o maior no reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em Meu nome, a Mim Me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!" Mateus 18:1-7. MCP1 44 2 Meu irmão, lança para longe todo o pensamento mau! Humilha perante Deus o coração. Então, abertos os teus olhos, não ficarás por mais tempo no lado negativo. "Se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno." Mateus 18:8. Corta teus atributos defeituosos, por doloroso que possa ser isso à natureza humana. "Se um dos teus olhos" -- tão vivos para ver algo que criticar, ou a que se opor -- "te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo." Verso 9. -- Carta 93, 1901. A fé vence o negativismo MCP1 44 3 Nós teremos êxito se avançarmos com fé, resolvidos a fazer a obra de Deus inteligentemente. Não devemos permitir que nos impeçam os homens que têm prazer em colocar-se no lado negativo, demonstrando muito pequena fé. A obra missionária de Deus tem de ser levada avante por homens de muita fé, e deve constantemente crescer em força e eficiência. -- Carta 233, 1904. O perigo da independência individual MCP1 45 1 Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência individual. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é susceptível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento de preferência a respeitar o conselho e estimar altamente a maneira de julgar de seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para guia de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar, pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 163, 164 (1911). Paz encontrada no cultivo da mansidão MCP1 45 2 A alma só encontra repouso ao cultivar a mansidão e humildade de coração. Jamais se encontrará a paz de Cristo onde reine o egoísmo. Não pode a alma crescer na graça se for egocêntrica e orgulhosa. Jesus assumiu a posição que o homem tem de ocupar para que a paz de Cristo possa habitar no coração. Os que se ofereceram a Cristo para tornar-se discípulos Seus, têm de negar-se a si mesmos diariamente, têm de erguer a cruz e andar nas pisadas de Jesus. Têm de ir aonde o Seu exemplo mostra o caminho. -- Carta 28, 1888. A virtude da cortesia cristã MCP1 45 3 Paulo, se bem que firme ao princípio como uma rocha, ainda conservou sempre a sua cortesia. Não era destituído de consideração para com a graça e a delicadeza devidas à vida social. O homem de Deus não absorveu o homem da humanidade. -- Carta 25, 1870; Nossa Alta Vocação, 234. MCP1 45 4 Algumas pessoas falam de maneira áspera, descortês, ferindo os sentimentos dos outros, e depois se justificam, dizendo: "É meu modo de ser; eu sempre digo justo o que penso"; e exaltam esse traço mau de caráter como uma virtude. Sua conduta indelicada deve ser firmemente repreendida. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1885; Nossa Alta Vocação, 227. A autora chamada para atender a toda espécie de fanatismo MCP1 46 1 Em 1844 tivemos de atender ao fanatismo em toda parte, mas sempre me vinha a palavra: Uma grande onda de agitação é prejuízo para a obra. Mantenha os pés nas pegadas de Cristo. Foi-me dada uma mensagem para atender a toda espécie de fanatismo. Fui instruída a mostrar ao povo que, sob uma onda de agitação é feita uma obra estranha. Há os que aproveitam a oportunidade para introduzir superstições. Assim se fecha a porta para a promulgação de doutrina sadia. -- Carta 17, 1902. Um perigo impendente MCP1 46 2 À medida que o fim se aproxima, o inimigo há de trabalhar com todas as suas forças para introduzir entre nós o fanatismo. Ele se regozijaria em ver adventistas do sétimo dia indo a tais extremos que fossem considerados pelo mundo como um bando de fanáticos. Contra esse perigo é-me ordenado advertir ministros e membros leigos. Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma base verdadeira, a firmar os pés num claro: "Assim diz o Senhor." -- Obreiros Evangélicos, 316 (1915). Controle da mente, uma forma de fanatismo MCP1 46 3 Tenho falado distintamente acerca da perigosa ciência que diz que uma pessoa deve deixar a mente ao controle de outro. Esta ciência pertence ao diabo. MCP1 46 4 Esta é a espécie de fanatismo que tivemos que enfrentar em 1845. Naquele tempo eu ignorava o que ele pretendia, mas fui solicitada a apresentar um muito positivo testemunho contra o que quer que seja dessa espécie. -- Carta 130a, 1901. Cultivar uma perspectiva imparcial, otimista MCP1 46 5 Não há motivo para fixarmos os olhos no erro, ofender-nos e queixar-nos, e perder tempo precioso e oportunidades, em lamentar as faltas de outros. ... Não seria mais agradável a Deus ter uma visão imparcial, e ver quantas almas estão servindo a Deus e resistindo à tentação e glorificando-O e honrando-O com os seus talentos de meios e de intelecto? Não seria melhor considerar o maravilhoso poder operador de milagres na transformação de pobres e degradados pecadores, que estiveram cheios de corrupção moral e se transformaram de tal maneira que se tornaram semelhantes a Cristo no caráter? -- Carta 63, 1893; Nossa Alta Vocação, 246. ------------------------Capítulo 6 -- Normalidade sadia A fonte da verdadeira felicidade MCP1 48 1 Há pessoas de imaginação doentia, às quais a religião é um tirano, como que os dominando com vara de ferro. Estão constantemente lamentando sua depravação e chorando por supostos males. Amor não existe em seu coração; no semblante mostram sempre um sobrolho carregado. Sentem calafrios ante as inocentes risadas dos jovens, ou de quaisquer outros. Consideram pecado toda recreação ou entretenimento, e julgam que a mente tem de estar constantemente afinada por esse diapasão rígido e severo. Este é um dos extremos. MCP1 48 2 Outros acham que a mente deve estar sempre tensa, a inventar novas recreações e diversões para ter saúde. Aprendem a depender da excitação e sentem-se desassossegados sem ela. Esses não são cristãos verdadeiros. Vão para outro extremo. MCP1 48 3 Os verdadeiros princípios do cristianismo oferecem a todos uma fonte de felicidade cuja altura e profundidade, comprimento e largura são imensuráveis. É Cristo em nós, uma fonte d'água que salta para a vida eterna. É um manancial contínuo, do qual os cristãos podem beber à vontade sem nunca esgotar a fonte. -- Testimonies for the Church 1:565, 566 (1867). Zelo que desaparece rápido MCP1 49 1 Não devemos incentivar um espírito de entusiasmo que traz zelo por algum tempo, mas logo desaparece, deixando o desânimo e a depressão. Necessitamos do pão da vida, o pão que desce do Céu para dar vida à alma. Estudai a Palavra de Deus. Não vos deixeis controlar pelos sentimentos. Todos os que trabalham na vinha do Senhor devem aprender que sentimento não é fé. Estar sempre em estado de emoção, não é exigido. Exige-se, porém, que tenhamos firme fé na Palavra de Deus, como sendo a carne e o sangue de Cristo. -- Carta 17, 1902; Evangelismo, 139. Não fria ortodoxia nem descuidado liberalismo MCP1 49 2 O progresso da reforma depende de um claro reconhecimento da verdade fundamental. Ao passo que, de um lado, espreita o perigo em uma estreita filosofia e numa rígida e fria ortodoxia, há, por outro lado, maior perigo num descuidoso liberalismo. O fundamento de toda reforma estável é a lei de Deus. Cumpre-nos apresentar em linhas distintas e claras a necessidade de obedecer a essa lei. Seus princípios devem ser mantidos perante o povo. Eles são tão eternos e inexoráveis como o próprio Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 129 (1905). Necessitam-se espíritos bem equilibrados MCP1 49 3 Muito dizem as epístolas quanto à posse de uma fé sadia. Isto nos deve convencer da necessidade de prudência. Não devemos entretecer em nossa vivência nossas próprias inclinações e traços fortes de caráter. Isso representará erradamente os preciosos, edificantes e enobrecedores princípios da verdade e levará outros a se extraviar. Ter fé sadia quer dizer mais do que muitos compreendem. Significa corrigir cada erro que exista em nossos pensamentos e atos, para não corrompermos a Palavra de Deus. MCP1 49 4 Há necessidade, neste tempo, de espíritos bem equilibrados, cristãos robustos, sadios. Muitos dos que professam a Cristo têm uma vivência enfermiça. Não sabem tolerar coisa alguma desfavorável. Desanimam se julgam estar de qualquer modo sendo menosprezados ou ofendidos, se os irmãos não foram com eles tão afáveis como julgam deverem ser. O Grande Médico, por sua infinita proficiência, lhes restauraria a perfeita saúde moral; mas o paciente recusa seguir a receita que oferece. Essas pessoas podem, por breve tempo, aplicar ao seu caso a Palavra de Deus, mas não se tornam obradores dessa Palavra. Logo vão ter as influências que se adaptam a seus gostos naturais e neutralizam tudo que ganharam. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1896. Todas as faculdades devem ser cultivadas MCP1 50 1 Se certas faculdades são usadas mas negligenciadas outras, não é plenamente efetuado em nós o desígnio de Deus, pois todas as faculdades têm influência umas sobre outras, sendo em grande medida interdependentes. Não pode uma ser usada eficazmente sem a atuação de todas, a fim de que o equilíbrio seja cuidadosamente preservado. Se toda a atenção e força forem dadas a uma só, enquanto as outras permanecem inativas, essa terá um grande desenvolvimento, que a levará a extremos, porque não cultivou, todas as faculdades. Algumas mentes ficam anãs, sem o devido equilíbrio. Nem todas as mentes são iguais por natureza. Temos mentalidades várias; alguns são fortes em determinados pontos, e muitos fracos em outros. Essas deficiências, tão aparentes, não precisavam nem deviam existir. MCP1 50 2 Se os que as possuem fortalecessem os pontos fracos do caráter, mediante o cultivo e o exercício, tornar-se-iam fortes. -- Testimonies for the Church 3:33 (1972). Pôr em uso todas as faculdades da mente MCP1 50 3 Todas as faculdades da mente devem ser postas em uso e aperfeiçoadas, a fim de que homens e mulheres tenham mente bem equilibrada. O mundo está repleto de homens e mulheres unilaterais, que assim se tornaram porque cultivaram determinadas faculdades, deixando outras se atrofiarem pela inatividade. MCP1 50 4 A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam demasiado, ao passo que negligenciam o que pertence à vida de atividades práticas. Homens e mulheres tornam-se pais sem considerar suas responsabilidades, e sua prole afunda mais baixo na escala da deficiência humana do que eles mesmos. Assim a raça humana está degenerando rapidamente. MCP1 50 5 A constante aplicação ao estudo, como se está dando nas escolas agora dirigidas [1872], está desabilitando os jovens para a vida prática. A mente humana quer ter ação. Se não estiver ativa, na reta direção, será ativa no erro. A fim de conservar o equilíbrio mental, devem estar juntos, nas escolas, o trabalho e o estudo. -- Testimonies for the Church 3:152, 153 (1872). Recursos para melhoria, ao alcance de todos MCP1 51 1 São desejados jovens que sejam homens de entendimento, que saibam apreciar as faculdades intelectuais que Deus lhes concedeu e as cultivem com o máximo cuidado. O exercício amplia essas faculdades, e se não for negligenciada a cultura também do coração, o caráter ficará bem equilibrado. Os meios de melhoria estão ao alcance de todos. Portanto, ninguém decepcione o Senhor, quando vier em busca de fruto, não apresentando nada senão folhas. Um propósito resoluto, santificado pela graça de Cristo, operará milagres. -- Manuscrito 122, 1899. Corpo, espírito e coração sob o controle de Deus MCP1 51 2 Aquele que na verdade ama e teme a Deus, esforçando-se, com sinceridade de propósito, a cumprir a Sua vontade, colocará ao serviço de Deus, corpo, espírito, coração, alma e forças. Foi isto que se deu com Enoque. Ele andou com Deus. ... Os que estão resolvidos a fazer da vontade de Deus a sua própria, têm de servir e agradar a Deus em tudo. Então o caráter será harmonioso e bem equilibrado, coerente, animoso e verdadeiro. -- Carta 128, 1897; Nos Lugares Celestiais, 190. As faculdades da mente devem dominar sobre o corpo MCP1 51 3 A verdadeira educação inclui o ser todo. Ela ensina o devido emprego do próprio eu. Habilita-nos a fazer o melhor uso do cérebro, ossos e músculos; do corpo, mente e coração. As faculdades do espírito são as mais elevadas; têm de governar o reino do corpo. Os naturais apetites e paixões devem ser sujeitos ao domínio da consciência e das afeições espirituais. Cristo Se acha à testa da humanidade, e Seu desígnio é conduzir-nos, em Seu serviço, a elevadas e santas veredas de pureza. Mediante a assombrosa operação de Sua graça, temos de nos tornar completos nEle. -- A Ciência do Bom Viver, 398, 399 (1905). Mente bem desenvolvida e amplitude de caráter MCP1 52 1 Os obreiros de Deus devem esforçar-se por ser homens multilaterais; isto é, devem ter amplitude de caráter. Não devem ser homens de visão acanhada, estereotipados com uma única maneira de trabalhar, presos aos mesmos costumes e incapazes de ver e perceber que suas palavras e a defesa que fazem da verdade têm que variar com a classe de gente com que têm de lidar e com circunstâncias que surgem. Todos devem buscar constantemente desenvolver bem a mente e vencer o caráter mal equilibrado. Isto deve ser seu estudo constante, se você quiser tornar-se obreiro útil, de êxito. -- Carta 12, 1887; Evangelismo, 106. Assuntos vulgares, triviais, definham a mente MCP1 52 2 Na mente de todo estudante deve ser gravado o pensamento de que a educação é um fracasso a menos que o entendimento soube apreender as verdades de revelação divina, e a menos que o coração aceite os ensinamentos do evangelho de Cristo. O estudante que, em vez dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e a atenção sejam absorvidos por assuntos vulgares, triviais, verá que a mente se está tornando definhada, enfraquecida. Ele perdeu a faculdade de crescer. A mente tem de ser ensinada a compreender as importantes verdades que concernem à vida eterna. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1909; Fundamentos da Educação Cristã, 536. A mente não deve ser abarrotada com coisas inúteis MCP1 52 3 A educação, como é conduzida nas escolas de nossos dias, [1897], é unilateral, e portanto errada. Como aquisição do Filho de Deus, somos propriedade Sua, e cada qual deve obter educação nas escolas de Cristo. Mestres sábios devem ser escolhidos para nossas escolas. Os mestres têm de lidar com mentes humanas, e são responsáveis a Deus quanto a gravar nessas mentes a necessidade de conhecer a Cristo como Salvador pessoal. Mas ninguém poderá verdadeiramente educar as adquiridas possessões de Deus, a menos que ele mesmo aprendeu na escola de Cristo a como ensinar. MCP1 52 4 Devo dizer-vos, com base na luz que me foi dada por Deus: Sei que muito tempo e dinheiro são despendidos pelos estudantes na aquisição de conhecimentos que são para eles como palha, pois não os habilitam a ajudar os semelhantes a formar um caráter que os habilite a unir-se aos santos e aos anjos na escola superior. Em vez de abarrotar sua mente juvenil com um montão de coisas aborrecidas e que em muitos casos para eles jamais terão qualquer uso, deve ser ministrada uma educação prática. Despendem-se tempo e dinheiro em adquirir conhecimentos inúteis. A mente deve ser cuidadosa e sabiamente ensinada a demorar-se nas verdades bíblicas. O principal objetivo da educação deve ser adquirir o conhecimento quanto a como podemos glorificar a Deus, a quem pertencemos pela criação e pela redenção. O resultado da educação deve ser habilitar-nos a compreender a voz de Deus. ... MCP1 53 1 Como os ramos da Videira Verdadeira, a Palavra de Deus apresenta unidade na diversidade. Há nela uma unidade perfeita, sobre-humana, misteriosa. Ela encerra sabedoria divina, e essa é o alicerce de toda educação verdadeira; esse Livro, porém, tem sido tratado com indiferença. MCP1 53 2 Agora, como nunca dantes, precisamos compreender a verdadeira ciência da educação. Se deixarmos de compreender isso, jamais teremos lugar no reino de Deus. "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Se é esse o preço do Céu, não deveria então nossa educação ser conduzida nessas linhas? -- Christian Educator, Agosto 1897. Fazer regras de ferro aos outros, desonra a Deus MCP1 53 3 Deus não justificará qualquer plano mediante o qual o homem, no mínimo grau oprima seu semelhante ou domine sobre ele. Logo que um homem comece a fazer uma regra férrea para os outros homens, ele desonra a Deus e põe em perigo sua própria alma e a alma de seus irmãos. -- Testimonies for the Church 7:181 (1902). Necessário o equilíbrio de mentes em desacordo MCP1 53 4 Aqui estamos reunidos -- de opiniões diferentes, diferente educação, e preparo diferente -- e não é de esperar que todas as mentes sigam pelo mesmo conduto; mas a questão é: Estamos nós, os vários ramos, enxertados na Videira-tronco? Isto é o que precisamos averiguar, e precisamos fazer a pergunta aos professores assim como aos estudantes. Precisamos compreender se estamos realmente enxertados na Videira-tronco. Se estamos, podemos ter maneiras diferentes, diferentes timbres de voz, vozes diferentes. Vós podeis olhar às coisas de determinado ponto de vista, e podemos ter idéias diferentes entre nós, em relação às Escrituras -- não em oposição às Escrituras, mas nossas idéias podem variar. Minha mente pode correr nas linhas que lhe são mais familiares, e outro pode pensar e adotar um ponto de vista de acordo com os seus traços de caráter, e ver motivo de profundo interesse em certo aspecto da questão, que outros não apanham. -- Manuscrito 14, 1894. Hissopo, cedro e palmeira MCP1 54 1 Em todas as disposições do Senhor, não existe nada mais belo, do que Seu plano de dar aos homens e às mulheres uma diversidade de dons. A igreja é Seu jardim, adornado de uma variedade de árvores, plantas e flores. Ele não espera que o hissopo fique do tamanho do cedro, nem que a oliveira atinja a altura de uma majestosa palmeira. Muitos têm recebido apenas um limitado preparo religioso e intelectual, mas Deus tem uma obra para esta classe de pessoas, se elas trabalharem com humildade, confiando nEle. -- Carta 122, 1902; Evangelismo, 98, 99. Características tão variadas como as flores MCP1 54 2 Das infinitas variedades de plantas e flores, podemos aprender uma importante lição. Nem todas as flores têm a mesma forma, nem a mesma cor. Algumas delas são medicinais. Outras são sempre fragrantes. Há cristãos professos que julgam ser seu dever fazer com que todos os outros sejam semelhantes a eles. Este plano é humano; não é o plano de Deus. Na igreja de Deus há lugar para características tão variadas como as flores do jardim. Em Seu jardim espiritual há muitas variedades de flores. -- Carta 95, 1902; Evangelismo, 99. Faculdades da mente e do corpo são dom de Deus MCP1 54 3 As reivindicações de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do império de si mesmos, para a necessidade da pureza, a libertação de todo apetite aviltante e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades de mente e corpo, são dons de Deus, e se destinam a ser preservadas nas melhores condições possíveis, para Seu serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 130 (1905). Deus deseja caráter simétrico MCP1 55 1 Deus reprova os homens porque os ama. Quer que sejam fortes em Sua força, que possuam mente bem equilibrada e caráter simétrico; então eles serão exemplos ao rebanho de Deus, guiando-os pelo preceito e pelo exemplo para mais perto do Céu. Então edificarão a Deus um santo templo. -- Manuscrito 1, 1883; Mensagens Escolhidas 1:48. ------------------------Capítulo 7 -- Enfermidade que começa na mente Demasiado pouca atenção dada aos fatores causativos MCP1 59 1 Demasiado pouco se atende às causas que servem de base para a mortalidade, para a enfermidade e degenerescência que existem hoje em dia, mesmo nos países mais civilizados e favorecidos. A espécie humana está-se deteriorando. -- A Ciência do Bom Viver, 380 (1905). Nove décimos das doenças originam-se na mente MCP1 59 2 Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. Talvez algum vivo problema doméstico esteja, qual cancro roendo até à alma e enfraquecendo as forças vitais. Remorsos pelos pecados às vezes solapam a constituição e desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno sempre ardente e o intérmino tormento dos ímpios que, dando exagerada e distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre as mentes sensíveis. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). A mente afeta o corpo MCP1 59 3 A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro também o é. O estado da mente afeta a saúde do sistema físico. Se a mente se acha despreocupada e feliz, em virtude da consciência de estar agindo corretamente, e do senso de satisfação por estar promovendo a felicidade de outros, isso cria uma disposição que agirá sobre todo o organismo, produzindo uma circulação mais livre do sangue e dando tono a todo o corpo. A bênção de Deus é um poder salutar, e aqueles que são copiosos em fazer o bem a outros perceberão essa maravilhosa bênção tanto no coração como na vida. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 28; ver também Testimonies for the Church 4:60, 61 (1876). Cérebro bem nutrido e sadio MCP1 60 1 O cérebro é o órgão e instrumento da mente, e controla o corpo todo. Para as outras partes do organismo serem sadias, tem de o cérebro ser sadio. E para o cérebro ser sadio, o sangue tem de ser puro. Se, mediante corretos hábitos de comer e beber o sangue for conservado puro, o cérebro será nutrido devidamente. -- Manuscrito 24, 1900; Medicina e Salvação, 291. Vasta influência da imaginação MCP1 60 2 A doença é às vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos, poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). O poder elétrico do cérebro vivifica o organismo MCP1 60 3 Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo, como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à moléstia; o efeito deprimente e mesmo ruinoso da ira, descontentamento, egoísmo, impureza; e de outro lado, o maravilhoso poder vivificante que se encontra em um bom ânimo, altruísmo, gratidão -- também devem ser apresentados. -- Educação, 197 (1903). Alguns são doentes por falta de força de vontade MCP1 61 1 Nas viagens, tenho deparado com muitos que eram realmente sofredores imaginários. Faltava-lhes força de vontade para subir acima da doença do corpo e da mente e combatê-la; e, por isso, foram detidos na escravidão do sofrimento. ... MCP1 61 2 Eu freqüentemente volto de junto do leito desses inválidos voluntários, dizendo de mim para mim: Morrendo aos poucos, morrendo por indolência -- enfermidade que ninguém pode curar a não ser a própria pessoa. -- The Health Reformer, Janeiro de 1871; Medicina e Salvação, 106, 107. Importância da mente sã em corpo são MCP1 61 3 As faculdades mentais e morais dependem da saúde física. Às crianças deve ser ensinado que devem ser sacrificados todos os prazeres e condescendências que interfiram com a saúde. Se às crianças forem ensinados a renúncia e o domínio próprio, elas se sentirão muito mais felizes do que permitindo-lhes a condescendência com desejos de prazeres e de vestuário extravagante. ... MCP1 61 4 A boa saúde, a mente sã e o coração puro não são considerados de primeira importância no lar. Muitos pais não educam os filhos para serem úteis e cumpridores do dever. São favorecidos e mimados, até que para eles a abnegação se torna quase uma impossibilidade. Não se lhes ensina que, para ter sucesso na vida cristã, o aperfeiçoamento de mente sã em corpo são é da maior importância. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1871. Crianças pressionadas demais, e muito cedo MCP1 61 5 Na sala de aulas está seguramente posto o fundamento para doenças de várias espécies. Mais especialmente, porém, o mais delicado de todos os órgãos -- o cérebro -- tem ficado muitas vezes permanentemente prejudicado por demasiado exercício. ... E a vida de muitos tem sido assim sacrificada por mães ambiciosas. Das crianças que, ao que parece, tiveram suficiente força de constituição para sobreviver a esse tratamento, muitas há que levam através da existência os seus efeitos. A energia nervosa cerebral fica tão fraca, que depois que eles chegam à maturidade, é-lhes impossível resistir a muito esforço mental. A força de alguns dos delicados órgãos do cérebro parece achar-se exausta. E não somente a saúde física e mental das crianças tem sido posta em risco por mandá-las demasiado cedo à escola, mas elas têm perdido no sentido moral. -- Healthful Living, 43, 44 (1865); Mensagens Escolhidas 2:436. Doença às vezes causada pelo egotismo MCP1 62 1 Muitos são enfermos física, mental e moralmente porque têm a atenção volvida quase exclusivamente para si mesmos. Poderiam ser salvos da estagnação pela sadia vitalidade de mentes mais jovens e variadas, e pela inquieta energia de crianças. -- Testimonies for the Church 2:647 (1871). MCP1 62 2 Muito poucos reconhecem os benefícios do cuidado, da responsabilidade e experiência que as crianças trazem à família. ... Uma casa sem crianças é lugar desolado. O coração dos habitantes está em perigo de tornar-se egoísta, de cultivar um amor pela sua própria situação, e consultar seus próprios desejos e conveniências. Acumulam compaixão para si mesmos, mas pouco têm para conceder a outros. O cuidado e a afeição para com crianças dependentes, remove a rusticidade de nossa natureza, faz-nos ternos e compassivos, e influi no desenvolvimento dos elementos nobres de nosso caráter. -- Testimonies for the Church 2:647 (1871). Emoções deprimentes são prejudiciais à saúde MCP1 62 3 É dever de todos cultivar um espírito prazenteiro, em vez de estar incubando tristezas e dificuldades. Muitos há que, deste modo, não só se fazem infelizes a si mesmos, mas também sacrificam a saúde e a felicidade a uma imaginação mórbida. Há em seu ambiente coisas que não são aprazíveis, e seu semblante traz continuamente o sobrecenho carregado que, mais claramente do que o fariam palavras, expressam descontentamento. Essas emoções deprimentes fazem-lhes grande mal à saúde, pois, estorvando o processo da digestão, interferem com a nutrição. Ao passo que o desgosto e a ansiedade não podem remediar um só mal que seja, podem eles causar grande dano; mas a disposição jovial e a esperança, enquanto iluminam a vereda dos outros, são "vida para os que as acham, e saúde para o seu corpo". Provérbios 4:22. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885. Ao tratar doentes, estudar a mente MCP1 63 1 No tratamento do enfermo não se deve esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). A doença origina-se na mente MCP1 63 2 Grande parte das doenças que afligem a humanidade tem sua origem na mente e só pode ser curada restaurando-se a saúde da mente. Existem muito mais pessoas do que imaginamos, que estão doentes mentalmente. A depressão produz muitos dispépticos, pois o problema mental tem uma influência paralisante sobre os órgãos digestivos. -- Testimonies for the Church 3:184 (1872). Cristo cura MCP1 63 3 Há uma enfermidade da alma que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orai por esses, e trazei-os a Jesus Cristo. -- Manuscrito 105, 1898; Beneficência Social, 71. Atmosfera provê saúde e vigor MCP1 63 4 Acima de tudo, devem os pais cercar os filhos de uma atmosfera de alegria, cortesia e amor. O lar em que habita o amor, e onde encontra expressão nos olhares, nas palavras e atos, é um lugar em que os anjos se deleitam em demorar-se. Pais, que a luz do amor, da jovialidade, e de um feliz contentamento entre em vosso próprio coração, e sua doce influência invada o lar. Manifestai espírito bondoso, paciente, e acoroçoai-o em vossos filhos, cultivando todas as graças que iluminarão a vida doméstica. A atmosfera assim criada será para as crianças o que o ar e a luz do Sol são para o mundo vegetal, promovendo a saúde e o vigor do espírito e do corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115 (1913), [no inglês]. ------------------------Capítulo 8 -- A religião e a mente O amor de Cristo vivifica o ser todo MCP1 65 1 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas as mais altas energias do ser para a atividade. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). A obra de Cristo é curar os de coração quebrantado MCP1 65 2 O poder restaurador de Deus encontra-se por toda a Natureza. Se uma árvore é cortada, se um ser humano se fere ou fratura um osso, imediatamente a natureza começa a reparar o dano. Mesmo antes que exista a necessidade, os agentes de cura se encontram de prontidão; e logo que uma parte se ache ferida, toda a energia se aplica ao trabalho da restauração. Assim é no domínio das coisas espirituais. Antes que o pecado criasse a necessidade, Deus providenciara o remédio. Cada alma que cede à tentação, torna-se ferida, magoada pelo adversário; mas onde quer que haja pecado, há um Salvador. É a obra de Cristo "curar os quebrantados de coração", "apregoar liberdade aos cativos. ... pôr em liberdade os oprimidos". Lucas 4:18. -- Educação, 113 (1903). A prescrição do Salvador, para males mentais e espirituais MCP1 66 1 As palavras de nosso Salvador: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28) são uma receita, para a cura dos males físicos, mentais e espirituais. Embora os homens hajam trazido sobre si o sofrimento por causa de suas más ações, Ele os olha com piedade. NEle podem encontrar socorro. Grandes coisas fará por aqueles que nEle confiam. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). O evangelho versus ciência e literatura MCP1 66 2 A ciência e a literatura não podem trazer à entenebrecida mente dos homens a luz que o glorioso evangelho do Filho de Deus pode trazer. O Filho de Deus, tão-somente, pode realizar a grande obra de iluminar a alma. Não admira que Paulo exclame: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." Romanos 1:16. O evangelho de Cristo confere personalidade àqueles que crêem, e torna-os vivas epístolas, conhecidas e lidas por todos os homens. Deste modo o fermento da piedade é comunicado à multidão. Os seres celestiais conseguem discernir os verdadeiros elementos de grandeza de caráter, pois unicamente a bondade é por Deus estimada como eficiência. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 199, 200. O evangelho, tão-somente, pode curar os males que infelicitam a sociedade MCP1 66 3 O único remédio para os pecados e sofrimentos dos homens é Cristo. Unicamente o evangelho de Sua graça pode curar os males que infelicitam a sociedade. A injustiça do rico para com o pobre, e o ódio dos pobres para com os ricos, ambos têm a raiz no egoísmo; e este, somente pode ser desarraigado pela submissão a Cristo. Ele, unicamente, substitui o cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor. Preguem os servos de Cristo o evangelho com o Espírito enviado do Céu e como Ele trabalhem para o benefício dos homens. Então, hão de se manifestar no abençoar e soerguer a humanidade, resultados cuja consecução seria totalmente impossível pelo poder humano. -- Parábolas de Jesus, 254 (1900). Unicamente mediante um desenvolvimento harmonioso pode ser atingida a perfeição MCP1 67 1 O desenvolvimento do espírito é um dever que temos para com nós mesmos, a sociedade e Deus. Nunca, porém, devemos imaginar meios de cultivo para o intelecto a expensas do moral e espiritual. E é unicamente mediante o harmonioso desenvolvimento de ambas as partes -- as faculdades mentais e morais -- que se pode atingir a mais alta perfeição de cada uma. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 541 (1913), [no inglês]. O lêvedo divino transforma a mente MCP1 67 2 Na parábola a mulher colocou o lêvedo na farinha. Era necessário suprir uma necessidade. ... Assim, o lêvedo divino teve efeito. ... A mente se transforma; as faculdades são postas a trabalhar. O homem não é suprido com novas faculdades, mas as faculdades que possui, são santificadas. Desperta-se a consciência, até aí morta. Mas o homem não pode ele mesmo fazer essa mudança. Ela só pode ser operada pelo Espírito Santo. ... MCP1 67 3 Quando nossa mente é controlada pelo Espírito de Deus, compreendemos a lição ensinada pela parábola do fermento. Os que abrem o coração para receber a verdade reconhecerão que a Palavra de Deus é o grande instrumento na transformação do caráter. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899. A verdade evangélica provê firme propósito MCP1 67 4 Cada um de nós precisa ter uma profunda intuição dos ensinos da Palavra de Deus. Nosso espírito precisa estar preparado para resistir a toda prova, a toda tentação, seja ela externa ou interna. Precisamos saber porque cremos como o fazemos, e porque nos achamos do lado do Senhor. A verdade precisa velar em nosso coração, pronta a fazer soar um alarme, e concitar-nos à ação contra todo inimigo. Os poderes das trevas abrirão suas baterias sobre nós; e todos quantos são indiferentes e descuidosos, que puseram suas afeições nos tesouros terrenos, e não se importaram de compreender os tratos de Deus com Seu povo, serão vítimas fáceis. Poder algum a não ser o conhecimento da verdade tal como é em Jesus, nos fará jamais firmes; com isto, porém, um poderá perseguir a mil, e dois põem em fuga dez mil. -- The Review and Herald, 29 de Abril de 1884; Nossa Alta Vocação, 330. Confiar-nos a Cristo, traz-nos paz MCP1 68 1 Todo o nosso futuro depende de nossa ação individual, de abrirmos o coração para receber o Príncipe da paz. Nossa mente pode encontrar calma e repouso mediante o entregarmo-nos a Cristo, em quem há poder eficiente. Tendo conseguido essa paz, esse conforto, essa esperança, que Ele oferece a nossa alma, vosso coração se regozijará em Deus, nosso Salvador, pela grande e maravilhosa esperança que vos é apresentada, a vós como uma pessoa que reconhece o Grande Dom. Então vos sentireis tão gratos que louvareis a Deus pelo grande amor e graça concedidos. MCP1 68 2 Contemplai vosso Ajudador, Jesus Cristo. Dai-Lhe as boas-vindas, e convidai Sua graciosa presença. Vossa mente pode renovar-se dia a dia, e é privilégio vosso aceitar paz e repouso, erguer-vos acima dos acabrunhamentos e louvar a Deus por vossas bênçãos. Não levanteis barreiras de coisas objetáveis, para conservar Jesus afastado de vossa alma. Mudai a tonalidade de vossa voz; não murmureis; expressai gratidão pelo grande amor de Cristo, que vos tem sido mostrado e continua a sê-lo. -- Carta 294, 1906. Demorar o pensamento em Cristo provê estímulo MCP1 68 3 Se permitíssemos nossa mente demorar mais em Cristo e no mundo celestial, encontraríamos um poderoso estímulo e apoio ao ferir as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor do mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor que tão logo será nosso lar. Ante a formosura de Cristo todos os atrativos terrestres se afigurarão de pequenino valor. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1887. O conhecimento fortalece a mente e a alma MCP1 68 4 O que precisamos é de conhecimento que robusteça a mente e a alma, que nos torne homens e mulheres melhores. A educação do coração é de valor incomparavelmente maior que o mero saber dos livros. É bom, mesmo essencial, possuir conhecimento do mundo em que vivemos; mas se deixarmos a eternidade fora de nossas cogitações, sofreremos um fracasso de que jamais nos poderemos reabilitar. -- A Ciência do Bom Viver, 450 (1905). A mente e a luta espiritual MCP1 69 1 Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende de pensar retamente, e retamente agir. "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem." "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem." Mateus 15:11, 19, 20. MCP1 69 2 Os maus pensamentos destroem a alma. O poder de Deus para converter muda o coração, enobrece e purifica os pensamentos. A menos que se faça um resoluto esforço por manter os pensamentos centralizados em Cristo, a graça não pode revelar-se na vida. A mente tem de ocupar-se na luta espiritual. Todo pensamento tem de ser levado em cativeiro à obediência de Cristo. Todos os hábitos têm de ser postos sob o controle de Deus. -- Carta 123, 1904. A preocupação do espírito uma salvaguarda contra o mal MCP1 69 3 Como salvaguarda contra o mal, a preocupação do espírito com o bem vale mais do que inúmeras barreiras de lei ou disciplina. -- Educação, 213 (1903). A imaginação pervertida produz trevas MCP1 69 4 Se os olhos da mente contemplam a excelência do mistério da piedade, e a vantagem das riquezas espirituais sobre as riquezas mundanas, o corpo todo será pleno de luz. Se a imaginação é pervertida pela fascinação da pompa e esplendor terrenos, a ponto de o ganho parecer piedade, o corpo todo será pleno de trevas. Quando as faculdades da mente se concentram nos tesouros da Terra, elas se envilecem e apoucam. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888. A mente dirigida para o criador, não para a exaltação própria MCP1 70 1 Se a este princípio [trabalhar para glória de Deus] fosse dada a atenção que a importância do mesmo reclama, haveria uma modificação radical em alguns dos métodos usuais de educação. Em vez de apelar para o orgulho e para a ambição egoística, acendendo um espírito de emulação, esforçar-se-iam os professores por despertar o amor pela bondade, verdade e beleza -- por suscitar o desejo de perfeição. ... Em lugar de ser encaminhado às meras normas terrestres, ou ser movida pelo desejo de exaltação própria, que em si mesmo atrofia e apouca, a mente se encaminharia ao Criador, a fim de O conhecer e tornar-se semelhante a Ele. -- Patriarcas e Profetas, 595, 596 (1890). Águas vivas, e cisternas rotas MCP1 70 2 Jesus conhecia as necessidades da alma. Pompas, riquezas e honras não podem satisfazer o coração. "Se alguém tem sede, venha a Mim." O rico, o pobre, o elevado, o humilde, são igualmente bem-vindos. Ele promete aliviar os espíritos preocupados, confortar os tristes e dar esperança aos acabrunhados. MCP1 70 3 Muitos dos que ouviram a Jesus estavam a prantear desvanecidas esperanças, muitos nutriam algum desgosto oculto, muitos ainda procuravam satisfazer seus inquietos anseios com as coisas do mundo e o louvor dos homens; mas, obtido tudo, verificavam haver labutado para alcançar nada mais que uma cisterna rota, na qual se não podiam saciar. Por entre o brilho das festivas cenas, estavam descontentes e tristes. MCP1 70 4 Aquele súbito brado: "Se alguém tem sede", despertou-os de sua dolorosa meditação, e ao escutarem as palavras que se seguiram, seu espírito reviveu com nova esperança. O Espírito Santo apresentou-lhes o símbolo até que viram nele o oferecimento do inapreciável dom da salvação. -- O Desejado de Todas as Nações, 454 (1898). Necessária a união do empenho divino com o humano MCP1 70 5 O Espírito comunica a força que sustém almas que porfiam, lutam, em toda emergência, por entre a hostilidade dos parentes, o ódio do mundo e a consciência das próprias imperfeições e erros. A união do esforço divino e do humano, uma estreita ligação com Deus no princípio, no fim e sempre, com Ele que é a fonte de toda força -- eis o que é absolutamente necessário. -- The Review and Herald, 19 de Maio de 1904; Nossa Alta Vocação, 149. ------------------------Capítulo 9 -- A mente -- a cidadela A capital do corpo MCP1 72 1 Cada órgão do corpo foi feito para ser servo da mente. A mente é a capital do corpo. -- Testimonies for the Church 3:136 (1872). MCP1 72 2 A mente controla o homem todo. Todas as nossas ações, boas ou más, têm sua origem na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. No entanto, muitos passam a vida toda sem se tornar entendidos quanto ao escrínio que contém esse tesouro. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 426. O cérebro controla o corpo MCP1 72 3 Existem hoje muitos inválidos que sempre assim permanecerão, porque não se convencem de que seu modo de viver não merece confiança. O cérebro é a capital do corpo, a sede de todas as forças nervosas e da ação mental. Os nervos procedentes do cérebro controlam o corpo. Pelos nervos do cérebro são transmitidas impressões mentais para todos os membros do corpo, como se fossem fios telegráficos, e eles controlam a ação vital de todas as partes do organismo. Todos os órgãos de movimento são governados pelas comunicações que recebem do cérebro. -- Testimonies for the Church 3:69 (1872). MCP1 73 1 Os nervos do cérebro, que se comunicam com todo o organismo, são os únicos instrumentos pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem e afetar sua vida mais íntima. -- Testimonies for the Church 2:347 (1870). Satanás ataca as faculdades perceptivas MCP1 73 2 Satanás aproxima-se do homem com suas tentações, como um anjo de luz, como o fez com Cristo. Tem trabalhado para levar o homem a um estado de fraqueza física e moral, a fim de o poder vencer com suas tentações, triunfando em seguida sobre sua ruína. E tem sido bem-sucedido em tentar o homem a condescender com o apetite, a despeito dos resultados. Sabe bem ser impossível ao homem desempenhar-se de suas obrigações para com Deus e seus semelhantes, enquanto prejudica as faculdades que Deus lhe deu. O cérebro é a capital do corpo. Se as faculdades perceptivas se obscurecem devido à intemperança de qualquer espécie, as coisas eternas deixam de ser discernidas. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236. A tirania da moda MCP1 73 3 O vigor ou a fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade no mundo e nossa salvação final. A ignorância que tem dominado quanto à lei de Deus a respeito de nossa natureza física, é deplorável. A intemperança de qualquer espécie é uma violação das leis de nosso ser. A imbecilidade campeia em grau assustador. O pecado torna-se atraente pela cobertura de luz de que Satanás o reveste, e ele se compraz quando pode manter o mundo cristão em seus hábitos diários, sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo que o apetite os governe. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 237. Guardando a cidadela MCP1 73 4 Todos devem sentir a necessidade de manter a natureza moral estimulada por constante vigilância. Quais fiéis sentinelas, devem eles guardar a cidadela da alma, sem jamais achar que podem relaxar sua vigilância por um momento sequer. -- Special Testimonies to Physicians and Helpers, 65 (1879); Conselhos Sobre Saúde, 411. A mente educada devidamente não vacila MCP1 74 1 A mente precisa ser educada mediante testes diários, a hábitos de fidelidade, ao reconhecimento das reivindicações da justiça e do dever, acima da inclinação e do prazer. As mentes assim educadas não vacilam entre o direito e o erro, tal como o junco oscila ao vento; mas logo que se lhes apresentem questões, discernem desde logo que se acha comprometido um princípio, e instintivamente escolhem o reto, sem longo debate sobre o caso. São fiéis porque se educaram em hábitos de fidelidade e verdade. -- Testimonies for the Church 3:22 (1872). A cidadela desprotegida MCP1 74 2 Pela contemplação nos transformamos. Conquanto formado segundo a imagem de seu Criador, o homem pode educar a mente de forma que aquilo que aborrecia, agora lhe é agradável. Deixando de vigiar e orar, ele deixa de guardar a cidadela, o coração, e se entrega à prática do pecado e do crime. A mente se avilta, e é impossível erguê-la da corrupção enquanto está sendo educada a escravizar as faculdades morais e intelectuais, levando-as à sujeição a crassas paixões. Tem de se manter constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser ajudados pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima, habilitando-a a meditar sobre coisas puras e santas. -- Testimonies for the Church 2:479 (1870). Origem das fontes da vida ou morte MCP1 74 3 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra." Colossences 3:2. O coração é a cidadela do homem. Dele procedem as saídas da vida ou morte. Até que o coração esteja purificado, a pessoa está inapta para ter qualquer parte na comunhão dos santos. Porventura o Perscrutador dos corações não sabe quem está se deixando ficar no pecado, sem dar atenção a sua alma? Não tem havido uma testemunha das coisas mais secretas da vida de todos? MCP1 74 4 Fui forçada a ouvir as palavras proferidas por alguns homens a senhoras e meninas -- palavras de lisonja, palavras que enganavam e envaideciam. Satanás usa todos esses recursos para destruir almas. Alguns de vós podem deste modo ter sido agentes seus; se assim é, tereis de defrontar esses fatos no juízo. Dessa classe disse o anjo: "Seu coração jamais foi dado a Deus. Cristo não está neles. A verdade não está. Seu lugar acha-se ocupado pelo pecado, engano e falsidade. Não crêem na Palavra de Deus nem procedem segundo ela." -- Testimonies for the Church 5:536, 537 (1889). Bem-estar, condescendência própria, segurança -- Traidores junto dos muros MCP1 75 1 Foi quando os israelitas se achavam em uma condição de comodidade e segurança exterior que foram levados ao pecado. Deixaram de conservar a Deus sempre diante de si, negligenciaram a oração, e acariciaram um espírito de confiança em si próprios. A comodidade e condescendência consigo mesmos, deixaram desguarnecida a cidadela da alma, dando entrada a pensamentos aviltantes. Foram os traidores dentro dos muros que subverteram as fortalezas do princípio e traíram Israel ao poder de Satanás. MCP1 75 2 É assim que Satanás ainda procura conseguir a ruína da alma. Uma longa operação preparatória desconhecida ao mundo, tem lugar no coração, antes que o cristão cometa francamente o pecado. A alma não desce de pronto da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que se degradem aqueles que foram formados à imagem de Deus, ao estado brutal e satânico. Pelo contemplar nos transformamos. Alimentando pensamentos impuros, o homem pode de tal maneira conduzir sua mente que o pecado que uma vez lhe repugnava tornar-se-lhe-á agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459 (1890). O fumo entorpece as sensibilidades MCP1 75 3 O fumo, qualquer a forma em que seja usado, afeta a constituição. E um veneno lento. Afeta o cérebro e entorpece as sensibilidades, de modo que a mente não pode discernir claramente as coisas espirituais, especialmente as verdades que teriam a tendência de corrigir essa imunda condescendência. MCP1 75 4 Os que usam o fumo sob qualquer forma não estão limpos perante Deus. Com tão imundo hábito é-lhes impossível glorificar a Deus no corpo e no espírito, que Lhe pertencem. E enquanto eles se servem de tóxicos de efeito lento mas seguro, que lhes estão arruinando a saúde e aviltando as faculdades da mente, Deus não os pode aprovar. Ele lhes pode ser misericordioso enquanto eles contemporizam com esse pernicioso hábito, ignorando o mal que lhes está fazendo; mas quando a questão lhes é apresentada em sua verdadeira luz, são então culpados diante de Deus se continuarem a condescender com essa grosseira paixão. -- Spiritual Gifts 4:126 (1864). Escravos do álcool e das drogas MCP1 76 1 Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para a vereda da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse caminho, incita-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma a outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de aviltamento. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude jactanciosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção. Têm por liberdade o serem escravos do apetite e da licenciosidade egoístas e baixos. -- The Signs of the Times, 22 de Junho de 1891; Temperança, 274. Armas de Satanás MCP1 76 2 A condescendência com as concupiscências da carne guerreia contra a alma. O apóstolo dirige-se aos cristãos, de maneira muito impressiva: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus." Romanos 12:1. Se o corpo se torna saturado de bebidas alcoólicas e a contaminação do fumo, ele não é santo nem aceitável a Deus. Satanás sabe que não pode ser, e por esta razão pressiona os homens com suas tentações para o apetite, a fim de poder levá-los ao cativeiro desta propensão, causando assim a sua ruína. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874. Fator decisivo da paixão e do apetite MCP1 76 3 Se homens e mulheres de inteligência ficam com as faculdades morais obscurecidas em virtude da intemperança de qualquer espécie, estão, em muitos de seus hábitos, pouco acima dos pagãos. Satanás está continuamente atraindo o povo, da luz salvadora ao costume e à moda, sem consideração para com a saúde física, mental e moral. O grande inimigo sabe que, se o apetite e a paixão dominam, a saúde do corpo e o vigor do intelecto são sacrificados no altar da satisfação do próprio eu, e o homem é prontamente levado à ruína. Se a esclarecida inteligência mantém as rédeas, governando as propensões da parte animal, mantendo-as em sujeição às faculdades morais, Satanás bem sabe ser bem fraco seu poder de derrotar com tentações. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 237. O que poderia ter sido MCP1 77 1 Houvessem os pais nas gerações passadas, com firmeza de propósito, conservado o corpo em sujeição à mente, e não permitissem que o intelecto fosse escravizado pelas paixões animais, haveria nesta geração diversa ordem de seres na Terra. -- Healthful Living (Parte 2), 38 (1865); Mensagens Escolhidas 2:431, 432. Escolher entre o controle do espírito e do corpo MCP1 77 2 Todo estudante precisa compreender a relação entre a maneira simples de viver e a norma elevada no pensar. Depende de nós individualmente decidir se nossa vida será dirigida pelo espírito ou pelo corpo. Deve o jovem, por si mesmo, fazer a escolha que moldará a sua vida; e não se devem poupar esforços para levá-lo a compreender as forças com que tem de tratar, e as influências que moldam o caráter e o destino. -- Educação, 202 (1903). Ensinai o povo MCP1 77 3 Apresentai ao povo a necessidade de resistir à tentação de condescender com o apetite. Nisto é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente relacionados estão o corpo e o espírito e mostrai a necessidade de manter a ambos no melhor estado. -- Carta circular a Médicos e Evangelistas, 1910; Conselhos Sobre Saúde, 543. ------------------------Capítulo 10 -- Conhecimento Obra que requer discernimento e discriminação MCP1 78 1 Tratar com mentes humanas é a obra mais bela e ao mesmo tempo a mais difícil, dada a mortais. Os que se empenham nesta obra devem ter claro discernimento e boa faculdade de discriminação. MCP1 78 2 A verdadeira independência mental é um elemento inteiramente diverso da precipitação. Essa qualidade de independência que leva a uma opinião cautelosa, devota e deliberada, não deve ser abandonada facilmente, pelo menos não antes que a evidência seja suficientemente forte para nos dar a certeza de que estamos em erro. Esta independência manterá o espírito calmo e estável, entre os inúmeros erros que prevalecem, e levará aos que ocupam posição de responsabilidade a considerar cuidadosamente a evidência, sob todos os ângulos, sem ser arrastados por influência de outros, ou pelo ambiente, a firmar conclusões sem a devida compreensão e completo conhecimento de todas as circunstâncias. -- Testimonies for the Church 3:104, 105 (1872). Tarefa exigente MCP1 78 3 Visto como o homem custou tanto ao Céu, isto é, o preço do amado Filho de Deus, quão cuidadosos devem os pastores, professores e pais ser no trato das almas que foram levadas sob sua influência! É uma bela obra, tratar com mentes, e deve-se cumpri-la com temor e tremor. MCP1 79 1 Os educadores da juventude devem manter perfeito domínio próprio. Destruir a influência de alguém sobre uma alma humana, pela impaciência ou para manter indevida dignidade e supremacia, é um terrível erro, pois pode ser o meio de perder para Cristo essa alma. As mentes juvenis podem tornar-se tão deformadas por uma orientação imprudente, que o dano causado pode nunca mais ser vencido completamente. A religião de Cristo deve ter uma influência controladora sobre a educação e preparo dos jovens. MCP1 79 2 O exemplo do Salvador, de abnegação, bondade universal e longânimo amor, é uma repreensão aos pastores e professores impacientes. Ele pergunta a esses instrutores impetuosos: "É esta a maneira em que tratais as almas pelas quais dei Minha vida? Não tendes em maior estima o infinito preço que paguei por sua redenção?" -- Testimonies for the Church 4:419 (1880). O médico encontra todas as espécies de mentes MCP1 79 3 O Dr. _____ deve procurar aumentar diariamente sua bagagem de conhecimentos, e cultivar a cortesia e apuro de maneiras. ... Deve ele ter em mente que se associa com todas as espécies de mentes e que as impressões que ele dá se estenderão a outros Estados e refletirão sobre o Instituto [Sanatório de Battle Creek]. -- Testimonies for the Church 3:183, 184 (1872). São necessárias paciência e sabedoria MCP1 79 4 Os pastores devem ser cuidadosos em não esperar demais daqueles que ainda andam às apalpadelas nas trevas do erro. Devem fazer bem o seu trabalho, confiando em que Deus comunicará às mentes indagadoras a misteriosa, vivificante influência de Seu Espírito Santo, sabendo que sem isso os seus labores não terão êxito. Devem ser pacientes e prudentes ao tratar com mentes humanas, lembrados de quão variadas são as circunstâncias que produziram tão diversificados traços individuais. Devem também guardar-se a si mesmos estritamente, para que o próprio eu não alcance a supremacia, e Jesus seja deixado fora da questão. -- Obreiros Evangélicos, 381 (1915). O amor de Cristo abre o caminho MCP1 79 5 Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu", e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras; elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria. -- A Ciência do Bom Viver, 163 (1905). Com compaixão e amor MCP1 80 1 Nem todos têm aptidão para corrigir os erradios. Não têm bastante sabedoria para lidar com justiça, e ao mesmo tempo amar a misericórdia. Não se inclinam a ver a necessidade de misturar amor e terna compaixão com a fiel repreensão. Alguns são sempre desnecessariamente severos e não sentem a necessidade da ordem do apóstolo: "E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida -- salvai-os, arrebatando-os do fogo." Judas 22, 23. -- Testimonies for the Church 3:269, 270 (1873). O homem impetuoso não deve tratar com mentes humanas MCP1 80 2 A falta de uma fé firme e de discernimento nas coisas sagradas deve ser considerada suficiente para excluir qualquer homem de ligação com a obra de Deus. Assim também a condescendência com um temperamento voluntarioso, um espírito áspero e despótico, revela que seu possuidor não deve ser colocado onde seja levado a decidir questões de peso que afetam a herança de Deus. MCP1 80 3 Um homem impetuoso nenhuma parte deve desempenhar no trato com a mente humana. Não se lhe deve confiar o ajuste de questões que se relacionam com aqueles que Cristo comprou por um preço infinito. Se se puser a manejar homens, ferir-lhes-á e magoará a alma; pois não têm o fino tato, a delicada sensibilidade comunicada pela graça de Cristo. Seu próprio coração precisa ser abrandado, subjugado pelo Espírito de Deus. O coração de pedra não se tornou um coração de carne. -- Special Testimonies, Série A, 5:18 (1896); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 261. Qualidades necessárias à compreensão de mentes humanas (conselho a um colportor) MCP1 80 4 Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de comércio; mas as lições aprendidas, o tato e a disciplina adquiridos vos habilitarão para outros campos de utilidade, onde podereis ajudar as pessoas. Os que aprendem mal sua lição, e são descuidosos e bruscos ao aproximar-se das pessoas, mostrariam a mesma falta de tato e habilidade em tratar com as mentes, se ingressassem no ministério. -- Manual for Canvassers, 41, 42 (1902). Como lidar com o impulso, impaciência, orgulho e presunção MCP1 81 1 O lidar com a mente humana é a mais delicada tarefa que já se haja confiado a mortais, e os mestres necessitam constantemente do auxílio do Espírito de Deus, a fim de executarem devidamente sua obra. Entre os jovens que freqüentam a escola, encontrar-se-á grande variedade de caracteres e educação. O professor terá de enfrentar impulso, impaciência, orgulho, egoísmo, indevida presunção. Alguns dos moços viveram em ambiente de restrição e aspereza arbitrárias, o que lhes desenvolveu o espírito de obstinação e desconfiança. Outros foram amimados, sendo-lhes permitido, por pais excessivamente amantes, que seguissem as próprias inclinações. Têm-se desculpado os defeitos até que o caráter ficou deformado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 264 (1913), [no inglês]. São necessários paciência, tato e sabedoria MCP1 81 2 Para lidar com êxito com essas diferentes mentalidades, o professor necessita exercer grande tato e delicadeza na direção, ao mesmo tempo que firmeza no governo. Manifestar-se-ão muitas vezes desgosto e mesmo desdém para com os devidos regulamentos. Alguns porão em campo sua habilidade para esquivar-se aos castigos, enquanto outros exibirão indiferença e pouco caso para com as conseqüências da transgressão. Tudo isto exigirá paciência e domínio e sabedoria por parte daqueles a quem foi confiada a educação dos jovens. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 264 (1913), [no inglês]. Procedimento que pode deixar irreparáveis cicatrizes e feridas MCP1 81 3 Talvez o professor tenha suficiente educação e conhecimentos nas ciências para ensinar. Verificou-se, porém, possuir ele tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os instrutores não têm o amor de Cristo no coração, não estão habilitados a assumir as sérias responsabilidades que impendem sobre os que educam a juventude. Carecendo eles próprios da mais elevada educação, ignoram como lidar com a mente humana. Seu próprio coração insubordinado luta pelo controle; e sujeitar a mente e o caráter plástico das crianças e tal disciplina é deixar nessa mente cicatrizes e ferimentos que permanecerão indeléveis. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 193 (1913), [no inglês]. Exige-se a mais delicada discriminação MCP1 82 1 O Senhor me apresentou, de muitas maneiras e em várias ocasiões, quão cuidadosamente devemos tratar com os jovens -- que tratar com mentes requer o mais fino discernimento. Todo aquele que tem que ver com a educação e preparo dos jovens, precisa viver muito perto do Grande Mestre, para ser contagiado por Seu espírito e maneira de trabalhar. Devem-se ministrar lições que afetem seu caráter e trabalho vitalício. -- Obreiros Evangélicos, 333 (1915). Essencial o elemento pessoal MCP1 82 2 Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é essencial. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens pessoalmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma indistinta massa de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente, de jubilosa simpatia. -- Educação, 231, 232 (1903). Excesso de trabalho desqualifica para lidar com os outros MCP1 82 3 Os próprios professores devem dar a devida atenção às leis da saúde, a fim de que possam conservar suas energias na melhor condição possível, e pelo exemplo, assim como por preceito, exercerem correta influência sobre seus alunos. O professor cujas forças físicas já estejam enfraquecidas pela enfermidade ou excesso de trabalho, deve dar atenção especial às leis da vida. Deve tomar tempo para a recreação. Não deve tomar sobre si responsabilidades além de seu trabalho escolar, que o sobrecarreguem por tal maneira física ou mentalmente, que seu sistema nervoso fique desequilibrado; pois neste caso ele ficará incapaz de tratar com as mentes e não poderá fazer justiça a si próprio nem a seus alunos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 83 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 147. Compreender diferentes necessidades MCP1 83 1 Foi-me mostrado que os médicos de nosso Instituto devem ser homens e mulheres de fé e espiritualidade. Devem pôr em Deus sua confiança. Dos que vêm ao Instituto, muitos há que por sua própria condescendência pecaminosa trouxeram sobre si doenças de quase todas as espécies. MCP1 83 2 Essa classe não merece as atenções que freqüentemente requerem. E é penoso para os médicos dedicar tempo e forças a essa classe aviltada física, mental e moralmente. MCP1 83 3 Existe, porém, uma classe de pessoas que, por ignorância, viveram violando as leis da Natureza. Trabalharam com intemperança e comeram com intemperança porque estavam acostumados a assim fazer. Alguns sofreram muitos maus tratos de muitos médicos, sem haver tido melhora, ao contrário, pioraram muito. Afinal são afastados das atividades, da sociedade e da família; e como último recurso vão ao Instituto de Saúde, com débil esperança de encontrar alívio. MCP1 83 4 Essa classe precisa de compaixão. Devem ser tratados com a maior ternura, cuidando-se de tornar claras ao seu entendimento as leis de seu ser -- que eles podem, deixando de violá-las e dominando-se, evitar sofrimentos e enfermidades -- a penalidade da violação da lei da Natureza. -- Testimonies for the Church 3:178 (1872). Não dizer a verdade em todas as ocasiões MCP1 84 1 Poucos, apenas, dos que fizeram sociedade com o mundo, e que olham às coisas por um ângulo mundano, estão preparados para ouvir uma apresentação de fatos a seu respeito. A verdade, tal qual, nem sempre deve ser dita. Há uma ocasião adequada e oportuna para falar, quando as palavras não ofendem. Os médicos não devem sobrecarregar-se de trabalhos, deixando prostrado seu sistema nervoso, pois esse estado físico não favorece um espírito calmo, nervos estáveis e disposição animosa, feliz. -- Testimonies for the Church 3:182 (1872). Cristo compreende MCP1 84 2 Aquele que tomou sobre Si a humanidade, sabe compadecer-Se dos sofrimentos dela. Cristo não só conhece cada alma, suas necessidades e provações particulares, mas também sabe todas as circunstâncias que atritam e desconcertam o espírito. Sua mão se estende em piedosa ternura a todo filho em sofrimento. Os que mais sofrem, mais simpatia e piedade dEle recebem. Comove-se com o sentimento de nossas enfermidades, e deseja que Lhe lancemos aos pés as perplexidades e aflições, deixando-as ali. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). A compreensão traz mais íntimo relacionamento com Cristo MCP1 84 3 Boas obras são o fruto que Cristo requer que produzamos: palavras bondosas; atos de beneficência; de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os enfermos. Quando corações se compadecem de corações carregados de desânimo e tristeza, quando a mão se abre ao necessitado, quando os nus são vestidos, o estranho acolhido a um assento na sala e um lugar em vosso coração, os anjos vêm para muito perto, e um acorde responde no Céu. MCP1 84 4 Todo ato de justiça, misericórdia e benevolência produz melodia no Céu. O Pai, em Seu trono, contempla os autores desses atos de misericórdia e os classifica entre os Seus mais preciosos tesouros. "Eles serão para Mim particular tesouro naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3:17. Todo ato de misericórdia aos necessitados, os sofredores, é tido como feito a Jesus. Quando socorreis o pobre, vos compadeceis do enfermo e oprimido, e amparais o órfão, vós vos pondes em mais íntimo relacionamento com Jesus. -- Testimonies for the Church 2:25 (1868). Cristo pede ternura e compaixão MCP1 85 1 A verdadeira compaixão entre o homem e seus semelhantes, deve ser o sinal que distingue os que amam e temem a Deus, dos que são indiferentes quanto a Sua lei. Quão grande foi a compaixão que Cristo expressou, ao vir a este mundo para dar a vida em sacrifício de um mundo moribundo! Sua religião levava à prática de genuíno trabalho médico missionário. Era Ele um poder restaurador. "Misericórdia quero, e não sacrifícios", disse Ele. Este é o teste que o Grande Autor da verdade usava para distinguir a verdadeira religião, da falsa. Deus quer que Seus médicos missionários procedam com a ternura e compaixão que Cristo mostraria se estivesse em nosso mundo. -- Special Testimonies Relating to Medical Missionary Work, 8 (1893); Medicina e Salvação, 251. Soma da vida feliz MCP1 85 2 O intelecto cultivado é grande tesouro; sem, porém, a suavizante influência da compaixão e do amor santificado, não é ele de grande valor. Devemos ter palavras e atos de terna consideração para com os outros. Podemos manifestar mil e uma pequenas atenções em palavras amigas, e olhares aprazíveis, que voltarão de novo para nós. Cristãos irrefletidos, por sua negligência para com outros, manifestam não estar em união com Cristo. É impossível estar unido a Cristo e todavia ser desamorável para com outros, e esquecido de seus direitos. Muitos há que anseiam intensamente por amorosa compaixão. MCP1 85 3 Deus deu a cada um de nós uma identidade particular, nossa própria, que não se pode dissolver na de outro; mas nossas características individuais serão muito menos preeminentes se na verdade pertencemos a Cristo e Sua vontade for a nossa. Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós mesmos, sempre à espreita de oportunidades -- mesmo em coisas pequeninas -- para mostrar gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e aliviando-lhes as cargas por mostras de terna bondade e pequenos atos de amor. Essas atenciosas cortesias que, iniciando-se em nossa família, estendem-se até fora do círculo familiar, ajudam a perfazer a soma da vida feliz; e a negligência desses pequeninos atos perfaz a soma das tristezas e amarguras da vida. -- Testimonies for the Church 3:539, 540 (1875). ------------------------Capítulo 11 -- O estudo bíblico e a mente Base de todo estudo MCP1 89 1 A Palavra de Deus deve ser a base de todo estudo, e as palavras da revelação, atentamente estudadas, falam ao intelecto e ao coração, fortalecendo-os. A cultura do intelecto é necessária, para podermos compreender a revelação da vontade de Deus a nós. Não pode ser negligenciada pelos que são obedientes a Seu mandamento. Deus não nos concedeu as faculdades da mente para que as dedicássemos a atividades desprezíveis e frívolas. -- Manuscrito 16, 1896. Firmeza de princípios MCP1 89 2 Recebidas, as verdades bíblicas erguerão a mente e a alma. Se a Palavra de Deus fosse apreciada como deveria ser, tanto os jovens como os velhos possuiriam uma retidão interior, uma firmeza de princípios que os habilitariam a resistir à tentação. -- A Ciência do Bom Viver, 459 (1905). O único verdadeiro guia MCP1 89 3 O familiarizar-nos com as Escrituras aguça as faculdades de discernimento e fortalece a alma contra os ataques de Satanás. A Bíblia é a espada do Espírito, que nunca deixará de vencer o adversário. É o único guia verdadeiro em todos os assuntos de fé e prática. O motivo por que Satanás tem tão grande domínio sobre a mente e o coração dos homens, é não haverem eles tornado a Palavra de Deus o homem de seu conselho, e todos os seus caminhos não foram provados pela verdadeira prova. A Bíblia nos mostrará a direção que devemos seguir para tornar-nos herdeiros da glória. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881; Nossa Alta Vocação, 29. Definida a educação superior MCP1 90 1 Não há mais elevada educação a adquirir, do que a que foi ministrada aos primeiros discípulos, e que nos é revelada mediante a Palavra de Deus. Obter a mais alta educação, é seguir implicitamente essa Palavra; isto significa andar nas pegadas de Cristo, exercer Suas virtudes. Importa em renunciar ao egoísmo, em consagrar a vida ao serviço de Deus. MCP1 90 2 A mais elevada educação requer algo maior, mais divino, do que o conhecimento que se obtém meramente dos livros. Ela significa um conhecimento individual, experimental de Cristo; quer dizer emancipação de idéias, hábitos e práticas adquiridos na escola do príncipe das trevas, e que se opõem à lealdade para com Deus. Quer dizer subjugar a obstinação, o orgulho, o egoísmo, as ambições mundanas, a incredulidade. É a mensagem da libertação do pecado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 11, 12 (1913). Inspira a mente MCP1 90 3 Na Palavra de Deus encontra a mente assunto para o mais profundo pensamento, para as mais altas aspirações. Ali podemos entreter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno ao falar com os homens. Ali vemos a Majestade dos Céus, humilhando-Se, para tornar-Se nosso substituto e penhor; para, de mãos inermes, competir com os poderes das trevas e alcançar a vitória em nosso favor. Uma contemplação reverente de assuntos como este não pode deixar de abrandar, purificar e enobrecer o coração, e ao mesmo tempo infundir no espírito nova força e vigor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 52, 53 (1913), [no inglês]. Revela o propósito da vida MCP1 90 4 Mas o que sobre todas as demais considerações deve levar-nos a apreciar a Bíblia, é que nela está revelada aos homens a vontade de Deus. Ali aprendemos o objetivo de nossa criação e os meios pelos quais esse objetivo pode ser atingido. Aprendemos a melhorar sabiamente a presente vida, e a conseguir a futura. Nenhum outro livro pode satisfazer às indagações do espírito, ou aos anelos do coração. Obtendo conhecimento da Palavra de Deus, e a ela dando atenção, podem os homens levantar-se das maiores profundezas da degradação, para se tornarem filhos de Deus, companheiros dos anjos imaculados. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 53, 54 (1913), [no inglês]. Parábolas que impressionam e despertam a mente MCP1 91 1 Deus deseja que nossa mente seja impressionada, despertada e instruída por Suas sagradas parábolas. Ele queria que a Natureza frustrasse as tentativas feitas para divorciar a ciência, da cristandade seguidora da Bíblia. Deseja Ele que as coisas da Natureza que agradam aos nossos sentidos mantenham a atenção e imprimam na mente verdades bíblicas. -- The Youth's Instructor, 6 de Maio de 1897. A Bíblia sem rival MCP1 91 2 Como poderoso meio de educação, a Bíblia não tem rival. Coisa alguma comunicará tanto vigor a todas as faculdades, como quererem os estudantes apanhar as estupendas verdades da revelação. A mente gradualmente se adapta aos assuntos sobre os quais se lhe permite demorar. Se só se ocupa com assuntos comuns, com exclusão de temas grandes e altíssimos, tornar-se-á apoucada e enfraquecida. Se nunca for solicitada a lidar com problemas difíceis ou obrigada a compreender verdades importantes, depois de algum tempo ela quase perderá o poder de crescimento. -- Testimonies for the Church 5:24 (1882). Aceitai-a com fé simples MCP1 91 3 Deus deseja que o homem exercite suas faculdades de raciocínio, e o estudo da Bíblia fortalecerá e enobrecerá a mente como nenhum outro estudo o pode fazer. É o melhor exercício mental bem como espiritual para a mente humana. Devemos, entretanto, cuidar para não endeusar a razão, que é sujeita às fraquezas e enfermidades dos homens. MCP1 91 4 Se não quisermos que as Escrituras fiquem obscurecidas ao nosso entendimento, de modo que mesmo as claras verdades não sejam compreendidas, temos de ter a simplicidade e a fé possuídas por uma criança, prontos a aprender e rogando o auxílio do Espírito Santo. O senso do poder e sabedoria de Deus e de nossa inaptidão para compreender Sua grandeza, deve inspirar-nos humildade, e devemos abrir Sua Palavra, como se fôssemos a Sua presença, com santo e reverente temor. Quando nos aproximamos da Bíblia, a razão tem de reconhecer uma autoridade superior a si, e coração e intelecto têm de curvar-se ante o grande EU SOU. -- Testimonies for the Church 5:703, 704 (1889). Não estudar coisa nenhuma que obscureça a palavra de Deus MCP1 92 1 Jesus Cristo é nossa pedra de toque espiritual. Ele revela o Pai. Coisa alguma deve ser dada como alimento ao cérebro, que traga à mente uma névoa ou nuvem em relação à Palavra de Deus. Nenhuma descuidosa desatenção deve ser mostrada em relação ao cultivo do solo do coração. A mente tem de estar preparada a apreciar a obra e as palavras de Cristo, pois Ele veio do Céu para despertar o desejo pelo pão da Vida, e para dá-lo a todos os que têm fome de conhecimento espiritual. -- Manuscrito 15, 1898. A escritura reconhece o livre-arbítrio do homem MCP1 92 2 Quando examinamos a Palavra de Deus, anjos estão ao nosso lado, fazendo incidir brilhantes raios de luz sobre suas páginas sagradas. As Escrituras falam ao homem como tendo ele poder de escolha entre o certo e o errado; falam-lhe em advertências, em repreensão, em súplica, em animação. A mente tem de exercitar-se nas solenes verdades da Palavra de Deus, ou do contrário se enfraquecerá. ... Temos de examinar por nós mesmos e saber as razões de nossa fé, comparando passagem com passagem. Tomai a Bíblia, e de joelhos suplicai a Deus que vos ilumine a mente. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1884. A mente encontra o mais nobre desenvolvimento MCP1 92 3 Se a Bíblia fosse estudada como deve ser, os homens se tornariam fortes no intelecto. Os assuntos tratados na Palavra de Deus, a digna simplicidade de suas expressões, os nobres temas que apresenta ao espírito, desenvolvem no homem faculdades que não se poderiam desenvolver de outro modo. Na Bíblia abre-se à imaginação um campo ilimitado. O estudante sairá da contemplação de seus grandiosos temas, da associação com suas altíssimas imagens, mais puro e nobre no pensamento e nos sentimentos, do que se tivesse passado o tempo na leitura de qualquer obra de mera origem humana, a não falar nas de caráter frívolo. MCP1 93 1 As mentes jovens deixam de alcançar seu mais nobre desenvolvimento quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria -- a Palavra de Deus. A razão de termos tão poucos homens de alevantado pensamento, de estabilidade e sólido valor, está em que Deus não é temido. Deus não é amado, os princípios da religião não são postos em prática como deveriam ser. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 126 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 165. Buscai os seus tesouros escondidos MCP1 93 2 A Bíblia, tal qual nela se lê, deve ser nosso guia. Coisa alguma é tão adequada a ampliar a mente e fortalecer o intelecto, como o estudo da Bíblia. Nenhum outro estudo assim elevará a alma e dará vigor às faculdades como o estudo dos vivos oráculos. A mente de milhares de ministros do Evangelho é apoucada porque se lhes permite demorar em coisas vulgares, e não se exercitam em buscar os tesouros escondidos da Palavra de Deus. Ao ser a mente levada a estudar a Palavra de Deus, o entendimento se ampliará e as faculdades superiores se desenvolverão, para compreenderem a alta e enobrecedora verdade. MCP1 93 3 É de acordo com a espécie de assunto com que a mente se familiariza, que ela é, ou apoucada ou ampliada. Se a mente não se ergue para fazer vigorosos e persistentes esforços no empenho de compreender a verdade, comparando passagem com passagem, ela por certo se contrairá e perderá seu tono. Devemos lançar nossa mente à tarefa de perscrutar as verdades que não ficam diretamente na superfície. -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1897. A Bíblia dirige a vida em rumo certo MCP1 93 4 A Bíblia toda é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, ela é o grande instrumento na transformação do caráter. É o grande estímulo, a constrangedora força, que vivifica as faculdades físicas, mentais e espirituais, dando à existência a devida orientação. MCP1 94 1 O motivo por que os moços, e mesmo os de idade madura, são tão facilmente induzidos à tentação e ao pecado, é não estudarem a Palavra de Deus, nem meditarem nela como devem. A falta de firme e decidida força de vontade que se manifesta na vida e no caráter, é resultante de negligência das sagradas instruções da Palavra de Deus. Eles não dirigem, mediante diligente esforço, a mente àquilo que lhes inspiraria pensamentos puros, santos, desviando-a do que é impuro e falso. -- A Ciência do Bom Viver, 458 (1905). Revela as normas de santo viver MCP1 94 2 O Senhor, em Sua grande misericórdia, revelou-nos, nas Escrituras, Suas normas de um viver santo -- Seus mandamentos e Suas leis. Neles nos refere os pecados a evitar; explica-nos o plano da salvação e aponta o caminho para o Céu. Se obedecer a Sua injunção de "examinar as Escrituras", ninguém precisa ignorar essas coisas. MCP1 94 3 O real progresso da alma na virtude e no conhecimento divino, verifica-se segundo o plano da soma -- somando constantemente as graças, que para serem postas ao alcance de todos, Cristo fez um sacrifício infinito. Somos finitos, mas devemos ter uma intuição do infinito. MCP1 94 4 A mente tem de ser forçada, contemplando a Deus e Seu maravilhoso plano da salvação. A alma será assim erguida acima das coisas vulgares e ligada às coisas eternas. MCP1 94 5 O pensamento de que estamos no mundo de Deus, e na presença do grande Criador do Universo, que fez o homem a Sua própria imagem, exalçará a mente para campos de meditação mais amplos e elevados do que qualquer história fictícia. O pensamento de que os olhos de Deus nos estão observando, que Ele nos ama e cuidou tanto do homem caído que deu Seu muito amado Filho para nos remir, a fim de que não perecêssemos miseravelmente -- esse pensamento é grandioso, e quem quer que abra o coração para aceitar e contemplar esses grandes temas, jamais ficará satisfeito com assuntos ordinários, sensacionais. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886. Novo coração quer dizer mente nova MCP1 95 1 As palavras: "Dar-vos-ei coração novo", significam: "Dar-vos-ei mente nova." Essa mudança de coração sempre é acompanhada de um claro conceito do que seja dever cristão -- uma compreensão da verdade. A clareza de nossa intuição da verdade será proporcional a nossa compreensão da Palavra de Deus. Aquele que der às Escrituras uma atenção íntima, acompanhada de oração, alcançará uma compreensão clara e são juízo, como se, volvendo-se para Deus, tivesse alcançado um mais alto grau de inteligência. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Não uma leitura casual MCP1 95 2 Não é seguro para nós desviar-nos das Santas Escrituras, lendo apenas casualmente suas páginas sagradas. ... Subordinai a mente à elevada tarefa que lhe foi posta adiante, e estudai com decidido interesse, a fim de poderdes compreender a verdade divina. Os que assim fazem, surpreender-se-ão ao verificar a que ponto pode chegar a mente. -- The Youth's Instructor, 29 de Junho de 1893; Nossa Alta Vocação, 33. O treino da memória ajuda a mente MCP1 95 3 A mente tem de ser restringida, e não permitida a vaguear. Deve ser treinada a conviver com as Escrituras e com temas nobres, edificantes. Porções das Escrituras, mesmo capítulos inteiros, podem ser confiados à memória para ser repetidos quando Satanás se apresenta com suas tentações. O capítulo cinqüenta e oito de Isaías é proveitoso para esse propósito. Emparede-se a alma com as restrições e instruções dadas por inspiração do Espírito de Deus. MCP1 95 4 Quando Satanás quer levar a mente a demorar-se em assuntos terrenos e sensuais, mais eficazmente se lhe pode resistir com "está escrito". ... Quando ele sugere dúvidas sobre sermos ou não realmente o povo que está sendo guiado por Deus, que por testes e provas está Ele preparando para resistir no grande dia -- então estai preparados para enfrentar suas insinuações apresentando, da Palavra de Deus, a clara evidência de que este é o povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884. O estudo da Bíblia produz mentes bem equilibradas MCP1 95 5 Os que se acham sob a direção do Espírito Santo serão capazes de ensinar a Palavra inteligentemente. E se ela for feita compêndio de estudos, com fervorosa súplica pela guia do Espírito e uma plena entrega do coração, a fim de que seja santificado pela verdade, tudo que Cristo prometeu se cumprirá. MCP1 96 1 O resultado de semelhante estudo da Bíblia será uma mente bem equilibrada; pois se desenvolverão harmoniosamente as faculdades físicas, mentais e morais. Não haverá paralisação no conhecimento espiritual. Avivar-se-á a compreensão, serão despertadas as sensibilidades, a consciência se tornará sensível, as simpatias e os sentimentos serão purificados, criar-se-á um melhor ambiente moral e se comunicará um novo poder para resistir à tentação. -- Special Testimonies on Education, 12 de Junho de 1896, p. 27; Fundamentos da Educação Cristã, 433, 434. Antídoto para insinuações venenosas MCP1 96 2 Quando a mente está provida da verdade bíblica, seus princípios lançam profundas raízes na alma, e a preferência e os gostos esposam a verdade, e não há desejo de literatura corruptora e excitante, que enfraquece a força moral e arruína as faculdades que Deus concedeu para utilidade. O conhecimento bíblico demonstrar-se-á um antídoto para as venenosas insinuações recebidas de uma leitura descuidosa. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886; Nossa Alta Vocação, 202. Produtos da superstição MCP1 96 3 Se os ensinamentos dessa Palavra se tornassem a influência controladora em nossa vida, se mente e coração fossem postos sob seu poder refreador, os males que agora existem em igrejas e famílias não teriam lugar. ... Os ensinamentos da Palavra de Deus devem controlar mente e coração, para que a vida doméstica possa demonstrar o poder da graça de Deus. ... MCP1 96 4 Sem a Bíblia ficaríamos confundidos por falsas teorias. A mente se tornaria sujeita à tirania da superstição e da falsidade. Estando, porém, de posse da autêntica história do começo do mundo, não precisamos nos embaraçar com conjecturas humanas e que não merecem confiança. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Aperfeiçoa as faculdades do raciocínio MCP1 97 1 Se a mente se aplicar à tarefa de estudar a Bíblia para obter informação, ampliar-se-ão as faculdades do raciocínio. Submetida ao estudo das Escrituras, a mente se expande e torna-se mais equilibrada do que ocupando-se na obtenção de conhecimentos gerais dos livros que são usados e que não têm conexão com a Bíblia. Nenhum conhecimento é tão sólido, tão coerente e de tão vasto alcance, como o que é obtido do estudo da Palavra de Deus. É a base de todo verdadeiro conhecimento. MCP1 97 2 A Bíblia é como um manancial. Quanto mais se olha para o seu interior, tanto mais profundo parece à vista. As grandiosas verdades da história sagrada possuem estupenda força e beleza, e são tão vastas como a eternidade. Nenhuma ciência se iguala à que revela o caráter de Deus. MCP1 97 3 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios, disse porém o seguinte: "Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida." -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 393. Dota de vigor as faculdades MCP1 97 4 Por que não havia de este livro -- este precioso tesouro -- ser exaltado e estimado como apreciado amigo? Esta é nossa carta através do tempestuoso mar da vida. É nosso livro-guia, mostrando-nos o caminho para as mansões eternas, e o caráter que precisamos ter para nelas habitar. Não há livro cujo manuseio assim eleve e fortaleça o espírito como a Bíblia ao ser estudada. Aí o intelecto encontrará temas do mais elevado caráter, para despertar-lhe as faculdades. Coisa alguma proporcionará vigor a todas as nossas faculdades como pô-las em contato com as estupendas verdades da revelação. O esforço para apreender e medir esses grandes pensamentos expande a mente. Podemos cavar fundo na mina da verdade e reunir preciosos tesouros com que enriquecer a alma. Aí podemos aprender a verdadeira maneira de viver, a maneira segura de morrer. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881; Nossa Alta Vocação, 29. O estudo da Bíblia desenvolve a mente MCP1 98 1 A Bíblia é nosso guia na segura vereda que leva à vida eterna. Deus inspirou homens para escrever aquilo que nos apresente a verdade, que seja atraente e que, posto em prática, habilitará o recebedor a obter uma força moral igual à das mentes mais altamente educadas. Ampliar-se-á a mente de todos os que fazem da Palavra de Deus o seu estudo. Muito mais do que qualquer outro estudo, sua influência é de molde a aumentar o poder de compreensão e dotar cada faculdade de novo poder. Leva a mente em contato com amplos, enobrecedores princípios da verdade. Traz todo o Céu em íntimo contato com espíritos humanos, comunicando sabedoria e conhecimento e entendimento. -- The Youth's Instructor, 13 de Outubro de 1898. A Bíblia, uma revelação de Jeová MCP1 98 2 Através de todos os tempos este Livro permanecerá como uma revelação de Jeová. A seres humanos foram confiados os oráculos divinos, para serem o poder de Deus. As verdades da Palavra de Deus não são expressões de mero sentimento, mas os pronunciamentos do Altíssimo. Aquele que fizer dessas verdades uma parte de sua vida, torna-se em todos os sentidos uma nova criatura. Não lhe serão concedidos novos poderes mentais, mas são removidas as trevas que, por causa da ignorância e do pecado, obscureceram o entendimento. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. ------------------------Capítulo 12 -- Diligência Esforça-te, e realiza MCP1 99 1 É o árduo estudo, a dura labuta, a perseverante diligência, que alcançam vitórias. Não desperdices horas, nem momentos. Os resultados do trabalho -- sério e fiel trabalho -- serão vistos e apreciados. Os que desejam ter mente mais forte, podem alcançá-la mediante o esforço. A mente aumenta em poder e eficiência pelo uso. Torna-se forte pelo árduo raciocinar. Aquele que usa mais diligentemente suas faculdades mentais e físicas, alcançará os maiores resultados. Toda faculdade de nosso ser fortalece-se pela ação. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1903. Alcançar a mais alta capacidade possível MCP1 99 2 O verdadeiro objetivo da educação deve ser considerado cuidadosamente. Deus confiou a cada um capacidades e faculdades, para que Lhe sejam restituídas com acréscimo e valorização. Todos os Seus dons são-nos outorgados para serem usados ao máximo. Ele requer que todos nós cultivemos nossas faculdades e atinjamos a mais alta capacidade possível para ser úteis, a fim de que realizemos um nobre trabalho para Deus e sejamos uma bênção para a humanidade. Todo talento que possuímos, quer seja capacidade mental, dinheiro ou influência, pertence a Deus, de modo que podemos dizer com Davi: "Tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos." 1 Crônicas 29:14. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 82. As finas qualidades mentais não são resultado de acidente MCP1 100 1 O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de Deus, a recompensa da fé e discrição, da virtude e perseverança. Finas qualidades mentais e alto tono moral não são resultado de acidente. Deus dá oportunidades; o sucesso depende do uso que delas se fizer. -- Profetas e Reis, 486 (1917). Cultura mental é o que precisamos MCP1 100 2 Cultura mental é o que, como povo, precisamos, e temos de ter para satisfazer as exigências do tempo. Pobreza, origem humilde e ambiente desfavorável não precisam impedir o cultivo da mente. As faculdades mentais têm de ser mantidas sob o controle da vontade, não se permitindo que a mente vagueie ou fique distraída por uma variedade de assuntos ao mesmo tempo, sem se aprofundar em nenhum. MCP1 100 3 Dificuldades são encontradas em todos os estudos; nunca, porém, pareis por causa de desânimo. Investigai, estudai e orai; enfrentai varonil e vigorosamente cada dificuldade; chamai em socorro o poder da vontade e a graça da paciência, e então cavai mais diligentemente, até que a gema da verdade se mostre a sua frente, límpida e linda, tanto mais preciosa por causa das dificuldades envolvidas em sua busca. MCP1 100 4 Não fiqueis, então, a demorar-vos sempre nesse único ponto, nele concentrando todas as energias, para ele chamando insistentemente a atenção dos outros, mas tomai outro assunto, examinando-o atentamente. Assim, mistério após mistério se desdobrará a vossa compreensão. Por esse procedimento, duas valiosas vitórias serão ganhas. Não só tereis assegurado úteis conhecimentos, mas o exercício da mente aumentou a força e poder mentais. A chave encontrada para descobrir um mistério, pode trazer a lume outras preciosas gemas de conhecimento ainda velado. -- Testimonies for the Church 4:414 (1880). A lei do espírito MCP1 101 1 É uma lei do espírito que ele se estreite ou dilate segundo as dimensões dos objetos com que se torna familiar. As faculdades mentais se contrairão por certo, perdendo a capacidade de apreender o profundo sentido da Palavra de Deus, a menos que sejam, vigorosa e persistentemente, empenhados na tarefa de esquadrinhar a verdade. A mente se dilatará, caso se empregue em descobrir a relação dos temas bíblicos, comparando texto com texto, e coisas espirituais com outras, espirituais. Penetrai além da superfície; os mais preciosos tesouros do pensamento aguardam o hábil e diligente estudante. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1888; Mensagens aos Jovens, 262. Chamar à ação os poderes latentes MCP1 101 2 Nas atividades comuns da vida existe muito lidador levando pacientemente a rotina de suas tarefas diárias, inconsciente das latentes faculdades que, despertadas para a ação, colocá-lo-iam entre os maiores líderes do mundo. O toque de uma hábil mão se faz necessário para despertar e desenvolver essas adormecidas faculdades. Foram homens assim os que Jesus ligou a Si; e proporcionou-lhes as vantagens de três anos de preparo sob Seu próprio cuidado. Nenhum curso de estudos nas escolas dos rabis ou nas escolas de filosofia poderia haver igualado a isso em seu valor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 511, [no inglês]. Muitos poderiam ser gigantes intelectuais MCP1 101 3 Muitos de nossos obreiros poderiam hoje ser gigantes intelectuais, não se tivessem eles, contentado com satisfazer a um baixo nível, mas sido diligentes, deixando seus pensamentos e investigações lavrarem fundo. Muitos de nossos jovens estão em perigo de ser superficiais, deixando de crescer até a plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus. Julgam ter suficiente grau de conhecimento e compreensão dos assuntos, e se não amam o estudo não aprofundam o arado, a fim de obter todos os tesouros que lhes é possível adquirir. -- Carta 33, 1886. É necessária a disciplina própria MCP1 101 4 Deus requer a educação das faculdades mentais. Elas precisam ser cultivadas de modo que possamos, se necessário, apresentar a verdade perante os mais altos poderes terrestres, para glória de Deus. Também se necessita, todos os dias, do poder de Deus a atuar sobre coração e caráter. A disciplina própria tem de ser praticada por todo aquele que alega ser filho de Deus; pois é deste modo que a mente e a vontade são levadas à sujeição à mente e vontade de Deus. A decidida disciplina em a causa do Senhor, realizará mais do que a eloqüência e os mais brilhantes talentos. Uma mente comum, bem-educada, realizará mais obra, e mais elevada, do que os mais educados espíritos e os maiores talentos, sem o controle próprio. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1896. Anjos apoderam-se das mentes que raciocinam MCP1 102 1 Os anjos celestiais estão... ativos para apoderar-se das mentes que raciocinam, e seu poder é maior do que o das hostes das trevas. Há mentes que tratam de coisas sagradas sem estar em ligação com Deus, e que não discernem o Espírito de Deus. A menos que Sua graça os transforme segundo a imagem e semelhança de Cristo, Seu Espírito os deixará, tal qual a água deixa um vaso defeituoso. Sua única esperança é buscar a Deus com toda a mente, coração e alma. Então lutarão legitimamente pelo domínio. Satanás furtará a imaginação e as afeições, se lhe derdes oportunidade. -- Manuscrito 11, 1893. Exigida a mais alta aspiração santificada MCP1 102 2 "Minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9) é a afirmação do grande Mestre. Apoderai-vos da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca faleis de dúvida e incredulidade. Sede enérgicos. Não há serviço pela metade na pura e incontaminada religião. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças." Marcos 12:30. A mais altamente santificada ambição se exige da parte dos que acreditam na Palavra de Deus. -- Special Testimonies on Education, 30 de Junho de 1896; Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 360, [no inglês]. Manter-se na personalidade recebida de Deus MCP1 103 1 Deus concedeu-nos poder, para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós. -- A Ciência do Bom Viver, 498, 499 (1905). O frustrador efeito do bolor do mundo (advertência a um pastor que gostava de especular) MCP1 103 2 És um homem que não deveria ser mestre da verdade. Devias estar muito mais avançado do que estás, na experiência e no conhecimento de Deus. Devias ser homem no entendimento, pois Deus te deu faculdades intelectuais que são susceptíveis do mais alto cultivo. Se te tivesses divorciado de tuas propensões especulativas, tivesses trabalhado na direção oposta, serias agora apto para prestar a Deus serviço aceitável. MCP1 103 3 Se tivesses cultivado a mente de modo correto, e usado para glória de Deus as tuas faculdades, terias estado plenamente qualificado para levar ao mundo a mensagem de advertência. Mas o bolor do mundo por tal forma afetou-te a mente, que ela não é santificada. Não tens cultivado as faculdades que te fariam um obreiro espiritual de êxito. Podes levar avante a obra de educar a mente em linhas corretas. Se não te tornas agora conhecedor da verdade, a falta será toda tua. -- Carta 3, 1878. Avançar constantemente MCP1 103 4 Quero que vossa ambição seja uma ambição santificada, de modo que os anjos de Deus possam inspirar vosso coração com santo zelo, guiando-vos no sentido de avançardes constante e solidamente e tornando-vos uma brilhante e resplandecente luz. Vossas faculdades perceptivas aumentarão em poder e saúde, se vosso inteiro ser -- corpo, alma e espírito -- for consagrado à realização de uma obra santa. Fazei todo o esforço, com a graça de Cristo, e mediante ela, para atingir a alta norma que vos é proposta. Podeis ser perfeitos em vossa esfera, como Deus é perfeito em Sua esfera. Não declarou Cristo: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste"? Mateus 5:48. -- Carta 123, 1904. Cultivar todas as faculdades MCP1 104 1 Deus deseja que cresçamos constantemente em santidade, felicidade e utilidade. Todos possuem aptidões que devem ser ensinadas a considerar sagrados dons, a apreciar como dotes do Senhor, e empregar devidamente. Ele deseja que os jovens cultivem todas as faculdades de seu ser, exercitando ativamente cada uma delas. Deseja que gozem tudo que é útil e precioso nesta vida, que sejam bons e façam o bem, depositando um tesouro celeste para a vida futura. -- A Ciência do Bom Viver, 398 (1905). Oportunidades ao alcance de todos MCP1 104 2 Há, ao alcance de todos, oportunidades e vantagens para fortalecer as faculdades morais e espirituais. A mente pode expandir-se e enobrecer-se e deve ser posta a demorar-se em coisas celestiais. Nossas faculdades têm de ser cultivadas ao máximo, do contrário deixaremos de atingir a norma de Deus. MCP1 104 3 A menos que [a mente] flua em direção do Céu, tornar-se-á fácil presa da tentação de Satanás, de empenhar-se em projetos mundanos, e empresas que não têm relação especial com Deus. E todo o zelo, e devoção, e agitada energia e febril desejo são postos nesse trabalho, e o maligno está ao lado, rindo-se ao ver o esforço humano lutando tão perseverantemente por um objetivo que jamais alcançará, pois se esquiva a sua posse. Mas se puder conservar os homens tão fascinados com o infundado engano de que dediquem as energias do cérebro, ossos e músculos a objetivos que jamais alcançarão, ele ficará satisfeito, pois as faculdades da mente que pertencem a Deus, e que Ele reivindica, são desviadas do alvo certo, dos objetivos apropriados. -- Carta 17, 1886. Não é preciso que o inimigo impeça o progresso diário MCP1 104 4 Resolve alcançar uma norma alta e santa; põe na altura a tua meta; procede com sincero propósito, como fez Daniel, constante e perseverantemente; e assim coisa alguma que o inimigo possa fazer, impedirá teu progresso diário. Não obstante as inconveniências, mudanças, perplexidades, poderás avançar constantemente no vigor mental e no poder moral. MCP1 105 1 Ninguém precisa ser ignorante, a menos que o prefira. O conhecimento deve ser adquirido constantemente; é alimento para a mente. Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, devemos ter a resolução de não viver esta vida constantemente do lado da derrota nessa questão, mas na compreensão das consecuções espirituais. Sê homem de Deus, do lado da vitória. MCP1 105 2 O conhecimento está ao alcance de todos os que o desejam. É propósito de Deus que a mente se torne forte, o pensamento mais profundo, mais cheio e claro. Anda com Deus, como andou Enoque. Faze de Deus o teu Conselheiro, e não poderás deixar de progredir. -- Carta 26d, 1887. Apegai-vos a Deus e segui para a frente MCP1 105 3 Deus deu ao homem o intelecto, e o dotou de aptidões para progredir. Haja então um forte apego a Deus, um abandono da frivolidade, das diversões e de toda a impureza. Vença todos os defeitos de caráter. MCP1 105 4 Embora haja uma tendência natural de seguir uma conduta descendente, existe um poder que se fará combinar com o fervoroso esforço do homem. Sua força de vontade terá uma tendência contrária. Se ele combinar com ela o auxílio divino, poderá resistir à voz do tentador. Mas as tentações de Satanás concordam com suas tendências defeituosas, pecaminosas, e instam com ele a que peque. Tudo que lhe cumpre fazer é seguir o líder Jesus Cristo, que lhe dirá justamente o que deve fazer. Deus te acena, do Seu trono no Céu, oferecendo-te uma coroa de glória imortal, e te ordena que combata o bom combate da fé, complete a carreira, com paciência. Confia em Deus a todo o momento. É fiel Aquele que guia avançando. -- Carta 26d, 1887. O alto ideal de Deus para seus filhos MCP1 106 5 Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta uma vereda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento. Mas seus esforços se dirigirão a objetos tanto mais elevados que os meros interesses egoístas e temporais quanto os céus se acham mais altos do que a Terra. -- Educação, 18, 19 (1903). ------------------------Capítulo 13 -- Alimento para a mente Sábio progresso versus abuso MCP1 107 1 Deus nos concede talentos a fim de que os aperfeiçoemos, não para deles abusarmos. A educação é apenas um preparo para as faculdades físicas, intelectuais e morais cumprirem da melhor maneira todos os deveres da vida. A leitura imprópria provê uma falsa educação. O poder de resistência e a força e atividade do cérebro podem ser diminuídas ou aumentadas segundo a maneira na qual são empregados. -- Testimonies for the Church 4:498 (1880). Alimento saudável para a mente MCP1 107 2 A leitura limpa e sã será para o espírito o que é para o corpo o alimento saudável. Haveis de tornar-vos assim mais fortes para resistir à tentação, formar bons hábitos, e proceder segundo os retos princípios. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882. Guardar as avenidas da alma MCP1 107 3 Temos uma obra a fazer a fim de resistirmos à tentação. Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem bem guardar as entradas da alma; devem evitar ler, ver ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros. MCP1 107 4 A mente não deve ser deixada a divagar ao acaso em todo assunto que o adversário das almas possa sugerir. "Cingindo os lombos do vosso entendimento", diz o apóstolo Pedro, "sede sóbrios, ... não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." 1 Pedro 1:13-15. MCP1 108 1 Diz Paulo: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4:8. Isto exigirá oração fervorosa e incessante vigiar. Devemos ser auxiliados pela influência permanente do Espírito Santo, que atrairá a mente para cima, e habituá-la-á a ocupar-se com coisas puras e santas. E devemos fazer estudo diligente da Palavra de Deus. "Como purificará o mancebo seu caminho? observando-o conforme a Tua Palavra." "Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para eu não pecar contra Ti." Salmos 119:9-11. -- Patriarcas e Profetas, 460 (1890). O caráter revelado pela escolha da leitura MCP1 108 2 A natureza da experiência religiosa de uma pessoa revela-se na espécie dos livros que ela prefere em seus momentos de lazer. Para possuir um saudável tono mental, bem como sãos princípios religiosos, a mocidade deve viver em comunhão com Deus por meio de Sua Palavra. Indicando o caminho da salvação mediante Cristo, é a Bíblia nosso guia para uma vida mais elevada e melhor. Contém as mais interessantes e instrutivas histórias e biografias que já foram escritas. Aqueles cuja imaginação não foi pervertida pela leitura de ficção, hão de achar a Bíblia o mais interessante dos livros. -- The Youth's Instructor, 9 de Outubro de 1902; Mensagens aos Jovens, 273. Livros há que confundem a mente MCP1 108 3 Muitos dos livros que se acham empilhados nas grandes bibliotecas do mundo confundem mais a mente do que auxiliam a compreensão. Contudo, os homens gastam grandes somas de dinheiro na compra de tais livros, e anos de estudo, quando têm ao seu alcance um Livro que contém as Palavras dAquele que é o Alfa e o Ômega da sabedoria. O tempo gasto no estudo desses livros poderia ser mais bem empregado na aquisição de conhecimento dAquele a quem conhecer corretamente é vida eterna. Somente o que adquirir esse conhecimento poderá afinal ouvir as palavras: "Estais perfeitos nEle." Colossences 2:10. -- Folheto Words of Counsel, 1903; Conselhos Sobre Saúde, 369. Entendimento confuso MCP1 109 1 Quando a Palavra de Deus é posta de parte, sendo substituída por livros que desviam de Deus, e que confundem o entendimento no que respeita aos princípios do reino dos Céus, a educação dada é uma perversão do que se entende por este nome. A menos que o estudante tenha um alimento mental puro, completamente expurgado daquilo a que se chama "educação superior", e que está misturado com sentimentos de incredulidade, não pode ele verdadeiramente conhecer a Deus. Unicamente os que cooperam com o Céu no plano da salvação podem saber o que significa, em sua simplicidade, a verdadeira educação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 15 (1913). Despótico poder dos autores ateus (palavras do anjo instrutor) MCP1 109 2 A mente humana é facilmente encantada pelas mentiras de Satanás; e essas obras produzem uma aversão à contemplação da Palavra de Deus que, recebida e apreciada, assegurará a vida eterna ao recebedor. Vós sois criaturas de hábitos, e deveis lembrar-vos de que os hábitos corretos são uma bênção, tanto por seu efeito sobre vosso próprio caráter, como em sua influência para o bem em relação aos outros; mas os hábitos incorretos, uma vez adotados, exercem um poder despótico e levam em cativeiro as mentes. Se nunca tivésseis lido uma só palavra desses livros [de autores incrédulos], estaríeis hoje muito mais aptos a compreender esse Livro que, acima de todos os outros livros, merece ser estudado, e dá as únicas regras corretas acerca da educação superior. -- Testimonies for the Church 6:162 (1900). Leitura superficial produz imaginação doentia MCP1 110 1 Há muitos de nossos jovens aos quais Deus dotou de capacidades superiores. Deu-lhes mesmo os melhores talentos; mas suas faculdades se enervaram, a mente ficou confusa e enfraquecida, e através de anos não experimentaram nenhum crescimento na graça e no conhecimento das razões de sua fé, porque condescenderam com o gosto da leitura de novelas. Têm tanta dificuldade em controlar o apetite de tais leituras superficiais, como tem o beberrão em controlar sua sede de bebidas intoxicantes. MCP1 110 2 Esses poderiam hoje estar empregados em nossas casas publicadoras e ser eficientes obreiros como guarda-livros, ou preparando manuscritos para o prelo, ou lendo provas; mas perverteram seus talentos a ponto de se tornarem dispépticos mentais, e conseqüentemente são inaptos para uma posição de responsabilidade onde quer que seja. Têm a imaginação enferma. Vivem uma vida irreal. São inaptos para os deveres práticos da vida; e o que é mais triste e desanimador é que perderam todo estímulo para leituras sólidas. MCP1 110 3 Tornaram-se fascinados e encantados com alimento mental tal qual as histórias intensamente excitantes contidas em Cabana do Pai Tomás. Este livro foi um bem em seus dias, aos que necessitavam de um despertamento em relação com as falsas idéias que entretinham sobre a escravidão; mas nós estamos no próprio limiar do mundo eterno, quando semelhantes histórias não são necessárias no preparo para a vida eterna. -- Testimonies for the Church 5:518, 519 (1889). Livros que enfermam a mente MCP1 110 4 Contos de amor e narrativas frívolas, excitantes, constituem outra espécie de livros que são uma praga a todo leitor. Pode o autor atribuir boa moral a sua obra, e através de toda ela entretecer sentimentos religiosos, todavia na maioria dos casos Satanás está apenas trajando vestes de anjo, para mais eficazmente atrair e enganar. A mente é afetada grandemente por aquilo de que se alimenta. Os leitores de contos frívolos, excitantes, tornam-se inaptos para os deveres que têm pela frente. Vivem uma vida irreal e não têm desejo de examinar as Escrituras, a fim de alimentar-se com o maná celestial. A mente se enfraquece e perde o poder de contemplar os grandes problemas do dever e do destino. -- Testimonies for the Church 7:165 (1902). Ficção e pensamentos sensuais MCP1 111 1 O alimento mental em que se tem chegado a deleitar [o leitor de ficção], é contaminador em seus efeitos, conduzindo a pensamentos impuros e sensuais. Tenho experimentado sincera piedade por essas almas, ao considerar quanto estão perdendo com o negligenciar oportunidades de obter conhecimento de Cristo, em quem se concentram nossas esperanças de vida eterna. Quanto tempo precioso é malgasto, e que poderia ser empregado em estudar o Modelo da verdadeira bondade! -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 123 (1890); Mensagens aos Jovens, 279, 280. A mente cai na imbecilidade (palavras de advertência a uma dona-de-casa inválida) MCP1 111 2 Através de anos sua mente tem sido como um córrego múrmuro, quase tomado de rochas e mato, desperdiçando a água. Fossem suas faculdades controladas por altos propósitos, não seria você a inválida que é agora. Você imagina que deve ser tolerada, em seu apetite caprichoso e suas excessivas leituras. MCP1 111 3 Vi à meia-noite a lâmpada acesa em seu quarto, e você debruçada sobre algum conto fascinante, estimulando assim o seu cérebro já sobre-excitado. Este procedimento tem diminuído seu poder sobre a vida, enfraquecendo-a física, mental e moralmente. A irregularidade causou desordem em sua casa, e se continuar, levará sua mente a cair em imbecilidade. O prazo concedido por Deus foi abusado, e desperdiçado o tempo de concessão divina. -- Testimonies for the Church 4:498 (1880). Ébrios mentais MCP1 111 4 Os leitores de contos frívolos e excitantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, achavam-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Pensamentos e conversas religiosas eram inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de ébrios mentais. Hábitos intemperantes na leitura têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 134, 135 (1913), [no inglês]. Exagerada condescendência, que é pecado MCP1 112 1 A exagerada condescendência no comer, beber, dormir ou ver é pecado. A harmoniosa ação sadia de todas as faculdades do corpo e da mente dão em resultado a felicidade. ... As faculdades da mente devem exercitar-se em temas relacionados com nossos interesses eternos. Isso será conducente à saúde do corpo e do espírito. -- Testimonies for the Church 4:417 (1880). Sobrecarregar a mente MCP1 112 2 Ao estudante que deseja fazer o trabalho de dois anos em um, não se deve permitir fazer como ele próprio o entende. Empreender fazer trabalho duplo significa para muitos sobrecarregar a mente e negligenciar o exercício físico. Não é razoável supor que o espírito possa assimilar um excesso de alimento mental; e é pecado tão grande sobrecarregar a mente como o é sobrecarregar os órgãos digestivos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 296 (1913), [no inglês]. Investigar também o alimento das conversas MCP1 112 3 Convém que toda alma investigue acuradamente qual o alimento mental que lhe é servido. Quando se aproximam de vós os que vivem para conversar e que se acham preparados e equipados para dizer: "Conte e nós o contaremos", detende-vos a pensar se a conversação proporcionará auxílio e eficiência espirituais, para que em comunicação espiritual comais a carne e bebais o sangue do Filho de Deus. "Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa." Estas palavras dizem muito. MCP1 113 1 Não devemos ser mexeriqueiros, bisbilhoteiros ou boateiros; não devemos dar falso testemunho. Somos proibidos por Deus de empenhar-nos em conversas frívolas e insensatas, em gracejos e piadas, ou proferir palavras ociosas. Temos de prestar contas a Deus do que dizemos. Seremos levados a juízo por nossas palavras precipitadas, que não fazem bem para quem fala nem para quem ouve. Falemos todos, portanto, palavras que sejam boas para edificação. Lembrai-vos de que sois valiosos para Deus. Não permitais que vossa experiência cristã se componha de conversas baixas e insensatas ou de princípios errôneos. -- Manuscrito 68, 1897; Fundamentos da Educação Cristã, 458. Mulher cuja vista dos olhos pervertia o coração MCP1 113 2 A irmã _____, embora possuindo excelentes qualidades naturais, está sendo atraída para longe de Deus, por suas amigas incrédulas e parentes, que não amam a verdade e não simpatizam com o sacrifício e abnegação que têm de ser feitos por amor da verdade. A irmã _____ não tem sentido a importância da separação do mundo, como ordena o mandamento de Deus. A visão dos seus olhos e o ouvir dos seus ouvidos lhe perverteram o coração. -- Testimonies for the Church 4:108 (1876). Sons, vistas e influências que desmoralizam MCP1 113 3 Há razão para profunda solicitude de vossa parte por vossos filhos, os quais estão em face da tentação a cada passo. É-lhes impossível evitar o contato com más associações. ... Contemplarão imagens e ouvirão sons, e estarão sujeitos a influências desmoralizantes que, a menos que delas se guardem inteiramente, imperceptível mas seguramente lhes corromperão o coração e deformarão o caráter. -- Pacific Health Journal, Junho 1890; O Lar Adventista, 406. Algumas associações semelham um veneno lento MCP1 113 4 Pudesse minha voz alcançar os pais através de todo o país, eu os advertiria a que não cedessem aos desejos dos filhos, na escolha de seus companheiros ou associados. Pouco os pais consideram que as impressões prejudiciais são muito mais de pronto recebidas pelos jovens, do que as impressões divinas; por isso suas associações devem ser as mais favoráveis para o crescimento na graça e para a verdade revelada na Palavra de Deus estabelecer-se-lhes no coração. MCP1 114 1 Se as crianças estão em companhia daqueles cuja conversa seja acerca de não importantes assuntos seculares, sua mente baixará ao mesmo nível. Se ouvem os princípios da religião serem desonrados e nossa fé apoucada, se astutas objeções à verdade lhes são incutidas ao ouvido, essas coisas se lhes apegarão na mente, moldando-lhes o caráter. MCP1 114 2 Se a mente é enchida de histórias, sejam elas verdadeiras ou fictícias, não resta lugar para as informações úteis e conhecimentos científicos que a deveria ocupar. Que devastação tem este amor a leituras levianas operado na mente! Como tem destruído os princípios da sinceridade e verdadeira piedade, que são a base de um caráter simétrico! É tal qual um lento tóxico introduzido no organismo, e que, mais cedo ou mais tarde, revelará seus amargos efeitos. Quando é deixada na mente de um jovem uma impressão errada, produz-se u'a marca, não na areia, mas na resistente rocha. -- Testimonies for the Church 5:544, 545 (1889). Olhos fixos em Cristo MCP1 114 3 Quando tomou sobre Si a natureza humana, Cristo ligou a Si a humanidade por um vínculo de amor que jamais pode ser partido por qualquer poder, a não ser a escolha do próprio homem. Satanás apresentará constantemente engodos, para nos induzir a romper esse laço -- escolher separar-nos de Cristo. É aqui que temos necessidade de vigiar, lutar, orar, para que nada nos seduza a escolher outro senhor; pois que estamos sempre na liberdade de o fazer. Mas conservemos os olhos fitos em Jesus, e Ele nos preservará. Olhando para Jesus estamos seguros. Coisa alguma nos poderá arrebatar de Suas mãos. Contemplando-O constantemente, seremos "transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor". 2 Coríntios 3:18. -- Conflict and Courage, 72 (1892). ------------------------Capítulo 14 -- Exercício Lei da ação obediente MCP1 115 1 Todos os seres celestiais estão em constante atividade, e o Senhor Jesus, em Seu trabalho prático vitalício, deu um exemplo a todos os homens. Deus estabeleceu no Céu a lei da ação obediente. Silenciosos mas sem cessar, os objetos de Sua criação realizam a obra que lhes é designada. O oceano está em constante movimento. A relva a germinar, "que hoje existe e amanhã é lançada ao forno", cumpre sua tarefa, revestindo de beleza os campos. As folhas são agitadas pelo vento, e no entanto nenhuma mão se vê a tocá-las. O Sol, a Lua e as estrelas são úteis, e cumprem gloriosamente a missão que lhes é designada. E o homem -- corpo e mente criados à semelhança do próprio Deus, têm de ser ativos para preencher o lugar determinado. O homem não se destina a ficar ocioso. A ociosidade é pecado. -- Carta 103, 1900; Special Testimonies, Série B, 1:29, 30. A maquinaria do corpo tem de continuar sua obra MCP1 115 2 Estudai o plano do Senhor acerca de Adão, que foi criado puro, santo e sadio. A Adão foi dado algo a fazer. Devia usar os órgãos dados por Deus. Não é possível que ele devesse ficar ocioso. Seu cérebro tinha que trabalhar, não de modo maquinal, como uma máquina qualquer. Em todo o tempo a maquinaria do corpo continua sua obra; o coração palpita, fazendo o trabalho normal que lhe é designado, qual máquina a vapor, forçando incessantemente sua corrente carmesim a todas as partes do corpo. Ação, ação, é o que se vê penetrando a máquina viva toda. Cada órgão tem de realizar a obra determinada. Se continuar a inação física, haverá cada vez menos atividade do cérebro. -- Carta 103, 1900. Exercício ao ar livre MCP1 116 1 O organismo todo precisa da revigorante influência do exercício ao ar livre. Umas poucas horas de trabalho físico diariamente, tenderiam a renovar o vigor físico e dar repouso e alívio à mente. -- Testimonies for the Church 4:264, 265 (1876). MCP1 116 2 Ar, ar, a preciosa dádiva do Céu, que todos podem usufruir, vos abençoará com sua influência revigorante, se não recusardes sua entrada. Dai-lhe boa acolhida, cultivai o amor por ele, e se demonstrará um precioso calmante dos nervos. O ar tem de estar em constante circulação para conservar-se puro. A influência do ar puro, renovado é fazer o sangue circular sadiamente através do organismo. Refrigera o corpo e tende a torná-lo forte e sadio, enquanto ao mesmo tempo é sentida decididamente sua influência sobre a mente, comunicando certa calma e serenidade. Estimula o apetite, tornando mais perfeita a digestão do alimento e induzindo um sono suave e sadio. -- Testimonies for the Church 1:702 (1868). Inatividade, prolífera causa de moléstias MCP1 116 3 A inatividade é prolífera causa de moléstias. O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. Este estado do organismo lança um duplo fardo sobre o sistema eliminatório, dando em resultado a doença. -- A Ciência do Bom Viver, 237, 238 (1905). Judiciosa regulamentação do exercício MCP1 117 1 O exercício físico bem dirigido, usando as forças mas delas não abusando, provar-se-ia eficaz agente medicinal. -- Manuscrito 2, 1870. Evita que a mente se torne sobrecarregada MCP1 117 2 O trabalho físico não impedirá o cultivo do intelecto. Longe disso. As vantagens ganhas pelo trabalho físico equilibrarão a pessoa e evitarão que a mente fique sobrecarregada. O labor incidirá sobre os músculos e aliviará o cansado cérebro. Há muitas meninas descuidadas, inúteis, que consideram indigno para uma senhora, empenhar-se em trabalho ativo. Seu caráter, porém, é demasiado transparente para que pudesse enganar pessoas sensatas quanto ao seu real desvalor. ... MCP1 117 3 Não é uma coisinha frágil, incapaz, bem vestida, que é uma senhora. Requer-se um corpo são para um são intelecto. A sanidade física e o conhecimento prático de todos os deveres domésticos necessários, jamais serão estorvos para um intelecto bem desenvolvido; ambos são de altíssima importância para uma senhora. -- Testimonies for the Church 3:152 (1872). Sem exercício não pode a mente estar em condições de trabalho MCP1 117 4 Para um jovem sadio, o exercício rigoroso, severo, fortalece cérebro, ossos e músculos. E é um preparo essencial para o árduo labor de um médico. Sem semelhante exercício a mente não pode estar em condições de trabalho. Ela não pode apresentar a ação rápida e incisiva que dá finalidade às suas faculdades. Torna-se inativa. Semelhante jovem nunca, nunca se tornará o que Deus pretendia que ele fosse. Marcou tantos lugares de descanso que se tornará qual poço estagnado. A atmosfera que o rodeia está carregada de micróbios morais. -- Carta 103, 1900. Esforço mental restrito quando negligenciado o exercício físico MCP1 118 1 Os que se empenham em constante labor mental, quer no estudo quer pregando, precisam de repouso e variação. O estudante fervoroso está constantemente forçando o cérebro, enquanto muitas vezes negligencia o exercício físico, e em resultado, as faculdades físicas são enfraquecidas e o esforço mental é restrito. Assim o estudante deixa de realizar a própria obra que ele poderia ter feito se tivesse trabalhado prudentemente. -- Obreiros Evangélicos, 240 (1893). Igualar as atividades mentais e físicas MCP1 118 2 Equilibrai o esforço das faculdades físicas e mentais, e a mente do estudante será refrigerada. Se está doente, o exercício físico freqüentemente ajudará o organismo a recuperar a condição normal. Ao saírem os alunos do colégio, devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando nele entraram. A saúde deve ser tão sagradamente cuidada como o caráter. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 82, 83 (1890); Orientação da Criança, 343. O exercício, agente medicinal MCP1 118 3 Quando os inválidos nada têm em que ocupar o tempo e a atenção, seus pensamentos se concentram em si mesmos, e tornam-se mórbidos e irritáveis. Muitas vezes se preocupam com o mal que sentem, a ponto de se julgarem muito pior do que na realidade estão, e inteiramente incapazes de fazer qualquer coisa. MCP1 118 4 Em todos esses casos, o bem orientado exercício físico se demonstraria eficaz remédio. Em alguns casos ele é indispensável à restauração da saúde. A vontade acompanha o trabalho das mãos; e o que esses inválidos precisam é do despertamento da vontade. Quando esta se encontra adormecida, a imaginação torna-se anormal, e é impossível resistir à moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 239 (1905). É perigoso o sistema não-fazer-nada MCP1 118 5 O sistema não-fazer-nada é, em todos os casos, um sistema perigoso. A idéia de que os que sobrecarregaram as faculdades mentais e físicas, ou que baquearam física e mentalmente, tenham de suspender a atividade a fim de reaver a saúde, é grande erro. Casos há em que um completo repouso, por algum tempo, afastará sérias moléstias, mas no caso de confirmados inválidos isso raramente é necessário. -- Manuscrito 2, 1870. Inatividade, a maior desgraça para a maioria dos inválidos MCP1 119 1 A inatividade é a maior desgraça que poderia sobrevir à maioria dos inválidos. Isto se dá especialmente com aqueles cujos males foram causados ou agravados por práticas impuras. MCP1 119 2 Ocupação leve em trabalho útil, ao passo que não sobrecarrega a mente e o corpo, tem benéfica influência sobre ambos. Fortalece os músculos, promove melhor circulação, ao mesmo tempo que dá ao inválido a satisfação de saber que não é inteiramente inútil neste atarefado mundo. Talvez não seja capaz de fazer senão pouco a princípio, mas em breve verificará que suas forças aumentam, e pode proporcionalmente aumentar a quantidade de trabalho. MCP1 119 3 Os médicos muitas vezes aconselham seus pacientes a empreender uma viagem marítima, ir a alguma fonte de águas minerais, ou visitar lugares vários, para reaver a saúde; entretanto, em nove casos dentre dez, se se alimentassem temperantemente e fizessem animoso e saudável exercício, curar-se-iam, ao mesmo tempo que poupariam tempo e dinheiro. -- Manuscrito 2, 1870. Ver A Ciência do Bom Viver, 240 (1905). O exercício tem de ser sistemático (conselho a uma mãe inválida) MCP1 119 4 O Senhor lhe deu uma obra a fazer, a qual Ele não Se propõe fazer em seu lugar. Você deve agir movida por princípio, em harmonia com a lei natural, independente dos sentimentos. Deve começar a agir segundo a luz que Deus lhe deu. Talvez não lhe seja possível fazer tudo imediatamente, mas poderá fazer muito se se ativar aos poucos, com fé, crendo que Deus será seu ajudador, que Ele a fortalecerá. MCP1 119 5 Poderá fazer o exercício de andar, e cumprindo deveres que exijam trabalho leve, no seio da família, e não dependendo tanto dos outros. A consciência de que você pode fazer algo lhe aumentará as forças. Se usasse mais as mãos, e esforçasse menos o cérebro em fazer planos para outros, suas forças físicas e mentais aumentariam. Seu cérebro não é ocioso, mas não há um esforço correspondente por parte dos outros órgãos do corpo. MCP1 120 1 O exercício, para lhe ser de positiva vantagem, deve ser sistematizado e levado a influir nos órgãos debilitados, para que se possam fortalecer pelo uso. A cura do movimento [massagem] é grande vantagem a certa classe de pacientes, enfraquecidos demais para o exercício. É, porém, grande erro crer que todos os enfermos possam confiar nele e dele depender, ao mesmo tempo que negligenciem eles mesmos exercitar seus músculos. -- Testimonies for the Church 3:76 (1872). Atual onda de corrupção, conseqüência de corpos e mentes abusados MCP1 120 2 A onda de corrupção que rola sobre o mundo é resultado do mau emprego e abuso da maquinaria humana. Os homens, mulheres e crianças devem ser ensinados a trabalhar com as próprias mãos. Então o cérebro não ficará sobrecarregado, para prejuízo de todo o organismo. -- Carta 145, 1897. O esforço da mente e do corpo tende a impedir pensamentos impuros MCP1 120 3 O proporcionado esforço das faculdades mentais e físicas evitará a tendência aos pensamentos e atos impuros. Os professores devem compreender isto. Devem ensinar aos estudantes que os pensamentos e atos puros dependem da maneira em que conduzem seus estudos. As ações conscienciosas dependem do pensar consciencioso. O exercício em ocupações agrícolas e nos vários ramos de trabalho é maravilhosa salvaguarda contra a sobrecarga do cérebro. Nenhum homem, mulher ou criança que deixe de usar todas as faculdades que Deus lhe deu, pode conservar a saúde. Não poderá guardar conscienciosamente os mandamentos de Deus. Não poderá amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmo. -- Carta 145, 1897. Algum trabalho braçal cada dia MCP1 121 1 O esclarecimento que me é dado, é que, se nossos ministros fizessem mais trabalho físico, colheriam bênçãos na saúde. ... É positiva necessidade para a saúde física e a clareza mental fazer algum trabalho braçal durante o dia. Assim o sangue é atraído do cérebro para outras partes do corpo. -- Carta 168, 1899; Evangelismo, 660, 661. Cada estudante deve fazer exercício MCP1 121 2 Cada estudante deve dedicar parte de cada dia ao trabalho ativo. Assim se formariam hábitos de indústria, e acoroçoar-se-ia um espírito de confiança em si, ao mesmo tempo em que o jovem estaria escudado de muitos males e práticas degradantes que tantas vezes são o resultado da ociosidade. E tudo isto está de acordo com o objetivo primordial da educação; pois que acoroçoando a atividade, a diligência e a pureza estamos nos pondo em harmonia com o Criador. -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). MCP1 121 3 A educação física bem como a religiosa, praticada nas escolas dos hebreus, pode com proveito ser estudada. O valor de tal educação não é apreciado. Há uma íntima relação entre a mente e o corpo, e, a fim de atingir-se uma elevada norma de alcance moral e intelectual, devem ser atendidas as leis que governam o nosso ser físico. Para se conseguir um caráter forte e bem equilibrado, tanto as faculdades mentais como as físicas devem ser exercitadas e desenvolvidas. Que estudo pode ser mais importante para o jovem do que aquele que trata deste maravilhoso organismo que Deus nos confiou, e das leis pelas quais ele pode ser preservado em saúde? -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). O exercício físico promove a saúde MCP1 121 4 Quando o corpo está inativo, o sangue corre indolentemente, os músculos decrescem em dimensões e resistência. ... O exercício físico, e o abundante uso de ar e luz solar -- bênçãos que o Céu a todos concedeu abundantemente -- dariam vida e forças a muitos emaciados inválidos. ... MCP1 122 1 O trabalho é uma bênção, não uma maldição. O diligente labor guarda muitos, jovens e velhos, dos laços daquele que "ainda encontra algum malfeito para as mãos ociosas". Ninguém se envergonhe de trabalhar; pois o labor honesto é enobrecedor. Enquanto as mãos se acham ocupadas nas tarefas mais comuns, a mente pode estar cheia de elevados e santos pensamentos. -- The Youth's Instructor, 27 de Fevereiro de 1902; Nossa Alta Vocação, 222. ------------------------Capítulo 15 -- Fatores emocionais Obediência a Deus livra das paixões e impulsos MCP1 123 1 Obediência a Deus é liberdade do cativeiro do pecado, livramento das paixões e impulsos humanos. O homem pode ser vencedor de si mesmo, vencedor de suas inclinações, vencedor dos principados e potestades, e dos "príncipes das trevas deste século", e das "hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais". -- A Ciência do Bom Viver, 131 (1905). Emoções devem ser controladas pela vontade MCP1 123 2 Vossa parte é pôr a vontade do lado de Cristo. Quando entregais vossa vontade à dEle, Ele imediatamente toma posse de vós e efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Vossa natureza é posta sob o controle de Seu espírito. Até mesmo os vossos pensamentos Lhe são sujeitos. MCP1 123 3 Se não podeis controlar vossos impulsos, vossas emoções, segundo o desejais, podeis controlar a vontade, e assim se operará em vossa vida uma mudança completa. Quando rendeis a Cristo vossa vontade, vossa vida é escondida com Cristo em Deus. Alia-se ao poder que está acima de todos os principados e potestades. Recebeis de Deus uma força que vos mantém seguros a Sua força; e uma nova vida, mesmo a vida da fé, se vos torna possível. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 148. Emoções controladas pela razão e a consciência MCP1 124 1 O poder da verdade deve ser suficiente para suster e consolar em qualquer adversidade. É em habilitar seu possuidor a triunfar sobre a aflição, que a religião de Cristo revela seu verdadeiro valor. Põe os apetites, as paixões e as emoções sob o controle da razão e da consciência, e disciplina os pensamentos de modo a fluírem num conduto sadio. E então a língua não se permitirá desonrar a Deus por expressões de pecaminoso descontentamento. -- Testimonies for the Church 5:314 (1885). Fazer a vontade de Deus, em contraste com os sentimentos e emoções (conselho a um jovem) MCP1 124 2 Não são teus sentimentos, tuas emoções, que te tornam filho de Deus, mas sim o fazer a vontade de Deus. Está a tua frente uma vida de utilidade, se a tua vontade se tornar a vontade de Deus. Então poderás erguer-te em tua varonilidade concedida por Deus, como exemplo de boas obras. MCP1 124 3 Ajudarás então a manter regras de disciplina, em vez de ajudar a derrubá-las. Ajudarás a manter a ordem, em vez de desprezá-la, e por teu próprio procedimento incitar à irregularidade de vida. MCP1 124 4 Digo-te, no temor de Deus: Sei o que podes tornar-te, se colocares tua vontade ao lado de Deus. "De Deus somos cooperadores." 1 Coríntios 3:9. Poderás estar fazendo tua obra para o tempo e a eternidade de tal modo que ela subsista na prova do juízo. Tentarás? Estás agora disposto a fazer meia-volta? És objeto do amor e da intercessão de Cristo. Não quererás agora render-te a Deus e ajudar os que foram postos como sentinelas para guardar os interesses de Sua obra, em vez de causar-lhes pesar e desânimo? -- Testimonies for the Church 5:515, 516 (1889). Transformados o desassossego e a insatisfação (certeza a uma pessoa que estava em dúvida) MCP1 124 5 Quando chegares a receber a Cristo como teu Salvador pessoal, haverá em ti uma assinalada mudança; estarás convertido, e o Senhor Jesus, por Seu Santo Espírito, Se postará a teu lado. Não haverá por mais tempo o desassossego, ansiedade e insatisfação que te possuem. MCP1 125 1 Gostas de falar. Se tuas palavras fossem de molde a glorificar a Deus, não haveria nelas pecado. Mas não sentes paz, e descanso e alegria no serviço de Deus. Por certo não és um homem convertido, que faça a vontade de Deus, por isso não podes sentir animosa, vivificadora influência do Seu Santo Espírito. MCP1 125 2 Quando te convenceres de que não podes ser cristão e ao mesmo tempo fazer o que te agrada, quando reconheceres que terás de render a tua vontade à vontade de Deus, então poderás aceitar o convite de Cristo: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Manuscrito 13, 1897. Controlar as emoções internas MCP1 125 3 Podes estar bem disposto e alegre, se puseres mesmo os pensamentos em sujeição à vontade de Cristo. Não deves demorar em examinar rigorosamente o próprio coração e morrer diariamente ao próprio eu. MCP1 125 4 Poderás indagar: Como posso dominar meus atos e controlar minhas emoções íntimas? MCP1 125 5 Muitos que não professam o amor de Deus, controlam o espírito em considerável medida, sem o auxílio da graça especial de Deus. Cultivam o domínio próprio. Isto representa na verdade uma exprobração aos que sabem que, de Deus, podem obter força e graça, e todavia não exibem as graças do Espírito. Cristo é nosso Modelo. Ele era manso e humilde. Aprende dEle e imita-Lhe o exemplo. O Filho de Deus era sem defeito. Nós devemos ter como alvo essa perfeição, e vencer como Ele venceu, se é que queremos ter assento a Sua mão direita. -- Testimonies for the Church 3:336 (1873). As emoções são inconstantes como as nuvens MCP1 126 1 Esperaremos, porém, até que sintamos estar purificados? Não; Cristo prometeu que "se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. Sois provados por Deus mediante Sua Palavra. Não deveis esperar por emoções maravilhosas, antes de crerdes que Deus vos ouviu; os sentimentos não devem ser vosso critério, pois as emoções são mutáveis como as nuvens. Deveis ter alguma coisa sólida como fundamento de vossa fé. A palavra do Senhor é palavra de poder infinito, com a qual podeis contar, e Ele disse: "Pedi, e recebereis." Olhai ao Calvário. Não disse Jesus ser Ele vosso advogado? Não disse Ele que se pedirdes qualquer coisa em Seu nome vós o recebereis? Não deveis confiar em vossa própria bondade ou boas obras. Deveis chegar confiantes ao Sol da Justiça, crendo que Cristo tirou vossos pecados e vos imputou a Sua justiça. -- The Signs of the Times, 12 de Dezembro de 1892; Mensagens Escolhidas 1:328. Emoções não são salvaguarda segura MCP1 126 2 Os sentimentos são muitas vezes enganadores, as emoções não são salvaguarda segura, pois são variáveis e sujeitos a circunstâncias externas. Muitos são enganados por confiarem em impressões sensacionais. O teste é: Que estais vós fazendo por Cristo? Que sacrifícios estais fazendo? Que vitórias estais alcançando? Um espírito egoísta vencido, resistida uma tentação de negligenciar o dever, paixões subjugadas, e obediência voluntária e alegre prestada à vontade de Cristo são muito maiores evidências de que sois filhos de Deus, do que piedade espasmódica e religião emocional. -- Testimonies for the Church 4:188 (1876). Os cristãos não devem sujeitar-se a emoções MCP1 126 3 Os filhos de Deus não devem sujeitar-se a sentimentos e emoções. Quando flutuam entre a esperança e o temor, o coração de Cristo é ferido, pois lhes tem dado inconfundíveis evidências do Seu amor. ... Ele quer que façam a obra que Ele lhes deu; então seu coração se tornará em Suas mãos como harpas sagradas, cada corda das quais despedirá louvores e ações de graças Àquele que foi enviado por Deus para tirar os pecados do mundo. -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 518, 519. Cristo dá domínio sobre inclinações naturais MCP1 127 1 Cristo veio a este mundo e viveu a lei de Deus, a fim de que o homem pudesse ter perfeito domínio sobre as naturais inclinações que corrompem a alma. Médico da alma e do corpo, Ele dá a vitória sobre as concupiscências em luta no íntimo. Proveu toda facilidade para que o homem possa possuir inteireza de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 130, 131 (1905). O êxtase de sentimento não é prova de conversão MCP1 127 2 Satanás leva o povo a pensar que, por terem sentido um êxtase de sentimento, estão convertidos. Sua vida, porém, não experimenta mudança. Seus atos são os mesmos de antes. Sua vida não mostra bons frutos. Eles oram freqüente e longamente, e constantemente se referem aos sentimentos que tiveram em tal ou qual ocasião. Mas não vivem a nova vida. Estão enganados. Sua vivência não vai além dos sentimentos. Constroem sobre areia, e ao virem ventos adversos, sua casa é arrebatada. -- The Youth's Instructor, 26 de Setembro de 1901; The S.D.A. Bible Commentary 4:1164. Sentimentos de desassossego às vezes fazem bem MCP1 127 3 Sentimentos de desassossego e de saudade ou solidão podem ser-vos benéficos. Vosso Pai celeste pretende ensinar-vos a encontrar nEle a amizade e o amor e consolação que satisfarão vossas mais ferventes esperanças e desejos. ... Vossa única segurança e felicidade está em fazer de Cristo vosso constante Conselheiro. Podeis ser felizes nEle ainda que não tenhais nenhum outro amigo no vasto mundo. -- Carta 2b, 1874; Nossa Alta Vocação, 257. O Senhor quer perturbar mentes MCP1 128 1 Cristo vê os homens tão absortos em cuidados mundanos e perplexidades comerciais, que não têm tempo para familiarizar-se com Ele. Para eles o Céu é estranho lugar, pois o excluíram de seus cálculos. Não familiarizados com assuntos celestiais, cansam-se de ouvir a respeito deles. Aborrecem-se de que sua mente seja perturbada acerca de sua necessidade de salvação, preferindo empenhar-se em diversões. Mas o Senhor quer perturbar-lhes a mente, a fim de que sejam levados a apegar-se às realidades eternas. Ele não está brincando com eles. Muito, muito logo todos O conhecerão, quer o desejem quer não. -- Manuscrito 105, 1901. Não absorver-se no estudo das próprias emoções MCP1 128 2 Não é sábio olhar-nos a nós mesmos, e estudar nossas emoções. Se assim fazemos, o inimigo apresentará dificuldades e tentações que enfraquecerão a fé e destruirão o ânimo. Estudar atentamente nossas emoções e dar curso aos sentimentos, é entreter a dúvida, e enredar-nos em perplexidades. Devemos desviar os olhos do próprio eu para Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). ------------------------Capítulo 16 -- Influências pré-natais Importância das influências pré-natais MCP1 131 1 O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu, porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece a nossa mais atenta consideração. -- A Ciência do Bom Viver, 372 (1905). A disposição contente afeta a prole MCP1 131 2 Toda mulher prestes a tornar-se mãe, seja qual for o seu ambiente, deve animar constantemente uma disposição feliz, alegre, contente, sabendo que por todos os seus esforços postos nesta direção será ela recompensada dez vezes mais no caráter tanto físico como moral do seu rebento. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensamentos animosos, e assim encorajar um feliz estado de espírito e lançar alegre reflexo de sua própria felicidade de espírito na família e nos que com ela se associam. MCP1 131 3 E em muito grande medida sua saúde física melhorará. Um poder será comunicado às forças vitais e o sangue não circulará lentamente, como seria o caso se ela se entregasse ao desânimo e tristeza. Sua saúde mental e moral é revigorada pela leveza de seu espírito. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899; Conselhos Sobre Saúde, 79. Os sentimentos da mãe moldam a disposição da criança antes de nascer MCP1 132 1 Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência no legado que ela faz a seu filho. Se ela permite que os próprios pensamentos se demorem em seus sentimentos, se condescende com o egoísmo, se é irritadiça e exigente, a disposição de seu filho testificará desse fato. Assim, muitos receberam como patrimônio tendências quase invencíveis para o mal. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910; Temperança, 171. MCP1 132 2 Se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada, bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). A influência pré-natal da paz MCP1 132 3 Aquela que espera tornar-se mãe deve conservar a alma no amor de Deus. Seu espírito deve estar em paz; ela deve descansar no amor de Jesus, pondo em prática as palavras de Cristo. Deve lembrar-se de que a mãe é colaboradora de Deus. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1896; O Lar Adventista, 259. Deve o pai familiarizar-se com as leis físicas MCP1 132 4 As forças da mãe devem ser carinhosamente nutridas. Em lugar de gastar suas preciosas energias em excessivo labor, seus cuidados e encargos devem ser diminuídos. Freqüentemente o marido e pai desconhece as leis físicas de cuja compreensão depende a felicidade de sua família. Absorvido na luta pela subsistência, ou empenhado em adquirir fortuna e assoberbado de cuidados e perplexidades, ele consente que pesem sobre a mulher e mãe responsabilidades que lhe sobrecarregam as energias no período mais crítico, causando-lhe enfraquecimento e doença. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). Crianças roubadas da elasticidade mental MCP1 132 5 Se a mãe é privada do cuidado e conforto que lhe devem ser proporcionados, se se consente exaurir as forças em trabalho excessivo ou por ansiedade e tristeza, seus filhos são privados da força vital, da elasticidade mental e da jovialidade que poderiam herdar. Muito melhor seria tornar a vida da mãe feliz e contente, pô-la ao abrigo de necessidades, trabalho fatigante e deprimentes cuidados, fazendo com que os filhos herdem boa constituição, e possam abrir caminho na vida por suas próprias forças e energias. -- A Ciência do Bom Viver, 375 (1905). As necessidades da mãe não devem ser negligenciadas MCP1 133 1 As necessidades físicas da mãe não devem de modo algum ser negligenciadas. Dela dependem duas vidas, e seus desejos devem ser bondosamente considerados, supridas generosamente suas necessidades. Mas neste tempo, mais que em qualquer outro, tanto no regime alimentar como em tudo mais, deve evitar qualquer coisa que possa enfraquecer-lhe o vigor físico e mental. Pelo próprio mandamento de Deus, ela se encontra na mais solene obrigação de exercer domínio sobre si mesma. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). A responsabilidade da esposa MCP1 133 2 As mulheres que têm princípios e que são bem instruídas, não se afastarão da simplicidade do regime alimentar nessa ocasião [da gravidez] mais do que em todas as outras. Considerarão que outra vida está dependendo delas, e serão cuidadosas em todos os seus hábitos, e especialmente no regime alimentar. -- Testimonies for the Church 2:382 (1870). A inocente prole sofrerá MCP1 133 3 Crianças enfermiças nascem por causa da satisfação do apetite por parte dos pais. O organismo não requeria a variedade de alimento em que demoravam o pensamento. Por isso que uma vez na mente, deve ir também para o estômago, é grande erro que as mulheres cristãs devem rejeitar. Não devem permitir que a imaginação controle as necessidades do organismo. Os que permitem que o paladar domine, sofrerão a pena da transgressão das leis de seu ser. E o assunto não termina aqui: sua inocente prole também será sofredora. -- Testimonies for the Church 2:383 (1870). MCP1 133 4 Aconselhadores imprudentes insistirão com a mãe a que satisfaça todo desejo e impulso, como sendo essencial ao bem-estar de sua prole. Esse conselho é falso e daninho. Pelo mandamento do próprio Deus a mãe é posta sob a mais solene obrigação de exercer domínio próprio. A que voz devemos atender: a voz da sabedoria divina ou a voz da superstição humana? -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902. As mães grávidas devem formar hábitos de abnegação MCP1 134 1 A mãe que é hábil professora de seus filhos deve, antes de seu nascimento, formar hábitos de abnegação e domínio próprio; pois transmite-lhes suas próprias qualidades, seus próprios traços de caráter, fortes ou fracos. O inimigo das almas compreende esta questão muito melhor do que o fazem muitos pais. Trará ele tentações à mãe, sabendo que, se não resistir a ele, pode por meio dela afetar seu filho. A única esperança da mãe está em Deus. A Ele pode ela recorrer, em busca de graça e força. Não buscará auxílio em vão. Habilitá-la-á a transmitir a sua prole qualidades que os ajudarão a alcançar êxito nesta vida e a ganhar a vida eterna. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 209. Base do caráter reto MCP1 134 2 A base de um caráter reto no futuro homem é firmada nos hábitos de estrita temperança da parte da mãe antes do nascimento do filho. ... Esta lição não deve ser considerada com indiferença. -- The Gospel Herald, Fevereiro 1880; O Lar Adventista, 258. A raça humana geme sob o peso de desgraças acumuladas MCP1 134 3 A raça humana geme sob o peso de acumuladas desgraças, por causa dos pecados de gerações anteriores. E todavia, mal tendo um pensamento ou cuidado, os homens e mulheres da geração presente condescendem com a intemperança, cultivando a glutonaria e a bebedice, deixando assim, como legado para a geração seguinte, a enfermidade, intelecto enfraquecido e moral poluída. -- Testimonies for the Church 4:31 (1876). Desejos ardentes e insaciáveis, transmitidos aos filhos MCP1 134 4 Pai e mãe transmitem aos filhos seus característicos, mentais e físicos, e suas disposições e apetites. ... Bebedores e fumantes podem transmitir a seus filhos seu insaciável desejo, seu sangue inflamado e nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino muitas vezes lega à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo moléstias repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram os pais, a tendência é para que cada geração decaia mais e mais. -- Patriarcas e Profetas, 561 (1890). MCP1 135 1 Em regra, todo homem intemperante que cria filhos, transmite suas inclinações e más tendências a sua prole. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882; Temperança, 170. A vida pré-natal de Sansão, regulada por Deus MCP1 135 2 As palavras dirigidas à esposa de Manoá encerram uma verdade que as mães de hoje fariam bem em estudar. Falando àquela mãe, falou o Senhor a todas as mães ansiosas e tristes daquele tempo, e a todas as mães das gerações sucessivas. Sim, toda mãe pode compreender seu dever. Pode ela saber que o caráter dos filhos dependerá muito mais dos hábitos dela antes de nascerem, e dos seus esforços pessoais após seu nascimento, do que de vantagens ou desvantagens externas. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 218. MCP1 135 3 Deus tinha uma obra importante para o prometido filho de Manoá, e era para assegurar-lhe as habilitações necessárias para essa obra, que os hábitos, tanto da mãe como do filho, deviam ser tão cuidadosamente regulados. ... A criança será afetada para bem ou para mal pelos hábitos da mãe. Ela própria precisa ser controlada por princípios, e exercer temperança e abnegação, se quer o bem-estar do filho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 38 (1890); Temperança, 90. Envolvidos os pais, assim como as mães MCP1 135 4 Os pais, bem como as mães, são incluídos nesta responsabilidade, e eles também devem buscar fervorosamente a graça divina, a fim de que sua influência seja de molde a poder ser aprovada por Deus. A indagação de todo pai e toda mãe deve ser: "Como se há de criar o menino?" Juízes 13:12. Muitos têm considerado levianamente o efeito da influência pré-natal; mas a instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como é a questão considerada pelo Criador. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902. O molde dos pais dado aos filhos MCP1 136 1 Pais... por condescendência têm fortalecido suas paixões animais. E à medida que estas se fortaleceram, enfraqueceram-se as faculdades morais e intelectuais. O espiritual foi vencido pelo animalesco. Nascem crianças com propensões animalescas grandemente desenvolvidas, tendo-lhes sido dada a marca do caráter dos pais. ... O poder cerebral acha-se enfraquecido, e a memória torna-se deficiente. ... Os pecados dos pais se vingarão nos filhos, porque os pais lhes transmitiram a marca de suas propensões concupiscentes. -- Testimonies for the Church 2:391 (1870). Satanás procura degradar a mente MCP1 136 2 Foi-me mostrado que Satanás procura degradar a mente dos que se unem em matrimônio, a fim de que ele possa imprimir sua própria imagem odiosa em seus filhos. ... MCP1 136 3 Ele pode moldar a posteridade muito mais de pronto do que o poderia fazer com os pais, pois ele pode controlar a mente dos pais de tal modo que por meio deles ele possa dar sua própria marca de caráter aos filhos. Assim, muitas crianças nascem com as propensões animalescas grandemente em ascendência, enquanto as faculdades morais se desenvolvem debilmente. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). A razão deve controlar quanto ao número de filhos MCP1 136 4 Os que acrescentam o número de seus filhos, quando, se consultassem a razão, deveriam saber que a fraqueza física e mental tem de ser a sua herança, são transgressores dos últimos seis preceitos da lei de Deus. ... Eles fazem sua parte em acrescentar a degenerescência da raça humana, e no imergir a sociedade mais baixo, prejudicando assim seus semelhantes. Se Deus assim considera os direitos do próximo, não tem Ele cuidado quanto à relação mais estreita e mais sagrada? Se nem uma andorinha cai em terra sem que Ele o note, não se aperceberá das crianças nascidas no mundo, física e mentalmente enfermas, sofrendo em maior ou menor grau, toda a sua vida? Não chamará a contas os pais, aos quais deu a faculdade do raciocínio, por colocarem essas faculdades superiores para trás, e tornarem-se escravos da paixão quando, em resultado disso, gerações terão de levar sobre si o estigma de suas deficiências físicas, mentais e morais? -- Healthful Living (Parte 2), 30 (1865); Mensagens Escolhidas 2:424. Transmite-se energia diminuída MCP1 137 1 Homens e mulheres que se tornaram doentios e cheios de enfermidades, muitas vezes em suas ligações matrimoniais têm pensado egoistamente só em sua própria felicidade. Não têm considerado seriamente o assunto do ponto de vista de princípios nobres, elevados, raciocinando com relação ao que podiam esperar de seus descendentes: nada senão diminuída energia física e mental, que não elevaria a sociedade, antes imergi-la-ia ainda mais baixo. -- Healthful Living (Parte 2), 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423. Doenças transmitidas de geração em geração MCP1 137 2 Homens doentios têm muitas vezes conquistado a afeição de mulheres aparentemente sadias, e porque se amavam, sentiram-se em perfeita liberdade de casar. ... Se apenas os que entram assim nas relações matrimoniais fossem afetados, o pecado não seria tão grande. Seus descendentes são forçados a ser sofredores por doença transmitida. E assim se tem perpetuado a doença de geração em geração. ... Lançaram sobre a sociedade uma raça enfraquecida, e fizeram sua parte para a deterioração da raça humana mediante o tornar a doença hereditária, acumulando assim os sofrimentos do homem. -- Healthful Living (Parte 2), 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423. Diferença na idade, um fator MCP1 138 1 Outra causa da deficiência da geração atual em resistência física e valor moral é se unirem homens e mulheres em casamento com idades muito diferentes. ... Os rebentos de tais uniões, em muitos casos em que as idades diferem grandemente, não possuem mente bem equilibrada. Têm sido também deficientes em resistência física. Em famílias assim têm-se freqüentemente manifestado traços de caráter variados, peculiares, e muitas vezes penosos. Morrem muitas vezes prematuramente, e os que chegam à maturidade, são em muitos casos deficientes em força física e mental, bem como em valor moral. MCP1 138 2 Dessa maneira tem sido lançada ao mundo uma classe de seres como carga para a sociedade. Seus pais foram responsáveis em alto grau pelo caráter desenvolvido por seus filhos, o qual é transmitido de geração a geração. -- Healthful Living (Parte 2), 29, 30 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423, 424. Deus nos considera responsáveis pela negligência pré-natal MCP1 138 3 As mulheres nem sempre têm seguido os ditames da razão, em vez de ao impulso. Não têm sentido em alto grau as responsabilidades que sobre elas impendem, para formar ligações tais que não haveriam de imprimir em seus descendentes um baixo nível moral, e uma paixão para satisfazer apetites depravados, à custa da saúde, e mesmo da vida. Deus as considerará responsáveis em alto grau pela saúde física e caráter moral assim transmitido às gerações futuras. ... MCP1 138 4 Muitíssimos dessa classe se casaram, e deixaram por herança a seus descendentes as manchas de sua própria debilidade física e costumes depravados. A satisfação das paixões animalescas, a grosseira sensualidade, têm sido os assinalados característicos de sua posteridade, descendo de geração em geração, aumentando a um terrível grau a miséria humana, e apressando a depreciação da raça. -- Healthful Living (Parte 2), 27, 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:422, 423. Os pais provêm o equipamento vital dos filhos MCP1 138 5 O que são os pais, em grande parte hão de ser os filhos. As condições físicas dos pais, suas disposições e apetites, suas tendências morais e mentais são, em maior ou menor grau, reproduzidas em seus filhos. -- A Ciência do Bom Viver, 371 (1905). Os pais moldam a sociedade e o futuro MCP1 139 1 Quanto mais nobres os objetivos, mais elevados os dotes mentais e espirituais, e mais desenvolvidas as faculdades físicas dos pais, mais bem aparelhados para a vida se encontrarão os filhos. Cultivando a parte melhor de si mesmos, os pais exercem influência no moldar a sociedade e erguer as gerações futuras. ... MCP1 139 2 Mediante a condescendência com o apetite e a paixão desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar estas tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. MCP1 139 3 A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 371, 372 (1905). Pais têm dado aos filhos seu próprio molde de caráter MCP1 139 4 Pais têm dado aos filhos seu próprio molde de caráter; e se alguns traços são indevidamente desenvolvidos em um dos filhos, e outro revela um traço de caráter desagradável, quem deve ser paciente, longânimo e bondoso como os pais? Quem como eles se deve empenhar por cultivar nos filhos as preciosas graças de caráter reveladas em Cristo Jesus? MCP1 139 5 As mães não apreciam nem pela metade seus privilégios e possibilidades. Parece não compreenderem que podem ser, no mais alto sentido, missionárias, cooperadoras de Deus em ajudar os filhos a formar um caráter simétrico. Este é o grande encargo da obra que Deus lhes dá. A mãe é o agente de Deus para cristianizar sua família. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Responsabilidade dos pais quanto à influência pré-natal MCP1 140 1 O primeiro grande objetivo a ser atingido na educação dos filhos é uma sã constituição, que prepare em grande maneira o caminho para a educação mental e moral. A saúde física e moral se acham estreitamente unidas. Que enorme peso de responsabilidade repousa sobre os pais, quando consideramos que a direção por eles seguida, antes do nascimento dos filhos, tem muito que ver com o desenvolvimento do caráter deles depois do nascimento. -- Healthful Living (Parte 2), 32 (1865); Mensagens Escolhidas 2:426. Que fazer, a respeito MCP1 140 2 Podem os pais ter transmitido aos filhos tendências... que tornarão mais difícil a obra de ensinar e educar esses filhos de modo a serem estritamente temperantes e ter hábitos puros e virtuosos. Se o desejo de alimento insalubre e estimulante e narcóticos, lhes foi pelos pais transmitido como legado, que responsabilidade tremendamente solene repousa sobre os pais, para anular as más tendências que deram aos filhos! Quão fervorosa e diligentemente devem os pais empenhar-se em cumprir seu dever, com fé e esperança, para com sua infeliz prole! -- Testimonies for the Church 3:567, 568 (1875). Dia de ajuste de contas dos pais MCP1 140 3 Qual não será a cena quando pais e filhos se encontrarem no final ajuste de contas! Milhares de filhos que têm sido escravos do apetite e de vícios aviltantes, e cuja vida é uma ruína moral, colocar-se-ão face a face diante dos pais que fizeram deles o que são. Quem, a não ser os pais, terá de arcar com essa terrível responsabilidade? Foi o Senhor que corrompeu esses jovens? -- Oh, não! Quem, então, realizou essa terrível obra? Os pecados dos pais não foram transmitidos aos filhos em apetites pervertidos e paixões? E não foi completada a obra pelos que negligenciaram educá-los segundo a norma dada por Deus? Tão certo como eles existem, todos esses pais serão examinados na presença de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 76, 77 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 140, 141. Necessário mais do que sabedoria humana MCP1 141 1 Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar... tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. -- A Ciência do Bom Viver, 371 (1905). Ditosos aqueles cuja vida reflete a divina MCP1 141 2 Ditosos os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da divina, de modo que as promessas e mandamentos de Deus despertem na criança gratidão e reverência; os pais cuja ternura, justiça e longanimidade representam para a criança a longanimidade, a justiça e o amor de Deus; e que, ao ensinarem o filho a amá-los, a neles confiar e obedecer-lhes, estão ensinando-o a amar o Pai do Céu, a nEle confiar e obedecer-Lhe. Os pais que comunicam ao filho semelhante dom, dotam-no com um tesouro mais precioso que a riqueza de todos os séculos -- um tesouro perdurável como a eternidade. -- A Ciência do Bom Viver, 375, 376 (1905). ------------------------Capítulo 17 -- Hereditariedade e ambiente O poder da hereditariedade MCP1 142 1 Considerai o poder da hereditariedade, a influência das más companhias e do ambiente, a força dos maus hábitos. Podemos nós admirar-nos de que, sob tais influências, muitos se degradem? Podemos admirar que sejam tardios em corresponder aos nossos esforços pelo seu erguimento? -- A Ciência do Bom Viver, 168 (1905). Filhos herdam muitas vezes as disposições MCP1 142 2 Em regra, os filhos herdam as disposições e tendências dos pais, e imitam-lhes o exemplo, de modo que os pecados dos pais são praticados pelos filhos de geração em geração. Assim a vileza e irreverência de Cão foram reproduzidas em sua posteridade, acarretando-lhes maldição por muitas gerações. ... MCP1 142 3 De outro lado, quão ricamente galardoado foi o respeito de Sem para com o pai, e que ilustre estirpe de homens santos aparece em sua posteridade! -- Patriarcas e Profetas, 118 (1890). As mães devem informar-se quanto às leis da hereditariedade MCP1 142 4 Houvessem as mães das gerações passadas se informado quanto às leis de seu corpo, haveriam compreendido que sua resistência constitucional, bem como o tono moral, e suas faculdades mentais, haveriam de ser em grande medida apresentados em seus descendentes. Sua ignorância a respeito desse assunto, em que tanto se acha envolvido, é criminosa. -- Healthful Living (Parte 2), 37 (1865); Mensagens Escolhidas 2:431. Doenças transmitidas de pais para filhos MCP1 143 1 Através de sucessivas gerações desde a queda, a tendência tem sido continuadamente para o declínio. Enfermidades têm sido transmitidas de pais a filhos, geração após geração. Até mesmo as criancinhas de berço sofrem doenças causadas pelos pecados dos pais. MCP1 143 2 Moisés, o primeiro historiador, dá-nos um bem definido relato da vida social e individual nos primeiros tempos da história do mundo, mas não encontramos qualquer registro de que uma criança tenha nascido cega, surda, paraplégica ou imbecil. Nenhum exemplo é relatado de morte natural na infância, meninice ou adolescência. ... Era tão raro alguém morrer antes do pai, que tal ocorrência foi considerada digna de registro: "E morreu Arã, ... estando Terá, seu pai ainda vivo." Os patriarcas, de Adão a Noé, com poucas exceções, viveram aproximadamente mil anos. Desde então a média de longevidade tem decrescido. MCP1 143 3 Ao tempo do primeiro advento de Cristo, a raça tinha já se degenerado de tal maneira que não somente os idosos, mas também os de meia-idade e os jovens, eram levados de todas as cidades para que o Salvador lhes curasse as enfermidades. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 7, 8 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 117, 118. As crianças devem evitar os maus hábitos dos pais MCP1 143 4 A moléstia nunca vem sem causa. O caminho é preparado, e a doença convidada, pela desconsideração para com as leis da saúde. Muitos sofrem em conseqüência da transgressão dos pais. Conquanto não sejam responsáveis pelo que os pais fizeram, é no entanto seu dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da saúde. Devem evitar os hábitos errôneos dos pais, e mediante um viver correto, colocar-se em melhores condições. -- A Ciência do Bom Viver, 234 (1905). Pecados dos antepassados enchem de doenças o mundo MCP1 144 1 Nossos antepassados legaram-nos costumes e apetites que estão enchendo o mundo de doenças. Os pecados dos pais, através de desejos pervertidos, são, com poder assustador, visitados sobre os filhos até a terceira e quarta geração. A maneira incorreta de alimentar-se, de muitas gerações, a glutonaria e os hábitos de condescendência própria das pessoas, estão enchendo as casas de misericórdia, as prisões e os hospícios. A intemperança, a ingestão de chá, café, vinho, cerveja, rum e conhaque, e o uso do fumo, ópio e outros narcóticos têm resultado em grande degeneração física e mental, e esta degenerescência está em constante crescimento. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 49. Sede de estimulantes herdada MCP1 144 2 Para algumas pessoas de modo algum é seguro ter em casa vinho ou sidra [vinho de maçãs]. Herdaram a sede dos estimulantes, com que Satanás continuamente lhes solicita que condescendam. Se cedem às suas tentações, eles não se detêm; o apetite clama por condescendência, e é satisfeito, para ruína sua. O cérebro torna-se entorpecido e anuviado; a razão não mais mantém as rédeas, que são depostas ao lado da concupiscência. -- Testimonies for the Church 5:356, 357 (1885). Os males do fumo transmitidos aos filhos MCP1 144 3 Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza, são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. A isto se deve, em não pequena escala, a decadência física, mental e moral que se está tornando tão grande causa de alarme. -- A Ciência do Bom Viver, 328, 329 (1905). Os filhos herdam inclinações MCP1 144 4 Os filhos herdam as inclinações para o mal, mas têm também muitos traços amáveis de caráter. Estes devem ser fortalecidos e aperfeiçoados, ao passo que as tendências para o mal devem ser cuidadosamente combatidas e reprimidas. As crianças não devem nunca ser aduladas, pois a adulação é para elas veneno; os pais devem, porém, mostrar para com elas uma afeição terna e santificada, ganhando-lhes assim a confiança e o amor. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1907. Palavras apropriadas de elogio MCP1 145 1 Sempre que a mãe possa dizer uma palavra de elogio aos filhos por motivo de sua boa conduta, deve ela dizê-la. Deve encorajá-los por palavras de aprovação e olhares expressivos de amor. Essas serão ao coração de uma criança como a luz do Sol, e levarão ao cultivo do respeito próprio e ao brio de caráter. -- Testimonies for the Church 3:532 (1889). Temperamento irascível às vezes herdado MCP1 145 2 A alguns tem sido transmitido um temperamento irascível, e sua educação na infância não lhes ensinou o domínio próprio. A esse temperamento fogoso, freqüentemente se unem a inveja e o ciúme. -- Testimonies for the Church 2:74 (1868). Satanás aproveita-se das fraquezas herdadas MCP1 145 3 Em nossa própria força, é-nos impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás trar-nos-á tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária, e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor preparou-nos o caminho para a vitória. Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. ... "Tende bom ânimo", diz Ele, "Eu venci o mundo." João 16:33. -- O Desejado de Todas as Nações, 122, 123 (1898). A conversão muda as tendências herdadas MCP1 145 4 A genuína conversão muda hereditárias e cultivadas tendências para o mal. A religião de Deus é qual tecido compacto, composto de inumeráveis fios e entretecidos com tato e habilidade. Unicamente a sabedoria que vem de Deus pode tornar completo esse tecido. Há grande variedade de tecidos que, à primeira vista, parecem ótimos, mas não resistem ao teste. Desbotam. As cores não são firmes. Sob o calor do verão elas desbotam e desaparecem. O tecido não suporta um manuseio rude. -- Carta 105, 1893; The S.D.A. Bible Commentary 6:1101. Não se deixar escravizar pela herança MCP1 146 1 A questão que devemos considerar é: Temos nós os atributos de Cristo? Escusas de nada valem. Todas as circunstâncias, todos os apetites e paixões devem ser servos do homem que teme a Deus e não governadores seus. Não deve o cristão ser escravizado por quaisquer hábitos ou tendências hereditários ou cultivados. -- Special Testimonies, Série A, 9:56 (1897); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 421. Os anjos ajudam a combater essas tendências MCP1 146 2 Os anjos estão sempre presentes onde mais são necessitados. Eles estão com os que têm as mais árduas batalhas a ferir, com os que têm de combater contra a inclinação e as tendências hereditárias, cujo ambiente doméstico é o mais desanimador. -- The Review and Herald, 16 de Abril de 1895; MVH, 303. A fé purifica imperfeições herdadas MCP1 146 3 Os que, mediante uma inteligente compreensão das Escrituras, têm visão certa da cruz, os que na verdade crêem em Jesus, têm alicerce seguro para sua fé. Possuem aquela fé que opera por amor e purifica a alma de todas as suas imperfeições, hereditárias e cultivadas. -- Testimonies for the Church 6:238 (1900). Extensos efeitos do ambiente MCP1 146 4 Vivemos numa atmosfera de satânico encantamento. O inimigo tecerá uma fascinação de licenciosidade em torno de toda alma que não se ache entrincheirada na graça de Cristo. Tentações virão; se vigiarmos contra o inimigo, porém, e mantivermos o equilíbrio do domínio próprio e pureza, os espíritos sedutores não exercerão influência sobre nós. Os que nada fazem para animar a tentação, terão forças para resistir-lhe quando ela vier; aqueles, porém, que se mantêm na atmosfera do mal, só terão que se censurar a si mesmos, caso sejam vencidos e caiam de sua firmeza. Hão de ver-se, futuramente, boas razões para as advertências dadas contra os espíritos sedutores. Então, ver-se-á o poder das palavras de Cristo: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 257 (1913), [no inglês]. As filhas de Ló arruinadas pelo mau ambiente MCP1 147 1 Apenas pouco tempo habitou Ló em Zoar. A iniqüidade prevalecia ali como em Sodoma, e ele temeu ficar, pelo receio de ser destruída a cidade. Não muito tempo depois Zoar foi consumida, conforme fora o intuito de Deus. Ló encaminhou-se para as montanhas e habitou em uma caverna, despojado de tudo aquilo por amor de que ousara sujeitar sua família às influências de uma cidade ímpia. Mas a maldição de Sodoma seguiu-o mesmo ali. A conduta pecaminosa de suas filhas foi o resultado das más associações naquele vil lugar. A corrupção moral se entretecera de tal maneira com o caráter delas que não podiam discernir entre o bem e o mal. A única posteridade de Ló, os moabitas e amonitas, foram tribos vis, idólatras, rebeldes a Deus, e inimigos figadais de Seu povo. -- Patriarcas e Profetas, 167, 168 (1890). Fugi de más associações MCP1 147 2 Poucos há que reconhecem a importância de evitar, quanto possível, todas as associações desamigas da vida religiosa. Ao escolher seu ambiente, poucos dão a sua prosperidade espiritual a primeira consideração. MCP1 147 3 Pais, com a família, afluem às cidades porque na sua fantasia pensam ser mais fácil ganhar o pão ali, do que no campo. Os filhos, não tendo nada que fazer quando não estão na escola, obtêm a educação da rua. Das más associações contraem hábitos de vício e dissipação. Os pais vêem tudo isso; mas requereria um sacrifício corrigir seu erro, e assim deixam-se ficar onde estão, até que Satanás ganhe controle completo sobre seus filhos. É melhor sacrificar toda e qualquer consideração mundana, do que pôr em perigo as preciosas almas confiadas ao vosso cuidado. -- Testimonies for the Church 5:232 (1882). Vivamos numa atmosfera celeste MCP1 148 1 Precisamos ser guiados pela genuína teologia e o bom senso. Nossa alma necessita estar rodeada pela atmosfera do Céu. Homens e mulheres devem vigiar-se a si mesmos; estar de contínuo em guarda, não permitindo palavra ou ação que venha fazer com que seja vituperado o seu bem. Romanos 14:16. O que professa ser seguidor de Cristo tem de vigiar-se a si mesmo, conservando-se puro e incontaminado em pensamento, palavra e ação. Sua influência sobre os outros deve ser de molde a elevar. Sua vida deve refletir os brilhantes raios do Sol da Justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 257, 258 (1913), [no inglês]. As tendências moldam o destino MCP1 148 2 Muito cedo na vida tornam-se os filhos suscetíveis às influências corruptoras, mas pais que professam ser cristãos, parecem não discernir o mal de sua própria maneira de governar. Oh, se eles reconhecessem que a direção que estão dando à criança, em seus primeiros anos, imprime certa tendência ao caráter, e forma o destino tanto para a vida eterna como para a morte eterna! As crianças são suscetíveis às impressões morais e espirituais. E os que são sabiamente ensinados na meninice podem errar às vezes, mas não irão muito longe. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896; Orientação da Criança, 198. Os pais, em grande medida responsáveis MCP1 148 3 Os pais são, em grande medida, responsáveis pelo molde que o caráter dos filhos recebe. Devem ter em mira a simetria e a proporção. Existem poucas mentes bem equilibradas porque os pais são impiamente negligentes de seu dever de estimular os traços fracos e reprimir os maus. Não se lembram de que estão sob a soleníssima obrigação de vigiar as tendências de cada um dos filhos, que é dever seu educar os filhos em hábitos corretos e corretas maneiras de pensar. -- Testimonies for the Church 5:319 (1885). Começar na infância MCP1 149 1 A obra dos pais deve começar com a criança na infância, para que ela possa receber o cunho certo de caráter antes que o mundo coloque sua marca na mente e no coração. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881; Orientação da Criança, 193. A importância dos primeiros três anos de vida MCP1 149 2 Mães, estai certas de que disciplinais devidamente vossos filhos durante os seus três primeiros anos de vida. Não lhes permitais formar suas vontades e desejos. A mãe deve ser mente para os filhos. Os três primeiros anos são o tempo para vergar o pequenino rebento. As mães devem compreender a importância desse período. É aí que é posto o fundamento. -- Manuscrito 64, 1899; Orientação da Criança, 194. Os primeiros sete anos têm muito que ver com a formação do caráter MCP1 149 3 Não se pode acentuar demasiado a importância da educação ministrada à criança em seus primeiros anos. As lições que a criança aprende durante os primeiros sete anos de vida têm mais que ver com a formação de seu caráter, do que tudo que ela aprenda em anos posteriores. -- Manuscrito 2, 1903; Orientação da Criança, 193. As primeiras lições raramente são esquecidas MCP1 149 4 Nem as crianças, nem os bebês, nem os jovens devem ouvir uma palavra impaciente do pai, da mãe, ou de qualquer membro da família; pois muito cedo na vida recebem as impressões, e aquilo que os pais deles fazem hoje, serão eles amanhã, e no dia seguinte, e no imediato. As primeiras lições impressas na criança, raras vezes são esquecidas. MCP1 149 5 As impressões feitas no coração, no princípio da vida, são vistas em anos posteriores. Podem estar sepultadas, mas raras vezes serão obliteradas. -- Manuscrito 57, 1897; Orientação da Criança, 193, 194. Desenvolvimento físico precoce MCP1 149 6 Nos primeiros seis ou sete anos da vida de uma criança, deve-se dar atenção especial ao seu preparo físico, mais do que ao intelectual. Depois desse período, se for boa a constituição física, deve receber atenção a educação de ambos os aspectos. A infância estende-se até à idade de seis ou sete anos. Até essa idade, as crianças devem ser deixadas como pequeninos cordeiros, a andar em volta da casa, e no quintal, vivos e espertos, correndo e saltando, livres de cuidados e preocupações. MCP1 150 1 Os pais, especialmente as mães, devem ser os únicos mestres desses espíritos infantis. Não os devem educar por livros. As crianças geralmente são curiosas por aprender as coisas da Natureza. Fazem perguntas acerca das coisas que vêem e ouvem, e devem os pais aproveitar a oportunidade de instruir, e responder com paciência a suas pequenas indagações. Poderão deste modo alcançar vantagem sobre o inimigo, fortalecendo o espírito dos filhos, mediante o semear-lhes no coração a boa semente, sem deixar espaço para a semente má criar raízes. As amorosas instruções maternas às crianças em tenra idade, é o que elas precisam para a formação do caráter. -- Healthful Living (parte 2), 44; Mensagens Escolhidas 2:437. Cuidado especial do primogênito MCP1 150 2 O primeiro filho, especialmente, deve ser educado com grande cuidado, pois ele educará os restantes. As crianças crescem segundo a influência daqueles que os rodeiam. Se são tratadas pelos que são barulhentos e violentos, tornam-se barulhentas e quase insuportáveis. -- Manuscrito 64, 1899; Orientação da Criança, 27. Ambiente diferente para crianças diferentes MCP1 150 3 Há algumas crianças que necessitam, mais do que outras, de disciplina paciente e benévolo ensino. Receberam como legado traços de caráter não promissores, e por causa disto necessitam de mais simpatia e amor. Mediante trabalho perseverante esses transviados podem preparar-se para um lugar na causa do Mestre. Podem possuir faculdades não desenvolvidas, as quais, sendo despertadas, habilitá-los-ão para preencher lugares muito antes do que aqueles de quem mais se esperou. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115, 116 (1913), [no inglês]. Os hábitos raramente se mudam na vida posterior MCP1 150 4 O que a criança vê e ouve, produz impressões profundas na mente tenra, que nenhuma circunstância posterior da vida poderá desfazer completamente. O intelecto está agora tomando forma e os afetos recebendo direção e força. Atos repetidos em dado sentido tornam-se hábitos. Estes podem ser modificados por uma educação severa, na vida posterior, mas raras vezes são mudados. -- Good Health, Janeiro 1880; Orientação da Criança, 199, 200. Influência curativa da bondade MCP1 151 1 Sob a influência da mansidão, bondade e brandura, cria-se uma atmosfera que curará, e não destruirá. -- Carta 320, 1906; MVH, 152. ------------------------Capítulo 18 -- Segurança no lar O amor humano deve derivar do amor divino MCP1 152 1 Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para a aliança matrimonial. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta. -- A Ciência do Bom Viver, 358 (1905). Alcançar o ideal de Deus MCP1 152 2 Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, não obstante mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável. -- A Ciência do Bom Viver, 362 (1905). Pesem todo sentimento, ao contemplar o casamento MCP1 152 3 Pesem, os que pretendem casar-se, todo sentimento e observem todas as modalidades de caráter naquele com quem desejam unir o destino de sua vida. Seja todo passo em direção da aliança matrimonial, caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e o sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O matrimônio afeta a vida futura, tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. -- A Ciência do Bom Viver, 359 (1905). A verdadeira união é obra de anos MCP1 153 1 Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no matrimônio, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em matrimônio é obra dos anos subseqüentes. -- A Ciência do Bom Viver, 359, 360 (1905). Desaparece a imaginação romântica MCP1 153 2 Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o matrimônio. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o procedimento devido. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados; mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. MCP1 153 3 Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza, e mantêm uma reserva que repele os outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). O amor estimula a propósitos mais nobres MCP1 154 1 Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). Não imergir a individualidade MCP1 154 2 Nem o marido nem a esposa deve imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: "Que é direito?" "Que não é direito?" "Como posso cumprir melhor o propósito de minha vida?" Que a abundância de vosso afeto flua para Aquele que deu a vida por vós. Fazei com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao aprofundar-se e fortalecer-se vosso amor para com Ele, vosso recíproco amor será purificado e fortalecido. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). MCP1 154 3 Temos uma individualidade nossa própria, e a individualidade da esposa não deve nunca imergir na do esposo. Deus é nosso Criador. Somos dEle por criação, e dEle somos pela redenção. Precisamos cuidar de quanto podemos restituir a Deus, porque Ele nos dá o poder moral, dá-nos a eficiência, dá-nos o intelecto; e Ele deseja que façamos o melhor possível dessas preciosas dádivas, para glória de Seu nome. -- Manuscrito 12, 1895. Submissão completa, só a Jesus MCP1 154 4 Deus requer que a esposa conserve o Seu temor e a Sua glória sempre diante de si. Total submissão, só a nosso Senhor Jesus Cristo, que a comprou como Sua própria filha, pelo infinito preço de Sua vida. ... Sua individualidade não pode ser submersa na do marido, pois ela é a aquisição de Cristo. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 116. MCP1 154 5 Não abrigar o pensamento de que a união foi um erro. -- Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e descoroçoamentos, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). O relacionamento controlado pela razão MCP1 155 1 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, resguardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. Considerarão cuidadosamente o resultado de cada um dos privilégios concedidos pela relação matrimonial. Esses terão a convicção de que seus filhos são preciosas jóias, por Deus confiados a sua guarda, para removerem de sua natureza as arestas, mediante a disciplina, a fim de que apareça seu brilho. Sentir-se-ão sob a mais solene obrigação de formar seu caráter de modo que possam fazer o bem em sua vida, abençoando aos outros com a luz que possuem, e o mundo seja melhor por nele terem vivido, e eles sejam afinal habilitados para a vida superior, para o mundo melhor, brilhando para sempre na presença de Deus e do Cordeiro. -- Healthful Living (Parte 2), 48 (1865). Uma família bem organizada MCP1 155 2 A firma da família deve ser bem organizada. O pai e a mãe, juntamente, devem considerar suas responsabilidades. Juntos devem trabalhar pelo mais alto bem dos filhos. Não deve haver divergência entre eles. Não devem nunca, na presença dos filhos, criticar mutuamente seus planos, ou pôr em dúvida o juízo do consorte. Se a esposa é inexperiente, deve ela procurar descobrir onde o seu trabalho dificulta a atuação do marido, ao esforçar-se ele pela salvação dos filhos. E o marido deve erguer as mãos da esposa, dando-lhe sábios conselhos e amorável animação. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1902. Os pais devem governar-se a si mesmos MCP1 156 1 Para governar com êxito a família, devem os pais primeiro governar-se a si mesmos. Se querem que no lar só haja palavras agradáveis, devem deixar que os filhos só ouçam, de seus lábios, palavras aprazíveis. A semeadura da semente produzirá colheita semelhante. Os pais têm a executar uma solene, sagrada obra, na educação dos filhos, por preceito e pelo exemplo. Estão sob obrigação diante de Deus, de apresentar-Lhe os filhos habilitados para, muito cedo na vida, receber um inteligente conhecimento acerca do que se acha compreendido em ser seguidor de Jesus Cristo. Se os que alegam ser cristãos bíblicos têm filhos que não amam nem temem a Deus, na maioria dos casos é porque o exemplo dos pais não foi correto. Semearam-se sementes falsas, espúrias, que produziram uma colheita de cardos e espinhos. -- Manuscrito 59, 1900. Palavras e sorrisos amáveis para a família MCP1 156 2 Não é somente nosso privilégio, mas dever, cultivar a brandura, ter a paz de Cristo no coração e, como pacificadores e seguidores de Cristo, semear preciosa semente que produza uma colheita para a vida eterna. Professos seguidores de Cristo podem possuir muitas qualidades boas e úteis; mas seu caráter é grandemente desfigurado por um temperamento descortês, impaciente, crítico, áspero em julgar. O marido ou a esposa que nutre suspeita e desconfiança, suscita dissensões e contendas no lar. Nenhum deles deve guardar suas palavras e sorrisos amáveis para os estranhos apenas, e manifestar irritabilidade no lar, afugentando assim a paz e o contentamento. -- Carta 34, 1894; Nossa Alta Vocação, 177. Evitar linguagem vulgar MCP1 156 3 Pais e mães, maridos e esposas, rogo-vos que não contemporizeis com pensamentos baixos e linguagem vulgar. Ditos grosseiros, gracejos maliciosos, falta de cortesia na vida doméstica, farão impressão sobre vós, e se repetidos freqüentemente, tornar-se-ão segunda natureza. O lar é lugar sagrado demais para ser poluído com vulgaridade, sensualidade e recriminações. Há uma Testemunha que declara: "Conheço as tuas obras." Que o amor, a verdade, a bondade, e longanimidade sejam as plantas cultivadas no jardim do coração. -- Carta 18b, 1891. Nunca manifesteis rudeza ou falta de bondade MCP1 157 1 Nunca manifestais rudeza, falta de bondade e cortesia no círculo familiar? Se manifestais falta de bondade em vosso lar, não importa quão alta possa ser vossa profissão de fé, estais quebrando os mandamentos de Deus. -- The Review and Herald, 29 de Março de 1892. Os amigos não devem intrometer-se na vida doméstica (conselho a um jovem) MCP1 157 2 O círculo doméstico deve ser considerado lugar sagrado, símbolo do Céu, espelho para nele nos refletirmos. Amigos e conhecidos que tenhamos, não devem intrometer-se na vida doméstica. Deve-se sentir uma forte impressão de propriedade, conferindo uma sensação de sossego, repouso, confiança. MCP1 157 3 Mas sua associação com outras mulheres e meninas têm sido para elas uma fonte de tentação, levando-as a tomar liberdades e transpor as restrições que a relação matrimonial impõem a todo homem e mulher. Você não o percebeu, talvez, mas seu amor às diversões e o espírito que tem animado, não impressionou aos outros com a santidade do relacionamento matrimonial. MCP1 157 4 A vida doméstica prática é o grande teste do caráter. Por sua terna consideração no lar, pelo exercício de paciência, bondade e amor, o homem determina o seu caráter. -- Carta 17, 1895. Esposas anseiam por palavras de amor MCP1 157 5 Muitas mulheres anseiam por palavras de amor e bondade, e das atenções e cortesias comuns que lhes são devidas, da parte dos maridos, que as escolheram como companheiras vitalícias. Quanto dissabor e que onda de dor e infelicidade se poupariam se os homens, assim como as mulheres, continuassem a cultivar o respeito, as atenções e as bondosas palavras de apreço e pequeninos favores que mantinham vivo o amor, e que eles sentiam ser necessários para ganhar a companheira de sua escolha. MCP1 158 1 Se tão-somente marido e esposa continuassem a cultivar essas atenções que alimentam o amor, seriam felizes na companhia mútua e teriam sobre a família uma influência santificadora. Teriam em si mesmos um pequenino mundo de felicidade, e não desejariam sair desse ambiente em busca de novas atrações e novos objetos de amor. Muita esposa já enfermou e morreu prematuramente pela falta de animadoras palavras de simpatia e amor, traduzidas em bondosas atenções e em palavras. -- Carta 27, 1872. O marido pode cerrar a porta à doença MCP1 158 2 Deve o marido manifestar grande interesse em sua família. Deve especialmente ser muito terno quanto aos sentimentos de uma esposa débil. Ele pode cerrar a porta a muitas doenças. Palavras bondosas, prazenteiras e animadoras se demonstrarão muito mais eficazes do que os mais benéficos remédios. Elas trarão ânimo ao coração abatido e desanimado, e a felicidade e alegria trazidos à família por atos de bondade e palavras encorajadoras recompensam dez vezes o esforço. MCP1 158 3 Deve o marido lembrar-se de que grande parte do encargo de educar seus filhos recai sobre a mãe, que ela tem muito que ver com a formação de seu espírito. Isto deve chamar a exercício seus mais ternos sentimentos, e cuidadosamente deve ele aliviar-lhe a carga. Deve animá-la a apoiar-se em suas amplas afeições, e dirigir-lhe a mente para o Céu, onde há força e paz, e afinal o repouso para o cansado. MCP1 158 4 Não deve ele voltar ao lar com sobrecenho cerrado, mas com sua presença trazer alegria à família, e animar a esposa a olhar para cima e crer em Deus. Unidos, podem eles reclamar as promessas de Deus e trazer para a família Suas ricas bênçãos. A aspereza, o espírito de queixa e a ira afastam Jesus da habitação. Vi que os anjos de Deus fogem de uma casa onde haja palavras desagradáveis, impaciência e contenda. -- Testimonies for the Church 1:306, 307 (1862). O marido, cabeça da família MCP1 159 1 O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos pertencem-lhe, da mesma forma que a ela, e sua felicidade igualmente o interessa. Os filhos esperam do pai apoio e guia; cumpre-lhe ter justa concepção da vida, e das influências e associações que devem rodear a família; ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto. -- A Ciência do Bom Viver, 390 (1905). A esposa uma "auxiliadora" do marido MCP1 159 2 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "auxiliadora" -- ajudadora que lhe correspondesse -- a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nessa relação. -- Patriarcas e Profetas, 46 (1890). Como criar paz no círculo familiar MCP1 159 3 Quando o marido tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que deve possuir todo verdadeiro cristão, isso será manifesto na relação matrimonial. ... Ele procurará conservar a esposa com boa saúde e ânimo. Esforçar-se-á por falar palavras de conforto, criar uma atmosfera de paz no círculo familiar. -- Manuscrito 17, 1891; O Lar Adventista, 228. MCP1 160 1 Devem os maridos estudar o padrão e procurar o que significa, pelo símbolo representado em Efésios, a relação de Cristo para com a igreja. O marido deve ser como um Salvador em sua família. Mantém-se ele na nobre varonilidade que Deus lhe deu, sempre procurando exaltar a esposa e os filhos? Cria em torno de si uma atmosfera pura e suave? Se não deseja cultivar tão assiduamente o amor de Jesus, tornando-o um princípio permanente em sua vida, como gostaria de firmar sua pretensão de autoridade? -- Manuscrito 17, 1891; O Lar Adventista, 117. Exercer autoridade com humildade MCP1 160 2 Não é evidência de varonilidade demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não se lhe acrescenta respeito ser ouvido a citar as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais varonil por exigir da esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se fossem infalíveis. MCP1 160 3 O Senhor pôs o esposo como cabeça da esposa para ser seu protetor; ele é o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma como Cristo é a cabeça da igreja e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que sustenta amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão; assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 215. Ajude a esposa de bom grado o marido a manter dignidade MCP1 160 4 Foi-me também mostrado que há muitas vezes uma grande falha por parte da esposa. Ela não envida decididos esforços para controlar seu próprio espírito e tornar feliz o lar. Há muitas vezes irritabilidade e desnecessárias queixas da parte dela. O marido volta para casa, de seu trabalho, cansado e perplexo, e depara um sobrecenho cerrado em vez de palavras animosas, encorajadoras. Ele não é mais que humano, e suas afeições se afastam da esposa; ele perde o amor ao lar, sua vereda se ensombra, e destrói-se-lhe o ânimo. Ele desiste do respeito próprio e daquela dignidade que Deus requer ele mantenha. MCP1 161 1 O marido é a cabeça da família, como Cristo é a cabeça da igreja; e qualquer procedimento que a esposa possa seguir para lhe diminuir a influência e levá-lo a descer dessa dignificada e responsável posição, desagrada a Deus. É dever da esposa ceder seus desejos e vontade aos do marido. Ambos devem estar dispostos a ceder, mas a Palavra de Deus dá preferência ao juízo do marido. E não depõe contra a dignidade da esposa, ceder em favor daquele que ela escolheu para ser seu conselheiro, seu consultor e protetor. O marido deve manter sua posição na família com toda a mansidão, todavia decididamente. -- Testimonies for the Church 1:307, 308 (1862). O homem, ser sociável MCP1 161 2 Entre todas as criaturas que Deus fez sobre a Terra, não havia uma igual ao homem. E disse "Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Gênesis 2:18. O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado. -- Patriarcas e Profetas, 46 (1890). A harmonia doméstica só é possível mediante o espírito de Deus MCP1 161 3 Precisamos ter o Espírito de Deus, ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja escrava, mas companheira do marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor da esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um símbolo do Céu. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 118. O círculo íntimo tem a primazia MCP1 162 1 Todas as nossas faculdades devem ser usadas para Cristo. Esta é a dívida que devemos a Deus. Ao formarmos um relacionamento com Cristo, o homem renovado está apenas retornando ao relacionamento com Deus que lhe foi designado. É ele representante de Cristo, e deve sempre orar e vigiar em oração. Seus deveres estão ao seu redor, perto e longe. Seu primeiro dever é para com os filhos e seus parentes mais próximos. Coisa alguma o poderá escusar de ser negligente para com o círculo íntimo, em benefício do círculo maior, mais distante. MCP1 162 2 No dia do ajuste final, será exigido dos pais e mães que respondam por seus filhos. A pais se perguntará o que fizeram e disseram para assegurar a salvação das almas para cuja vinda ao mundo assumiram a responsabilidade. Negligenciaram eles seus cordeiros, deixando-os aos cuidados de estranhos? Pais e mães, estais deixando que vossos filhos se desenvolvam na impureza e no pecado? Uma grande soma de bem, feita pelos outros, não cancelará a dívida que tendes para com Deus, de cuidar de vossos filhos. O bem-estar de vossa família vem primeiro. Levai-os convosco para junto da cruz do Calvário, trabalhando em seu favor como aqueles que hão de dar conta deles. -- Manuscrito 56, 1899. ------------------------Capítulo 19 -- Influências dos pais Controlados por princípios divinos MCP1 163 1 Recai sobre os pais a soleníssima obrigação de educar os filhos no temor e amor de Deus. No lar deve ser preservada a mais pura moral. Deve ser ensinada estrita obediência ao que requer a Bíblia. Os ensinamentos da Palavra de Deus devem controlar a mente e o coração para que a vida doméstica demonstre o poder da graça de Deus. Cada membro da família deve ser lavrado "como colunas de palácio" (Salmos 144:12) pelos princípios e preceitos divinos. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Os pais devem compreender os filhos MCP1 163 2 Não devem os pais esquecer seus anos da infância, de quanto ansiavam pela simpatia e amor e quão infelizes se sentiam quando censurados com ralhos impacientes. Deviam voltar à infância em seus sentimentos, e baixar o pensamento à compreensão das necessidades dos filhos. Todavia devem, com firmeza combinada com amor, exigir de seus filhos obediência. A palavra dos pais deve ser obedecida implicitamente. -- Testimonies for the Church 1:388 (1863). Deus preparou uma vereda MCP1 164 1 Anjos de Deus estão observando as crianças com o mais profundo interesse, para ver que espécie de caráter estão formando. Se Cristo tratasse conosco tal qual nós muitas vezes nos tratamos uns aos outros e com nossos filhos, haveríamos de tropeçar e cair em completo desânimo. Vi que Jesus conhece nossas debilidades, e participou Ele mesmo de nossa experiência em todas as coisas exceto no pecado; por isso nos preparou uma vereda adaptada a nossa força e capacidade e, como Jacó, tem marchado brandamente e em uniformidade com as crianças, segundo suportavam, para que pudesse entreter-nos com o conforto de Sua companhia e ser-nos um guia perpétuo. Ele não despreza nem negligencia ou deixa atrás as crianças do rebanho. Não nos ordenou a marchar e deixá-las atrás. Não andou tão apressadamente que nos deixasse atrás com os nossos filhos. Oh, não! Ele nivelou a vereda da vida, mesmo às crianças. E os pais são solicitados a, em Seu nome, guiá-los ao longo da estreita vereda. Deus nos designou um trilho adaptado à força e capacidade das crianças. -- Testimonies for the Church 1:388, 389 (1863). A irritação deve ser reprimida MCP1 164 2 Pais, quando vos sentis irritados, não deveis cometer o grave pecado de envenenar a família toda com essa perigosa irritabilidade. Nessas ocasiões, ponde uma guarda dupla sobre vós mesmos e resolvei de coração não ofender com os lábios, e só proferir palavras agradáveis e animosas. Dizei a vós mesmos: "Não macularei a felicidade de meus filhos por uma palavra irritada." Assim vos controlando a vós mesmos, tornar-vos-eis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensível. Fortalecer-vos-eis pelos princípios retos. A consciência de que estais cumprindo fielmente vosso dever fortalecer-vos-á. Anjos de Deus aprovarão vossos esforços e vos ajudarão. MCP1 164 3 Quando vos sentis impacientes, muitas vezes pensais que a causa esteja em vossos filhos, e os culpais, quando isso não merecem. Em outra ocasião podem fazer exatamente as mesmas coisas, e tudo acharíeis aceitável e certo. As crianças conhecem, e marcam e sentem essas irregularidades, e eles não são sempre os mesmos. Às vezes estão um tanto preparados para defrontar modos mutáveis, e em outras ocasiões estão nervosos e irritados, e não suportam censuras. ... MCP1 165 1 Existem pais de temperamento nervoso, e quando fatigados pelo trabalho ou opressos de cuidados, não conservam um estado de espírito calmo, e manifestam aos que lhes deviam ser os mais queridos na Terra, uma irritação e falta de paciência que desagrada a Deus e traz uma nuvem sobre o lar. As crianças, em sua inquietação, devem muitas vezes ser acalmadas mediante terna simpatia. A bondade e a paciência mútuas tornarão o lar um paraíso e atrairão santos anjos para o círculo familiar. -- Testimonies for the Church 1:386, 387 (1863). Mente de pais paralisada MCP1 165 2 Temos algum conhecimento da maneira em que Satanás trabalha e de como ele alcança êxito. Como me foi mostrado, ele paralisa a mente de pais. São lerdos em suspeitar que seus próprios filhos possam estar em erro e pecado. Alguns desses filhos professam ser cristãos, e os pais continuam modorrando, sem temer o perigo, enquanto a mente e o corpo dos filhos se está tornando um destroço. MCP1 165 3 Há pais que nem mesmo tomam o cuidado de ter os filhos com eles, quando na casa de Deus. Meninas assistem às reuniões e tomam assento, às vezes com os pais, mas mais freqüentemente nos últimos bancos. Têm o hábito de achar uma escusa para saírem. Rapazes percebem isso e saem antes ou depois das meninas, e então, terminada a reunião, acompanham-nas para a casa delas. Nem por isso os pais se tornam mais prudentes. Mais, apresentam desculpas para passear, e rapazes e meninas reúnem-se nas praças ou outros locais ermos, e ali brincam e têm um tempo vivamente divertido, sem nenhuns olhos experientes a vigiá-los e adverti-los. -- Testimonies for the Church 2:481, 482 (1870). Regime e influência dos pais MCP1 165 4 Se os pais tivessem vivido segundo as leis da saúde, satisfazendo-se com um regime simples, muita despesa se haveria poupado. O pai não teria sido obrigado a trabalhar além de suas forças a fim de suprir as necessidades da família. Um regime simples e nutritivo não teria tido o efeito de excitar indevidamente o sistema nervoso e as paixões animalescas, causando lerdeza e irritabilidade. Se ele tivesse tomado apenas alimento simples, teria tido o cérebro claro, os nervos estáveis, o estômago em estado sadio, e tendo assim puro o organismo, não teria tido falta de apetite, e a geração atual estaria em muito melhores condições do que se acha agora. MCP1 166 1 Mas mesmo agora, neste período tardio, algo se pode fazer para melhorar nossa situação. É necessária a temperança em todas as coisas. O pai temperante não se queixará se não há na mesa grande variedade. A maneira saudável de viver melhorará as condições da família em todos os sentidos, e permitirá à esposa e mãe tempo para dedicar aos filhos. MCP1 166 2 A grande preocupação dos pais será quanto à maneira de melhor educar os filhos para serem úteis neste mundo, e para o Céu depois. Contentar-se-ão com ver os filhos trajando vestidos asseados, simples, mas confortáveis, livres de bordados e enfeites. Esforçar-se-ão fervorosamente por ver os filhos possuírem aquele adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, que à vista de Deus é de grande preço. -- Healthful Living (Parte 2), 45 (1865); Mensagens Escolhidas 2:437, 438. O pai, laço de união da família MCP1 166 3 O pai cristão é o laço de união da família, ligando-os junto ao trono de Deus. Nunca deve descair o seu interesse nos filhos. O pai cuja família seja composta de meninos não deve deixar esses inquietos meninos ao inteiro cuidado da mãe. Isso é uma carga demasiado pesada para ela. Deve ele tornar-se-lhe companheiro e amigo. Deve aplicar-se a mantê-los afastados de companheiros maus. Pode ser difícil, para a mãe, exercer o domínio próprio. Se o esposo percebe que a fraqueza da esposa põe em perigo a segurança dos filhos, deve ele tomar sobre si mais dos encargos dela, fazendo tudo que esteja em seu poder para encaminhar a Deus os filhos. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1902. Mães não devem buscar excitamento MCP1 167 1 As mães que têm espírito jovial a educar ainda, e o caráter dos filhos a formar, não devem buscar o excitamento do mundo, a fim de ser animosas e felizes. Têm uma importante obra vitalícia, e elas e os seus não podem correr o risco de gastar tempo de maneira inútil. O tempo é um dos importantes talentos que Deus nos confiou, e pelo qual Ele nos chamará a contas. Desperdício de tempo é desperdício de intelecto. As faculdades da mente são suscetíveis de alto cultivo. É dever das mães cultivar a mente e conservar puro o coração. Devem aproveitar todos os recursos ao seu alcance para aproveitamento intelectual e moral, a fim de que sejam qualificadas para melhorar a mente dos filhos. MCP1 167 2 Os que condescendem com a disposição de sempre ter companhia, logo se sentirão desassossegados a menos que visitem ou entretenham visitas. Esses não têm o poder de adaptação às circunstâncias. Os necessários e sagrados deveres domésticos parecem-lhes desinteressante lugar comum. Não lhes agradam o exame e a disciplina de si mesmos. Sua mente tem fome das mutáveis, excitantes cenas da vida mundana; as crianças são negligenciadas por amor da condescendência com as inclinações; e o anjo registrador escreve: "Servos inúteis." Deus deseja que nossa mente não fique sem propósito, mas realize o bem nesta vida. -- Testimonies for the Church 3:146, 147 (1872). Mães lactantes devem conservar-se em estado feliz MCP1 167 3 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do nutrimento que recebe da mãe. Quão importante então que a mãe, no período da amamentação, preserve um feliz estado mental, controlando perfeitamente seu espírito. Em assim fazendo, o alimento da criança não fica prejudicado; e o procedimento calmo e seguro da mãe no cuidado do filho tem muito que ver em modelar-lhe o caráter. Se a criança é nervosa e facilmente agitável, a conduta cuidadosa, tranqüila da mãe terá uma influência suavizante e controladora, e a saúde do infante será muito melhorada. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899; Conselhos Sobre Saúde, 80. A mãe deve procurar ter domínio próprio MCP1 168 1 Quanto mais sossegada e simples for a vida da criança, mais favorável será, tanto para seu desenvolvimento físico como mental. A mãe deve buscar estar, em todas as ocasiões, serena, calma, e na inteira posse de si mesma. Muitas crianças são em extremo suscetíveis a excitações nervosas, e a maneira suave, sossegada da mãe terá influência calmante, que será de inapreciável benefício sobre elas. -- A Ciência do Bom Viver, 381 (1905). Crianças sensíveis não devem ser feridas pela indiferença MCP1 168 2 As crianças amam a companhia. Em geral, não apreciam estar sozinhas, e a mãe deve entender que, na maioria dos casos, o lugar de seus filhos, quando estão em casa, é o aposento onde ela está. Pode então tê-los sob suas vistas e estar preparada para ajustar pequenas diferenças, quando para ela apelam, e corrigir hábitos maus, ou a manifestação de egoísmo ou paixão, e pode dar-lhes ao espírito a direção certa. Aquilo de que as crianças gostam, pensam elas que há de agradar a mãe, e é perfeitamente natural que consultem a mãe em pequeninas questões que as fazem perplexas. MCP1 168 3 E não deve a mãe ferir o coração de seu sensível filhinho tratando com indiferença o assunto, ou recusando-se a ser incomodada com coisas assim pequenas. Aquilo que pode ser pequeno para a mãe, para ele é grande. E uma palavra de orientação, ou aviso, na ocasião oportuna, muitas vezes se demonstrará de grande valor. Um olhar de aprovação, uma palavra de animação e louvor por parte da mãe, muitas vezes lhes deixa no jovem coração um raio de sol o dia inteiro. -- Healthful Living (Parte 2), 46, 47 (1865); Mensagens Escolhidas 2:438, 439. Tratar ternamente com os pequenos MCP1 169 1 Mães, tratai ternamente com vossos pequenos. Cristo foi uma vez criancinha. Por Seu amor honrai as crianças. Velai sobre elas como um sagrado encargo, não para que sejam favorecidas, mimadas e idolatradas, mas para serem ensinadas a viver vida nobre e pura. Elas são propriedade de Deus; Ele as ama, e vos chama para que coopereis com Ele ajudando-as a formarem caráter perfeito. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899; O Lar Adventista, 280. Tua filhinha é propriedade de Deus MCP1 169 2 Minha irmã, podes surpreender-te de que tua filha tenha pequena confiança na palavra da mãe? Ensinaste-lhe a ser falsa; e ao Senhor dói ver um dos Seus pequeninos conduzido pela mãe a um caminho errado. Tua filha não é propriedade tua; não podes lidar com ela a teu bel-prazer, pois é propriedade do Senhor. Exerce sobre ela um constante e perseverante controle; ensina-lhe que ela pertence a Deus. Com semelhante educação ela crescerá para ser uma bênção aos que a rodeiam. Mas será necessário claro, agudo discernimento para poderes reprimir tua tendência de dominar e fazer prevalecer sempre tua vontade e maneiras, e agindo como bem te apraz. -- Carta 69, 1896. Disposição jovial e temperamento aprazível MCP1 169 3 Ensinai vossos filhos desde o berço a praticar a renúncia e o domínio próprio. Ensinai-os a gozar as belezas da Natureza, e com ocupação útil exercer todas as faculdades do espírito e do corpo. Criai-os de modo a terem constituição sadia e boa moral, a terem disposição jovial e temperamento aprazível. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir a ela é nobre e varonil. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 127 (1913), [no inglês]. As mães são um exemplo MCP1 169 4 Se as mães querem que as filhas cheguem à idade adulta com corpo sadio e caráter virtuoso, têm de, em sua própria vida, dar o exemplo, guardando-as das modas prejudiciais à saúde, desta época. As mães cristãs têm a pesar sobre si uma responsabilidade de que não se apercebem. Deveriam educar os filhos de maneira a terem princípios firmes e saúde moral, neste século corrupto. -- Manuscrito 76, 1900. Quando o desejo da criança é lei MCP1 170 1 Famílias há em que o desejo da criança é lei. Tudo que ela deseja, dá-se-lhe. Tudo de que não gosta, é animada a não gostar. Supõe-se que a condescendência faça feliz a criança, mas tão-somente a torna desassossegada e descontente. A condescendência estragou-lhe o apetite de alimentos simples e saudáveis, e do simples uso de seu tempo; a satisfação própria realizou a obra de alterar-lhe o caráter para o tempo e a eternidade. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. Satanás procura controlar a mente das crianças MCP1 170 2 Pais, sabeis algo dos incentivos pelos quais Satanás tenta levar vossos filhos à insensatez. Ele opera com todo o seu poder para desencaminhá-los. Com uma decisão da qual muitos nem suspeitam, procura ele tomar-lhes o controle da mente e tornar os mandamentos divinos de nenhum efeito em sua vida. -- Manuscrito 93, 1909. Os pais devem aconchegar ao coração os filhos MCP1 170 3 Não permitais que os filhos vos vejam de sobrecenho cerrado. Se cederem à tentação e depois reconhecerem o erro e dele se arrependerem, perdoai-lhes tão liberalmente como esperais ser perdoados por vosso Pai celestial. Bondosamente instruí-os e ligai-os ao vosso coração. É tempo crítico para as crianças. Ao redor delas serão lançadas influências para desapegá-las de vós, às quais tereis que vos opor. Ensinai-os a fazer de vós seus confidentes. Deixai-os segredar-vos ao ouvido suas provas e alegrias. Estimulando isto, salvá-los-eis de muita cilada que Satanás preparou para seus inexperientes pés. MCP1 170 4 Não trateis vossos filhos somente com severidade, esquecidos de vossa própria infância e deslembrados de que são apenas crianças. Não espereis que sejam perfeitos nem procureis fazer deles imediatamente homens e mulheres amadurecidos. Assim fazendo fechareis a porta de acesso a eles, a qual de outro modo teríeis, e os impelireis a abrir uma porta conducente a influências malfazejas, para outros envenenarem sua jovem mente, antes que desperteis para ver o perigo que correm. -- Testimonies for the Church 1:387 (1863). Disciplina forte, equilibrada MCP1 171 1 A felicidade de toda criança pode ser assegurada por disciplina forte, equilibrada. As graças mais legítimas consistem na modéstia e obediência -- em ouvidos atentos para ouvir as palavras de orientação, pés e mãos dispostos a andar e trabalhar na vereda do dever. E a verdadeira bondade da criança terá sua própria recompensa, mesmo nesta vida. MCP1 171 2 Os anos da infância são a ocasião oportuna para o processo da educação, não só para que a criança se torne muito útil e cheia de graça e verdade nesta vida, mas que possa assegurar-se o lugar preparado no lar celestial, para todos os fiéis e obedientes. Em nossa própria educação de filhos, e na educação de crianças alheias, temos provado que nunca amam menos os pais e tutores porque esses os impedem de praticar o mal. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. A disposição singularmente amável de Jesus MCP1 171 3 Jesus revelava, como criança, uma disposição singularmente amável. Aquelas mãos cheias de boa vontade estavam sempre prontas para servir a outros. Manifestava uma paciência que coisa alguma conseguia perturbar, e uma veracidade nunca disposta a sacrificar a integridade. Firme como a rocha em questões de princípios, Sua vida revelava a graça da abnegada cortesia. MCP1 171 4 Com profunda solicitude observava a mãe de Jesus o desenvolvimento das faculdades da Criança, e contemplava o cunho de perfeição em Seu caráter. Era com deleite que procurava animar aquele espírito inteligente, de fácil apreensão. Por meio do Espírito Santo recebia sabedoria para cooperar com os instrumentos celestiais, no desenvolvimento dessa Criança que só tinha a Deus por Pai. -- O Desejado de Todas as Nações, 68, 69 (1898). A pré-ocupação da mente exclui pensamentos indignos MCP1 172 1 Educai as faculdades e o gosto de vossos queridos; procurai ocupar-lhes a mente, para que não haja lugar para pensamentos ou condescendências baixos e degradantes. A graça de Cristo é o único antídoto ou preventivo contra o mal. Se quiserdes, podeis escolher se a mente de vossos filhos se ocupará com pensamentos puros e não corrompidos ou com os males que existem em toda parte -- o orgulho e o esquecimento de seu Redentor. -- Carta 27, 1890; Orientação da Criança, 188. Circundados por um muro não fácil de derribar MCP1 172 2 Todo lar cristão deve ter regras; e os pais devem, nas palavras e no comportamento mútuos, dar aos filhos um precioso e vivo exemplo do que eles anseiam eles sejam. Pureza de linguagem e real cortesia cristã devem ser constantes. Não haja incentivo ao pecado, nada de suspeitas malignas ou difamações. 1 Timóteo 6:4. MCP1 172 3 Ensinai as crianças e os jovens a respeitarem-se a si mesmos, a serem fiéis a Deus, fiéis aos princípios; ensinai-os a respeitar e obedecer à lei de Deus. Assim esses princípios lhes controlarão a vida e serão por eles levados para sua associação com outros. Amarão ao próximo como a si mesmos. Criarão uma atmosfera pura, a qual terá a influência de animar almas débeis a andar na vereda que conduz à santidade e ao Céu. Seja cada lição de caráter enobrecedor, alevantado, e os registros feitos nos livros do Céu serão de molde a não vos terdes de envergonhar do encontro no juízo final. MCP1 172 4 Crianças que recebam esta espécie de instrução não serão um fardo, uma causa de ansiedade em nossas instituições [educacionais, médicas, publicadoras, etc.]; ao contrário, serão uma força, um apoio aos que arcam com responsabilidades. Estarão preparados para preencher cargos de confiança, e por preceito e exemplo estarão constantemente ajudando outros a proceder corretamente. Aqueles cujas sensibilidades morais não tiverem sido embotadas, apreciarão os princípios retos e os praticarão. Terão em justa estima os seus dons, e farão o melhor uso possível de suas faculdades físicas, mentais e morais. MCP1 173 1 Essas almas são constantemente fortalecidas contra a tentação; são circundadas por um muro que não será derribado facilmente. Todas essas pessoas são, com a bênção de Deus, portadores de luz; sua influência tende a erguer outros a uma vida cristã prática. A mente pode enobrecer-se de tal modo que pensamentos e contemplações divinos vêm a ser naturais como a respiração. -- Carta 74, 1896. ------------------------Capítulo 20 -- O ambiente doméstico O ambiente doméstico afeta a sociedade MCP1 174 1 O coração da comunidade, da igreja e da nação, é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas. -- A Ciência do Bom Viver, 349 (1905). Eficazes instrumentos para a formação do caráter MCP1 174 2 Deus intenciona que as famílias da Terra sejam um símbolo da família do Céu. Lares cristãos, fundados e conduzidos de acordo com o plano de Deus, acham-se entre os mais eficazes instrumentos na formação do caráter cristão e para o progresso de Sua causa. -- Testimonies for the Church 6:430 (1900). Culto doméstico MCP1 174 3 Tive pais piedosos que procuravam por todos os meios familiarizar-nos com o nosso Pai celestial. Cada manhã e cada noitinha tínhamos oração em família. Cantávamos no lar os louvores de Deus. Havia em casa oito filhos, e nossos pais aproveitavam toda oportunidade para levar-nos a entregar o coração a Jesus. -- Manuscrito 80, 1903. Quanto maior a união, maior a influência MCP1 174 4 Quanto mais intimamente são unidos os membros da família em sua obra no lar, tanto mais de molde a elevar e auxiliar será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele. -- Carta 189, 1903; O Lar Adventista, 37. Autoridade com firmeza MCP1 175 1 A autoridade deve ser mantida mediante firme severidade, ou será recebida por muitos com zombaria e desdém. A chamada tolerância, lisonja e condescendência, usadas para com a juventude por pais e responsáveis, é um dos piores males que lhes pode sobrevir. Em toda família, firmeza, decisão, exigências positivas, são essenciais. -- Profetas e Reis, 236 (1917). O lar, uma lição objetiva MCP1 175 2 Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Conservem pais e filhos em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como precioso perfume. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896; O Lar Adventista, 17. O princípio da paz MCP1 175 3 Não há espírito irritável no lar se Cristo representa o princípio da paz exercido em vossa alma. Não há descortesia ali. Não existe ali rudeza ou falar áspero. Por quê? Porque nós cremos e demonstramos ser membros da Família Real, filhos do Celeste Rei, ligados a Jesus Cristo pelo mais forte laço de amor -- aquele amor que opera pela fé e purifica a alma. Amais a Jesus e estais constantemente entregues à obra de vencer todo o egoísmo e ser uma bênção, e conforto, e força e apoio às almas que Ele adquiriu com Seu sangue. MCP1 175 4 Não vejo razão por que não devêssemos empenhar-nos em trazer a paz de Cristo diretamente a nossa família, com mais fervor do que em trabalhar pelos que não têm viva relação conosco; mas se temos religião no lar, ela se estenderá para fora do lar. Tê-la-eis por toda parte. Levá-la-eis convosco para a igreja. Podeis levá-la convosco quando ides ao vosso trabalho. Ficará convosco onde quer que estejais. O que nos falta é religião no lar. O que necessitamos é o princípio da paz que controle nosso espírito e nossa vida e caráter, segundo a vida semelhante à de Cristo, a qual Ele nos deu como exemplo Seu. -- Manuscrito 36, 1891. O amor revelado nas ações MCP1 176 1 De todo lar cristão deve resplandecer uma santa luz. O amor deve revelar-se nas ações. Deve promanar de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma bondade meditada, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que este princípio é levado a efeito, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Destes lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como orvalho da manhã. -- Patriarcas e Profetas, 144 (1890). O cristianismo no lar irradia por toda a parte MCP1 176 2 O esforço de fazer do lar o que ele deve ser -- um símbolo do lar celeste -- prepara-nos para trabalhar em uma esfera mais ampla. A educação recebida mediante o mostrar terna consideração uns pelos outros, habilita-nos a saber atingir os corações que precisam aprender os princípios da verdadeira religião. A igreja necessita todas as cultivadas energias espirituais que se possam obter, para que todos, e em especial os membros mais novos da família do Senhor, sejam cuidadosamente guardados. A verdade vivida em casa se faz sentir em desinteressado labor lá fora. Aquele que vive o cristianismo no lar, será em toda parte uma luz ardente e resplandecente. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898; O Lar Adventista, 38, 39. O erguimento da humanidade começa no lar MCP1 176 3 A restauração e erguimento da humanidade começa no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração "procedem as saídas da vida". Provérbios 4:23. -- A Ciência do Bom Viver, 349 (1905). Coisas que tornam o lar atraente MCP1 177 1 Maneiras gentis, conversa prazenteira, e atos amáveis unirão o coração das crianças a seus pais, pelos sedosos laços da afeição, e farão mais para tornar atraente o lar, do que os mais raros ornamentos que se possam comprar a peso de ouro. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; MVH, 200. Pureza no lar MCP1 177 2 A ordem é a primeira lei do Céu, e o Senhor deseja que Seu povo ofereça em seus lares uma imagem da ordem e harmonia que predomina nas cortes celestiais. A verdade jamais coloca seus delicados pés no caminho da imundície ou impureza. A verdade não torna os homens e mulheres rústicos nem grosseiros e descuidados. Eleva a todos os que a aceitam a um alto nível. Sob a influência de Cristo, a obra de constante refinamento prossegue. ... MCP1 177 3 Aquele que era tão específico quanto aos filhos de Israel cultivarem hábitos de higiene, não sancionará qualquer impureza nos lares de Seu povo hoje. Deus olha com desagrado para qualquer espécie de impureza. Como podemos convidá-Lo para o nosso lar, a menos que tudo esteja bem arranjado, limpo e asseado? -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1902; Conselhos Sobre Saúde, 101. Localização do lar MCP1 177 4 A melhor de todas as heranças que podeis legar a vossos filhos, é o dom de um corpo sadio, mente sã e caráter nobre. Os que compreendem o que constitui o verdadeiro êxito da vida, serão sábios em boa hora. Ao escolherem um lar, terão em vista os bens mais preciosos da vida. MCP1 177 5 Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da Natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaças das cidades, e aspirai o ar celeste e revigorador. Ide para um lugar onde, separados das diversões e extravagâncias da vida da cidade, possais ser companheiros para vossos filhos, ensinando-os a conhecer a Deus mediante Suas obras, e preparando-os para uma vida íntegra e útil. -- A Ciência do Bom Viver, 366, 367 (1905). Rico mobiliário não faz um lar MCP1 178 1 Quatro paredes e caro mobiliário, tapetes de veludo, elegantes espelhos e finos quadros não fazem um "lar" se a simpatia e amor estão ausentes. A sagrada palavra não pertence às mansões deslumbrantes onde o gozo da vida doméstica é desconhecido. ... MCP1 178 2 Com efeito, o conforto e o bem-estar dos filhos são a última coisa considerada em semelhante lar. Eles são negligenciados pela mãe, cujo tempo é todo devotado para manter a aparência e atender às exigências da sociedade moderna. Sua mente é deseducada; adquirem maus hábitos e tornam-se desassossegados e insatisfeitos. Não encontrando prazer em seu próprio lar, mas apenas desagradáveis restrições, fogem do seio da família tão logo quanto possível. Atiram-se ao grande mundo com pouca relutância, não contidos pela influência do lar e o terno conselho da família. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; O Lar Adventista, 155. A crítica abre as portas para Satanás MCP1 178 3 Pais e mães, ponde-vos em guarda. Seja vossa conversa no lar agradável e animadora. Falai sempre bondosamente, como se estivésseis na presença de Cristo. Não haja crítica, não haja acusações. Palavras desse teor ferem e magoam a alma. Para os seres humanos é natural falar palavras ásperas. Os que cedem a essa tendência abrem a porta para Satanás entrar-lhes no coração e torná-los ligeiros em relembrar os erros e faltas dos outros. Demora-se a falar sobre seus defeitos, suas deficiências, e proferem-se palavras que levam à falta de confiança em alguém que faz o melhor possível para cumprir seus deveres como cooperador de Deus. Muitas vezes lançam-se sementes de desconfiança porque alguém julga que deveria ter sido favorecido e não o foi. -- Carta 169, 1904. Influência dos defeitos dos pais MCP1 179 1 Parece perfeitamente natural a alguns homens serem mal-humorados, egoístas, exigentes e autoritários. Nunca aprenderam a lição do domínio de si mesmos, e não refrearão seus sentimentos irrazoáveis, sejam as conseqüências quais forem. Esses homens serão recompensados vendo sua companheira doentia, desalentada, e os filhos apresentando as peculiaridades de seus próprios desagradáveis traços de caráter. -- Healthful Living (Parte 2), 36 (1865); Mensagens Escolhidas 2:430. Lares discordantes não atraem anjos MCP1 179 2 Os anjos não são atraídos para o lar em que a discórdia reine suprema. Cessem os pais e mães toda crítica e murmuração. Eduquem os filhos a falarem palavras agradáveis, palavras que exerçam influência benéfica e promovam alegria. Não deveríamos agora mesmo ingressar na escola doméstica como alunos de Cristo? Trazei piedade prática para dentro do lar. Vede então se as palavras que pronunciais não causam alegria. MCP1 179 3 Pais, começai a obra da graça em vossa própria igreja doméstica, conduzindo-vos de modo que os filhos vejam que estais cooperando com os anjos celestiais. Tende certeza de que vos converteis cada dia. Educai-vos e aos filhos para a vida eterna no reino de Deus. Anjos serão vossos fortes auxiliares. Satanás vos tentará, mas não cedais. Não pronuncieis uma só palavra que possa dar vantagem ao inimigo. -- Manuscrito 93, 1901. Apelo em favor de mais hospitalidade nos lares MCP1 179 4 Mesmo entre os que professam ser cristãos, é pouco exercida a verdadeira hospitalidade. Entre nosso próprio povo a oportunidade de mostrar hospitalidade não é considerada como deveria ser, isto é, um privilégio e bênção. Há muito, mas muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição para dar lugar a dois ou três mais à mesa familiar, sem constrangimento nem ostentação. Há os que alegam que "é demasiado trabalho". Não o seria, se dissésseis: "Não fizemos nenhum preparo especial, mas vocês são bem-vindos ao que temos." Pelo inesperado hóspede as boas-vindas são apreciadas muito mais do que o mais elaborado preparo. -- Testimonies for the Church 6:343 (1900). Coisas que tornam feliz o lar MCP1 180 1 Voz carinhosa, maneiras gentis, e sincera afeição que encontra expressão em todos os atos juntamente com hábitos industriosos, asseio, economia, fazem até de uma cabana o mais feliz dos lares. O Criador olha para um lar assim com aprovação. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; O Lar Adventista, 422. Cultivo da verdadeira polidez MCP1 180 2 Há grande necessidade de cultivo do verdadeiro refinamento no lar. Este é poderoso testemunho a favor da verdade. A vulgaridade de linguagem e de maneiras, seja em quem for que apareça, indica coração poluído. A verdade de origem celestial jamais degrada ao que a recebe, jamais o torna grosseiro ou rude. A verdade é de influência abrandadora e refinadora. Quando recebida no coração, torna o jovem respeitoso e polido. A polidez cristã é recebida unicamente sob a operação do Espírito Santo. Ela não consiste em afetação ou refinamento artificial, em mesuras e sorrisos forçados. Esta é a espécie de polidez que os mundanos possuem, mas são destituídos da verdadeira cortesia cristã. MCP1 180 3 A verdadeira cortesia, a polidez verdadeira, só é derivada do conhecimento do evangelho de Cristo. A verdadeira polidez, a cortesia verdadeira, é a bondade mostrada a todos, alto ou baixo, rico ou pobre. -- Manuscrito 74, 1900; O Lar Adventista, 422, 423. ------------------------Capítulo 21 -- O trato de Cristo com a mente Os ensinamentos de Cristo devem ser o guia MCP1 181 1 O ensino de Cristo, assim como Sua compaixão, abrangia o mundo. Jamais poderá haver uma circunstância na vida, um momento crítico na experiência humana, que não tenha sido antecipado em Seu ensino, e para os quais seus princípios não tenham uma lição. Príncipe dos ensinadores, serão Suas palavras reconhecidas como um guia aos Seus cooperadores até o fim do tempo. -- Educação, 81, 82 (1903). Ele se identificava com os interesses de seus ouvintes MCP1 181 2 Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. -- A Ciência do Bom Viver, 24 (1905). Ele compreende as operações ocultas do espírito humano MCP1 181 3 Aquele que pagou infinito preço para remir o homem, lê com infalível exatidão todas as operações ocultas do espírito humano, e sabe justamente como lidar com cada alma. E ao lidar com os homens, manifesta os mesmos princípios que são manifestados no mundo natural. -- Special Testimonies, Série A, 3:17 (1895); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 189, 190. Ele age pela operação calma e regular de leis MCP1 182 1 Deus age pela operação calma e regular das leis que designou. Assim é com as coisas espirituais. Satanás constantemente procura produzir efeitos por meio de arremetidas rudes e violentas; mas Jesus achou acesso às mentes pelo caminho de suas associações mais familiares. Perturbou o menos possível o costumeiro modo de pensar, com ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrou ao homem com Sua confiança, colocando-o assim na sua dignidade. Introduziu velhas verdades em nova e preciosa luz. Assim, quando apenas tinha doze anos de idade, surpreendeu os doutores da lei com Suas perguntas no templo. -- Manuscrito 44, 1894; Evangelismo, 190. Sempre circundado por uma atmosfera de paz MCP1 182 2 Sua terna compaixão caía como um toque de saúde nos corações cansados e aflitos. Mesmo entre a turbulência de inimigos furiosos, era circundado por uma atmosfera de paz. A beleza de Seu semblante, a amabilidade de Seu caráter e, sobretudo, o amor expresso no olhar e na voz, atraíam para Ele todos quantos não estavam endurecidos na incredulidade. Não fora o espírito suave, cheio de simpatia, refletindo-se em cada olhar e palavra, e Ele não teria atraído as grandes congregações que atraiu. Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios, o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O Céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante dEle, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Sua vida era equilibrada MCP1 182 3 Em Sua vivência, Jesus de Nazaré diferia de todos os outros homens. Sua vida inteira era caracterizada por desinteressada beneficência e pela beleza da santidade. No Seu íntimo dominava o mais puro amor, livre de toda mancha de egoísmo e pecado. Sua vida era perfeitamente equilibrada. Ele é o único verdadeiro modelo de bondade e perfeição. Desde o começo de Seu ministério, os homens começaram a compreender mais claro o caráter de Deus. MCP1 183 1 Até ao tempo do primeiro advento de Cristo, os homens adoravam deuses cruéis, despóticos. Mesmo a mente dos judeus foi atingida pelo temor em lugar do amor. A missão de Cristo na Terra foi mostrar aos homens que Deus não era um déspota, mas sim um Pai celestial, cheio de amor e misericórdia para com Seus filhos. -- Manuscrito 132, 1902. Ele não era alheio ao calor e animação MCP1 183 2 Muitos há que possuem uma errônea idéia da vida e do caráter de Cristo. Pensam que Ele era destituído de calor e animação, que era sério, áspero, melancólico. Em muitos casos, toda a experiência religiosa recebe dessa maneira de ver um colorido sombrio. -- Conflict and Courage, 120 (1892). Infinitas possibilidades em todo ser humano MCP1 183 3 Em cada ser humano Ele divisava infinitas possibilidades. Via os homens como poderiam ser, transfigurados por Sua graça -- "na graça do Senhor nosso Deus". Salmos 90:17. Olhando para eles com esperança, inspirava-lhes esperança. Encontrando-os com confiança, inspirava-lhes confiança. Revelando em Si mesmo o verdadeiro ideal do homem, despertava para a consecução deste ideal tanto o desejo como a fé. Em Sua presença as almas desprezadas e caídas compreendiam que ainda eram homens, e anelavam mostrar-se dignas de Seu olhar. Em muitos corações que pareciam mortos às coisas santas, despertavam-se novos impulsos. A muito desesperançado abriu-se a possibilidade de uma nova vida. -- Educação, 80 (1903). Seu coração, um manancial de vida MCP1 183 4 Diz-se muitas vezes que Jesus chorou, mas jamais foi visto a sorrir. Nosso Salvador foi efetivamente, um Varão de dores, experimentado nos trabalhos, pois abria o coração a todos os sofrimentos humanos. Mas, se bem que Sua vida fosse cheia de abnegação e ensombrada por dores e cuidados, Seu espírito não se abatia. Sua fisionomia não apresentava a expressão do desgosto ou do descontentamento, mas sempre de inalterável serenidade. Seu coração era um manancial de vida; e aonde quer que fosse, levava descanso e paz, contentamento e alegria. -- Conflict and Courage, 120 (1892). Cristo nunca ficou arrebatado MCP1 184 1 Cristo exemplificou na própria vida Seus ensinos divinos. Seu zelo nunca O levou a ficar arrebatado. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e simpatia sem sentimentalismo. Era altamente sociável; no entanto, possuía modesta dignidade que não animava indevida familiaridade. Sua temperança nunca induzia à austeridade ou farisaísmo. Ele não Se conformava com este mundo; todavia não era indiferente às necessidades do menor dentre os homens. Estava alerta às necessidades de todos. -- Manuscrito 132, 1902; Evangelismo, 636. Tato para lidar com preconceitos MCP1 184 2 Suas mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado" (Isaías 50:4); pois nos lábios Lhe era derramada graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Ele alcançava as profundezas da desgraça humana MCP1 184 3 Ele percorria todas as veredas em que se achavam almas extraviadas. Alcançava as maiores profundezas da desgraça e miséria humanas. -- Carta 50, 1897. Combate o poder de Satanás sobre a mente MCP1 184 4 Ele [Cristo] via o poder -- o enganador poder -- de Satanás sobre a mente dos homens, e empenhou-Se [ligou-Se por um penhor] a vir a este mundo. Põe ao lado as vestes de Sua realeza, depõe Sua real coroa, renuncia a Seu alto comando, desce do trono de Sua glória como alto Comandante de todo o Céu, e veste Sua divindade de humanidade, para que a humanidade tocasse a humanidade. Para isso foi que Ele veio. Veio diretamente para nossa Terra a fim de tomar sobre Si a natureza do homem, passar através de todas as provas, todas as aflições e tentações que assaltassem o homem, e aqui lutou com essas tentações, percorrendo o terreno onde Adão caiu, para que pudesse remir o ignominioso fracasso e queda de Adão. MCP1 185 1 Em natureza humana, como nosso substituto, como nosso penhor, Ele apoderou-Se da mesma esperança de que é nosso privilégio apoderar-nos, e isto significa poder infinito. Por esse meio, nosso Salvador venceu as tentações do inimigo e obteve a vitória. Em favor de quem? Ora, em nosso favor! Por quê? Para que nenhum dos membros da família humana tivesse que tropeçar na estrada que conduz à vida eterna. Por isso que Ele a percorreu antes de nós, Ele sabe de todos os obstáculos, conhece cada dificuldade que toda alma humana da face da Terra tem de defrontar. Ele sabe isso tudo, e por isso, quando de Seu batismo, ao fazer a Sua petição ao Céu, essa oração fendeu diretamente a infernal sombra que Satanás lançou em vossa vereda, lançou na minha vereda, e a fé penetrou "além do véu". Hebreus 6:19. -- Manuscrito 12, 1895. Ajuda o indagador a exercer fé MCP1 185 2 Cristo sabia todos os seus pensamentos, [da mulher que Lhe tocou na orla da veste] e dirigia os passos em direção a ela. Compreendia-lhe a grande necessidade, e a estava ajudando a exercer fé. -- A Ciência do Bom Viver, 60 (1905). O conhecimento divino pode tornar-se conhecimento humano MCP1 185 3 Pode o conhecimento divino tornar-se conhecimento dos homens. Todo pastor deve estudar atentamente a maneira de ensinar de Cristo. Deve assimilar Suas lições. Não existe um dentre vinte, que conheça a beleza, a essência real do ministério de Cristo. Devem descobri-las. Então se tornarão participantes do rico fruto de Seus ensinamentos. Entretecê-los-ão tão plenamente em sua própria vida e práticas que as idéias e princípios que Cristo introduziu em Suas lições se insinuarão nos ensinamentos deles. A verdade florescerá e produzirá a mais nobre espécie de fruto. E o próprio coração do obreiro se aquecerá; sim, arderá com a vivificadora vida espiritual que incute no espírito dos outros. -- Manuscrito 104, 1898. Em contato com várias mentalidades MCP1 186 1 Todos os que professam ser filhos de Deus devem ter na mente que, como missionários serão postos em contato com todas as classes de espíritos. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Estes diferentes espíritos não podem ser tratados da mesma forma; todos, porém, carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato, nosso espírito deve tornar-se polido e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana. -- A Ciência do Bom Viver, 495, 496 (1905). Nossa mentalidade torna-se uma com a dele MCP1 186 2 Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nossa mentalidade torna-se uma com a dEle, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová. -- Parábolas de Jesus, 312 (1900). ------------------------Capítulo 22 -- A escola e o professor Despertar as faculdades mentais MCP1 187 1 A verdadeira educação não consiste em forçar a instrução a uma mente não preparada e indócil. As faculdades mentais deverão ser despertadas, e o interesse suscitado. E isto o método divino de ensinar havia tomado em consideração. Aquele que criou a mente e estabeleceu suas leis, providenciou para o seu desenvolvimento de acordo com aquelas leis. MCP1 187 2 No lar e no santuário, mediante as coisas da Natureza e da Arte, no trabalho e nas festas, na construção sagrada e pedras comemorativas, por meio de métodos, ritos e símbolos inumeráveis, deu Deus a Israel lições que ilustravam Seus princípios e preservavam a memória de Suas maravilhosas obras. Então, quando surgiam perguntas, a instrução que era dada impressionava o espírito e o coração. -- Educação, 40, 41 (1903). A educação comunica vitalizante energia MCP1 187 3 A mais elevada obra da educação não é comunicar conhecimentos meramente, mas aquela vitalizante energia recebida mediante o contato de espírito com espírito, de alma com alma. Somente vida gera vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 250 (1898). O mais alto desenvolvimento das faculdades mentais MCP1 187 4 É justo que a mocidade sinta dever atingir o mais alto desenvolvimento das faculdades mentais. Não queríamos restringir a educação a que Deus nos pôs limites. Mas nossas consecuções de nada valerão se não forem utilizadas para honra de Deus e bem da humanidade. Não é bom sobrecarregar a mente de estudos que exigem intensa aplicação, mas que não são introduzidos na vida prática. -- A Ciência do Bom Viver, 449, 450 (1905). Perigos de algumas escolas MCP1 188 1 Muitos jovens saem das instituições de ensino com a moral degradada e as faculdades físicas debilitadas, sem nenhum conhecimento da vida prática e pouca força para cumprir os seus deveres. MCP1 188 2 Ao ver estes males, tenho perguntado: Devem nossos filhos e filhas tornar-se fracalhões morais e físicos a fim de obter uma educação nas escolas? Não deve ser assim, não precisa ser, se os professores e os estudantes forem fiéis às leis da Natureza, que são também as leis de Deus. Todas as faculdades da mente e do corpo devem ser postas em exercício ativo para que os jovens se tornem homens e mulheres fortes e bem equilibrados. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 71. A educação deve ser resguardada MCP1 188 3 A mente será da mesma qualidade que aquilo de que se alimenta, a colheita da mesma natureza que a semente semeada. Não mostram estes fatos, suficientemente, a necessidade de resguardar, desde os primeiros anos, a educação dos jovens? Não seria melhor que os jovens crescessem com certo grau de ignorância quanto ao que é geralmente aceito como educação, do que tornarem-se desleixados no que diz respeito à verdade de Deus? -- Testimonies for the Church 6:194 (1900). Esclarecer a relação entre Deus e o homem MCP1 188 4 É da mais alta importância que todo ser humano ao qual Deus tenha dado faculdades de raciocínio, compreenda sua relação com Deus. É para seu bem indagar a cada passo: É este o caminho do Senhor? ... Precisamos com toda a seriedade apelar para todo ser humano a que compare seu caráter com a lei de Deus, a norma de caráter para todos os que querem adentrar Seu reino e tornar-se cidadãos do país celestial. -- Manuscrito 67, 1898. Educação superior MCP1 189 1 A ciência de uma pura, sadia e coerente vida cristã é obtida pelo estudo da Palavra do Senhor. Essa é a mais alta educação que qualquer ser terrestre possa obter. Essas são as lições que devem ser ensinadas aos estudantes de nossas escolas, a fim de que possam sair possuídos de pensamentos puros e mente e coração limpos, preparados para subir a escada do progresso e praticar as virtudes cristãs. -- Manuscrito 86, 1905. Os hábitos do mestre exercem influência MCP1 189 2 Os princípios e hábitos do professor devem ser considerados de maior importância do que mesmo suas habilitações literárias. Se o professor é cristão sincero, ele sentirá a necessidade de ter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus alunos. A fim de exercer a influência devida deve ele ter perfeito controle sobre si mesmo e ter o coração ricamente impregnado de amor aos alunos, o que se verá em seu olhar, suas palavras e atos. Deve ter firmeza de caráter; então poderá moldar a mente dos alunos, assim como instruí-los nas ciências. MCP1 189 3 A educação primária da juventude geralmente lhes molda o caráter para toda a vida. Os que lidam com os jovens devem ter muito cuidado para evocar as qualidades mentais, a fim de que melhor saibam como dirigir-lhes as faculdades, de modo que sejam exercidas para seu maior bem. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1885. Suscitar as altas qualidades mentais MCP1 189 4 O máximo cuidado deve ser tomado na educação dos jovens, variando a maneira de instruí-los, de modo a suscitar as altas e nobres faculdades da mente. Os pais e professores nas escolas por certo são inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro as lições de domínio próprio, paciência, brandura, bondade e amor. Que importante encargo para os pais, tutores e mestres! Há muito poucos que reconhecem as indispensáveis necessidades da mente e sabem como dirigir o intelecto em desenvolvimento, os crescentes pensamentos e sentimentos dos jovens. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1885. Ser inspirados pelo Espírito Santo MCP1 190 1 Tratar com mentes humanas é a mais delicada obra que possa ser feita, e os professores devem ser inspirados pelo Espírito de Deus, a fim de que sejam habilitados a fazer a obra da maneira devida. -- Manuscrito 8, 1899. A luta com os malfeitos MCP1 190 2 Jamais os eduqueis dando publicidade aos erros e malfeitos de qualquer escolar, pois eles considerarão uma virtude deles, exporem os erros de outro. Nunca humilheis um aluno apresentando perante a classe suas ofensas e erros e pecados: não poderíeis fazer obra mais eficaz para lhe endurecer o coração e confirmá-lo no mal, do que assim procedendo. Falai e orai com ele a sós, e demonstrai a mesma ternura que Cristo vos mostrou a vós que sois mestres. Nunca animeis qualquer estudante a criticar e falar das faltas de outro. Escondei uma multidão de pecados de todas as maneiras possíveis, seguindo, para restaurá-lo, a maneira de Cristo. Esta espécie de educação será uma bênção, fazendo-se sentir nesta vida e estendendo-se até à futura vida imortal. -- Manuscrito 34, 1893. Plenamente habilitado para tratar com mentes humanas MCP1 190 3 Todo professor necessita de que Cristo habite em seu coração pela fé, e de possuir genuíno espírito de abnegação e sacrifício por amor a Cristo. A pessoa pode ter suficiente educação e conhecimento nas ciências, para lecionar; mas foi averiguado se ela possui tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os mestres não têm no coração o amor de Cristo, não se acham habilitados para serem postos em contato com crianças e para assumir as graves responsabilidades colocadas sobre eles, de educar tais crianças e jovens. Eles mesmos carecem da educação e do preparo mais elevado e não sabem como lidar com mentes humanas. O espírito de seu próprio coração natural e insubordinado procura assumir o controle, e submeter o maleável intelecto e caráter das crianças a semelhante disciplina, equivale a deixar na mente cicatrizes e lesões que jamais se dissiparão. MCP1 191 1 Caso o professor não possa ser levado a sentir a responsabilidade e o cuidado que sempre deveria revelar ao lidar com mentes humanas, sua educação tem sido, nalguns casos, muito imperfeita. A instrução recebida na vida familiar tem sido prejudicial para o caráter, e é deplorável que esse caráter e essa orientação deficiente se reproduzam nas crianças colocadas sob sua direção. -- Christian Education, 145 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 260, 261. Responsabilidades, não para os inexperientes MCP1 191 2 A escola paroquial de Battle Creek é parte importante da vinha a ser cultivada. Mentalidade bem equilibrada e caráter simétrico são necessários aos professores de qualquer ramo. Não confieis essa obra às mãos de jovens senhoras e homens jovens que não sabem como tratar com mentalidades humanas. Isto tem sido um erro, e tem trazido males às crianças e jovens sob seus cuidados. ... MCP1 191 3 Entre as crianças e os jovens existem todas as espécies de caráter com os quais tratar. Têm mente impressionável. Qualquer coisa como uma exibição apaixonada por parte da professora pode atalhar sua influência para o bem, sobre os estudantes que lhe dão o nome de educadora. E será essa educação para o bem presente e para o eterno bem futuro das crianças e dos jovens? Esta é a correta influência a ser exercida sobre eles, para seu bem espiritual. -- Manuscrito 34, 1893. Conselho a um professor irritadiço MCP1 191 4 Cada professor tem seu próprio traço peculiar de caráter sobre o qual vigiar, a fim de que Satanás não se sirva dele como agente seu, para destruir almas por seus traços de caráter não consagrados. A única segurança dos professores está em aprender diariamente na escola de Cristo Sua mansidão, Sua humildade de coração; então o próprio eu se ocultará em Cristo, e ele tomará humildemente o jugo de Cristo, convencido de que está tratando com Sua herança. MCP1 192 1 Devo declarar-lhe ter-me sido mostrado que nem sempre têm sido postos em prática os melhores métodos no trato dos erros e mal-entendidos de estudantes, e em consequência almas têm sido postas em perigo, perdendo-se mesmo algumas. Professores de mau gênio, movimentos imprudentes, dignidade própria têm feito má obra. Não existe forma de vício, mundanidade ou alcoolismo que tenha efeito mais daninho sobre o caráter, amargurando a alma, pondo em cortejo males que suplantam o bem, do que paixões humanas não postas sob o controle do Espírito de Deus. A ira, o sentir-se melindrado, agitado, jamais compensará. MCP1 192 2 Quantos filhos pródigos são excluídos do reino de Deus devido ao caráter desleixado dos que alegam ser cristãos! Ciúme, inveja, orgulho, sentimentos descaridosos, justiça própria, suscetibilidade, suspeitar mal, rispidez, frieza, falta de simpatia -- eis os atributos de Satanás. Os professores depararão com esses defeitos, no caráter dos estudantes. É tremenda tarefa ter de tratar com isso; mas ao buscar eliminar esses males, o obreiro tem freqüentemente, contraído atributos semelhantes, que têm maculado a alma da pessoa com quem está tratando. -- Carta 50, 1893. Precisam de temperamento equilibrado MCP1 192 3 Os mestres que trabalham nesta parte da vinha do Senhor, precisam ser senhores de si mesmos, de modo a dominar o temperamento e os sentimentos, mantendo-os sujeitos ao Espírito Santo. Devem dar provas de possuir, não uma experiência unilateral, mas espírito bem equilibrado, caráter simétrico. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 191 (1913), [no inglês]. É importante a determinação de aperfeiçoar-se MCP1 192 4 As vantagens de um professor podem ter sido limitadas, de modo que ele poderá não possuir habilitações literárias tão altas como se poderia desejar. Todavia, se ele tem um conhecimento verdadeiramente profundo da natureza humana, se tem genuíno amor por sua obra, apreciação de sua grandeza e decisão de se aperfeiçoar; se ele está disposto a trabalhar fervorosamente, perseverantemente, compreenderá as necessidades de seus discípulos, e pelo seu espírito de simpatia e progresso inspirá-los-á a prosseguir, procurando guiá-los avante e para cima. -- Educação, 279 (1903), [no inglês]. Nem metade das faculdades mentais é usada MCP1 193 1 É importante que tenhamos escolas intermediárias e secundárias. ... De nosso país e do exterior estão a chegar muitos pedidos urgentes para que se enviem obreiros. Moços e moças, os que se encontram em meia-idade, e efetivamente todos os que são capazes de empenhar-se no serviço do Mestre, devem exigir de sua mente tudo que puderem, no sentido de se prepararem para atender a esses pedidos. Pela luz que Deus me deu, sei que não fazemos uso das faculdades de espírito nem com metade da diligência que cumpriria empregar-se no esforço de nos habilitarmos para maior utilidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 209 (1913), [no inglês]. Combinar o natural com o espiritual e alcançar as mais altas realizações MCP1 193 2 O natural e o espiritual devem ser associados nos estudos de nossas escolas. As atividades da agricultura ilustram as lições bíblicas. As leis obedecidas pela Terra revelam o fato de que ela está sob o excelso poder de um Deus infinito. Os mesmos princípios regem o mundo espiritual e o mundo natural. Separai a Deus e Sua sabedoria da aquisição de conhecimento, e tereis uma educação claudicante e unilateral, morta para todas as qualidades salvadoras que dão poder ao homem, de modo que seja incapaz de obter imortalidade por meio da fé em Cristo. O Autor da Natureza é o Autor da Bíblia. A criação e o cristianismo têm um só Deus. MCP1 193 3 Todos os que se empenham na aquisição de conhecimento devem almejar atingir o mais alto grau de progresso. Avancem eles tão depressa e tão longe quanto puderem; seja o seu campo de estudo tão amplo quanto possam abranger as faculdades, tornando a Deus sua sabedoria, apegando-se Àquele que é infinito em conhecimento, que pode revelar os segredos ocultos durante séculos, que pode solver os problemas mais difíceis para as mentes que crêem nAquele que é o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível. A testemunha viva para Cristo, prosseguindo em conhecer ao Senhor, saberá que como a alva será a Sua saída. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Por meio de honestidade e laboriosidade, mediante o devido cuidado do corpo, aplicando todas as faculdades mentais na aquisição de conhecimento e sabedoria nas coisas espirituais, toda alma pode ser completa em Cristo, o qual é o Modelo perfeito do homem completo. -- Special Testimonies on Education, 22 de Abril de 1895; Fundamentos da Educação Cristã, 375, 376. Lições corretas não podem impressionar a mente que não conhece a verdade da palavra de Deus MCP1 194 1 Mas a caída raça humana não quer compreender. Supõem que a ciência da Natureza controle ao Deus da Natureza. Lições corretas não podem impressionar a mente dos que não conhecem a verdade da Palavra de Deus. Quando coração e mente são submetidos a Deus, quando o homem está disposto a ser instruído qual uma criancinha, encontrará na Palavra de Deus a ciência da educação. A alta educação do mundo tem-se demonstrado uma farsa. Quando mestres e alunos descerem de seus pedestais e ingressarem na escola de Cristo para dEle aprender, falarão inteligentemente de alta educação, porque compreenderão que é esse conhecimento que habilita o homem a compreender a essência da ciência. -- Manuscrito 45, 1898. São necessários auxílios visuais MCP1 194 2 O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras, será de auxílio na explicação destas lições e da fixação das mesmas na memória. Pais e professores devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados. -- Educação, 186 (1903), [no inglês]. Evitar demasiada variedade de alimento mental MCP1 194 3 Deus deseja que as faculdades mentais sejam conservadas puras e limpas. Mas muitas vezes é ministrada à mente demasiada variedade de alimento. É impossível que todo ele seja aproveitado e usado. O cérebro deve ser aliviado de toda carga desnecessária. Unicamente os estudos que sejam de maior uso, não só aqui mas também na vida futura, que proveja a melhor instrução para corpo e alma, serão transferidos para a eternidade. -- Manuscrito 15, 1898. O estudo e a vida prática MCP1 195 1 Não convém abarrotar a mente com uma espécie de estudos que requerem intensa aplicação e esforço, mas não têm uso na vida prática. Educação desta espécie será um prejuízo ao estudante, pois esses estudos lhe tiram o desejo e a inclinação para os estudos que o habilitariam para a utilidade, capacitando-o para cumprir as responsabilidades que lhe são confiadas, como cooperador de Deus, para, tanto por preceito como pelo exemplo, ajudar aos que deveria, a conseguir a imortalidade. -- Manuscrito 15, 1898. Necessidade de ensino prático MCP1 195 2 O estudo de latim e grego é de muito menos importância para nós, para o mundo e para Deus, do que o acurado estudo e uso de toda a maquinaria humana. É pecado estudar livros, negligenciando o saber tornar-se familiar com os vários ramos de utilidade na vida prática. Para alguns, é dissipação a estrita aplicação ao estudo de livros. O não empenhar a maquinaria física leva a extremada atividade do cérebro. Este torna-se então a oficina de Satanás. Jamais pode ser uma vida fruída em todos os sentidos, se a pessoa é ignorante acerca da casa em que vivemos. -- Carta 103, 1897. Livros de texto e moldes de pensamento MCP1 195 3 Com voz solene o Orador prosseguiu: "Encontrais nesses autores [incrédulos] aquilo que possais recomendar como essencial à verdadeira educação superior? Ousaríeis recomendar seu estudo a alunos que ignoram seu verdadeiro caráter? Hábitos errados de pensamento, uma vez aceitos, tornam-se um poder despótico, que prende a mente como em garras de aço. Se muitos dos que receberam e leram esses livros nunca os tivessem visto mas tivessem aceito as palavras do Mestre Divino em seu lugar, estariam muito mais adiantados do que estão no conhecimento das divinas verdades da Palavra de Deus, a qual torna os homens sábios para a salvação. Esses livros têm levado milhares aonde Satanás levou Adão e Eva -- a um conhecimento que Deus lhes proibiu tivessem. Mediante seus ensinos, estudantes têm trocado a Palavra do Senhor por fábulas." -- The Review and Herald, 12 de Março de 1908. Amplos princípios da Bíblia para controlar conceitos MCP1 196 1 Sobre a mente de todo estudante deveria ser impresso o pensamento de que a educação é um fracasso a menos que o entendimento tenha aprendido a apanhar as verdades da revelação divina e a menos que o coração aceite os ensinamentos do evangelho de Cristo. O estudante que, em lugar dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e atenção sejam absorvidos por matérias triviais, de lugar-comum, verá que a mente se lhe tornará apoucada e débil; ele perderá o poder de crescimento. A mente tem de ser educada para compreender as importantes verdades que dizem respeito à vida eterna. -- Carta 64, 1909. O melhor uso das partes componentes da maquinaria humana MCP1 196 2 Tivessem os mestres estudado as lições que o Senhor desejava que aprendessem, não haveria uma classe de estudantes cujos débitos tinham que ser liquidados por alguém, ou do contrário ficaria o colégio arcando ao peso de pesada dívida. Os educadores não estão cumprindo nem metade de sua tarefa quando sabem que um jovem está dedicando anos de estrita aplicação ao estudo de livros, sem se empenhar em adquirir recursos para custear ele mesmo os estudos, e nada fazendo na questão. Cada caso deve ser investigado, mostrando bondoso interesse e indagação acerca de cada jovem, averiguando sua situação financeira. MCP1 197 1 Um dos estudos apresentados a ele como muitíssimo valioso deve ser o exercício do raciocínio que Deus lhe deu, em harmonia com suas faculdades físicas, cabeça, corpo, mãos e pés. O devido uso de si mesmo é a mais valiosa lição que aprender se possa. Não devemos fazer trabalho cerebral e parar aí, tampouco exercitar o físico e aí nos deter; devemos, porém, fazer o melhor dos usos das várias partes que compõem a maquinaria humana -- cérebro, ossos e músculos, corpo, cabeça e coração. Homem algum que não entenda como isso fazer, é apto para o ministério. -- Carta 103, 1897. Os professores cooperarem na recreação MCP1 197 2 Vejo aqui na Suíça algo que julgo digno de imitação. Os professores das escolas muitas vezes saem com os alunos quando estão brincando e os ensinam a entreter-se, ficando perto para reprimir qualquer desordem ou erro. Às vezes saem com os alunos a uma longa caminhada. Aprecio isto; penso que há menos oportunidade para as crianças cederem à tentação. Parece que os mestres participam das brincadeiras das crianças e as supervisionam. MCP1 197 3 Não posso de modo algum aprovar a idéia de que as crianças devam sentir-se constantemente como não merecendo confiança, não podendo agir como crianças. Mas participem os professores dos entretenimentos das crianças, unam-se-lhes, e mostrem que desejam vê-las felizes, e isto lhes inspirará confiança. Podem ser controladas pelo amor, mas não seguindo-as em suas refeições e em seus entretenimentos com rigorosa, inflexível severidade. -- Testimonies for the Church 5:653 (1889). Manifestar confiança nos alunos MCP1 197 4 O educador prudente, ao tratar com seus discípulos, procurará promover a confiança e fortalecer o sentimento de honra. As crianças e jovens são beneficiados se se deposita neles confiança. Muitos, mesmo dentre os pequeninos, têm um elevado senso de honra; todos desejam ser tratados com confiança e respeito, e têm direito a isso. Deve-se ter cuidado de que eles não pressintam não poderem sair ou entrar sem ser vigiados. A suspeita desmoraliza, produzindo os mesmos males que procura evitar. Em vez de vigiar continuamente, como se estivesse a suspeitar mal, os professores que se acham em contato com seus discípulos discernirão a atitude da mente irrequieta, e porão em atividade influências que contrabalançarão o mal. Levai os jovens a sentir que merecem confiança, e poucos haverá que não procurarão mostrar-se dignos dessa confiança. -- Educação, 289, 290 (1903). É essencial a confiança dos alunos MCP1 198 1 O professor deve ter aptidão para o seu trabalho. Deve ter a sabedoria e o tato exigidos para tratar com as mentes. Por maiores que sejam seus conhecimentos científicos, por excelentes que sejam suas qualificações em outros ramos, se não alcançar o respeito e confiança de seus alunos, debalde serão seus esforços. -- Educação, 278, 279 (1903). Auxiliar os atrasados e pouco promissores MCP1 198 2 Se manifestardes aos vossos alunos bondade, amor, terna consideração, colhereis a mesma coisa em compensação. Se os professores são severos, críticos, autoritários, insensíveis aos sentimentos alheios, receberão eles o mesmo de volta. O homem que deseje conservar seu respeito próprio e dignidade, tem de ser cuidadoso para não sacrificar o respeito e a dignidade dos outros. Esta regra deve ser observada sagradamente, mesmo para com os escolares mais obtusos, mais jovens e mais desajeitados. MCP1 198 3 O que Deus fará com esses jovens aparentemente desinteressantes, vós não sabeis. Deus no passado aceitou e escolheu exatamente tais tipos para fazerem por Ele uma grande obra. Seu Espírito, operando no coração, tem agido qual uma bateria elétrica, despertando as faculdades aparentemente entorpecidas e levando-as a vigorosa e perseverante ação. O Senhor viu nessas pedras brutas, rudes e desinteressantes, o precioso metal que resistirá ao teste de ventos e tempestades e à ardente prova do calor. Deus não vê como vê o homem, Deus não julga como julga o homem -- Ele sonda o coração. -- Manuscrito 2, 1881. Lidando com alunos obtusos MCP1 199 1 Os professores devem considerar que estão lidando com crianças, não com homens e mulheres. São crianças que têm tudo a aprender, e algumas têm tanto mais dificuldade do que outras para fazê-lo. O aluno de mente obtusa necessita de muito mais encorajamento do que tem recebido. Se forem colocados sobre esses espíritos diferentes professores que se deleitam naturalmente em dar ordens, mandar e engrandecer-se a si mesmos em sua autoridade, que procederão com parcialidade, tendo favoritos aos quais darão preferências, enquanto outros são tratados com exatidão e severidade, produzir-se-á um estado de confusão e insubordinação. -- Educação, 154 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 269, 270. O ambiente da sala de aulas afeta os estudantes MCP1 199 2 A vida religiosa de grande número de pessoas que professam ser cristãos é de molde a revelar que não são cristãos. ... Seus traços de caráter hereditários e cultivados são acariciados como preciosas habilitações, quando, em realidade, exercem deletéria influência sobre outras mentes. Em termos bem claros e simples, caminham nas faíscas que eles mesmos acenderam. Possuem uma religião sujeita às circunstâncias e controlada por elas. Se tudo parece correr da maneira que lhes apraz, e não há circunstâncias irritantes que ponham a descoberto sua natureza insubmissa e que não se assemelha à de Cristo, são condescendentes e agradáveis, e serão muito atraentes. Quando ocorrerem certas coisas na família ou em sua associação com outros, que lhes perturbem a paz e provoquem seu mau gênio, se colocarem todas as circunstâncias diante de Deus e continuarem a fazer seu pedido, suplicando Sua graça antes de se empenharem nas tarefas diárias como professores e conhecerem por si mesmos o poder e a graça e o amor de Cristo habitando em seu próprio coração antes de iniciarem as labutas, anjos de Deus são levados com eles para a sala de aulas. MCP1 200 1 Se entrarem, porém, na sala de aula com espírito exasperado e irritado, a atmosfera moral que circunda sua alma deixará sua impressão sobre as crianças que se acham sob os seus cuidados, e, em vez de estarem habilitados para instruir as crianças, necessitam de alguém para ensinar-lhes as lições de Jesus Cristo. -- Educação, 149, 150 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 265, 266. Necessidade de paciência e adaptabilidade (conselho a um professor) MCP1 200 2 Não tens êxito como professor, porque não tens paciência nem adaptabilidade. Não sabes como tratar com mentes humanas nem conheces a melhor maneira de transmitir conhecimento. Se tuas expectativas não se cumprem, ficas impaciente. Fruíste todas as vantagens da educação, mas não obstante não és mestre prudente. É muito desagradável para ti inculcares idéias em mentes obtusas. Em tua juventude careceste de disciplina e preparo. Mas o espírito que manifestaste sob a correção estragou-te a vida. -- Carta 117, 1901. Os pais devem cooperar com os professores MCP1 200 3 Uma plantação negligenciada representa a mente negligenciada. Os pais devem chegar a olhar a essa questão sob prisma diferente. Devem conscientizar-se de seu dever de cooperar com o professor, encorajando a sábia disciplina, e orando muito em favor daquele que está ensinando os filhos. Não ajudarás as crianças ralhando, censurando ou desanimando-as; tampouco farás tua parte contribuindo para que se rebelem e sejam desobedientes e indelicadas e desamáveis por causa do espírito que acalentas. -- Manuscrito 34, 1893. Responsabilidade da comunidade religiosa MCP1 200 4 Não pode haver obra mais importante do que a devida educação de nossos jovens. Devemos guardá-los, repelindo a Satanás, para que ele não os tire de nossos braços. Quando os jovens vêm para nossos colégios, não devem ser levados a pensar que se encontram entre estranhos que não se importam com sua alma. Deve haver pais e mães em Israel, que estejam vigilantes por essas almas, como quem deve prestar contas por elas. MCP1 201 1 Irmãos e irmãs, não vos conserveis longe dos queridos jovens, como se não tivésseis especial solicitude ou responsabilidade por eles. Vós, que há muito tempo haveis professado ser cristãos, tendes uma obra a fazer, a fim de paciente e bondosamente os levar pelo caminho reto. Deveis mostrar-lhes que os amais, porque são membros mais jovens da família do Senhor, a aquisição de Seu sangue. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 89, 90. Encontrando corações obstinados e disposições perversas MCP1 201 2 Nosso Redentor tinha uma natureza humana muito compreensiva. Seu coração sempre se comovia diante do manifesto desamparo da criancinha exposta a maus tratos; pois Ele amava as crianças. O mais fraco clamor do sofrimento humano jamais chegava inutilmente ao Seu ouvido. E todos os que assumem a responsabilidade de instruir os jovens depararão corações empedernidos, disposições perversas, e sua obra é cooperar com Deus na restauração de Sua imagem moral em cada criança. Jesus -- precioso Jesus! -- havia em Sua alma um completo manancial de amor. -- Educação, 149 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 265. ------------------------Capítulo 23 -- Amor -- princípio divino, eterno Amor, o princípio da ação MCP1 205 1 Quando o celestial princípio do eterno amor toma o coração inteiro, ele dimanará, para os outros, ... porque o amor é o princípio da ação e modifica o caráter, governa os impulsos, controla as paixões, submete inimizades, e eleva e enobrece as afeições. -- Testimonies for the Church 4:223 (1876). Diferente de qualquer outro princípio MCP1 205 2 O amor puro é simples em sua atuação e é diferente de qualquer outro princípio de ação. -- Testimonies for the Church 2:136 (1876). Tenra planta, a ser cultivada e acariciada MCP1 205 3 O amor é uma tenra planta, e precisa ser cultivada e nutrida, e terão de ser arrancadas todas as raízes de amargura que lhe estão em volta, de modo que ela tenha espaço para circular; e então ela atrairá para junto de sua influência todas as faculdades da mente, todo o coração, de modo que amaremos supremamente a Deus, e a nosso próximo como a nós mesmos. -- Manuscrito 50, 1894; Nossa Alta Vocação, 171. Satanás substitui o amor pelo egoísmo MCP1 205 4 Em virtude da desobediência, perverteram-se as faculdades do homem, tomando o egoísmo o lugar do amor. Sua natureza ficou tão enfraquecida, que lhe era impossível resistir ao poder do mal; e o tentador viu satisfeito seu intento de impedir o plano divino da criação do homem, e de encher a Terra de miséria e desolação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 33 (1913), [no inglês]. O amor brota espontaneamente quando o próprio eu é submetido MCP1 206 1 Quando o próprio eu é submerso em Cristo, o verdadeiro amor brota espontaneamente. Não é uma emoção ou impulso mas sim a decisão de uma vontade santificada. Não consiste em sentimentos, mas na transformação do coração inteiro, da alma e do caráter, que é morto ao próprio eu e vivo para Deus. Nosso Senhor e Salvador pede que nos entreguemos a Ele. Render o próprio eu a Deus é tudo que Ele requer: dar-nos a nós mesmos a Ele para sermos usados segundo Sua vontade. Antes de chegarmos a esse ponto de entrega não seremos felizes, úteis ou bem-sucedidos onde quer que seja. -- Carta 97, 1898; The S.D.A. Bible Commentary 6:1100, 1101. O amor não é um impulso, mas um princípio divino MCP1 206 2 Supremo amor por Deus e desinteressado amor mútuo -- eis o melhor dom que nosso Pai celestial pode conceder. Este amor não é um impulso, mas um princípio divino, um poder permanente. O coração não consagrado não o pode criar ou produzir. Ele somente é achado no coração em que Jesus reina. "Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro." No coração renovado pela graça divina, .o amor é o princípio que regula a ação. -- Atos dos Apóstolos, 551 (1911). Amor -- Força intelectual e moral MCP1 206 3 O amor é um poder. Força intelectual e moral acha-se envolvida neste princípio, e dele não pode ser separada. O poder da riqueza tende a corromper e destruir; o poder da força é vigoroso para ferir; mas a excelência e valor do amor puro, consiste em sua eficácia de fazer o bem, e não fazer nada mais senão o bem. O que quer que seja feito por puro amor, por pequeno e desprezível que seja à vista dos homens, é totalmente frutífero; pois Deus considera mais o amor com que se trabalhe, do que a quantidade que se produz. O amor vem de Deus. O coração não convertido não pode originar ou produzir essa planta de crescimento celestial, que só vive e floresce onde Cristo reina. -- Testimonies for the Church 2:135 (1868). O perfumado ambiente do amor MCP1 207 1 Toda alma está circundada de uma atmosfera própria, que pode estar carregada do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança, e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com as nuvens do descontentamento e egoísmo, ou intoxicada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é consciente ou inconscientemente afetada. -- Parábolas de Jesus, 339 (1900). Desarraiga o egoísmo e a contenda MCP1 207 2 A áurea cadeia do amor, ligando o coração dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, e em união com Cristo e o Pai, faz perfeita a ligação e dá ao mundo um testemunho incontestável do poder do cristianismo. ... Então será desarraigado o egoísmo e não existirá a infidelidade. Não haverá contendas e divisões. Não haverá obstinação em ninguém que esteja ligado a Cristo. Ninguém agirá segundo a obstinada independência da criança caprichosa e impulsiva que larga a mão que a está guiando e prefere tropeçar sozinha e andar segundo lhe parece. -- Carta 110, 1893; Nossa Alta Vocação, 171. Fruto do puro amor MCP1 207 3 "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles." Mateus 7:12. Benditos resultados apareceriam como fruto de semelhante procedimento. "Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Verso 2. Eis aí fortes motivos que nos deveriam constranger a amar uns aos outros com coração puro, cálido. Cristo é nosso exemplo. Ele andava fazendo o bem. Vivia para ser uma bênção aos outros. O amor aformoseava e enobrecia todas as Suas ações. MCP1 208 1 Não nos é mandado fazer a nós mesmos o que desejamos que outros nos façam; nós é que devemos fazer aos outros o que desejamos que nos façam sob circunstâncias semelhantes. A medida com que medimos, sempre nos será devolvida tal qual. ... MCP1 208 2 O amor da influência e o desejo da estima dos outros pode produzir uma vida bem ordenada e freqüentemente uma conversação sem falha. O respeito próprio pode levar-nos a evitar a aparência do mal. Pode o coração egoísta praticar atos generosos, reconhecer a verdade presente, e expressar humildade e afeto à vista, e contudo os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações que promanam de semelhante coração podem ser destituídos do sabor da vida e dos frutos da verdadeira santidade, sendo alheios aos princípios do puro amor. O amor deve ser acariciado e cultivado, pois sua influência é divina. -- Testimonies for the Church 2:136 (1868). O amor faz concessões MCP1 208 3 O amor de Cristo é profundo e sincero, fluindo tal uma irreprimível torrente, a todos os que o aceitam. Em Seu amor não existe egoísmo. Se esse amor, de origem divina, é princípio permanente no coração, far-se-á conhecido, não somente aos que consideramos os mais queridos no relacionamento sagrado, mas a todos aqueles com quem entramos em contato. Levar-nos-á a prestar pequenos atos de atenção, a fazer concessões, a praticar atos de bondade, a pronunciar palavras ternas, verazes e animadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração tem fome de simpatia. -- Manuscrito 17, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 5:1140. O amor governa os motivos e ações MCP1 208 4 A mais cuidadosa atenção às exteriores conveniências da vida, não basta para evitar toda a irritabilidade, severidade de juízo e linguagem imprópria. A verdadeira fineza não se revelará nunca enquanto o próprio eu for considerado como objeto supremo. Importa que o amor habite no coração. O perfeito cristão encontra seus motivos de ação num profundo e sincero amor por seu Mestre. Das raízes de sua afeição para com Cristo, brota um abnegado interesse em seus irmãos. O amor comunica ao seu possuidor, graça, critério e modéstia na conduta. Ilumina o semblante e rege a voz; afina e eleva o ser inteiro. -- Obreiros Evangélicos, 119. O amor interpreta favoravelmente os motivos alheios MCP1 209 1 A caridade "não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal". 2 Coríntios 13:5. Amor igual ao de Cristo atribui a mais favorável das intenções aos motivos e atos dos outros. Não expõe desnecessariamente suas faltas; não ouve com avidez relatórios desfavoráveis, mas antes procura trazer à mente as boas qualidades dos outros. -- Atos dos Apóstolos, 319 (1911). O amor dulcifica a vida toda MCP1 209 2 Os que amam a Deus não podem abrigar ódio ou inveja. Quando o princípio celestial do eterno amor toma o coração, dimanará para outros. ... MCP1 209 3 Esse amor não é adquirido meramente para incluir "eu e meu", mas é amplo como o mundo e alto como o céu, e está em harmonia com aquele dos obreiros angélicos. Esse amor, acariciado na alma, dulcifica a vida toda e projeta sua enobrecedora influência sobre todos em volta. Possuindo-o, não podemos deixar de ser felizes, quer a sorte sorria, quer desagrade. MCP1 209 4 Se amamos a Deus de todo o coração, temos de amar também Seus filhos. Este amor é o Espírito de Deus. É o adorno celestial que concede verdadeira nobreza e dignidade à alma e assemelha nossa vida à vida do Senhor. Não importa quantas boas qualidades possamos ter, por mais dignos de honra e mais cultos que nos possamos considerar, se a alma não é batizada com a graça celestial do amor a Deus e de uns aos outros, somos deficientes na verdadeira bondade e inaptos para o Céu, onde tudo é amor e unidade. -- Testimonies for the Church 4:223, 224 (1876). O amor verdadeiro é espiritual MCP1 209 5 O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, torna-se espiritualizado e se revela em palavras e atos. O cristão tem de ter uma ternura e amor santificados, em que não haja impaciência ou irritação; as maneiras ásperas, rudes têm de ser abrandadas pela graça de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:335 (1885). O amor vive em ação MCP1 210 1 O amor não pode viver sem ação, e cada ato o aumenta, fortalece e amplia. O amor alcança a vitória quando são impotentes o argumento e a autoridade. O amor opera, não por amor do lucro ou recompensa; entretanto Deus proveu que grande ganho seja o resultado certo de todo trabalho de amor. É de natureza difusiva e opera silenciosamente, todavia é forte e poderoso em seu propósito de vencer grandes males. É enternecedor e transformativo em sua influência e se apodera da vida de criaturas cheias de pecado, afetando-lhes o coração, mesmo quando todos os outros recursos tenham falhado. MCP1 210 2 Toda vez que seja empregado o poder do intelecto, ou da autoridade ou da força, e não se mostre presente o amor, as afeições e a vontade dos que buscamos alcançar assumem uma atitude defensiva, contrariante, e aumenta-se-lhe a força de resistência. Jesus era o Príncipe da paz. Veio ao mundo para tornar-se-Lhe submissa a resistência e a autoridade. Comandava a sabedoria e a força, no entanto os meios que empregava para vencer o mal, eram a sabedoria e a força do amor. -- Testimonies for the Church 2:135, 136 (1868). Evidências de um novo princípio de vida MCP1 210 3 Quando os homens se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe esta unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural. -- O Desejado de Todas as Nações, 678 (1898). ------------------------Capítulo 24 -- Amor no lar Fonte da verdadeira afeição humana MCP1 211 1 Nossa afeição de uns pelos outros provém de nosso relacionamento comum com Deus. Somos uma só família, amamo-nos uns aos outros como Ele nos amou. Comparada com esta afeição verdadeira, santificada e disciplinada, a superficial cortesia do mundo, a fútil expressão de efusiva amizade, são como palha em relação ao trigo. -- Carta 63, 1896; Filhos e Filhas de Deus, 99. MCP1 211 2 Amar como Cristo amou quer dizer manifestar abnegação a todo o tempo e em todos os lugares, mediante palavras bondosas e olhares agradáveis. ... Genuíno amor é um precioso atributo de origem celeste, que aumenta o perfume à proporção que é dispensado aos outros. -- Manuscrito 17, 1899; Filhos e Filhas de Deus, 99. O amor liga coração a coração MCP1 211 3 Haja amor mútuo, mútua paciência. Então o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. ... Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. -- A Ciência do Bom Viver, 360, 361 (1905). Pode a afeição ser pura, mas superficial MCP1 212 1 Pode a afeição ser clara como cristal, e formosa em sua pureza, e todavia ser superficial porque não foi testada e provada. Fazei de Cristo o primeiro e o último e melhor em tudo. Contemplai-O constantemente, e vosso amor a Ele dia a dia se tornará mais profundo e mais forte, ao ser submetido à prova. E ao aumentar vosso amor por Ele, vosso amor de uns para com outros se tornará mais profundo e mais forte. "Todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem." 2 Coríntios 3:18. -- Testimonies for the Church 7:46 (1902). O amor não pode existir sem expressar-se MCP1 212 2 Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. ... O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). A planta do amor deve ser tratada com ternura MCP1 212 3 A preciosa planta do amor deve ser tratada ternamente, e tornar-se-á forte e vigorosa, e rica de frutos, dando expressão ao caráter todo. -- Carta 50, 1893. Os impulsos de amor não devem ser sufocados MCP1 212 4 Animai a expressão de amor para com Deus e uns com os outros. A causa de haver tantos homens e mulheres endurecidos no mundo, é que a verdadeira afeição tem sido considerada como fraqueza, sendo cerceada e reprimida. A parte melhor da natureza dessas pessoas foi sufocada na infância; e a menos que a luz do amor divino lhes abrande o frio egoísmo, para sempre arruinada estará sua felicidade. Se queremos que nossos filhos possuam o suave espírito de Jesus, e a simpatia que os anjos por nós manifestam, devemos incentivar os generosos e amoráveis impulsos da infância. -- O Desejado de Todas as Nações, 516 (1898). Amor não é paixão MCP1 212 5 É o amor uma planta de origem celeste. Não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa inteiramente diversa. Ao passo que o amor puro convida a Deus para todos os seus planos, e está em perfeita harmonia com o Seu Espírito, a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desrespeitando todas as restrições e fazendo do objeto de sua escolha um ídolo. MCP1 213 1 Em todo o comportamento de uma pessoa que possui amor verdadeiro, há de manifestar-se a graça de Deus. A modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade devem caracterizar todos os passos em direção de uma aliança matrimonial. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; Mensagens aos Jovens, 459. O amor verdadeiro, preparo para o casamento feliz MCP1 213 2 O amor verdadeiro é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado. É pela fidelidade para com o dever na casa paterna que os jovens devem preparar-se para seu próprio lar. Pratiquem eles aqui a abnegação, e manifestem bondade, cortesia e simpatia cristã. Assim o amor será mantido cálido em seu coração, e aquele que parte de um lar semelhante, para se colocar como chefe de sua própria família, saberá como promover a felicidade daquela que escolheu para companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser o final do amor, será tão-somente seu começo. -- Patriarcas e Profetas, 176 (1890). Amor e disciplina própria unem a família MCP1 213 3 Procurem os pais, em seu próprio caráter e vida doméstica, exemplificar o amor e a beneficência do Pai celestial. Que no lar prevaleça uma atmosfera prazenteira. Isto será de muito mais valor para vossos filhos do que terras ou dinheiro. Que o amor doméstico se conserve vivo em seu coração, para que possam volver o olhar ao lar de sua meninice como um lugar de paz e felicidade, abaixo do Céu. Os membros da família não têm todos o mesmo cunho de caráter, e haverá freqüentes ocasiões para o exercício da paciência e longanimidade; mas, pelo amor e disciplina própria, todos poderão estar ligados na mais íntima união. -- Patriarcas e Profetas, 176 (1890). Características do amor verdadeiro (conselho a um marido obstinado) MCP1 214 1 O amor verdadeiro, puro, é precioso. É celeste em sua influência. É profundo e permanente. Não é espasmódico em suas manifestações. Não é uma egoísta paixão. Produz fruto. Levará a um constante empenho por tornares feliz tua esposa. Se possuíres esse amor, tornar-se-á natural fazer esse esforço. Não dará a impressão de ter sido forçado. Se saíres a um passeio ou para assistires a uma reunião, será natural como tua respiração escolher a esposa para acompanhar-te e procurar fazê-la sentir-se feliz em tua companhia. Consideras as realizações dela como inferiores às tuas, mas vi que Deus Se agradava mais do espírito dela do que do teu. MCP1 214 2 Não és digno da esposa que tens. Ela é demasiado boa para ti. É uma planta frágil, sensível; carece de ser cuidada ternamente. Ela deseja sinceramente fazer a vontade de Deus. Mas tem espírito brioso e é tímida, recuando ante o temor da censura. Para ela, ser sujeita a observações ou comentários, é como a morte. Que ames, honres e acarinhes a esposa, em cumprimento do voto matrimonial, e ela superará essa atitude triste, acanhada que lhe é natural. -- Testimonies for the Church 2:416 (1870). A alma anseia por amor mais elevado MCP1 214 3 Tua esposa deve fazer grande esforço para vencer a atitude esquiva, seu dignificado retraimento, e cultivar a simplicidade em todos os atos. E uma vez que sejam em ti despertadas e fortalecidas pelo exercício as faculdades de ordem mais elevada, compreenderás melhor as carências da mulher; compreenderás que a alma suspira por um amor de espécie mais elevada e mais pura do que a que existe na ordem inferior das paixões animalescas. Estas paixões, tu as fortaleceste, animando-as e exercitando-as. Se agora, no temor do Senhor, sujeitares o físico, e procurares ir ao encontro da esposa com amor puro e elevado, serão satisfeitas as necessidades da natureza dela. Achega-a ao coração; tem-na em alta conta. -- Testimonies for the Church 2:415 (1870). O amor encontra expressão em palavras e atos MCP1 215 1 L _____ precisa cultivar o amor à esposa, amor que encontre expressão em palavras e atos. Deve cultivar terna afeição. A esposa tem natureza sensível, insegura e precisa ser tratada com carinho. Cada palavra de ternura, cada expressão de apreço e afetuosa animação, serão por ela lembrados e refluirão em bênçãos ao marido. Sua natureza pouco simpática precisa ser levada em íntimo contato com Cristo, a fim de que essa dureza e fria reserva seja subjugada e abrandada pelo amor divino. MCP1 215 2 Não constitui fraqueza ou renúncia da varonilidade e da dignidade, ter para com a esposa expressões de ternura e simpatia, em palavras e atos; e não se restrinja isso ao círculo familiar, mas estenda-se aos de fora da família. L _____ tem uma obra a fazer por si mesmo que nenhum outro pode fazer por ele. Ele pode tornar-se forte no Senhor, assumindo encargos em Sua causa. Sua afeição e amor devem centrar-se em Cristo e nas coisas celestiais, e deve ele formar um caráter para a vida eterna. -- Testimonies for the Church 3:530, 531 (1875). Pequeninos atos que revelam verdadeiro amor MCP1 215 3 O amor não pode existir sem revelar-se em atos exteriores, tanto quanto não pode a chama ser conservada viva sem combustível. Irmão C, julgaste ser abaixo de tua dignidade manifestar ternura mediante atos bondosos e vigiando por uma oportunidade de demonstrar afeto pela esposa por palavras ternas e bondosa consideração. És volúvel em teus sentimentos e és muito afetado pelas circunstâncias do ambiente. ... Deixa tuas preocupações, perplexidades e aborrecimentos comerciais quando vais para casa. Vai ter com a família com semblante prazenteiro, com simpatia, ternura e amor. Isto será melhor do que despender dinheiro com remédios e médicos para a esposa. Será saúde para o corpo e força para a alma. -- Testimonies for the Church 1:695 (1868). MCP1 216 1 Que a paciência, a gratidão e o amor mantenham no coração a luz solar, seja embora o dia muito nublado. -- A Ciência do Bom Viver, 393 (1905). O poder do exemplo dos pais MCP1 216 2 A melhor maneira de ensinar os filhos a respeitar os pais é dar-lhes a oportunidade de ver o pai dar bondosa atenção à mãe e esta mostrar respeito e reverência pelo pai. É pelo contemplar o amor nos pais que os filhos são levados a obedecer ao quinto mandamento e a aceitar a injunção: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porque isto é justo." -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892; O Lar Adventista, 198, 199. O amor de Jesus refletido nos pais MCP1 216 3 Havendo a mãe conquistado a confiança dos filhos e lhes ensinado a amá-la e obedecer-lhe, deu-lhes a primeira lição na vida cristã. Devem eles amar o Salvador, obedecer-Lhe e nEle confiar, como confiam em seus pais e lhes obedecem. O amor que em fiel cuidado e correto ensino os pais manifestarem pelos filhos em certo grau refletirá o amor de Jesus por Seu fiel povo. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1911; O Lar Adventista, 199. O amor materno ilustra o amor de Cristo MCP1 216 4 Quando a mãe ensina os filhos a obedecerem-lhe porque a amam, está ensinando as primeiras lições na vida cristã. O amor da mãe representa para a criança o amor de Cristo, e os pequenos que confiam em sua mãe e lhe obedecem, estão aprendendo a confiar no Salvador e obedecer-Lhe. -- O Desejado de Todas as Nações, 515 (1898). Jamais esquecida a influência de um lar cristão MCP1 216 5 O lar embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura, é lugar que os anjos gostam de visitar, e onde Deus é glorificado. A influência de um lar cristão cuidadosamente protegido nos anos da infância e mocidade, é a mais segura salvaguarda contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de um lar assim, as crianças aprenderão a amar tanto a seus pais terrestres como a seu Pai celestial. -- Manuscrito 126, 1903; O Lar Adventista, 19. MCP1 217 1 As relações de família devem ser santificadoras em sua influência. Os lares cristãos, estabelecidos e dirigidos em harmonia com o plano de Deus, são maravilhoso auxílio no formar o caráter cristão. ... Pais e filhos se devem unir em oferecer amorável serviço Àquele que, unicamente, pode guardar puro e nobre o amor humano. -- Manuscrito 16, 1899; O Lar Adventista, 19. ------------------------Capítulo 25 -- Amor e sexualidade na vida humana MCP1 218 1 Nota: Ellen White viveu e labutou numa época em que havia grandes restrições quanto a falar em público ou escrever acerca de sexo e do relacionamento sexual entre marido e mulher. MCP1 218 2 Casou-se com Tiago White, em 30 de Agosto de 1846, depois de certificar-se, mediante oração, de ser esse um passo adequado. Convém notar que ela ia bem em seu ministério, pois havia vinte meses que ela era recebedora de visões do Senhor. Em resultado dessa união com Tiago White, teve quatro filhos, nascidos em 1847, 1849, 1854 e 1860. MCP1 218 3 Foi na década de 1860 -- década de duas visões básicas sobre a reforma de saúde (6-6-1863 e 25-12-1865) -- que Ellen G. White começou a considerar assuntos relacionados com o sexo. Declarações de anos posteriores foram mais elaboradas. Referindo-se às relações sexuais no matrimônio, ela empregou termos como: "privilégio da relação matrimonial", "privilégio da relação familiar", "privilégios sexuais". MCP1 218 4 Para alcançar um conceito exato e equilibrado dos ensinos de Ellen White neste campo delicado, umas declarações devem ser comparadas com outras. Deve ser observada a súmula de muitas declarações. Deve haver muito cuidado quanto ao sentido das palavras empregadas. MCP1 218 5 Termos como "paixão" e "propensão" aparecem. São às vezes adjetivadas por palavras como vis, animalescas, concupiscentes, depravadas, corruptas. Esta linguagem forte poderia levar alguns leitores a entender que toda paixão seja condenável e toda a atividade sexual seja má. As citações seguintes dificilmente tal sustentariam: MCP1 218 6 Deus requer que controleis não só os pensamentos, mas também vossas paixões e afeições. ... A paixão e as afeições são agentes poderosos. ... Resguardai positivamente vossos pensamentos, vossas paixões e vossas afeições. Não os degradeis, pondo-os concupiscência. Elevai-as [as paixões e afeições] até à pureza, dedicai-as a Deus. -- Testimonies for the Church 2:561, 564 (1870). ["Paixão" no sentido de sentimento forte e profundo. Nota do trad.] MCP1 219 1 Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. -- Manuscrito 1, 1888; O Lar Adventista, 128. MCP1 219 2 No mesmo contexto no qual são usadas algumas das expressões fortes acima referidas, ela insta que as paixões devem ser controladas por aquilo a que ela chama "faculdades mais altas, mais nobres", "razão", "restrição moral" e "faculdades morais". Ela escreve sobre temperança e moderação, e sobre o evitar excessos. No matrimônio, essas paixões comuns a todos os seres humanos devem ser sujeitas ao controle, devem ser dominadas. Notemos mais: MCP1 219 3 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, resguardadas por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- Healthful Living 2:48. MCP1 219 4 Muito poucos julgam ser dever religioso o governar suas paixões. ... A aliança matrimonial cobre pecados das mais negras cores. ... Saúde e vida são sacrificadas no altar da vil paixão. As faculdades elevadas e nobres são postas em sujeição às propensões animalescas. ... O amor é princípio puro e santo; mas a paixão concupiscente não admite restrição e não quer saber de ditames ou controle por parte da razão. -- Testimonies for the Church 2:472, 473 (1870). MCP1 219 5 Escreve ela sobre a relação matrimonial como "instituição sagrada", passível de ser "pervertida". Fala de "privilégios sexuais" que "são abusados". Em outra parte, não é a paixão que é condenada, mas a paixão "vil" e "concupiscente". E convém observar que Ellen White se refere à intimidade no casamento como "privilégio". Conquanto ela advertisse contra o grosseiro comportamento sexual no matrimônio, ela se referiu a uma ocasião em que as afeições, mantidas em devida restrição, podem ser "desalgemadas". Merece atento exame a declaração seguinte: MCP1 219 6 Com referência ao casamento, eu diria: Lede a Palavra de Deus. Mesmo na atualidade -- os últimos dias da história deste mundo -- realizam-se casamentos entre os adventistas do sétimo dia. ... Como um povo, nunca proibimos o casamento, exceto nos casos em que havia razões óbvias para que do casamento resultasse miséria para ambas as partes. E mesmo então, temos apenas advertido e aconselhado. -- Carta 60, 1900. MCP1 219 7 Certa ocasião que, devido às exigências da obra em que ela e o esposo se empenhavam, a metade de um continente os separava, ela confidenciou, em carta a Tiago: MCP1 219 8 Sentimos todos os dias um muito sincero desejo de mais sagrada proximidade de Deus. Esta é minha oração quando me recolho ao leito, quando desperto durante a noite, e quando me levanto de manhã. Mais perto a Ti, Meu Deus, mais perto a Ti. ... MCP1 220 1 Durmo só. Isto parece ser a preferência de Maria, como a minha também. Assim tenho melhor oportunidade para refletir e orar. Aprecio estar só comigo, a menos que fosse agraciada com tua presença. Só contigo quero partilhar meu leito. -- Carta 6, 1876. MCP1 220 2 Em tempo algum ela participou de ensinos que requeressem, no matrimônio, uma espécie de convívio platônico, semelhante ao de irmão com irmã, nem justificou tal relacionamento. Quando tratava com alguém que preconizasse ensinos dessa natureza, Ellen White aconselhava contra a imposição desses pontos de vista. Demorar neles o pensamento, escreveu ela, abriria o caminho para Satanás trabalhar "a imaginação de maneira que a impureza" em vez da pureza seria o resultado. -- Carta 103, 1894. MCP1 220 3 Para cada privilégio lícito, concedido por Deus, Satanás tem uma contrapartida a propor. O pensamento puro e santo ele procura substituir pelo impuro. A santidade do amor matrimonial ele quer substituir pela permissividade, infidelidade, excesso e perversão; pelo sexo pré-marital, adultério, animalismo, dentro e fora do matrimônio, e a homossexualidade. A tudo isto faz referência este capítulo. -- Compiladores. (a) o positivo (Palavras de privilégio e conselho) Jesus e o relacionamento familiar MCP1 220 4 Jesus não impunha o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la a sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta domina o equilíbrio. -- Manuscrito 126, 1903; O Lar Adventista, 121. MCP1 220 5 [Cristo] ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. -- A Ciência do Bom Viver, 356 (1905). O matrimônio cumpre o propósito de Deus MCP1 220 6 Todos os que contraem matrimônio com santo propósito -- o marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do esposo e ser-lhe complemento -- preenchem o propósito que Deus tem para eles. -- Manuscrito 16, 1899; O Lar Adventista, 99. O privilégio da relação matrimonial MCP1 221 1 Eles [os cristãos que casaram] devem devidamente considerar o resultado de cada um dos privilégios da relação matrimonial, e o santificado princípio deve ser a base de cada uma das ações. -- Testimonies for the Church 2:380 (1870). MCP1 221 2 [Ela escreveu das] "fortificações que conservam sagrados a intimidade [privacy] e privilégios da relação familiar". -- Testimonies for the Church 2:90 (1868). Ocasião em que as afeições podem ser liberadas MCP1 221 3 As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 8 (1864); Mensagens aos Jovens, 452. Perigo de levar a excesso o que é lícito MCP1 221 4 Não há em si mesmo nenhum pecado em comer e beber, ou em casar e dar-se em casamento. Era lícito casar nos tempos de Noé, e ainda o é igualmente hoje, se isso que é lícito for tratado apropriadamente e não levado a pecaminoso excesso. ... MCP1 221 5 Nos dias de Noé era o desordenado, excessivo amor daquilo que, em si, era legítimo, se usado apropriadamente, que tornou o matrimônio pecaminoso diante de Deus. Nesta idade do mundo há muitos a perderem a alma, tornando-se absorvidos pelo pensamento de casar-se, e pela relação matrimonial em si. ... MCP1 221 6 Deus pôs homens no mundo, e é seu privilégio comer, beber, negociar, casar e dar-se em casamento; mas só é seguro fazer essas coisas no temor de Deus. Devemos viver neste mundo em função do mundo eterno. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. O matrimônio não é licença para dar rédea solta a paixões concupiscentes MCP1 221 7 Bem poucos sentem ser um dever religioso governar as próprias paixões. Uniram-se em casamento ao objeto de sua escolha e portanto arrazoam que o casamento santifique a condescendência com as paixões baixas. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões concupiscentes e não se dão conta de que Deus os tem como responsáveis pelo dispêndio de energia vital, o que lhes enfraquece o poder vital e enerva o organismo todo. MCP1 222 1 A aliança matrimonial cobre pecados das mais negras cores. Homens e mulheres que professam piedade, envilecem seu próprio corpo mediante a condescendência com as corruptas paixões, e assim se rebaixam mais que as criaturas irracionais. Abusam das faculdades que Deus lhes concedeu, para serem preservadas em santificação e honra. Saúde e vida são sacrificadas no altar da vil paixão. As mais elevadas e nobres faculdades são postas em sujeição às propensões animalescas. Os que assim pecam, não se apercebem do resultado de seu procedimento. -- Testimonies for the Church 2:472 (1870); Testemunhos Selectos 1:267, 268. O delicado equilíbrio entre amor e paixão concupiscente MCP1 222 2 Não é amor puro o que atua num homem para fazer da esposa um instrumento a serviço de seu apetite sensual. São as paixões animalescas que bradam por satisfação. MCP1 222 3 Quão poucos homens mostram seu amor na maneira especificada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para que a [não poluísse, mas] santificasse, tendo-a purificado... para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula." Efésios 5:25-27. Esta é, na relação matrimonial, a qualidade de amor que Deus reconhece como santa. MCP1 222 4 É o amor um princípio puro e santo, mas a paixão concupiscente não admite restrições nem que lhe ditem regras ou o controle da razão. É cega às conseqüências, e não raciocina da causa para o efeito. MCP1 222 5 Muitas mulheres sofrem grande debilidade e doenças crônicas porque as leis de seu ser foram desprezadas; pisadas a pés foram a leis da natureza. A energia nervosa do cérebro é esbanjada por homens e mulheres, sendo chamado à ação contrária à natureza, para satisfazer paixões vis; e este hediondo monstro -- a paixão baixa e vil -- assume o delicado nome de amor. -- Testimonies for the Church 2:473, 474 (1870); Testemunhos Selectos 1:268, 269. O amor em contraste com a paixão do coração humano natural MCP1 223 1 O amor... não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa. Ao passo que o amor puro introduz a Deus em todos os seus planos, e está em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desafiadora de toda restrição, e torna o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á a graça de Deus. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; O Lar Adventista, 50. Os ditames da razão devem controlar MCP1 223 2 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- Healthful Living 2:48 (1865); Mensagens Escolhidas 2:440. Manter as confidências dentro do sagrado círculo familiar MCP1 223 3 Em torno de cada família existe um círculo sagrado que deve ser mantido inviolável. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Nem o marido nem a esposa permitam que outro partilhe das confidências que somente a eles pertencem. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). (b) o negativo (Palavras de restrição e cautela) O casamento não se destina a acobertar sensualidade e práticas vis MCP1 223 4 Deus nunca pretendia que o casamento acobertasse a multidão de pecados que se praticam. A sensualidade e práticas vis, na relação matrimonial, estão iniciando a mente e o gosto moral, em práticas desmoralizadoras, fora da relação matrimonial. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. Excessos sexuais põem em perigo a saúde e a vida MCP1 223 5 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer as propensões animalescas do marido, com prejuízo da saúde e da vida. ... MCP1 224 1 Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desagradar, em que ela não pode rebaixar o corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem o primeiro e mais alto direito sobre o ser todo, e que ela não pode desconsiderar esse direito, pois terá que prestar contas no grande dia de Deus. -- Testimonies for the Church 2:475 (1870); Testemunhos Selectos 1:270. MCP1 224 2 O excesso sexual é meio eficaz para destruir o amor aos exercícios devocionais; tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a exaurir a vitalidade. -- Testimonies for the Church 2:477 (1870); Testemunhos Selectos 1:272. Perversão de uma instituição sagrada MCP1 224 3 Por terem ingressado na relação matrimonial, muitos julgam poder concordar com ser controlados por paixões animalescas. São dirigidos por Satanás, que os engana e leva a perverterem essa sagrada instituição. Bem lhe apraz o baixo nível que seu espírito assume, pois ele tem muito a ganhar com isso. MCP1 224 4 Ele sabe que, se puder excitar as paixões inferiores e as conservar em ascendência, nada tem que incomodar-se quanto a sua experiência cristã, pois as faculdades morais e intelectuais serão subordinadas, ao mesmo tempo que as propensões animalescas predominarão, mantendo-se em ascendência; e essas paixões inferiores se fortalecerão pelo exercício, enquanto as qualidades mais nobres se tornarão cada vez mais débeis. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). O abuso dos privilégios sexuais no matrimônio MCP1 224 5 As paixões animalescas, favorecidas e acariciadas, tornam-se muito fortes nessa idade, e indizíveis males da vida matrimonial são resultado certo. Em vez de a mente desenvolver-se e ter poder controlador, dominam as propensões animalescas sobre as faculdades mais altas e nobres, até serem subordinadas às propensões animalescas. Qual o resultado? Os delicados órgãos da mulher desgastam-se e tornam-se enfermiços; os partos são laboriosos; abusam-se dos privilégios sexuais. MCP1 225 1 Os homens estão corrompendo seu próprio corpo, e a esposa tem-se tornado uma escrava do leito, às ordens das desordenadas e vis paixões, até aqueles perderem de vista o temor de Deus. Condescender com o impulso que degrada tanto o corpo como a alma, eis a ordem da vida matrimonial. -- Manuscrito 14, 1888. Influências pré-natais MCP1 225 2 Satanás procura aviltar a mente dos que se unem em matrimônio, a fim de que possa gravar em seus filhos sua própria odiosa imagem. ... MCP1 225 3 Ele pode modelar a posteridade deles muito mais rápido do que o poderia fazer com os pais, pois pode controlar a mente dos pais de tal modo que através deles possa imprimir sua própria imagem de caráter nos filhos. Assim, nascem muitas crianças com as paixões animalescas em grande predominância, enquanto as faculdades morais têm apenas débil desenvolvimento. Essas crianças carecem de muito cuidadosa educação, para fazer ressaltar, fortalecer e desenvolver as faculdades morais e intelectuais, de modo que essas governem. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). O processo da degradação MCP1 225 4 A mente do homem ou mulher não desce num momento, da pureza e santidade para a depravação, corrupção e crime. Leva tempo, o transformar o humano para o divino, ou para degradar os formados à semelhança de Deus ao brutal ou satânico. MCP1 225 5 Contemplando, somos transformados. Embora formado em semelhança de seu Criador, pode o homem educar a mente de forma que o pecado, que ele odiava, tornar-se-lhe-á agradável. Deixando de vigiar e orar, deixa ele de guardar a cidadela, o coração, e se entrega ao pecado e crime. A mente é aviltada, e é impossível erguê-la da corrupção, enquanto ela é ensinada a escravizar as faculdades morais e intelectuais, pondo-as em sujeição a grosseiras paixões. MCP1 225 6 Tem de ser mantida constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser socorridos pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima e a habituará a meditar nas coisas puras e santas. -- Testimonies for the Church 2:478, 479 (1870). Conselho às mulheres MCP1 226 1 Escrevo com mágoa no coração, que as mulheres deste século, casadas ou não, com demasiada frequência não mantêm a reserva que é de esperar. Elas agem como coquetes. Encorajam a atenção de homens casados e solteiros, e os que possuem faculdades morais debilitadas são enredados. MCP1 226 2 Estas coisas, se permitidas, adormentam o sentido moral e cegam a mente, de maneira que o crime não parece pecaminoso. São despertados pensamentos que o não seriam se a mulher tivesse mantido sua posição de modéstia e sobriedade. Ela pode não ter tido propósito doloso ou premeditado motivo, mas tem encorajado homens que são tentados, e que necessitam toda ajuda que possam obter dos que com eles se associam. MCP1 226 3 Mediante circunspecção, reserva, não tomando liberdades, não recebendo atenções não permissíveis, mas preservando alto tono moral e impecável dignidade, muito mal pode ser evitado. -- Manuscrito 4a, 1885; O Lar Adventista, 331, 332. Mulheres como tentadoras MCP1 226 4 Não deveriam as mulheres que professam a verdade manter estrita guarda sobre si mesmas, para que não seja dado o menor estímulo a uma familiaridade indesculpável? Elas podem cerrar muitas portas de tentação, se a todo o tempo observarem estrita reserva e comportamento apropriado. -- Testimonies for the Church 5:602 (1889). MCP1 226 5 As mulheres muitas vezes são tentadoras. Sob um ou outro pretexto, granjeiam a atenção de homens, casados ou solteiros, e os vão levando até que transgridam a lei de Deus, até que se arruíne sua utilidade, e esteja em risco sua alma. -- Testimonies for the Church 5:596 (1889). Pastor compassivo MCP1 226 6 Sede homens de Deus, do lado vencedor. O conhecimento está ao alcance de todos que o desejem. É propósito de Deus que a mente se torne forte, tenha pensamentos mais profundos, mais plenos, mais claros. Andai com Deus, como fez Enoque; fazei de Deus vosso conselheiro e não podereis deixar de progredir. ... MCP1 227 1 Homens há que alegam guardar os mandamentos divinos, e todavia, ao visitar as ovelhas do rebanho de Deus que se acham aos seus cuidados, levam almas incautas a uma cadeia de pensamentos que acabam em desavergonhadas liberdades e familiaridades. ... MCP1 227 2 Ele [certo pastor], quando visita as famílias, começa a indagar dos segredos de sua vida matrimonial. Vivem felizes com o esposo? Sentem-se apreciadas? Há harmonia em sua vida matrimonial? E assim a esposa, de nada suspeitando, por essas perguntas capciosas é levada a abrir-se quanto à vida íntima, a um estranho, tal qual fazem os católicos aos seus sacerdotes. MCP1 227 3 Então esse pastor simpatizante intercala um capítulo de sua própria vivência: que sua esposa não foi a mulher de sua escolha; que não existe entre eles real afinidade. Ele não ama a esposa. Ela não satisfaz a suas expectativas. Derriba-se assim a barreira, e mulheres são seduzidas. Acreditam que sua vida é toda uma grande decepção, e que esse pastor simpatiza muito com o rebanho. É animado o apaixonado sentimentalismo doentio, e mente e alma têm manchadas sua pureza; mesmo que esta espécie de trabalho não termine em transgressão do sétimo mandamento. MCP1 227 4 Pensamentos poluídos abrigados, tornam-se hábito, e a alma se polui e conspurca. Uma vez praticado um ato errado, faz-se uma mancha que coisa alguma pode apagar senão o sangue de Cristo; e se o hábito não é abandonado com firme resolução, corrompe-se a alma, e as torrentes que dimanam dessa fonte poluída, passam a corromper outros. Sua influência é uma desgraça. Deus certamente destruirá todos os que continuarem essa obra. ... MCP1 227 5 Devemos elevar-nos, enobrecer-nos, santificar-nos. Em Jesus encontramos forças para vencer; mas quando ao caráter falta pureza, quando o pecado se tornou parte do caráter, há um poder enfeitiçante, comparável à taça de licor intoxicante. O poder do domínio próprio e da razão é superado por práticas que mancham o ser todo; e se essas práticas pecaminosas são continuadas, o cérebro se enfraquece, enferma e perde o equilíbrio. -- Carta 26d, 1887. Homens, mulheres e jovens envolvidos em depravação moral MCP1 228 1 Os perigos morais aos quais todos, velhos e jovens, se acham expostos aumentam diariamente. Transtornos morais, aos quais chamamos depravação, encontram amplo lugar de trabalho, e homens, mulheres e jovens que professam ser cristãos exercem uma influência que é inferior, sensual, diabólica. -- Carta 26d, 1887. MCP1 228 2 Satanás está empregando esforços de mestre, para envolver em práticas impuras homens e mulheres casados, e crianças e jovens. Suas tentações encontram aceitação em muitos corações, por não terem sido eles erguidos, purificados, aperfeiçoados e enobrecidos pela sagrada verdade que professam crer. Não poucos têm sido baixos e vis em pensamento, e vulgares na conversa e comportamento, de modo que ao virem as tentações de Satanás, não têm poder moral, para lhes resistir e caem presa fácil. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 199. Os passos descendentes MCP1 228 3 As constantes tentações de Satanás destinam-se a enfraquecer o governo do homem sobre o próprio coração, solapar seu poder de domínio próprio. Ele leva o homem a romper os laços que o ligam ao Criador, em santa e feliz união. MCP1 228 4 Então, uma vez desligado de Deus, a paixão alcança o controle sobre a razão, o impulso sobre os princípios, e ele se torna pecaminoso em pensamento e ação, perverte-se-lhe o juízo, o intelecto parece debilitado, e ele precisa restaurar-se para si mesmo mediante a restauração para com Deus, tendo uma correta visão de si próprio à luz da Palavra de Deus. -- Carta 24, 1890. Evitar ler, ver e ouvir impureza MCP1 228 5 Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas. -- Atos dos Apóstolos, 518 (1911). MCP1 229 1 Tereis de tornar-vos fiéis sentinela sobre os olhos, ouvidos, e vossos sentidos todos, se quereis controlar vossa mente e impedir que pensamentos vãos e corruptos vos manchem a alma. O poder da graça, unicamente, pode realizar esta desejabilíssima obra. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870). Novelas lascivas e pornografia MCP1 229 2 Gravuras impuras têm influência corruptora. Novelas são avidamente ouvidas por muitos, e em resultado, a imaginação torna-se-lhes manchada. MCP1 229 3 Nos trens, fotografias de mulheres em estado desnudo são frequentemente oferecidas à venda. Esses quadros repugnantes encontram-se também em salões de daguerreotipia [estúdios fotográficos], e são dependurados nas paredes dos que negociam com gravuras. É esta uma época em que a corrupção prolifera por toda parte. MCP1 229 4 A concupiscência dos olhos e paixões corruptas despertam-se pela contemplação e a leitura. ... A mente tem prazer em contemplar cenas que despertam as paixões baixas, vis. Essas imagens depravadas, vistas por olhos de uma imaginação viciada, corrompem a moral e predispõem os iludidos e obcecados seres humanos a darem rédea solta às paixões libidinosas. Seguem-se então pecados e crimes que arrastam para baixo seres formados à imagem de Deus, nivelando-os aos irracionais, afundando-os afinal na perdição. Evitai ler e ver objetos que sugiram pensamentos impuros. Cultivai as faculdades morais e intelectuais. -- Testimonies for the Church 2:410 (1870). A mente, fator determinante MCP1 229 5 Diz Paulo: "Com a mente sou escravo da lei de Deus". Romanos 7:25. Anuvie-se essa mente mediante condescendência com apetites e paixões animalescas, e as faculdades morais se enfraquecerão de modo que o sagrado e o comum são postos no mesmo nível. -- Carta 2, 1873. Masturbação MCP1 230 1 Jovens e crianças de ambos os sexos entregam-se à polução moral [masturbação] e praticam esse vício repugnante, destruidor de alma e corpo. MCP1 230 2 Muitos professos cristãos ficam tão insensibilizados por essa prática que suas sensibilidades morais não podem ser despertadas para compreender que é pecado, e que, se continuada, o resultado certo será o completo naufrágio de corpo e espírito. O homem, o ser mais nobre da Terra, formado à imagem de Deus, transforma-se num animal! Faz de si mesmo um ser repulsivo e corrupto. MCP1 230 3 Todo cristão tem de aprender a restringir suas paixões e controlar-se por princípios. A menos que faça isso, será indigno do nome de Cristão. MCP1 230 4 Alguns que fazem alta profissão de fé não compreendem o pecado do abuso próprio e seus resultados seguros. O hábito firmado desde muito tempo, cegou-lhes o entendimento. Não reconhecem a grandíssima pecaminosidade desse pecado degradante, que enerva o organismo e destrói a energia nervosa do cérebro. MCP1 230 5 Os princípios morais são muitíssimo fracos quando entram em conflito com hábitos firmados. As solenes mensagens do Céu não podem impressionar vigorosamente o coração que não seja fortalecido contra a condescendência com esse vício degradante. Os nervos sensitivos do cérebro perderam seu tono sadio, pela mórbida excitação por satisfazer um desejo antinatural de condescendência sensual. Os nervos do cérebro, que comunicam com todo o organismo, são o único meio pelo qual o Céu pode comunicar-se com o homem e afetar sua vida íntima. MCP1 230 6 O que quer que perturbe a circulação das correntes elétricas do sistema nervoso, diminui a força dos poderes vitais, e o resultado é o amortecimento das sensibilidades mentais. -- Testimonies for the Church 2:347 (1870). MCP1 231 1 Algumas crianças começam a prática da polução própria na infância; e ao crescerem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com o seu fortalecimento. Não têm a mente tranqüila. Meninas desejam a companhia de rapazes, e estes a das meninas. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito do abuso próprio [masturbação] aviltou-lhes a mente e manchou-lhes a alma. -- Testimonies for the Church 2:481 (1870). Atividade sexual antes do casamento (conselho a um jovem adventista do sétimo dia) MCP1 231 2 Poucas tentações são mais perigosas ou mais fatais, aos jovens, do que a tentação da sensualidade, e nenhuma, se permitida, se demonstrará tão decididamente ruinosa à alma e ao corpo, para o tempo e a eternidade. ... MCP1 231 3 Foste-me mostrado em companhia [de N], durante horas da noite; bem sabes de que modo foram passadas essas horas. Chamaste-me pedindo que te dissesse se transgrediste os mandamentos de Deus. Pergunto-te: Não os transgrediste? MCP1 231 4 Como empregaste teu tempo passando horas juntos, noite após noite? Foram tua postura, tua atitude, tuas afeições de modo a desejar que todas fossem registradas no livro do Céu? Vi e ouvi coisas que fariam os anjos enrubescer. ... Jovem algum deve proceder como procedeste com N, a não ser que fosse casado com ela; e fiquei muito surpresa ao ver que não sentias mais vivamente o mal. MCP1 231 5 O motivo de te escrever agora é implorar que, por amor de tua alma, não brinques por mais tempo com a tentação. Sê rápido em romper esse encantamento que, qual pesadelo, te sobreveio. Liberta-te agora e para sempre, se tens qualquer desejo de viver sob o favor de Deus. ... MCP1 231 6 Tens passado horas da noite em companhia dela, porque ambos se achavam apaixonados. Em nome do Senhor, cessa tuas atenções a N ou te cases com ela. ... Melhor casar-te com ela, do que estar em sua companhia e procederes como só a um homem e sua esposa é dado conduzir-se mutuamente. ... MCP1 231 7 Se, através de tua vida, desejas fruir a companhia de N, como parece que agora a aprecias e por ela te sentes fascinado, por que então não dares um passo mais avançado ainda, tornando-te seu legítimo protetor, tendo assim o não disputado direito de dedicar a sua companhia as horas que quiser? Vossos atos e conversação são ofensivos a Deus. -- Carta 3, 1879. Homossexualismo, o pecado específico de Sodoma MCP1 232 1 Não ignoramos que a queda de Sodoma foi motivada pela corrupção de seus habitantes. O profeta [Ezequiel 16:49], especificou aqui os males que, especialmente, levaram à dissolução moral. Vemos que existem hoje no mundo os mesmíssimos pecados que predominavam em Sodoma, e que sobre ela acarretaram a ira de Deus, para completa destruição sua. -- The Health Reformer, Julho 1873; The S.D.A. Bible Commentary 4:1161. Em aumento os pecados dos antediluvianos e de Sodoma MCP1 232 2 Por toda parte se vêem destroços da humanidade, altares domésticos abandonados, laços de famílias desfeitos. Há um estranho abandono dos princípios, um rebaixamento das normas de moralidade; estão rápido aumentando os pecados que acarretaram os juízos de Deus sobre a Terra por ocasião do dilúvio e na destruição de Sodoma pelo fogo. -- Testimonies for the Church 5:601 (1889); Testemunhos Selectos 2:242. Invadem a igreja hoje MCP1 232 3 A impureza acha-se hoje amplamente difundida, mesmo entre os professos seguidores de Cristo. Não têm restrição as paixões; as propensões animalescas ganham força pela condescendência, enquanto as faculdades morais enfraquecem constantemente. ... MCP1 232 4 Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície prevalecem hoje -- não meramente em terras pagãs, não só entre os populares professos do cristianismo, mas mesmo entre os que declaram estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus vos apresentasse esses pecados tal qual aparecem a Sua vista, encher-vos-íeis de vergonha e terror. -- Testimonies for the Church 5:218 (1882). Cerrando os olhos à luz MCP1 232 5 A condescendência com as mais vis paixões levará muitíssimos a cerrar os olhos à luz, porque temem ver pecados que estão indispostos a abandonar. Todos vêem, se ver quiserem. Se preferem as trevas à luz, nem por isso sua criminalidade será menor. MCP1 233 1 Por que os homens e as mulheres não lêem, tornando-se inteligentes nesses assuntos que tão decididamente afetam sua força física, intelectual e moral? Deus vos deu uma habitação, para dela cuidardes e a preservardes nas melhores condições, para Seu serviço e glória. Vosso corpo não vos pertence. -- Testimonies for the Church 2:352 (1885); Testemunhos Selectos 1:262. (c) compensação e vitória (Palavras de promessa e esperança) Necessidade de sincero arrependimento e resoluto esforço MCP1 233 2 Os que corrompem o próprio corpo não podem fruir o favor de Deus antes de se arrependerem sinceramente, realizarem uma completa reforma e aperfeiçoarem a santidade, no temor do Senhor. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 29 (1864). MCP1 233 3 A única esperança para os que praticam hábitos vis é deixá-los para sempre, se é que dão qualquer valor à saúde aqui, e à salvação no além. Quando esses hábitos foram praticados por período de tempo bastante longo, requer-se resoluto esforço para resistir à tentação e recusar a corrupta condescendência. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 27 (1864). Controle da imaginação MCP1 233 4 A imaginação tem de ser positiva e persistentemente controlada se as paixões forem submetidas à razão, à consciência e ao caráter. -- Testimonies for the Church 2:562 (1870). Subordinados à vontade de Deus MCP1 233 5 Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que abrange ser cristão, sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões, não podem ser seguidores de Cristo. Estão demais devotados ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 9, 10 (1864); Orientação da Criança, 445, 446. Pensamentos, fator importantíssimo MCP1 234 1 Pensamentos impuros levam a impuros atos. Se Cristo for assunto de contemplação, os pensamentos ficarão largamente separados de qualquer assunto que levará a atos impuros. A mente se fortalecerá ao demorar sobre assuntos enobrecedores. Se educada a fluir no conduto da pureza e santidade, tornar-se-á sadia e vigorosa. Se educada a demorar em temas espirituais, ela naturalmente tomará esse rumo. Mas essa atração dos pensamentos para coisas celestiais não pode ser alcançada sem o exercício da fé em Deus e um fervoroso e humilde apoiar-se nEle para receber a força e graça que seja suficiente para qualquer emergência. -- Testimonies for the Church 2:408 (1870). O pecado dos devaneios (fantasiar) MCP1 234 2 És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 76. Pôr sob controle os pensamentos MCP1 234 3 Deves controlar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. ... MCP1 234 4 Deus requer que domines não só teus pensamentos mas também as paixões e afeições. Tua salvação depende de te governares nessas coisas. A paixão e afeição são agentes poderosos. Se mal aplicadas, se postas em operação por motivos injustos, se mal colocadas, são poderosas para realizar tua ruína e deixar-te um infeliz destroço, sem Deus e sem esperança. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 75, 76. Pensamentos acariciados tornam-se hábito MCP1 235 1 Pensamentos poluídos acariciados, tornam-se hábito, e a alma é ferida e manchada. Praticai uma vez uma ação má e forma-se uma mancha que coisa alguma pode remover senão o sangue de Cristo; e se o hábito não é abandonado com firme resolução, a alma se corrompe e as correntes que manam dessa fonte corruptora corrompem a outros. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 197. Pensamentos controlados devidamente MCP1 235 2 Devemos ter em alta conta o devido controle dos nossos pensamentos, pois esse controle prepara o espírito e a alma para trabalharem de comum acordo pelo Mestre. É necessário, para nossa paz e felicidade nesta vida, que nossos pensamentos se centralizem em Cristo. Como o homem pensa, assim ele é. Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende do reto pensar e reto agir. ... MCP1 235 3 Os pensamentos maus destroem a alma. O poder de Deus para converter transforma o coração, enobrecendo e purificando os pensamentos. A menos que se faça resoluto esforço por manter os pensamentos centralizados em Cristo, não pode a graça revelar-se na vida. A mente tem de empenhar-se na milícia espiritual. Cada pensamento deve ser levado em cativeiro à obediência de Cristo. Todos os hábitos têm de ser postos sob o controle de Deus. MCP1 235 4 Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da influência daninha dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros; pois a única segurança, para qualquer alma, está no pensar correto. Devemos servir-nos de todos os recursos que Deus nos pôs ao alcance para o governo e cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr nossa mente em harmonia com a mente divina. A verdade de Deus nos santificará, corpo, alma e espírito, e seremos habilitados a erguer-nos acima das tentações. -- Carta 123, 1904; Nos Lugares Celestiais, 164. Regime alimentar, fator importante MCP1 235 5 Nunca pode ser repetido demais que o que é levado ao estômago, não somente afeta o corpo, mas em última análise também a mente. Alimento grosseiro e estimulante agita o sangue, excita o sistema nervoso e com muita frequência embota a percepção moral de tal modo, que a razão e a consciência são subjugadas pelos impulsos sensuais. É difícil, e muitas vezes quase impossível, alguém que é intemperante no regime alimentar, ser paciente e exercer o domínio próprio. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890); Orientação da Criança, 461. A carne excita e fortalece as paixões inferiores MCP1 236 1 Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser considerada sem levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. -- Testimonies for the Church 2:352 (1869); Testemunhos Selectos 1:262. Dar morte à tentação MCP1 236 2 As mais baixas paixões têm sua sede no corpo, e por seu intermédio operam. As palavras "carne" ou "carnal" ou ainda "concupiscência da carne" envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. MCP1 236 3 Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. -- Manuscrito 1, 1888; O Lar Adventista, 127, 128. Substituir sugestões impuras, por pensamentos puros, enobrecedores MCP1 236 4 A mente tem de ser conservada a meditar em assuntos puros e santos. Uma sugestão impura tem de ser despedida imediatamente, entretendo-se pensamentos puros, elevados, santa contemplação, obtendo assim mais e mais conhecimento de Deus, pela educação da mente na contemplação de coisas celestiais. Deus tem meios simples à disposição de todo caso individual, suficientes para assegurar o grande objetivo -- a salvação da alma. MCP1 237 1 Resolvei alcançar uma norma alta e santa; colocai alto o vosso alvo; agi com propósito sincero, como fez Daniel, firmemente, perseverantemente, e coisa alguma que o inimigo possa fazer impedirá vosso aperfeiçoamento. A despeito de inconvenientes, mudanças, perplexidades, podeis progredir constantemente em vigor mental e poder moral. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 237. Não crieis uma emergência MCP1 237 2 Toda paixão profana tem de ser mantida sob o controle de uma santificada razão, mediante a graça concedida abundantemente por Deus, em cada emergência. Não se procure, porém, tomar providências para criar uma emergência, não haja um ato voluntário para colocar alguém numa situação em que ele seja assaltado por tentações ou dê a menor ocasião para outros o julgarem culpado de indiscrição. -- Carta 18, 1891. Mantende-vos afastados da fronteira MCP1 237 3 Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciados firme e constantemente. ... MCP1 237 4 Não julgue ninguém que ele possa vencer sem o auxílio de Deus. Precisais ter a energia, a força, o poder, de uma vida interior produzida em vosso íntimo. Produzireis então frutos para a santificação e abominareis intensamente o vício. Deveis lutar constantemente para manter afastada a mundanidade, as conversas fúteis, tudo que é sensual, e vos propordes como alvo a nobreza da alma e um caráter imaculado. Vosso nome pode manter-se tão puro que não pode com justiça, ligar-se a qualquer coisa desonesta ou injusta; ao contrário, será respeitado por todos os bons e puros, e pode ser inscrito no livro da vida, do Cordeiro. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 143, 144. Ou Satanás ou Cristo no controle MCP1 238 1 Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus, Satanás pode moldá-la segundo lhe apraz. Todas as faculdades racionais que ele controla, torná-las-á carnais. Opõe-se diretamente a Deus em seus sentimentos, pontos de vista, preferências, gostos, desgostos, escolhas e conduta; não tem prazer naquilo que Deus ama ou aprova, mas deleita-se nas coisas que Ele despreza. ... MCP1 238 2 Se Cristo habita no coração, Ele estará em todos os nossos pensamentos. Nossos pensamentos mais profundos serão a Seu respeito, Seu amor, Sua pureza. Ele preencherá todas as câmaras do espírito. Nossas afeições centrar-se-ão em Jesus. Todas as nossas esperanças e expectativas serão relacionadas com Ele. Viver a vida presente pela fé no Filho de Deus, aguardando e amando Sua vinda, será a maior alegria da alma. Ele será a nossa coroa de glória. Nosso coração repousará em Seu amor. -- Carta 8, 1891; Nos Lugares Celestiais, 163. Vigilância vitalícia MCP1 238 3 Enquanto durar a vida haverá necessidade de resguardar as afeições e as paixões, com firme propósito. Há uma corrupção interna, há tentações externas, e onde quer que se deva promover a causa de Deus, Satanás planeja dispor as circunstâncias de modo que a tentação sobrevirá à alma com força avassalante. Nenhum momento podemos estar seguros, a não ser que estejamos confiantes em Deus, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. -- Carta 8b, 1891; The S.D.A. Bible Commentary 2:1032. Deus está preparando um povo MCP1 238 4 O povo de Deus deve não só saber Sua vontade, mas também praticá-la. Muitos serão removidos do número dos que conhecem a verdade, porque não são santificados por ela. A verdade tem de introduzir-se-lhes no coração, santificando-os e purificando-os de toda mundanidade e sensualidade da vida mais íntima. O templo de sua alma tem de ser purificado. Todo mau ato secreto que se pratique, é como se o fosse na presença de Deus e dos santos anjos, pois todas as coisas aparecem abertas perante Deus, e dEle coisa alguma pode ser escondida. ... MCP1 239 1 Deus está purificando um povo, de modo a terem mãos limpas e puro coração, para se apresentarem diante dEle no juízo. A norma tem de ser exalçada, purificada a imaginação; a paixão, acumulada em volta de práticas aviltantes tem de ser renunciada, e a alma erguer-se a pensamentos puros, práticas santas. Todos os que subsistirem ante as provas e tribulações iminentes, serão participantes da natureza divina, tendo escapado -- não participado -- da corrupção das paixões que há no mundo. 2 Pedro 1:4. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. ------------------------Capítulo 26 -- Amor fraternal O amor traz alegria MCP1 240 1 Eu desejaria dizer a meus irmãos de toda parte: Cultivai o amor de Cristo! Deve ele dimanar da alma do cristão quais torrentes no deserto, refrigerando e aformoseando, trazendo às vidas alheias e à própria, alegria, paz e felicidade. -- Testimonies for the Church 5:565 (1889). Exemplo de irresistível amor altruísta MCP1 240 2 Quanto mais intimamente nos assemelharmos ao nosso Salvador no caráter, tanto maior será nosso amor para com aqueles pelos quais Ele morreu. Os cristãos que manifestam mutuamente um espírito de amor altruísta estão dando, em favor de Cristo, um testemunho que os descrentes não podem contradizer nem a ele resistir. É impossível calcular o poder de semelhante exemplo. Coisa alguma com tanto êxito derrotará os estratagemas de Satanás e seus emissários, coisa alguma tanto contribuirá para erguer o reino do Redentor, como o fará o amor de Cristo manifestado pelos membros da igreja. -- Testimonies for the Church 5:167, 168 (1882). O próprio eu pode obscurecer o amor MCP1 240 3 O amor é um princípio ativo; conserva continuamente diante de nós o bem dos outros, refreando-nos de praticar atos desatenciosos, a fim de não falharmos em nosso objetivo de ganhar almas para Cristo. O amor não busca seus próprios interesses. Não levará os homens a ir após seu bem-estar e a satisfação do próprio eu. É o respeito que prestamos ao eu, que tantas vezes estorva o crescimento do amor. -- Testimonies for the Church 5:124 (1882). A humildade, fruto do amor MCP1 241 1 O amor não se vangloria. É elemento humilde; nunca estimula o homem a jactar-se, a exaltar-se. O amor a Deus e aos semelhantes não se manifestará em atos precipitados, nem nos levará a ser despóticos, críticos ou ditatoriais. O amor não se envaidece. O coração em que reina o amor, será levado a um procedimento delicado, cortês, compassivo para com os outros, quer satisfaçam ou não nossa fantasia, quer nos respeitem ou nos tratem mal. -- Testimonies for the Church 5:123, 124 (1882). O verdadeiro amor retrai o próprio eu MCP1 241 2 A devoção que Deus requer, revela-se em sincero amor às almas pelas quais Cristo deu a vida. Cristo habitando no coração será manifesto pelo amor que Ele requer de Seus discípulos. Seus filhos verdadeiros preferirão outros a si mesmos. Não buscam a melhor parte para si, em qualquer tempo ou qualquer lugar, porque não consideram os seus talentos superiores aos dos irmãos. Quando isto de fato acontece, o sinal será dado numa revelação do amor que Cristo manifestou pelas almas humanas -- amor abnegado, sincero, que preferiu o bem-estar de outros ao seu próprio. -- Manuscrito 121, 1899. O amor transforma o caráter MCP1 241 3 Aos que não conhecem a verdade, seja apresentado o amor de Jesus, e atuará qual fermento, para a transformação do caráter. -- Testimonies for the Church 8:60 (1904). Amor altruísta MCP1 241 4 Deus deseja que Seus filhos compreendam que, para O glorificarem, suas afeições devem ser dadas aos que mais delas necessitam. ... Nenhum egoísmo na expressão, em palavras ou atos deve ser manifestado quando a tratar com os da mesma preciosa fé, ... sejam eles elevados ou humildes, ricos ou pobres. O amor que dispensa boas palavras apenas a alguns, ao passo que outros são tratados com frieza e indiferença, não é amor, mas egoísmo. Não atuará de maneira alguma para o bem das almas ou a glória de Deus. Nosso amor... não deve limitar-se a alguns especiais, com negligência de outros. Parti o frasco, e a fragrância encherá a casa. -- Manuscrito 17, 1899; Nossa Alta Vocação, 229. As aptidões não substituem o amor MCP1 242 1 O muito falar, o farisaísmo e louvor em causa própria são abundantes; mas isso jamais ganhará almas para Cristo. O puro, santificado amor, este amor que se expressou na obra vitalícia de Cristo, é qual perfume sagrado. Como o partido vaso de ungüento, de Maria, enche de perfume toda a casa. Eloqüência, conhecimento da verdade, talentos raros, misturados com amor, são todos dotes preciosos. Mas a aptidão sozinha, os mais escolhidos talentos sozinhos, não podem tomar o lugar do amor. -- Testimonies for the Church 6:84 (1900). Liberalidade, prova de amor MCP1 242 2 A prova de nosso amor é dada num espírito semelhante ao de Cristo, na boa vontade de partilhar as boas coisas que Deus nos deu na espontaneidade em praticar a abnegação e o sacrifício a fim de ajudar a promover a causa de Deus e da humanidade sofredora. Nunca devemos passar por alto o objeto que solicita nossa liberalidade. Nós mostramos que passamos da morte para a vida quando procedemos como fiéis mordomos da graça de Deus. Deus nos concedeu os Seus bens; deu-nos Sua palavra empenhada de que, se formos fiéis em nossa mordomia, depositaremos no Céu tesouros que são imperecíveis. -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1900. Dedicar genuíno amor, sinal de discipulado MCP1 242 3 Não importa quão alta seja a profissão, aquele cujo coração não está pleno de amor a Deus e aos semelhantes, não é verdadeiro discípulo de Cristo. Embora possua grande fé, e tenha poder mesmo para operar milagres, todavia sem amor sua fé será de nenhuma valia. Poderá ostentar grande liberalidade; mas se ele por qualquer outro motivo que não o genuíno amor, entregar todos os seus bens para sustento dos pobres, o ato não o recomendará ao favor de Deus. Em seu zelo, poderia mesmo sofrer a morte de mártir, mas não sendo impulsionado por amor, seria considerado por Deus como iludido entusiasta, ou ambicioso hipócrita. -- Atos dos Apóstolos, 318, 319 (1911). O coração no qual reina amor MCP1 243 1 O coração no qual reina o amor não será tomado de paixão ou desejo de vingança, por ofensas que o orgulho e o amor-próprio julgariam insuportáveis. O amor não suspeita, sempre dando aos motivos e atos alheios a mais favorável estrutura. -- Testimonies for the Church 5:168, 169 (1882). MCP1 243 2 A atividade do exército de Satanás, o perigo que envolve a alma humana, reclama as energias de cada obreiro. Não será, porém, exercida compulsão. A depravação humana deve ser tratada com o amor, a paciência, a longanimidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:237 (1900). Peculiaridades corretas MCP1 243 3 Quando o homem é participante da natureza divina, o amor de Cristo é um princípio permanente na alma, e o próprio eu e suas peculiaridades não serão exibidos. -- Testimonies for the Church 6:52 (1900). Unicamente o amor de Cristo pode curar MCP1 243 4 Unicamente o amor que dimana do coração de Cristo, pode curar. Unicamente Aquele em quem flui aquele amor, assim como faz a seiva na árvore e o sangue no corpo, poderá restaurar a alma ferida. -- Educação, 113, 114 (1903). Prepara para qualquer eventualidade MCP1 243 5 Todo aquele que na verdade ama a Deus, terá o espírito de Cristo e um cálido amor aos irmãos. Quanto mais o coração da pessoa esteja em comunhão com Deus, e quanto mais suas afeições se centralizem em Cristo, tanto menos será ele perturbado pela rudeza e dificuldades que encontra nesta vida. -- Testimonies for the Church 5:483, 484 (1889); Testemunhos Selectos 2:187. A fraternidade jamais alcançada mediante comprometimento MCP1 244 1 Os que amam a Jesus e as almas pelas quais Ele morreu, seguirão as coisas que promovem a paz. Devem, porém, tomar cuidado para que, em seus empenhos por evitar a discórdia, eles não comprometam a verdade, e querendo guardar-se da divisão não sacrifiquem princípios. A verdadeira fraternidade jamais pode ser mantida pelo comprometimento com princípios. Ao aproximarem-se os cristãos do modelo da semelhança de Cristo, e tornarem-se puros em espírito e ação, sentirão o veneno da serpente. A oposição dos filhos da desobediência é excitada pela demonstração de um cristianismo que é espiritual. ... A paz e harmonia obtidas por mútuas concessões para evitar todas as diferenças de opinião, não merecem esse nome. Em casos de diferenças de opinião entre homem e homem, às vezes se devem fazer concessões; nunca, porém, se deve sacrificar um jota ou til do princípio para alcançar harmonia. -- The Review and Herald, 16 de Janeiro de 1900. O amor divino é imparcial MCP1 244 2 Cristo veio a este mundo com uma mensagem de misericórdia e perdão. Ele deitou os alicerces de uma religião pela qual judeus e gentios, pretos e brancos, livres e escravos, são unidos em uma fraternidade comum, reconhecidos como iguais à vista de Deus. O Salvador tem um amor ilimitado por todo ser humano. Em cada um Ele vê aptidões suscetíveis de melhoramento. Com divino vigor e esperança Ele visita aqueles pelos quais deu a vida. -- Testimonies for the Church 7:225 (1902). Estreita a fraternidade humana no abraço de Deus MCP1 244 3 O santificado amor de uns pelos outros é sagrado. Nesta grande obra o amor cristão mútuo -- mais elevado, mais constante, mais cortês, mais abnegado do que se tem visto -- preserva a ternura cristã, a benevolência e polidez cristãs e envolve a fraternidade humana no abraço de Deus, reconhecendo a dignidade de que Deus revestiu os direitos do homem. Esta dignidade os cristãos têm de sempre cultivar, para honra e glória de Deus. -- Carta 10, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 5:1140, 1141. Vosso amor às almas é a medida de vosso amor a Deus MCP1 245 1 O amor revelado na vida de Cristo, de abnegação e sacrifício, deve ser visto na vida de Seus seguidores. Somos solicitados a "andar assim como Ele andou". ... É privilégio vosso andar tendo a luz do Céu a brilhar sobre nós. Foi assim que Enoque andou com Deus. Não era mais fácil para Enoque viver vida justa do que para nós, na atualidade. O mundo de seu tempo não era mais favorável ao crescimento na graça e santidade do que é agora. ... Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias, e da mesma fonte temos de receber nossa força. Temos de andar com Deus. ... MCP1 245 2 Deus vos convida a pôr na obra toda a vossa força. Tereis de prestar contas do bem que poderíeis ter feito se tivésseis assumido atitude certa. É tempo de serdes coobreiros com Cristo e os anjos celestes. Despertareis? Há entre vós almas que carecem de vosso auxílio. Tendes sentido a preocupação de levá-las ao pé da cruz? Tende presente que, exatamente o grau de amor que tendes para com Deus, revelareis por vossos irmãos, e pelas almas que, fora de Cristo, estão perdidas, desgraçadas. -- The Review and Herald, 9 de Janeiro de 1900. Perfeito amor na igreja, o alvo de Cristo MCP1 245 3 Jesus poderia ter irradiado brilhantes raios de luz sobre os mais obscuros mistérios da ciência, mas não Se privava de um momento sequer para deixar de ensinar o conhecimento da ciência da salvação. Seu tempo, Seus conhecimentos, Suas faculdades, Sua própria vida, só os prezava como meios de efetuar a salvação de almas humanas. Oh! que amor, que inigualável amor! MCP1 245 4 Contrastai vossos esforços frouxos, sem vida, meio paralisados, com a obra do Senhor Jesus. Escutai Suas palavras, Sua oração ao Pai: "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja." João 17:26. Que linguagem, esta! Quão profunda, quão ampla, quão plena! O Senhor Jesus deseja difundir Seu amor por intermédio de cada membro do corpo -- Sua igreja -- a fim de que a vitalidade desse amor possa circular através de todas as partes do corpo, e habitar em nós, como habita nEle. O Senhor então poderá amar o caído homem como ama a Seu próprio Filho; e declara que não ficará satisfeito com nada menos do que isso, em nosso favor. -- Manuscrito 11, 1892. ------------------------Capítulo 27 -- O amor de Deus Deus é amor MCP1 247 1 "Deus é amor." 1 João 4:16. Sua natureza, Sua lei, são amor; assim sempre será. "O Alto e o Sublime, que habita na eternidade" (Isaías 57:15), "cujos caminhos são eternos" (Habacuque 3:6), não muda. NEle "não há mudança nem sombra de variação". Tiago 1:17. MCP1 247 2 Toda manifestação do poder criador é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados. ... MCP1 247 3 A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que, a princípio, se iniciou no Céu até à derrocada final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 33 (1890). O amor de Deus demonstrado em a natureza MCP1 247 4 A Natureza e a Revelação, ambas dão testemunho do amor de Deus. Nosso Pai celeste é o manancial de vida, de sabedoria e de gozo. Contemplai as belas e maravilhosas obras da Natureza. Considerai a sua admirável adaptação às necessidades e à felicidade, não só do homem, mas de todas as criaturas viventes. O sol e a chuva, que alegram e refrigeram a terra; as colinas, e mares e planícies -- tudo nos fala do amor de quem tudo criou. É Deus quem supre as necessidades cotidianas de todas as Suas criaturas. ... MCP1 248 1 "Deus é amor", está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo -- todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos. -- Conflict and Courage, 9, 10 (1892). Mandamentos baseados sobre o princípio do amor MCP1 248 2 Os preceitos do decálogo são adaptados a toda a humanidade, e foram dados para a instrução e governo de todos. Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autoridade, abrangem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes; e todos baseados no grande princípio fundamental do amor. -- Patriarcas e Profetas, 305 (1890). Jesus e a lei de compassivo amor MCP1 248 3 A lei de Deus é de caráter imutável, e por isso Cristo Se deu em sacrifício em favor do homem caído, e Adão perdeu o Éden, sendo posto à prova, com toda a sua posteridade. MCP1 248 4 Se a lei de Deus tivesse sido mudada em um só preceito, após a expulsão de Satanás do Céu, ele teria, depois de sua queda, alcançado na Terra aquilo que não pôde alcançar no Céu antes de sua queda. Teria recebido tudo que desejasse. Sabemos que ele não recebeu. ... A lei... permanece inalterável como o trono de Deus, e a salvação de cada alma é determinada pela obediência ou desobediência. ... Jesus, pela lei do compassivo amor, tomou sobre Si os nossos pecados, sofreu nosso castigo, e sorveu a taça da ira de Deus, que cabia ao transgressor. ... Carregou por nós a cruz da abnegação e sacrifício, para que tivéssemos vida -- vida eterna. Não havemos de carregar a cruz de Jesus? -- Carta 110, 1896; Para Conhecê-lo, 289. Natureza sensível, amorosa de Cristo MCP1 249 1 Sua vida, de princípio a fim, foi de abnegação e sacrifício. Na cruz do Calvário fez o grande sacrifício de Si mesmo em favor de todos os homens, para que todo o mundo pudesse salvar-se, se quisesse. Cristo estava oculto em Deus, e Deus Se revelava ao mundo no caráter de Seu Filho. ... MCP1 249 2 Em todos os atos de Sua vida, manifestava cada dia Seu amor ao mundo perdido. Os que estão imbuídos de Seu espírito, seguirão em seu trabalho as mesmas diretrizes segundo as quais Cristo trabalhava. Em Cristo se manifestaram, em natureza humana, a luz e o amor de Deus. Nenhum ser humano já possuiu natureza tão sensível como o Santo de Deus, sem pecado, o qual Se manifestou como cabeça e representante daquilo que a humanidade pode tornar-se mediante a comunicação da natureza divina. -- The Youth's Instructor, 16 de Agosto de 1894; Para Conhecê-lo, 288. O amor de Deus, um manancial divino MCP1 249 3 O amor de Deus é qualquer coisa mais que simples negação; é um princípio positivo e ativo, uma fonte viva, manando sempre para beneficiar os outros. Se o amor de Cristo habita em nós, não somente não nutriremos nenhum ódio contra nossos semelhantes, mas buscaremos por todos os modos manifestar-lhes amor. -- O Maior Discurso de Cristo, 58 (1896). O universo expressa o amor de Deus MCP1 249 4 Oxalá todos estimassem devidamente o precioso dom que nosso Pai celestial concedeu ao nosso mundo. Os discípulos achavam que eram incapazes de expressar o amor de Cristo. Só conseguiam dizer: "Nisto consiste o amor". 1 João 4:10. O Universo inteiro dá expressão a esse amor e à ilimitada bondade de Deus. MCP1 249 5 Deus poderia ter mandado Seu Filho ao mundo para condenar o mundo. Mas, maravilhosa graça! Cristo veio para salvar, não para destruir. Os apóstolos nunca tocavam nesse assunto sem que o coração se lhes inflamasse com a inspiração do incomparável amor do Salvador. O apóstolo João não encontra palavras para expressar seus sentimentos. Exclama: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo." 1 João 3:1. Quanto o Pai nos amou, não podemos jamais avaliar. Não existe padrão pelo qual compará-lo. -- Carta 27, 1901. Satanás responsável pelo conceito de um Deus severo, cruel MCP1 250 1 Satanás levou o homem a imaginar Deus como um ser cujo principal atributo fosse a justiça severa -- um rigoroso juiz, e credor exigente e cruel. Representou o Criador como um ser que espreita desconfiado, procurando discernir os erros e pecados dos homens, para que possa trazer juízos sobre eles. Foi para dissipar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus baixou para viver entre os homens. -- Conflict and Courage, 11 (1892). O amor entre o pai e o filho, um símbolo MCP1 250 2 Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais a seus próprios filhos e filhas. Jesus não é somente o nosso Pastor; é nosso "eterno Pai". E Ele diz: "Conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai." João 10:14. Que declaração, esta! É Ele o Filho unigênito, aquele que Se acha no seio do Pai, Aquele que Deus declarou ser "o Varão que é o Meu companheiro" (Zacarias 13:7), e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e Seus filhos na Terra! -- O Desejado de Todas as Nações, 483 (1898). MCP1 250 3 Deus ama os seguidores de Cristo tal qual ama Seu Filho unigênito. -- Manuscrito 67, 1894. O amor de Cristo é uma energia vitalizante, sanadora MCP1 250 4 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vem com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). Recordando o amor de Deus MCP1 251 1 Graças a Deus pelos quadros luminosos que nos tem apresentado! Enfeixemos todas as benditas promessas de Seu amor, a fim de sobre elas poder deter continuamente o olhar. O Filho de Deus, deixando o trono do Pai, revestindo Sua divindade com a natureza humana a fim de resgatar o homem do poder de Satanás; o triunfo que obteve em nosso favor, abrindo ao homem a porta do Céu, revelando aos olhos humanos a câmara onde a Divindade manifesta Sua glória; a raça caída erguida do abismo da ruína em que o pecado a submergira, e novamente posta em ligação com o infinito Deus, e depois de resistir à divina prova mediante a fé em seu Redentor, revestida da justiça de Cristo, e exaltada a Seu trono -- eis os quadros que o Senhor deseja que contemplemos. -- Conflict and Courage, 118 (1892). O amor faz o nosso céu MCP1 251 2 É o amor de Cristo que faz o nosso Céu. Mas quando procuramos falar desse amor, a linguagem nos falha. Pensamos em Sua vida na Terra, em Seu sacrifício por nós; pensamos em Sua atuação no Céu como Advogado nosso; nas mansões que está preparando para os que O amam; e só podemos exclamar: "Oh, as alturas e profundezas do amor de Cristo!" Ao nos demorarmos junto à cruz, alcançamos uma pálida concepção do amor de Deus, e dizemos: "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. Mas em nossa contemplação de Cristo, estamos apenas demorando à beirada de um amor que é imensurável. Seu amor é qual vasto oceano, sem fundo nem praia. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1902. O amor de Deus, infinito, inexaurível MCP1 251 3 Todo o amor paternal que tem vindo de geração em geração pelo conduto de corações humanos, todos os mananciais de ternura que têm dimanado da alma dos homens, são apenas qual pequenino regato, em relação ao ilimitado oceano, quando comparados com o infinito, inexaurível amor de Deus. Não o pode explicar a língua, nem a pena descrever. Podeis meditar nele a cada dia de vossa vida; podeis examinar as Escrituras diligentemente a fim de compreendê-lo; podeis convocar todas as faculdades e capacidades que Deus vos concedeu, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celestial; e todavia resta além uma infinitude. Podeis passar séculos estudando esse amor; entretanto nunca podereis compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundidade e a altura, do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade jamais poderá revelá-lo plenamente. Entretanto, ao estudarmos a Bíblia e meditarmos sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, esses grandiosos temas se abrirão mais e mais ao nosso entendimento. -- Testimonies for the Church 5:740 (1889); Testemunhos Selectos 2:337. O amor divino é progressivo MCP1 252 1 Ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 678 (1911). ------------------------Capítulo 28 -- Respeito próprio Aperfeiçoando o respeito próprio MCP1 255 1 Se desejamos fazer bem às almas, nosso êxito neste sentido será proporcional à sua confiança na confiança e estima que lhes dispensamos. O respeito manifestado à alma humana que luta é o seguro meio através de Cristo Jesus para restauração do respeito próprio perdido pelo homem. Nossas idéias antecipadas do que ele poderá tornar-se são um auxílio que não podemos apreciar completamente. -- Carta 50, 1893; Fundamentos da Educação Cristã, 281. Respeito pela dignidade do homem como homem MCP1 255 2 Sempre que não se ache envolvida uma questão de princípios, a consideração para com os outros nos levará à conformidade com os costumes aceitos; entretanto, a verdadeira cortesia não exige o sacrifício do princípio aos usos convencionais. Ela desconhece as castas. Ensina o respeito de si mesmo, respeito à dignidade do homem como homem, consideração por todo membro da grande fraternidade humana. -- Educação, 240 (1903). Manter o respeito próprio MCP1 255 3 Alguns daqueles com quem entrais em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, mostreis de vossa parte menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela de não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais néscio, o mais desajeitado. O que Deus pretende fazer com essas pessoas aparentemente não promissoras, vós não sabeis. Ele já tem aceito pessoas que não davam mais esperanças nem eram mais atraentes, para fazer uma grande obra para Ele. Seu Espírito, movendo-Se sobre o coração, tem despertado cada faculdade para uma ação vigorosa. O Senhor viu nessas pedras brutas, sem polimento, um material precioso, que haveria de suportar a prova da tempestade, do calor e da pressão. Deus não vê como os homens. Não julga pelas aparências, mas esquadrinha o coração, e julga com justiça. -- Obreiros Evangélicos, 122, 123 (1915), [no inglês]. A conscientização engendra o respeito próprio MCP1 256 1 Os homens de princípios não necessitam da restrição das fechaduras e das chaves, não precisam ser vigiados e guardados. Eles procederão verdadeira e honestamente em todo o tempo -- sozinhos, sem vista alguma a observá-los, bem como em público. Não trarão mácula alguma a sua alma por qualquer parcela de lucro ou vantagem egoísta. Desdenham do ato mesquinho. Embora pudesse nenhum outro saber isso, eles próprios o saberiam, e isso destruiria o seu respeito próprio. Os que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformariam, se houvesse leis, restrições e penalidades sobre o assunto. -- Special Testimonies to Physicians and Helpers, 62 (1879); Conselhos Sobre Saúde, 410. O respeito próprio tem de ser mantido firmemente MCP1 256 2 Devem-se manter firme e persistentemente a pureza moral, o respeito próprio e um resoluto poder de resistência. Não deve haver afastamento da discrição. Um ato de familiaridade, uma indiscrição, pode pôr em perigo a alma, abrindo a porta à tentação, diminuindo assim o poder de resistência. -- Health, Phylantropic and Medical Missionary Work 26 (1885); Conselhos Sobre Saúde, 295. O respeito aos outros medido pelo respeito próprio MCP1 256 3 Pela condescendência com o pecado é destruído o respeito próprio; e uma vez ausente este, diminui-se o respeito aos outros; concluímos que os outros sejam tão injustos como somos nós. -- Testimonies for the Church 6:53 (1900). Por maus hábitos o estudante destrói o respeito próprio MCP1 257 1 Por hábitos errôneos perde o respeito próprio. Perde o domínio de si mesmo. Não pode raciocinar corretamente sobre as coisas que mais intimamente com ele se relacionam. É negligente e desarrazoado no trato da mente e do corpo. Pela prática de hábitos incorretos torna-se um náufrago. Não pode ter felicidade; pois sua negligência de cultivar princípios sãos e puros, sujeita-o ao domínio de costumes que destroem a paz. Os anos de estudo exaustivo ficam perdidos, porque se arruinou a si próprio. Abusou de suas forças físicas e mentais, e o templo do corpo é uma ruína. Está aniquilado para esta vida e para a vindoura. Pensou alcançar um tesouro pela aquisição de conhecimentos terrenos; pondo, porém, de parte a Bíblia, sacrificou um tesouro digno de tudo o mais. -- Parábolas de Jesus, 108, 109 (1900). Palavras impacientes ferem o respeito próprio MCP1 257 2 Os que condescendem com tal linguagem hão de experimentar vergonha, perda de respeito próprio e da confiança em si, e terão amargo remorso e desgosto por se haverem permitido perder o domínio e falar dessa maneira. Quão melhor seria se nunca se proferissem palavras dessa natureza! Quanto melhor havia de ser o possuir o óleo da graça no coração, ser capaz de passar por toda reprovação e suportar todas as coisas com mansidão e paciência cristãs. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913; Mensagens aos Jovens, 327. Os pais nunca devem perder o respeito próprio por palavras impensadas MCP1 257 3 Não permitais que escape de vossos lábios nenhuma palavra de mau humor, aspereza ou ira. A graça de Cristo espera vosso pedido. Seu Espírito dominar-vos-á o coração e a consciência, presidindo vossas palavras e atos. Nunca percais o respeito de vós mesmos devido a palavras precipitadas e impensadas. Cuidai de que vossas palavras sejam puras, e santa vossa conversa. Dai a vossos filhos um exemplo do que desejais que eles sejam. ... Haja paz, palavras agradáveis e semblantes alegres. -- Carta 28, 1890; Orientação da Criança, 219. O respeito próprio destruído pela masturbação MCP1 258 1 O efeito de tão degradantes hábitos não é o mesmo em todas as mentes. Existem crianças que têm as faculdades morais muito desenvolvidas e que, associando-se com crianças que praticam o abuso próprio, tornam-se iniciadas no vício. Sobre esses, o efeito será freqüentemente torná-los melancólicos, irritadiços e desconfiados; esses, entretanto, podem não perder o respeito pelo culto religioso, e talvez não demonstrem especial deslealdade com respeito às coisas espirituais. Por vezes sofrerão intensamente com sentimentos de remorso, julgando-se degradados aos próprios olhos, perdendo seu respeito próprio. -- Testimonies for the Church 2:392. Não destruais o respeito próprio MCP1 258 2 Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, cuidai em não lhe destruir o respeito de si mesmo. Não o desanimeis pela indiferença ou a desconfiança. Não digais: "Antes de lhe dar minha confiança, quero esperar para ver se ele persevera." Freqüentemente esta mesma desconfiança faz com que o tentado tropece. -- A Ciência do Bom Viver, 167, 168 (1905). O manter-se por conta própria aumenta o respeito próprio MCP1 258 3 Os que se estão esforçando para reformar-se devem ser ajudados a obter emprego. Ninguém em condições de trabalhar, deve ser ensinado a esperar alimento, roupa e casa de graça. Por amor deles próprios, bem como dos outros, deve ser planejado um meio pelo qual produzam o equivalente àquilo que recebem. Animai todo esforço quanto à manutenção própria. Isto fortalecerá o respeito de si mesmo, e uma nobre independência. E a ocupação da mente e do corpo num trabalho útil é essencial como salvaguarda contra a tentação. -- A Ciência do Bom Viver, 177 (1905). A manutenção própria aumenta o respeito próprio MCP1 258 4 O senso de ser possuidor do lar próprio haveria de inspirá-los [aos pobres] com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade em planejar e idear por si mesmos, seus filhos seriam educados em hábitos de indústria e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e a independência moral perdidos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 165, 166 (1886); O Lar Adventista, 373. Cultura própria e dignidade MCP1 259 1 É importante para os ministros de Cristo ver a necessidade de cultura própria, a fim de adornar sua profissão de fé e manter discreta dignidade. Sem o treino mental, por certo fracassarão em tudo que empreenderem. -- Testimonies for the Church 2:500, 501 (1870). Acautelai-vos da compaixão própria MCP1 259 2 Necessitamos de evitar a compaixão de nós mesmos. Nunca alimenteis a impressão de que não sois estimados como deveríeis, que os vossos esforços não são apreciados e que o vosso trabalho é demasiado penoso. A lembrança de que Jesus sofreu por nós reduza ao silêncio todo o pensamento de murmuração. Somos tratados melhor do que foi nosso Senhor. "E procuras tu grandezas? Não as busques." Jeremias 45:5. -- A Ciência do Bom Viver, 476 (1905). Cristo restaura o respeito próprio MCP1 259 3 Não deve ser difícil lembrar que o Senhor deseja que deponhais vossas lutas e dificuldades a Seus pés, e que as deixeis ali. Ide a Ele, dizendo: "Senhor, meus fardos são pesados demais para eu os levar. Não queres Tu levá-los em meu lugar?" E Ele responderá: "Eu os tomarei. Com eterna bondade compadecer-Me-ei de vós. Tomarei os vossos pecados e vos darei a paz. Não mais afugenteis o vosso respeito próprio, pois Eu vos comprei pelo preço do Meu próprio sangue. Sois Meus. Vossa vontade enfraquecida, Eu fortalecerei. Removerei vosso remorso pelo pecado." -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 519, 520. Conselho a uma pessoa que perdera o respeito próprio MCP1 259 4 Jesus vos ama, e Ele me deu uma mensagem para vós: Seu magnânimo coração de infinita bondade anela por vós. Ele vos envia a mensagem de que podeis recuperar-vos dos ardis do inimigo. Podeis conquistar novamente vosso respeito próprio. Podeis estar onde vos considereis não um fracasso, mas um vencedor, sob a influência enaltecedora do Espírito de Deus, e por meio dela. Apoderai-vos da mão de Cristo, e não a deixeis escapar. -- Carta 228, 1903; Medicina e Salvação, 43. Cultivai o respeito próprio MCP1 260 1 Não agrada a Deus que vos desmereçais a vós mesmos. Deveis cultivar o respeito próprio, vivendo de modo que tenhais a aprovação de vossa consciência, e dos homens e dos anjos. ... Tendes o privilégio de ir ter com Jesus e ser purificados, e achar-vos perante a lei sem pejo e sem remorso. "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:1. Conquanto não devamos julgar-nos mais do que o devido, a Palavra de Deus não condena o justo respeito próprio. Como filhos e filhas de Deus, devemos ter conscienciosa dignidade de caráter, na qual não tem lugar o orgulho nem a presunção. -- The Review and Herald, 27 de Março de 1888; Nossa Alta Vocação, 141. ------------------------Capítulo 29 -- Dependência e independência (a) Dependência de Deus, não do homem Absoluta dependência de Deus MCP1 261 1 Deus quer que cada alma por quem Cristo morreu se torne uma parte da vinha, ligada com o tronco original, e dele extraia a nutrição. Nossa dependência de Deus é absoluta, e nos deve conservar bem humildes; e, por causa de nossa dependência dEle, nosso conhecimento dEle será grandemente aumentado. Deus quer que removamos toda espécie de egoísmo, e a Ele nos acheguemos, não como donos de nós mesmos, mas como uma possessão adquirida pelo Senhor. -- Special Testimonies, Série A, 8:8, 9 (1897); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 324, 325. Confiança em Deus, não no homem MCP1 261 2 Deus deseja pôr os homens em direta relação com Ele. Em todo o Seu trato com as criaturas, reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso da dependência pessoal e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja pôr o humano em ligação com o divino, a fim de que os homens sejam transformados à semelhança divina. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança nos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador a pode colocar sob seu domínio. Pode controlar a humanidade. -- A Ciência do Bom Viver, 242, 243 (1905). MCP1 262 1 Fazei de Deus vossa inteira dependência. Procedendo de modo diferente, é tempo, então, de vos deter. Estacai justamente onde estais e mudai a ordem das coisas. ... Sinceramente, de alma faminta, clamai a Deus. Lutai com os instrumentos celestiais até alcançardes a vitória. Ponde vosso ser inteiro nas mãos do Senhor -- alma, corpo e espírito -- e resolvei ser Seu amorável, consagrado instrumento, movido por Sua vontade, controlado por Sua mente, imbuído de Seu Espírito; ... então vereis claro as coisas celestiais. -- Manuscrito 24, 1891; Filhos e Filhas de Deus, 105. Fazei de Deus vosso conselheiro MCP1 262 2 Em vez de levar a um irmão ou a um pastor vossas perplexidades, levai-as ao Senhor, em oração. Não coloqueis o pastor onde devia estar Deus, mas fazei dele o objeto de vossas orações. Neste ponto todos nós temos errado. O ministro de Cristo é como os outros homens. Certo, ele arca sob responsabilidades mais sagradas do que um comerciante comum, mas nem por isso é infalível. Ele é rodeado de fraquezas, e precisa de graça e iluminação divina. Precisa da unção celestial a fim de fazer seu trabalho com exatidão e êxito, dando plena prova de seu ministério. Há os que ignoram o caminho da vida e salvação, e esses encontrarão no pastor piedoso alguém que lhes ensinará o que fazer para ser salvos. MCP1 262 3 Os que sabem orar, que conhecem os convites do evangelho de Cristo, que conhecem a imutabilidade de Suas promessas, mostram desonrar a Deus quando depositam seus fardos sobre homens finitos. Está certo, sempre, aconselhar-se com outros. Está certo conversar uns com os outros. Está certo apresentar claramente diante dos irmãos e do pastor, as dificuldades que se apresentam em qualquer empreendimento. Mas não desonreis a Deus a ponto de confiar no homem, em busca de sabedoria. Buscai de Deus a sabedoria que vem do alto. Pedi a vossos colegas na causa que orem convosco, e o Senhor cumprirá Sua palavra: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles." Mateus 18:20. -- Manuscrito 23, 1899. (b) Dependência e independência no relacionamento mútuo dos obreiros Opinião de um homem só MCP1 263 1 É erro levar os homens a crer que os obreiros de Cristo não deveriam tomar nenhuma iniciativa além daquela que foi apresentada a algum obreiro de responsabilidade. Os homens não devem ser ensinados a considerar outros homens como se fossem Deus. Conquanto seja necessário que haja um aconselhamento mútuo, e uma unidade de ação entre os obreiros, não deve ser elemento de controle a mente e o juízo de um homem só. -- The Review and Herald, 7 de Agosto de 1894. Crescer em eficiência MCP1 263 2 Deus é que governa o Seu povo, e Ele ensinará aos que Lhe dedicarem a mente o devido uso do cérebro. Ao empregarem sua habilidade executiva, eles crescerão em eficiência. A herança do Senhor é composta de vasos grandes e pequenos, mas cada qual tem sua tarefa individual. A mente de um homem só, ou a mente de dois ou três homens não merece tanta confiança que para todos seja seguro adotar. Olhem todos para Deus, confiem nEle, e creiam plenamente em Seu poder. Com Cristo ponde-vos sob o jugo, e não com os homens, pois estes não têm poder para guardar-vos de cair. -- Carta 88, 1896. Conselho a um executivo MCP1 263 3 Tua confiança tem de ser posta em Deus. Não deves permitir que homens esvaziem a mente deles na tua. Não lhes deves permitir que, por suas persuasões te levem a falsas veredas. Põe tua confiança inteiramente nAquele que declara: "De maneira alguma te deixarei, nunca mais te abandonarei." Hebreus 13:5. -- Carta 92, 1903. Confiança em Deus promove confiança MCP1 263 4 Quando os homens deixam de confiar em homens, quando tornam Deus sua eficiência, então haverá mais demonstração de confiança um no outro. Nossa fé em Deus é completamente fraca demais, e nossa confiança um no outro também é muito pouca. -- Special Testimonies, Série A, 3:48 (1895); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 214. Confiança própria leva à tentação MCP1 264 1 Mediante oração fervorosa e confiança em Deus, Salomão obteve a sabedoria que provocou o assombro e admiração do mundo. Quando, porém, se desviou da Fonte de sua força, e passou a confiar em si mesmo, caiu presa da tentação. Então as maravilhosas faculdades concedidas ao que foi o mais sábio dos reis, apenas o tornaram um agente mais eficaz do adversário das almas. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 509 (1911). Dependência de outros pode significar imaturidade MCP1 264 2 Os homens que deviam, em todas as emergências, ser fiéis como a agulha em indicar o pólo, tornaram-se ineficientes por seus empenhos de proteger-se da censura e por esquivar-se a responsabilidades, por temor de fracasso. Homens de gigantesco intelecto são bebês na disciplina, porque são covardes quanto a tomar sobre si e levar avante os encargos que deviam assumir. Eles confiaram em um homem que planejasse por eles e fizesse o raciocínio que eles mesmos são perfeitamente capazes de fazer, no interesse da causa de Deus. Deficiências mentais vêm ao nosso encontro por toda parte. MCP1 264 3 Homens que se satisfazem em deixar outros planejarem e raciocinarem em seu lugar, não se acham plenamente amadurecidos. Se fossem deixados a planejar por si mesmos, mostrar-se-iam judiciosos, calculistas. Mas quando se põem em contato com a causa de Deus, isto para eles é coisa completamente diversa; perdem essa faculdade quase por completo. Contentam-se com permanecer incompetentes e ineficientes, como se outros tivessem de fazer por eles o planejamento, e boa parte do arrazoado. Há homens que se mostram completamente incapazes de abrir caminho para si mesmos. Terão de sempre apoiar-se em outros para que façam seu planejamento e seus estudos, como que lhe sendo a mente e o juízo? Deus Se envergonha de semelhantes soldados. Ele não Se sente honrado com terem eles uma parte a desempenhar em Sua causa enquanto forem meras máquinas. -- Testimonies for the Church 3:495, 496 (1875). Há necessidade de homens independentes MCP1 265 1 São necessários homens independentes, fervorosamente esforçados, não homens maleáveis como argila. Os que querem seu trabalho ao alcance das mãos, que pretendem determinada quantidade de serviço e salário fixo, e desejam experimentar um trabalho adequado sem o incômodo da adaptação ou treino, não são os homens que Deus chama para trabalhar em Sua causa. O homem, que, se a necessidade requer, não saiba adaptar suas aptidões a quase qualquer lugar, não é homem para o tempo atual. MCP1 265 2 Os homens que Deus deseja ligar a Sua causa não são frouxos e sem fibra, sem músculos ou força moral de caráter. É só mediante continuado e perseverante labor que os homens podem ser disciplinados para assumir uma parte na causa de Deus. Não devem esses homens desanimar se as circunstâncias e o ambiente forem os mais desfavoráveis. Não devem desistir de seu propósito como sendo completo fracasso, antes de se convencer, além de qualquer dúvida, de que não podem fazer muito para honra de Deus e benefício das almas. -- Testimonies for the Church 3:496 (1875). Independência não santificada provém do egoísmo MCP1 265 3 Os males da estima própria e de uma não santificada independência, que tanto prejudicam nossa utilidade e que acabarão se demonstrando nossa ruína se não forem vencidos, provêm do egoísmo. "Aconselhai-vos uns aos outros", é a mensagem que me foi dada muito repetidamente, pelo anjo de Deus. Influindo no julgamento de um homem, Satanás pode empenhar-se em controlar os assuntos a seu bel-prazer. Pode ele ter êxito em desviar a mente de duas pessoas, mas quando vários trocam idéias juntos, há mais segurança. Cada plano será estudado mais rigorosamente, cada movimento rumo do progresso, considerado mais completamente. Daí, há menos perigo de precipitação de planos desavisados, que trariam confusão, perplexidade e derrota. Na união há força. Na divisão há fraqueza e derrota. -- Testimonies for the Church 5:29, 30 (1882). (c) Independência de espírito Riscos da independência pessoal MCP1 266 1 Tende sempre presente o que é devido a nossa profissão cristã como particular povo de Deus; guardai-vos, não seja que, na prática da independência pessoal vossa influência opere contra os propósitos de Deus, e vós, mediante os estratagemas de Satanás vos torneis pedra de tropeço, diretamente na estrada dos que são fracos e vacilantes. Há o perigo de dar aos nossos adversários ocasião de blasfemar de Deus e acumular escárnio sobre os crentes na verdade. -- Testimonies for the Church 5:477, 478 (1889). Independência de espírito MCP1 266 2 Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência individual. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é susceptível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento, de preferência a respeitar e estimar altamente a maneira de julgar seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para guia de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar; pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 163, 164 (1911). Ação combinada MCP1 266 3 Num ponto temos de estar de guarda, isto é, a independência individual. Como soldados do exército de Cristo deve haver ação combinada, nos vários departamentos da obra. ... Cada obreiro deve agir tendo em vista os demais. Os seguidores de Jesus Cristo não agirão independentemente uns dos outros. Nossa força tem de estar em Deus, e deve ser dirigida, expressando-se em ação nobre, concentrada. Não deve ser desperdiçada em movimentos destituídos de sentido. -- Testimonies for the Church 5:534, 535 (1889); Testemunhos Selectos 2:206. A presunção nos expõe às astúcias de Satanás MCP1 266 4 Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias, e se tivermos um espírito presunçoso e independente, expor-nos-emos às astúcias de Satanás e seremos levados de vencida. -- Testimonies for the Church 3:66 (1872). (d) Independência moral A lei da dependência mútua MCP1 267 1 Nós nos achamos todos entretecidos na grande trama da humanidade, e o que quer que possamos fazer para beneficiar e elevar a outrem, refletirá em bênçãos a nós mesmos. A lei da dependência recíproca vigora em todas as classes da sociedade. Os pobres não dependem dos ricos mais do que estes dependem daqueles. Enquanto uma classe pede participação nas bênçãos que Deus conferiu aos seus vizinhos mais ricos, a outra necessita do serviço fiel, e da força do cérebro, ossos e músculos, coisas que são o capital do pobre. -- Patriarcas e Profetas, 534, 535 (1890). Dever de obedecer a convicções religiosas individuais MCP1 267 2 Muitos são os meios por que Satanás opera pela influência humana a fim de enlaçar os seus cativos. Atrai a si multidões, ligando-os pelos sedosos laços da afeição aos que são inimigos da cruz de Cristo. Seja qual for esta ligação, paternal, filial, conjugal ou social, o efeito é o mesmo; os inimigos da verdade exercem sua força no sentido de reger a consciência, e as almas postas sob o seu domínio não têm coragem ou independência suficientes para obedecer às suas próprias convicções do dever. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 597 (1911). Sufocado o juízo individual MCP1 267 3 Embora a razão e a consciência estejam convencidas, estas almas iludidas não ousam pensar diferentemente do ministro; e seu discernimento individual, os interesses eternos, são sacrificados à incredulidade, ao orgulho e preconceito de outrem. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 597 (1911). Defender o direito, independentemente MCP1 268 1 São necessários coragem e independência para erguer-se acima da norma religiosa do mundo cristão. Eles não seguem o exemplo do Salvador, de abnegação; não fazem sacrifício; buscam constantemente esquivar-se da cruz, que Cristo declara ser o sinal do discipulado. -- Testimonies for the Church 5:78 (1882). Independência moral quando o mundo se opõe MCP1 268 2 A independência moral será totalmente adequada quando se opõe ao mundo. Sujeitando-nos inteiramente à vontade de Deus, seremos colocados em posição vantajosa e veremos a necessidade de decidida separação dos costumes e práticas do mundo. Não devemos elevar nossa norma só bem pouco acima do mundo; e, sim, tornar a linha demarcatória decididamente manifesta. -- The Review and Herald, 8 de Janeiro de 1894; Fundamentos da Educação Cristã, 289. Independência moral, uma virtude MCP1 268 3 Nossa única segurança está em postar-nos como povo particular de Deus. Não devemos ceder uma polegada de terreno aos costumes e modas desta época degenerada, mas sim ficar moralmente independentes, sem nos comprometermos com suas práticas corruptas e idolátricas. -- Testimonies for the Church 5:78 (1882). (e) Independência mental A verdadeira independência não é obstinação MCP1 268 4 Verdadeira independência mental não é obstinação. Ela incentiva os jovens a formar suas próprias opiniões sobre a Palavra de Deus, sem levar em conta o que outros possam dizer ou fazer. Se estiverem em companhia de descrentes, ateus ou incrédulos, ela os incentiva a reconhecer e defender sua crença nas sagradas verdades do evangelho, em oposição às cavilações e aos gracejos de seus perversos companheiros. Se estiverem em presença dos que pensam ser virtude alardear as faltas de professos cristãos e zombar então da religião, moralidade e virtude, a verdadeira independência mental os incentivará a mostrar, de maneira cortês, mas audaz, que o ridículo é um péssimo substituto para o sólido argumento. Ela os habilitará a olhar, além do cavilador, para aquele que o influencia, o adversário de Deus e do homem, e a resistir-lhe na pessoa de seu agente. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 88, 89. É necessária a independência individual MCP1 269 1 Homens há que se lisonjeiam de que poderiam fazer algo de grande e bom, se tão-somente as circunstâncias fossem outras, ao passo que não fazem uso das faculdades que já têm, trabalhando nos encargos que a providência lhes proveu. O homem pode criar suas circunstâncias, mas as circunstâncias nunca devem criar o homem. O homem deve aproveitar as circunstâncias como instrumentos seus para seu trabalho. Deve ele dominar as circunstâncias, mas jamais permitir que as circunstâncias o dominem. A independência individual e o poder individual são as qualidades agora necessárias. O caráter individual não precisa ser sacrificado, mas deve ser ajustado, cultivado, enobrecido. -- Testimonies for the Church 3:496, 497 (1875); Obreiros Evangélicos, 133. Até onde deve ir a independência MCP1 269 2 Deus deseja que Seu povo seja disciplinado e posto em harmonia de ação, para que se possam ter o mesmo ponto de vista e os mesmos sentimentos e o mesmo critério. Para conseguir este estado de coisas, muito há que ser feito. ... O Senhor não deseja que renunciemos a nossa individualidade. Mas, que homem é juiz competente do limite até aonde deva ser levada essa independência individual? ... MCP1 269 3 Pedro exorta seus irmãos: "Rogo igualmente aos jovens: Sede submissos aos que são mais velhos; outrossim no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede Sua graça." 1 Pedro 5:5. O apóstolo Paulo também exorta seus irmãos filipenses a que sejam unidos e humildes: "Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo." Filipenses 2:1-3. -- Testimonies for the Church 3:360 (1875); Testemunhos Selectos 1:343, 344. Poder de Deus nossa confiança MCP1 270 1 Irmãos, rogo-vos que procedais tendo em vista unicamente a glória de Deus. Seja Seu poder vossa confiança, Sua graça vossa força. Pelo estudo das Escrituras e fervorosa oração, buscai obter clara compreensão de vosso dever, e então cumpri-o fielmente. É essencial que cultiveis a fidelidade em coisas pequenas, e em assim fazendo adquirireis hábitos de integridade em responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária muitas vezes passam sem os notarmos, mas são essas coisas pequeninas que formam o caráter. Todo acontecimento da vida é de grande importância para o bem ou para o mal. A mente tem de ser educada mediante provas diárias, para que adquira vigor para resistir em qualquer situação difícil. Nos dias de provação e perigo, precisareis achar-vos fortalecidos para vos ficar firmes ao lado do direito, a despeito de qualquer influência contrária. -- Testimonies for the Church 4:561 (1881); Testemunhos Selectos 1:580, 581. ------------------------Capítulo 30 -- Egoísmo e egotismo Por natureza somos egocêntricos MCP1 271 1 Somos por natureza egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar, tornamo-nos participantes de Sua natureza; daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O seguem em sinceridade. Mediante palavras e atos bondosos, procurarão facilitar o trilho aos pés cansados. -- A Ciência do Bom Viver, 157, 158 (1905). O egoísmo contrai o intelecto MCP1 271 2 O interesse egoísta deve sempre ser subordinado; pois se lhe for dado lugar para agir, tornar-se-á um poder controlador que contrai o intelecto, endurece o coração e enfraquece o poder moral. Então vem a decepção. O homem separou-se de Deus e se vendeu a atividades indignas. Não pode ser feliz, pois não pode respeitar-se a si mesmo. Inferiorizou-se em sua própria estima. É um fracasso intelectual. -- Manuscrito 21, 1899. Egoísmo, causa da culpabilidade humana MCP1 271 3 O egoísmo é a ausência da humildade como a de Cristo, e sua existência é a ruína da felicidade humana, a causa da culpabilidade humana, e leva os que o abrigam, ao naufrágio da fé. -- Carta 28, 1888. Confunde os sentidos MCP1 272 1 Hoje, como nos dias de Cristo, Satanás governa a mente de muitos. Oh, se sua temível e temerosa obra pudesse ser discernida e resistida! O egoísmo tem pervertido os princípios, tem confundido os sentidos e anuviado o juízo. Parece tão estranho que, não obstante toda a luz que brilha da bendita Palavra de Deus, se mantivessem tantas idéias estranhas, tal afastamento do espírito e da prática da verdade! MCP1 272 2 O desejo de alcançar grandes salários, com a determinação de privar outros dos direitos que Deus lhes deu, tem sua origem no espírito de Satanás; e pela sua obediência à vontade e maneiras dele, colocam-se os homens sob sua bandeira. Pouca confiança se pode depositar nos que têm caído nessa cilada, a menos que se convertam e se renovem completamente, pois foram levedados pelos princípios maus, que não podiam perceber serem de efeito deletério. -- Special Testimonies, Série A, 10:26, 6 de Fevereiro de 1896; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 392, 393. Falar menos de si mesmo (conselho a uma pessoa que era autoritária e ditatorial) MCP1 272 3 Deixa que teu coração se abrande sob a divina influência do Espírito de Deus. Não deverias falar tanto em ti mesmo, pois isso não dará forças a ninguém. Não deves fazer de ti o centro, imaginando que devas constantemente cuidar de ti, e levando outros a cuidarem de ti. Afasta teu pensamento de ti mesmo para um conduto mais sadio. Fala em Jesus, e deixa que se vá o próprio eu; seja ele submerso em Cristo, e seja essa a linguagem de teu coração: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." Gálatas 2:20. Jesus será para ti um socorro bem presente em todo tempo de necessidade. Ele não te deixará a lutar sozinho com os poderes das trevas. Oh, não! Ele depôs auxílio em Alguém que é poderoso para salvar perfeitamente. -- Testimonies for the Church 2:320, 321 (1869). Guardai-vos da autocompaixão MCP1 273 1 Deixai de ter pena de vós mesmos, e lembrai-vos do Redentor do mundo. Considerai o infinito sacrifício feito em favor do homem, e pensai no Seu desapontamento porque, depois de ter feito tamanho sacrifício pelo homem, este preferisse aliar-se com os que odeiam a Cristo e a justiça, unindo-se intimamente com eles na condescendência com o apetite pervertido, causando eterna ruína a sua alma. -- Testimonies for the Church 5:508 (1889). Viver para si desonra a Deus MCP1 273 2 Os perigos dos últimos dias estão a alcançar-nos. Os que vivem para agradar-se e satisfazer-se a si mesmos estão desonrando ao Senhor. Ele não pode operar por intermédio deles, pois O representariam mal perante os que são ignorantes da verdade. ... Deus talvez veja que estais nutrindo o orgulho. Talvez veja que é necessário retirar de vós bênçãos que, em vez de aproveitar, tendes usado para satisfação de orgulho egoísta. -- Manuscrito 24, 1904; Mensagens Escolhidas 1:87. A autocomplacência indica necessidade espiritual MCP1 273 3 Alguns não estão dispostos a fazer trabalho que exija abnegação. Demonstram verdadeira impaciência quando instados a assumir alguma responsabilidade. "Que necessidade há", dizem eles, "de maior conhecimento e experiência?" MCP1 273 4 Isto explica tudo. Julgam-se ricos e abastecidos, e de nada terem falta, quando o Céu os pronuncia pobres, miseráveis, cegos e desnudos. A esses diz a Testemunha Fiel: "Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas." Apocalipse 3:17, 18. Vossa autocomplacência mostra que estais em necessidade de tudo. Estais espiritualmente doentes e necessitais de Jesus para vosso médico. -- Testimonies for the Church 5:265 (1882); Testemunhos Selectos 2:98. Perigos da autolisonja MCP1 273 5 E difícil compreender-nos a nós mesmos, ter um correto conhecimento de nosso próprio caráter. A Palavra de Deus é clara, mas muitas vezes erramos ao aplicá-la a nós mesmos. Há a possibilidade de nos enganarmos, julgando que suas advertências e repreensões não se referem a nós. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" Jeremias 17:9. A autolisonja pode insinuar-se nas emoções e no zelo cristão. O amor e a confiança em si mesmo podem dar-nos a certeza de que estamos certos, quando na verdade estamos longe de cumprir os reclamos da Palavra de Deus. -- Testimonies for the Church 5:332 (1885). Ruinosa influência da exaltação própria sobre a mente MCP1 274 1 Tão profunda é a impressão da exaltação própria no coração humano, tão grande o desejo de poder humano, que com muitos, mente, coração e alma se tornam obcecados com a idéia de mandar e comandar. Coisa nenhuma pode destruir essa ruinosa influência sobre a mente humana, exceto buscar do Senhor o colírio celestial. Unicamente o poder da graça divina pode fazer o homem compreender sua real posição e realizar por ele a obra essencial a ser feita no coração. -- Carta 412, 1907. Evitar extremos de confiança em si (conselho a um executivo) MCP1 274 2 Se formares de ti mesmo uma opinião demasiado alta, concluirás que teus labores são de mais real consequência do que na verdade são, e pleitearás uma independência individual que chega aos limites da arrogância. Se fores ao outro extremo e formares de ti mesmo uma opinião demasiado baixa, sentir-te-ás inferior e deixarás uma impressão de inferioridade que muito limitará a influência para o bem que poderias exercer. Deves evitar qualquer dos extremos. Não te deixes controlar pelo sentimento; nem devem as circunstâncias afetar-te. Podes formar um conceito correto de ti mesmo -- conceito que se demonstrará uma salvaguarda contra ambos os extremos. Podes ter atitude dignificada sem vã autoconfiança; podes condescender e contemporizar sem sacrificar o respeito próprio ou a independência pessoal, e tua vida pode ser de grande influência junto aos de classe alta como os de condição social humilde. -- Testimonies for the Church 3:506 (1875). O egocentrismo fomenta a doença (mensagem pessoal) MCP1 275 1 Teus esforços devem ser fervorosos e exatos e perseverantes, a fim de teres êxito. Como seguidor de Cristo, deves aprender a controlar toda e qualquer expressão de impaciência e paixão. Tua mente se concentra demasiado em ti mesmo. Falas demais em ti, em tuas fraquezas físicas. MCP1 275 2 Teu procedimento, no dia-a-dia, está te causando enfermidade, devido a teus maus hábitos. O apóstolo insiste com os irmãos que consagrem a Deus o corpo. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. -- Carta 27, 1872. O egocentrismo afeta a percepção (outra mensagem pessoal) MCP1 275 3 Podes ajudar-nos, meu irmão, por muitas maneiras. Mas estou comissionada pelo Senhor a dizer-te que não deves centralizar-te em ti mesmo. Atenta para a maneira por que ouves, por que compreendes e por que te apoderas da Palavra de Deus. O Senhor te abençoará no puxares ombro a ombro com teus irmãos. Aqueles a quem Ele enviou a proclamar a terceira mensagem angélica têm estado trabalhando em uníssono com os seres celestes. O Senhor não põe sobre ti a responsabilidade de proclamares uma mensagem que leve discórdia nas fileiras dos crentes. Repito: Ele não está dirigindo ninguém por Seu Espírito Santo a arquitetar uma teoria que vai perturbar a fé nas solenes mensagens que deu a Seu povo para apresentar ao nosso mundo. -- Manuscrito 32, 1896; Mensagens Escolhidas 2:115. A graça do esquecimento próprio deve ser ensinada a toda criança MCP1 275 4 Um dos característicos que devem ser especialmente acaricia dos e cultivados em toda criança, é aquele esquecimento de si mesmo que comunica à vida certa graça inconsciente. De todas as excelentes qualidades de caráter, esta é uma das mais belas, e para todo verdadeiro trabalho é uma das qualificações essenciais. -- Educação, 237 (1903). Esquecimento de si mesmo, base da verdadeira grandeza MCP1 276 1 Não bastava aos discípulos de Jesus o serem instruídos quanto à natureza de Seu reino. O que necessitavam era uma mudança de coração que os pusesse em harmonia com seus princípios. Chamando a Si uma criancinha, Jesus a colocou no meio deles; e, envolvendo ternamente o pequenino nos braços, disse: "Em verdade vos digo que, se vos não converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus." A simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha são os atributos estimados pelo Céu. São estes os característicos da verdadeira grandeza. -- O Desejado de Todas as Nações, 437 (1898). Expiação individual, o princípio da oração nas religiões falsas MCP1 276 2 Os pagãos consideravam suas orações como possuidoras em si mesmas do mérito de expiar pecados. Assim, quanto mais longas as orações, tanto maiores os merecimentos. Se se pudessem tornar santos por seus esforços, teriam em si mesmos, alguma coisa de que se regozijar, algo de que se vangloriar. Essa idéia da oração é fruto do princípio de expiação individual, o qual jaz na base de todos os falsos sistemas religiosos. Os fariseus haviam adotado essa idéia pagã acerca da oração, a qual não se acha de modo algum extinta em nossos dias, mesmo entre os que professam o cristianismo. A repetição de frases feitas, habituais, quando o coração não sente nenhuma necessidade de Deus, é da mesma espécie que as "vãs repetições" dos pagãos. -- MD 86 (1896). Nenhuma consideração pessoal na vida de Cristo MCP1 276 3 Em Sua vida nenhuma consideração pessoal devia estar. A honra que o mundo atribui a posição, riqueza e talento, devia ser estranha ao Filho de Deus. Nenhum dos meios que os homens empregam para granjear submissão ou requerer homenagem, devia o Messias usar. Sua completa renúncia do eu foi prefigurada nas palavras: "Não clamará, não Se exaltará, nem fará ouvir a Sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega." Isaías 42:2, 3. -- Profetas e Reis, 692, 693 (1917). O remédio de Deus para o egoísmo e a exaltação própria MCP1 277 1 Existe no homem a disposição de se estimar em mais alta conta do que a seu irmão, de trabalhar para si mesmo, de procurar o mais alto lugar; e muitas vezes isso dá em resultado ruins suspeitas e amargura de espírito. A ordenança que precede a ceia do Senhor, deve remover esses desentendimentos, tirar o homem de seu egoísmo, fazê-lo baixar de seus tacões de exaltação própria à humildade de coração que o levará a servir a seu irmão. MCP1 277 2 O Santo Vigia do Céu acha-Se presente nesses períodos para torná-los uma ocasião de exame de consciência, de convicção de pecado, e de bendita segurança de pecados perdoados. Cristo, na plenitude de Sua graça, acha-Se aí para mudar a corrente dos pensamentos que têm seguido direções egoístas. O Espírito Santo aviva as sensibilidades dos que seguem o exemplo de seu Senhor. MCP1 277 3 Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós, pensamento liga-se a pensamento; evoca-se uma cadeia de lembranças, a recordação da grande bondade de Deus e do favor e ternura dos amigos terrestres. Bênçãos esquecidas, misericórdias de que se abusou, bondades menosprezadas são trazidas à memória. Patenteiam-se raízes de amargura que expulsaram a preciosa planta do amor. São trazidos à lembrança defeitos de caráter, negligência de deveres, ingratidão para com Deus, frieza para com nossos irmãos. O pecado é visto sob o aspecto por que o vê o próprio Deus. Nossos pensamentos não são de complacência com nós mesmos, mas de severa censura ao próprio eu, e de humilhação. Fortalece-se a mente para derribar toda barreira que tem causado separação. O pensar e falar mal são postos de lado. São confessados os pecados e perdoados. Penetra na alma a subjugante graça de Cristo, e Seu amor liga os corações numa bendita unidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 650, 651 (1898). ------------------------Capítulo 31 -- Problemas da juventude Os jovens são receptivos e esperançosos MCP1 281 1 Os jovens são receptivos, vivos, ardentes, esperançosos. Uma vez tendo provado a ventura do sacrifício próprio, não se satisfarão a menos que estejam constantemente aprendendo do Grande Mestre. O Senhor abrirá caminhos diante dos que respondam ao Seu chamado. -- Testimonies for the Church 6:471 (1900). Os jovens têm de escolher o destino de sua vida MCP1 281 2 Pelos pensamentos e sentimentos alimentados nos primeiros anos, determina cada jovem a história de sua vida. Os hábitos corretos, virtuosos e varonis formados na juventude, tornar-se-ão uma parte do caráter, e geralmente determinarão a conduta da pessoa em toda a vida. Os jovens podem tornar-se viciados ou virtuosos, segundo a sua escolha. Também podem ser distinguidos por atos verdadeiros e nobres, bem como por grandes crimes e impiedade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910; Orientação da Criança, 196. Educação que produz fraqueza mental e moral MCP1 281 3 A educação severa da juventude -- sem levá-los apropriadamente a pensar e agir por si mesmos, à medida que a sua própria capacidade e a evolução mental permitir que por este meio eles possam ter desenvolvimento mental, sentimento de respeito próprio, e confiança em sua capacidade de realização -- isto produzirá uma classe de pessoas fracas em poder mental e moral. E quando se encontrarem no mundo tendo de agir por si mesmos, revelarão o fato de terem sido treinados como animais, e não educados. Sua vontade, em vez de ser guiada, foi forçada à sujeição, pela áspera disciplina dos pais e dos professores. -- Testimonies for the Church 3:133 (1872). A mente deve ser educada para governar a vida MCP1 282 1 As crianças têm uma inteligente vontade, que deve ser dirigida de modo a controlar todas as faculdades. Os mudos animais têm de ser treinados, pois não têm razão e intelecto. À mente humana, porém, tem de ser ensinado o domínio próprio. Tem de ser educada a governar o ser humano, ao passo que os animais são controlados pelo dono e educados a serem-lhe submissos. O dono é como que a mente, o juízo e a vontade de seu animal. Uma criança pode ser educada de modo a, como o animal, não ter vontade própria. Sua própria individualidade pode ser imergida na daquele que lhe superintende a educação; sua vontade, em todas as intenções e propósitos, é sujeita à vontade do professor. MCP1 282 2 Crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade individual. Não foram ensinadas a agir segundo a razão e os princípios; sua vontade foi controlada por outro, e a mente não foi despertada, a fim de que pudesse expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar e suas capacidades mentais, de modo a empenhar suas faculdades mais fortes, quando exigido. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam postas em exercício e levadas de um grau de força para outro, e assim a mente possa alcançar as proporções devidas. -- Testimonies for the Church 3:132 (1872). Muitos incapazes de pensar por si mesmos MCP1 282 3 Há muitas famílias onde as crianças se apresentam bem educadas, enquanto sob a disciplina da educação; quando, porém, é interrompido o sistema que os levou a estabelecer regras, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmos. Essas crianças estiveram tanto tempo sob o regime férreo -- não se lhes permitindo pensar e agir por si mesmas nas coisas em que era muito próprio que o fizessem -- que não têm confiança em si para se movimentar por conta própria, segundo seu próprio juízo, e ter opinião própria. MCP1 283 1 E quando saem de junto dos pais, para agirem por si mesmos, facilmente são levados pelo juízo de outros, para rumo errado. Não têm caráter estável. Não foram deixados a seu próprio juízo logo que isso fosse praticável, e por isso a mente não se lhes desenvolveu e fortaleceu apropriadamente. Por tanto tempo estiveram sob o controle absoluto dos pais, que confiam inteiramente neles; os pais lhes servem de mente e juízo. -- Testimonies for the Church 3:132, 133 (1872). Resultados do controle mediante a força ou o temor MCP1 283 2 Os pais e professores que se gabam de ter completo controle da mente e da vontade das crianças sob os seus cuidados, cessariam sua gabolice se pudessem traçar a vida futura das crianças que, por força ou por temor, são assim postas em sujeição. Esses são quase completamente despreparados para participar das severas responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais estão sujeitos aos pais e professores, e são compelidos a pensar e agir por si mesmos, é quase certo que tomem um procedimento errado e cedam ao poder da tentação. Não fazem desta vida um êxito, e as mesmas deficiências são vistas em sua vida religiosa. -- Testimonies for the Church 3:133, 134 (1872). Disciplina que estimula e fortalece MCP1 283 3 Depois da disciplina do lar e da escola, todos terão de enfrentar a severa disciplina da vida. Como enfrentá-la sabiamente, é a lição que se deve explicar a toda criança e jovem. É verdade que Deus nos ama, que Ele está atuando para nossa felicidade, e que, se Sua lei tivesse sempre sido obedecida, jamais teríamos conhecido o sofrimento; não menos verdade é que neste mundo, como resultado do pecado, sobrevêm a nossa vida sofrimentos, perturbações e cuidados. Podemos proporcionar às crianças e jovens um bem para toda a vida, ensinando-os a enfrentar corajosamente estas dificuldades e encargos. Conquanto lhes manifestemos simpatia, que isto nunca seja de maneira a alimentar-lhes a compaixão de si mesmos. Eles necessitam daquilo que estimula e fortalece, em vez de enfraquecer. -- Educação, 295 (1903). Reação às regras férreas MCP1 284 1 Em vosso disciplinar, não ponhais nem uma partícula de rispidez. Não imponhais aos jovens ordens rígidas, que por vezes os levam a julgar que têm de fazer, e farão aquilo que são ordenados a não fazer. Quando dais advertências ou repreensão aos jovens, fazei-o como a alguém que neles têm interesse especial. Que eles vejam que tendes o sincero desejo de que eles tenham um bom relatório nos livros do Céu. -- Carta 67, 1902; Medicina e Salvação, 180. Para os jovens é duro assumir encargos MCP1 284 2 Os jovens podem exercer poderosa influência se renunciarem ao orgulho e egoísmo e se dedicarem a Deus; via de regra, porém, não levam cargas de outros. Estas terão eles mesmos de carregá-las. É chegado o tempo em que Deus requer uma mudança neste respeito. Ele convida jovens e velhos a ser zelosos e arrepender-se. Se continuarem em seu estado de mornidão, vomitá-los-á da boca. Diz a Testemunha Fiel: "Conheço as tuas obras." Jovem, rapaz ou moça, nossas obras são conhecidas, quer sejam boas, quer más. Sois ricos em boas obras? Jesus Se vos aproxima como conselheiro: "Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas." Apocalipse 3:18. -- Testimonies for the Church 1:485 (1867). Pensamentos tornam-se hábitos MCP1 285 1 Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside a única segurança para toda alma. O homem, "como imaginou na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). Tristes exemplos da história MCP1 285 2 O caráter de Napoleão Bonaparte foi grandemente influenciado por sua educação na meninice. Instrutores insensatos, inspiraram-lhe o amor à conquista, formando exércitos de brincadeira e o colocando a sua frente, como comandante. Aí foi posto o fundamento de sua carreira de lutas e derramamento de sangue. Fossem os mesmos cuidados e esforços dirigidos para torná-lo um homem bom, imbuindo-lhe o jovem coração do espírito do Evangelho, e quão amplamente diversa poderia ter sido sua história! MCP1 285 3 Diz-se que Hume, o céptico, era em seus primeiros anos um consciencioso crente na Palavra de Deus. Estando ligado a uma sociedade de debates, foi-lhe designado apresentar os argumentos em favor da incredulidade. Estudou com afinco e perseverança, e sua mente perspicaz e ativa ficou imbuída dos sofismas do cepticismo. Dentro em breve começou a crer nos seus enganosos ensinos, e toda a sua vida posterior apresentou a negra marca da incredulidade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910; Orientação da Criança, 196. A influência da leitura MCP1 285 4 Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens, a fim de que governem o desejo deles pela leitura. Não permitais sobre vossas mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preenchei o lugar desses com livros que auxiliem os jovens a pôr na formação de seu caráter o melhor material -- o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animai vossos filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, e deixar que aquilo que é bom ocupe a alma e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos, aviltantes. Restringi o desejo pela leitura que não forneça ao espírito bom alimento. O dinheiro despendido com revistas de ficção pode não parecer muito; mas é demasiado para ser gasto naquilo que tanto se presta para o fim de transviar, e de volta tão pouco dá que seja bom. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133 (1913), [no inglês]. A mente assume o nível das coisas que observa MCP1 286 1 A compreensão equipara-se ao nível das coisas com que se familiariza. Se todos fizessem da Bíblia o seu estudo, veríamos um povo mais desenvolvido, capaz de pensar de maneira mais profunda e revelando mais elevado grau de inteligência, do que poderiam proporcionar-lhes os mais intensos esforços ao estudar meramente as ciências e as histórias do mundo. A Bíblia confere ao sincero pesquisador avançada disciplina mental, e ele emerge da contemplação das coisas divinas com as faculdades enriquecidas; o próprio eu é humilhado, ao passo que Deus e Sua verdade revelada são exaltados. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1888; Fundamentos da Educação Cristã, 130. Valor da vivência religiosa pessoal MCP1 286 2 Deus deve ser o mais elevado objeto de nossos pensamentos. Meditando nEle, e com Ele pleiteando, eleva-se a alma e avivam-se as afeições. A negligência da meditação e oração resultará ao certo no declínio dos interesses religiosos. Então se verão o descuido e a indolência. MCP1 286 3 Religião não é mera emoção, sentimento. É um princípio entretecido em todos os deveres diários e transações da vida. Não se cultivará coisa alguma nem se empreenderá qualquer negócio que impeça o cumprimento deste princípio. Para reter a religião pura, imaculada, é necessário atuar, perseverar no esforço. MCP1 287 1 Temos de fazer algo, nós mesmos. Nenhum outro pode cumprir nossa tarefa. Nenhum outro, senão nós mesmos, pode operar nossa salvação, com temor e tremor. Esta é mesmo a obra de que o Senhor nos encarregou. -- Testimonies for the Church 2:505, 506 (1870). Os jovens precisam da disciplina do trabalho MCP1 287 2 E hoje, como foi nos dias de Israel, cada jovem deve ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimento de algum ramo de trabalho manual, pelo qual, sendo necessário, possa obter subsistência. Isto é essencial, não somente como salvaguarda contra as vicissitudes da vida, mas pela relação que tem com o desenvolvimento físico, mental e moral. Mesmo que fosse certo que alguém jamais necessitasse de recorrer ao trabalho manual para a sua manutenção, deveria ainda ser ensinado a trabalhar. Sem o exercício físico, ninguém pode ter uma boa compleição e vigorosa saúde; e a disciplina do trabalho bem regulado não é menos essencial para se conseguir mente forte e ativa e caráter nobre. -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). Indolência é pecado MCP1 287 3 A idéia de que a ignorância de ocupação útil é característica essencial do verdadeiro cavalheiro ou dama, é contrária ao desígnio de Deus na criação do homem. A indolência é pecado, e a ignorância dos deveres comuns, o resultado de estultícia que no decurso da vida dará ampla ocasião para amargo arrependimento. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 75. Não negligenciar a educação nos deveres domésticos MCP1 287 4 Na infância e na juventude deve ser combinado o preparo prático e o literário. Deve-se ensinar as crianças a ter parte nos deveres domésticos. Devem ser instruídas sobre como ajudar ao pai e à mãe nas tarefas pequenas que possam cumprir. Sua mente deve ser educada a pensar, a memória forçada a lembrar-se do trabalho designado; e no ensino dos hábitos de utilidade no lar, educam-se elas em cumprir deveres práticos adequados a sua idade. Se as crianças recebem o devido preparo doméstico, não serão encontradas na rua, recebendo a educação casual que tantos recebem. Os pais que amem os filhos de modo sensato, não permitirão que cresçam com hábitos ociosos, sem saber cumprir deveres domésticos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 149 (1913), [no inglês]. O que toda mulher deve saber MCP1 288 1 Muitas senhoras consideradas bem educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, porém elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. MCP1 288 2 É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber educação em cada departamento do trabalho caseiro. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu próprio domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos. ... MCP1 288 3 E seu direito compreender o mecanismo do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta que intimamente dizem respeito ao bem-estar de sua casa. É seu direito obter tal conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades que possa cuidar dos filhos quando enfermos, em vez de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 75. Quando a mulher deixa de educar a mente MCP1 288 4 Mulheres que professam piedade geralmente deixam de educar a mente. Deixam-na sem controle, que vá aonde lhe apraz. É este um grande erro. Muitas parecem não ter nenhum poder mental. Não educaram a mente a pensar; e por isso não terem feito, supõem não poder fazê-lo. São necessárias meditação e oração para crescer na graça. MCP1 289 1 É porque há tão pouca cultura mental, tão pouca reflexão, que não há mais estabilidade entre as mulheres. Deixando a mente em estado de inação apóiam-se em outros, para por elas fazer o trabalho cerebral, planejar, refletir e lembrar. Algumas carecem de disciplinar a mente, pelo exercício. Devem forçá-la a pensar. Enquanto confiam em outros para em seu lugar refletir, solver seus problemas, e recusando-se a forçar a mente a pensar, continuará sua incapacidade de lembrar, de olhar diante de si e discriminar. Toda pessoa deve envidar esforços para educar a mente. -- Testimonies for the Church 2:187, 188 (1868). O vestuário da mulher, indício do que lhe vai na mente MCP1 289 2 O vestuário é uma amostra da mente e do coração. Aquilo que é dependurado exteriormente, é sinal daquilo que está no interior. Para vestir-se com exagero não se requer inteligência ou mente cultivada. O próprio fato de que a mulher pode pendurar em sua pessoa tal quantidade de peças de roupa desnecessárias, mostra que não podem ter tempo para cultivar o intelecto e armazenar na mente conhecimento útil. -- Manuscrito 76, 1900. Necessidade de pureza de pensamento e de ação MCP1 289 3 Insisto convosco quanto à necessidade de pureza em todo pensamento, toda palavra e ação. Temos uma responsabilidade individual para com Deus, e uma obra individual que ninguém pode fazer por nós. É fazer o mundo melhor, por preceito, pelo esforço pessoal e o exemplo. Ao passo que devemos cultivar a sociabilidade, não se faça isto por mero divertimento, mas com um desígnio. Há almas por salvar. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885; Evangelismo, 495. A masturbação avilta a mente MCP1 290 1 Algumas crianças começam a prática da polução própria na infância; e ao crescerem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com a sua força. Não têm mente tranqüila. Meninas desejam a companhia de rapazes, e estes a das meninas. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito do abuso próprio aviltou-lhes a mente e manchou-lhes a alma. Pensamentos vis, e a leitura de novelas, histórias de amor, e livros imundos excitam-lhes a imaginação, e exatamente esses se ajustam ao seu espírito depravado. MCP1 290 2 Não amam o trabalho, e empenhados nele, queixam-se de fadiga; doem-lhes as costas, dói-lhes a cabeça. Não haverá causa bastante? Fatigam-se por motivo de seu trabalho? Não, não! No entanto os pais têm pena dessas crianças ao se queixarem e aliviam-nas de trabalho e responsabilidade. Isto é a pior das coisas que por eles podem fazer. Removem assim quase a única barreira que impede Satanás de ter livre acesso a sua mente enfraquecida. O trabalho útil ser-lhes-ia, em certa medida, uma salvaguarda contra o seu [de Satanás] controle sobre eles. -- Testimonies for the Church 2:481 (1870). Os jovens hão de usar suas energias MCP1 290 3 O talento juvenil, bem organizado e bem educado, é necessário em nossas igrejas. Os jovens farão alguma coisa com suas transbordantes energias. A menos que essas energias sejam dirigidas por condutos certos, serão pelos jovens usadas de maneira que ferirá sua própria espiritualidade e se demonstrará um mal àqueles com quem se associam. -- Obreiros Evangélicos, 211 (1915); Os jovens precisam de atividade MCP1 290 4 Os jovens gostam, por natureza, de estar em atividade, e se não encontram legítimo desafogo para suas energias reprimidas após o confinamento da sala de aula, tornam-se inquietos e impacientes sob a restrição, sendo portanto induzidos a empenhar-se em esportes rudes e nada varonis, que desonram a tantas escolas e colégios, e até a precipitar-se em cenas de verdadeira dissipação. Muitos dos jovens que deixaram seu lar sendo inocentes, são corrompidos por suas relações na escola. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 72. Correspondem a sugestões MCP1 291 1 Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza, são prontos a corresponder à sugestão. Fazendo planos para a cultura de plantas, procure o professor despertar interesse no embelezamento dos terrenos da escola e da sala de aula. Um duplo benefício resultará. Aquilo que os discípulos procuram embelezar, não quererão que fique maculado ou destruído. Acoroçoar-se-ão gosto apurado, amor à ordem, hábitos de cuidado; e o espírito de associação e cooperação, desenvolvido, demonstrar-se-á aos alunos uma bênção por toda a vida. -- Educação, 212, 213 (1903). Por vezes deixam de ver a Deus como um pai que ama MCP1 291 2 Os jovens geralmente se conduzem como se as preciosas horas da graça, enquanto a misericórdia se estende, fossem um grande feriado e eles tivessem sido postos no mundo meramente para seu próprio entretenimento, para fruir uma contínua sucessão de excitamento. Satanás tem feito esforços especiais para induzi-los a buscar a felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que esses divertimentos são inofensivos, inocentes, e mesmo importantes para a conservação da saúde. Médicos há que têm dado a impressão de que a espiritualidade e devoção a Deus são prejudiciais à saúde. Isto agrada ao adversário das almas. -- Testimonies for the Church 1:501 (1867). A imaginação doentia representa mal a Deus MCP1 291 3 Há pessoas de imaginação doentia, que não representam de modo devido a religião de Cristo; elas não possuem a religião pura da Bíblia. Alguns se flagelam através de toda a vida, por causa de seus pecados; tudo que podem ver é um Deus de justiça, ofendido. Cristo e Seu poder remidor graças aos méritos de Seu sangue, deixam eles de ver. Esses não têm fé. Esta classe se compõe geralmente de pessoas que não têm a mente bem equilibrada. MCP1 292 1 Por causa da doença que lhes foi transmitida pelos pais e uma errônea educação na juventude, eles contraíram hábitos errôneos que lhes ofendem a constituição e o cérebro, fazendo que os órgãos morais adoeçam, tornando-lhes impossível pensar e agir racionalmente em todos os pontos. Não têm mente bem equilibrada. Piedade e justiça não destroem a saúde, mas, ao contrário, são saúde para o corpo e força para a alma. -- Testimonies for the Church 1:501, 502 (1867). Necessidade de restrição MCP1 292 2 Agi sempre por princípio, nunca por impulso. Temperai a impetuosidade da vossa natureza pela doçura e bondade. Evitai toda a leviandade e frivolidade. Que nenhuma vil graçola vos escape dos lábios. Nem sequer aos pensamentos permitais correr a rédeas soltas. Devem ser dominados e conduzidos cativos à obediência de Cristo. Que eles estejam ocupados em coisas santas. Então, pela graça de Cristo, serão puros e verdadeiros. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1805). Manter a distância o sentimentalismo MCP1 292 3 Vives agora a vida de estudante; demora a mente em assuntos espirituais. Mantém todo o sentimentalismo à parte de tua vida. Dá-te a ti mesmo vigilante auto-instrução e põe-te sob o controle de ti mesmo. Estás agora no período formativo do caráter; para ti, nada deve ser considerado trivial ou pouco importante, se te desvias dos teus mais altos e santos interesses, tua eficiência no preparo para fazer a obra que Deus te confiou. MCP1 292 4 Conserva sempre a simplicidade de ação, mas põe alto tua norma para a harmoniosa manifestação e aperfeiçoamento de tuas faculdades mentais. Sê resoluto em corrigir toda e qualquer falta. Tendências hereditárias podem ser superadas -- as rápidas, violentas explosões de temperamento de tal modo transformadas que essas manifestações, pela graça de Deus, serão completamente vencidas. Devemos, individualmente, considerar que estamos na oficina de Deus. -- Carta 23, 1893. Necessidade de conselho MCP1 293 1 Os jovens não devem ser deixados a pensar e agir independentemente do juízo dos pais e professores. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o comprovado juízo, sendo guiadas por seus pais e professores. Devem ser educados de modo que sua mente se una ã mente dos pais e mestres, e ser instruídos de modo que possam ver a propriedade de lhes atender ao conselho. Então, quando saem do contato da mão guiadora dos pais e professores, seu caráter não será parecido ao junco que oscila ao vento. -- Testimonies for the Church 3:133 (1872); Testemunhos Selectos 1:317. A mais alta educação possível MCP1 293 2 O Senhor deseja que obtenhamos toda instrução possível, com o escopo em vista de partilhar com outros nosso conhecimento. Ninguém pode saber onde nem como será chamado para labutar ou falar em favor de Deus. Somente nosso Pai celeste vê o que pode fazer do homem. Há perante nós possibilidades que nossa fraca fé não discerne. Nossa mente deve estar tão adestrada que, se necessário, possamos expor as verdades da Palavra de Deus perante as mais altas autoridades terrestres, de maneira tal que glorifique Seu nome. Não devemos perder oportunidade alguma de preparar-nos intelectualmente para a obra de Deus. -- Parábolas de Jesus, 333, 334 (1900). A mente sempre ativa MCP1 293 3 A mente não cessará jamais de ser ativa. Ela está exposta às influências, sejam boas ou más. Assim como o rosto humano é estampado pela luz na tela do artista, igualmente são os pensamentos e impressões estampados na mente da criança; e quer sejam estas impressões terrenas, quer morais e religiosas, são elas quase indeléveis. MCP1 293 4 Quando a razão está a despertar, a mente é mais susceptível; e, assim, as primeiras lições são de grande importância. Estas lições têm poderosa influência na formação do caráter. Se são do cunho devido, e se, à medida que a criança avança em anos, são seguidas com paciente perseverança, os destinos terrestre e eterno se modelarão para o bem. Esta é a palavra do Senhor: "Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." Provérbios 22:6. -- Special Testimonies on Education, 71 (1897); Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 143, [no inglês]. Juventude, o tempo da oportunidade MCP1 294 1 O coração dos jovens é agora como cera impressionável, e podeis levá-los a admirar o caráter cristão; dentro de alguns anos, porém, a cera poderá transformar-se em granito. -- The Review and Herald, 21 de Fevereiro de 1878; Fundamentos da Educação Cristã, 51. MCP1 294 2 É na juventude que as afeições são mais fervorosas, a memória mais retentiva, e o coração mais susceptível às impressões divinas; e é durante a juventude que as faculdades mentais e físicas devem ser lançadas à tarefa, a fim de que grandes aperfeiçoamentos se possam fazer, em vista do mundo que agora existe, e do que há de vir. -- The Youth's Instructor, 25 de Outubro de 1894; Filhos e Filhas de Deus, 78. ------------------------Capítulo 32 -- Paixão e amor cego Namoro -- Necessário bom senso comum MCP1 295 1 A mocidade confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um estratagema de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886; Mensagens aos Jovens, 450. Devem ser desenvolvidos os traços mais nobres MCP1 295 2 As idéias acerca do namoro têm seu alicerce em idéias errôneas a respeito do casamento. Seguem o impulso e paixão cega. O namoro é conduzido num espírito de flerte. Os namorados freqüentemente violam as regras da modéstia e reserva e são culpados de indiscrição, mesmo que não transgridam a lei de Deus. O alto, nobre, sublime desígnio de Deus na instituição do matrimônio não é discernido; por isso não são aperfeiçoadas as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 141. Afeição pura é mais celestial do que terrena MCP1 296 1 Nem uma palavra deve ser pronunciada, nem uma ação praticada, que não quereríeis que os santos anjos testemunhassem e registrassem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve nutrir afeições puras, aprovadas, dignas dos seguidores de Jesus Cristo, de natureza exaltada, mais celestial do que terrena. Qualquer coisa diferente disso, no namoro, degrada e avilta; e o matrimônio não pode ser santo e honroso à vista de um Deus puro e santo, a menos que esteja de acordo com o exaltado princípio escriturístico. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 141. Perigo das horas tardias MCP1 296 2 O hábito de ficar a conversar até altas horas da noite é costumeiro, mas não agrada a Deus, mesmo quando ambos sejam cristãos. Essas horas inoportunas prejudicam a saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que tenhas suficiente respeito próprio para deixar essa forma de namoro. Se desejas sinceramente a glória de Deus, agirás com decidida cautela. Não tolerarás que o doentio sentimentalismo amoroso te cegue a visão por tal forma, que não possas discernir os altos direitos de Deus sobre ti como cristão. -- Testimonies for the Church 3:44, 45 (1872); Mensagens aos Jovens, 438. Paixão, pobre motivo para casamento MCP1 296 3 Estas horas desperdiçadas da meia-noite, nesta época de depravação, levam com freqüência à ruína de ambas as partes empenhadas. Satanás exulta e Deus é desonrado quando homens e mulheres se desonram a si mesmos. O bom nome da honra é sacrificado sob o acesso de paixões, e o casamento dessas pessoas não pode ser solenizado sob a aprovação de Deus. Casaram-se porque a paixão os impulsionou, e quando a novidade do fato houver passado, começarão a compreender o que fizeram. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; O Lar Adventista, 56. Falso amor, incontrolável MCP1 296 4 O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa absorção fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumento nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua direção. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1903; O Lar Adventista, 51. O amor não santificado desencaminha MCP1 297 1 Não santificadas afeições humanas sempre desencaminham, pois acenam para outras veredas do que o caminho que Deus indica. -- Carta 34, 1891. A repetição do pecado diminui o poder da resistência MCP1 297 2 Aquele que cedeu uma vez à tentação, cederá mais facilmente segunda vez. Cada repetição do pecado diminui seu poder de resistência, cega seus olhos, e suprime a convicção. Cada semente de condescendência, que é semeada, produzirá fruto. Deus não opera milagre para impedir a ceifa. -- Patriarcas e Profetas, 268 (1890). A paixão destrói tudo MCP1 297 3 Devem estar sempre em nossa mente as palavras de Cristo: "Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do homem: Comiam, bebiam." Lucas 17:26, 27. Em nossos dias, o apetite domina a mente e a consciência. Prevalece a glutonaria, o beber vinho e licores alcoólicos, o uso do fumo, mas os seguidores de Cristo serão temperantes no comer e beber. Não condescendem com o apetite a expensas da saúde e do crescimento espiritual. MCP1 297 4 "Casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos." Verso 27. Vemos o mesmo uso agora, com respeito ao casamento. Jovens, e mesmo homens e mulheres que deviam ser sábios e capazes de discernir, procedem como se nesta questão estivessem enfeitiçados. Um poder satânico parece tomar posse deles. Consumam-se os mais indiscretos casamentos. Deus não é consultado. Sentimentos, desejos e paixões humanas abatem-se sobre eles, até que é lançado o dado. Indizível miséria é o resultado deste estado de coisas, e Deus é desonrado. O voto matrimonial cobre toda sorte de concupiscente abominação. Não deveria haver uma decidida mudança com referência a esta questão? -- Carta 74, 1896; Special Testimonies to Managers and Workers in Institutions, 41. O amor cego afeta todas as faculdades MCP1 298 1 Cada uma das faculdades dos que são afetados por esta doença contagiosa -- o amor cego -- é levada em sujeição a ela. Parece serem faltos de bom senso, e seu procedimento é aborrecível a todos os que o presenciam. Meu irmão, você se tornou assunto de conversa, e rebaixou-se na estima daqueles cuja aprovação você deveria prezar. MCP1 298 2 Com muitos, a crise da doença chega por motivo de um casamento imaturo, e passada a novidade e o enfeitiçante poder do namoro, uma ou ambas as partes despertam a sua verdadeira situação. Então encontram-se desajustados, mas unidos por toda a vida. MCP1 298 3 Ligados um ao outro pelos mais solenes votos, contemplam, de coração deprimido, a miserável vida que têm que levar. Devem então fazer o melhor possível com a sua situação; muitos, porém, não querem isso fazer. Ou se demonstram falsos a seus votos matrimoniais, ou tornam o jugo que persistiram em se impor ao pescoço tão torturante que não poucos, põem covardemente fim à existência. -- Testimonies for the Church 5:110, 111 (1882). Prematuro amor de adolescente MCP1 298 4 Satanás controla a mente dos jovens em geral. Não ensinais vossas filhas a exercerem abnegação e domínio próprio. São mimadas e é acalentado o seu orgulho. Permite-se-lhes ter vontade própria até se tornarem obstinadas e voluntariosas, e ficais sem saber o que fazer para salvá-las da ruína. Satanás as está levando a tornar-se um provérbio na boca de descrentes, por causa de sua ousadia, sua falta de discrição e modéstia feminina. MCP1 298 5 Os rapazes também são deixados a seguir seu próprio caminho. Apenas entraram no período da adolescência antes de se colocarem ao lado de garotas de sua própria idade, acompanhando-as para casa e declarando-lhes amor. E os pais se acham tão escravizados, graças a sua condescendência e mal-aplicado amor aos filhos, que não ousam seguir um procedimento decidido, para promover uma mudança e restringir seus filhos demasiado ousados, nesta idade ousada. -- Testimonies for the Church 2:460 (1870); Conselhos Sobre Saúde, 613, 614. Namoro clandestino MCP1 299 1 Os jovens têm muitas lições a aprender, e a mais importante é aprenderem a conhecer-se a si mesmos. Devem ter idéias corretas acerca de suas obrigações e deveres para com os pais, e estarem constantemente a aprender, na escola de Cristo, a ser mansos e humildes de coração. Ao mesmo tempo que devem amar e honrar os pais, cumpre-lhes também respeitar o juízo dos homens de experiência com os quais se acham ligados na igreja. MCP1 299 2 O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstram-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que há de ser fiel nas obrigações do matrimônio. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886; Fundamentos da Educação Cristã, 101, 102. Não brincar com corações MCP1 299 3 Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostram preferência por moças e lhes despertam as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1884; O Lar Adventista, 57. Conversa sobre assuntos que preocupam a mente MCP1 300 1 Com muitas jovens os rapazes são o tema de conversa; com muitos moços, são as meninas. "A boca fala do que está cheio o coração." Mateus 12:34. Falam desses assuntos que mais lhes ocupam a mente. O anjo relator registra as palavras desses rapazes e meninas professadamente cristãos. Como ficarão confusos e envergonhados quando as defrontarem de novo, no dia de Deus! Muitos jovens são hipócritas piedosos. Os jovens que não fizeram profissão religiosa tropeçam nesses hipócritas e são insensíveis a qualquer esforço que seja feito pelos que se interessam em sua salvação. -- Testimonies for the Church 2:460 (1870). Porque os jovens preferem a companhia dos jovens MCP1 300 2 A razão de se sentirem os jovens em maior liberdade quando estão ausentes os mais velhos, é acharem-se eles com o seu grupo natural. Cada qual pensa que é tão bom quanto o outro. Todos deixam de alcançar o alvo, mas medem-se por si mesmos, negligenciando a única norma perfeita e fiel. Jesus é o Modelo Verdadeiro. Sua vida de sacrifícios é nosso exemplo. -- Testimonies for the Church 1:154, 155 (1857); Testemunhos Selectos 1:47. Uma jovem aconselhada a vigiar suas afeições MCP1 300 3 És por demais ousada com as tuas afeições e, se deixada ao teu próprio modo de procedimento, cometerias um erro de efeito vitalício. Não te vendas a ti mesma em mercado barato. Não te sintas livre com qualquer estudante, embora cavalheiresco. Considera que estás te preparando para efetuar uma obra pelo Senhor, que para bem desempenhar a tua parte, e devolver os talentos Àquele que tos deu, e ouvir de Seus lábios o precioso elogio: "Muito bem, servo bom e fiel" (Mateus 25:23), deves tomar cuidado e não seres negligente quanto a tuas associações. MCP1 301 1 A fim de desempenhares tua parte no serviço de Deus deves ir para a frente com as vantagens de uma educação intelectual o mais completa possível. Precisas de um vigoroso, simétrico desenvolvimento das aptidões mentais, um aperfeiçoamento cultural oportuno, cristão e multilateral, para ser uma verdadeira obreira de Deus. Precisas disciplinar e corrigir teus gostos e tua imaginação e tornar puras todas as tuas aspirações, mediante o habitual domínio próprio. Precisas agir levada por altos, sublimes motivos. Junta toda a eficiência de que és capaz, fazendo o mais que puderes de tuas oportunidades para educação e disciplina do caráter, para preencheres qualquer posição que o Senhor te possa designar. Precisas do equilíbrio de conselhos judiciosos. Não desprezes os conselhos. -- Carta 23, 1893. Disciplina-te a ti mesma MCP1 301 2 Inclinas a aceitar a atenção dos que em tudo são inferiores teus. Deves tornar-te mais sábia mediante a graça de Cristo. Precisas considerar cada passo à luz [do fato] de que não te pertences a ti; és adquirida por preço. Seja o Senhor teu Conselheiro. Não faças coisa alguma que desequilibre ou invalide tua eficiência. Trata fielmente contigo; disciplina-te com diligente esforço. A graça de Jesus Cristo te ajudará a cada passo, se fores dócil e considerada. MCP1 301 3 Escrevo-te isto agora, e tornarei a escrever sem muita demora, pois ao me serem expostos os erros de tua vida passada, não me atrevo a deixar de fazer os mais sinceros rogos a que te apegues estritamente à disciplina. ... MCP1 301 4 Não te deixes desviar para falsas veredas e não mostres preferência à sociedade de rapazes, pois não só prejudicarás tua própria reputação e perspectivas futuras, como também suscitarás esperanças e expectações na mente daqueles a quem mostres preferência, e ficarão como que enfeitiçados por um sentimentalismo amoroso doentio e estragarão tua vida estudantil. Tu e eles estais na escola com o fim de obter uma educação que vos habilite, intelectual e moralmente para maior utilidade nesta vida e para a futura vida imortal. Não cometas o erro de receber atenções de qualquer jovem ou de animá-lo. O Senhor determinou ter uma obra a ser feita por ti. Seja teu motivo atender ao pensamento e vontade de Deus, e não seguir tua própria inclinação, prendendo teu destino futuro com cordas quais liames de aço. -- Carta 23, 1893. Ligações erradas podem desequilibrar as faculdades mentais (conselho a uma mocinha de 18 anos) MCP1 302 1 Não tens o direito de dedicar tuas afeições a qualquer jovem, sem a plena sanção de teu pai e tua mãe. És ainda criança, e mostrar preferência a qualquer jovem sem o pleno conhecimento e sanção de teu pai, é desonrá-lo. Tuas atenções a esse jovem te estão privando da paz mental e de um sono sadio. Estão te enchendo a mente com fantasias tolas e sentimentalismo. Estão te atrasando nos estudos e impondo sérios males a tuas faculdades mentais e físicas. Se há oposição, tornas-te irritadiça e desanimada. -- Carta 9, 1904. Regulamentos escolares MCP1 302 2 Os regulamentos deste colégio [em College City, norte da Califórnia] protegem estritamente a associação de moços e moças durante o período letivo. Só quando esses regulamentos são suspensos temporariamente, como às vezes é o caso, podem os cavalheiros acompanhar as damas à entrada e à saída das reuniões públicas. MCP1 302 3 Nosso próprio colégio em Battle Creek tem regulamentos similares, porém não tão rigorosos. Eles são indispensáveis para proteger os jovens contra o perigo de namoro prematuro e casamento insensato. Os jovens são enviados ao colégio por seus pais, para obterem educação, não para flertarem com o sexo oposto. O bem da sociedade, assim como os mais altos interesses dos alunos, requer que não tentem escolher um companheiro para a vida enquanto seu próprio caráter ainda não se acha desenvolvido, amadurecido o discernimento, encontrando-se eles ao mesmo tempo privados do cuidado e guia paternos. -- The Signs of the Times, 2 de Março de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 62. Fatores de idade, condições e modo de pensar MCP1 303 1 Em todo o nosso trato com os estudantes, devem-se tomar em consideração a idade e o caráter. Não podemos tratar jovens e idosos semelhantemente. Circunstâncias há em que a homens e mulheres de sã experiência e de certa idade se podem conceder alguns privilégios não dispensados a estudantes mais novos. A idade, as condições e o modo de pensar, devem ser tomados em conta. Devemos ser prudentemente considerados em toda a nossa obra. Não devemos, porém, diminuir a firmeza e a vigilância no lidar com alunos de todas as idades, tampouco a estrita proibição das associações sem proveito e imprudentes de jovens e imaturos estudantes. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 101 (1913), [no inglês]. Perigos da paixão MCP1 303 2 Alguns dos que freqüentam o colégio não aproveitam devidamente o tempo. Tomados da vivacidade da juventude, desdenham das restrições que deles se exigem. Especialmente se rebelam contra as regras que não permitem a jovens cavalheiros dispensar atenções a moças. Muito bem conhecido é o mal de semelhante procedimento, neste século corrupto. MCP1 303 3 Num colégio onde tantos jovens se associam, imitar os costumes do mundo neste respeito seria o mesmo que encaminhar os pensamentos para um conduto que os estorvaria na aquisição de conhecimentos e em seu interesse nos assuntos religiosos. A paixão por parte de ambos, rapazes e moças, partilhando mútuas afeições nos dias escolares, mostra falta de são juízo. Como em seu próprio caso, o cego impulso controla a razão e o discernimento. Sob esse cativante engano a momentânea responsabilidade sentida por todo cristão sincero é posta de lado, morre a espiritualidade, e o juízo e a eternidade perdem seu solene significado. -- Testimonies for the Church 5:110 (1882). Quando o amor humano toma a dianteira MCP1 303 4 Para muitos, o amor ao que é humano eclipsa o amor ao divino. Dão o primeiro passo na apostasia, aventurando-se a desrespeitar a expressa ordem do Senhor; e a apostasia completa é muitíssimas vezes o resultado. Sempre se tem demonstrado coisa perigosa os homens fazerem sua própria vontade em oposição às reivindicações de Deus. No entanto, representa para os homens uma dura lição aprender que Deus toma a sério o que diz. Via de regra, os que escolhem para amigos e companheiros, pessoas que rejeitam a Cristo e pisam na lei de Deus, finalmente mostram o mesmo pensamento e espírito. -- The Signs of the Times, 19 de Maio de 1881; Filhos e Filhas de Deus, 165. Casamentos mistos MCP1 304 1 Se tu, meu irmão, és tentado a unir o interesse de toda tua vida a uma menina jovem e inexperiente, na realidade deficiente quanto à educação nos deveres comuns e práticos dos deveres cotidianos da vida, cometes um erro; essa deficiência, porém, é pequena em comparação com a ignorância dela em relação a seu dever para com Deus. Ela não tem sido privada da luz; teve privilégios religiosos, e todavia não sentiu sua miserável pecaminosidade, sem Cristo. Se, tomado de paixão, és capaz de ausentar-te da reunião de oração -- onde Deus Se encontra com o Seu povo -- para desfrutares a sociedade de uma pessoa que não tem amor a Deus e não vê atrativos na vida religiosa, como podes esperar que Deus coroe de felicidade semelhante união? -- Testimonies for the Church 3:44 (1872); Mensagens aos Jovens, 437, 438. Casamento de crentes com descrentes MCP1 304 2 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença aos ensinamentos da Palavra de Deus a respeito do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus, preferem seguir a inclinação de seu próprio pensamento, em vez de tomar conselho da Infinita Sabedoria. Em assunto que concerne vitalmente à felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o próximo, são postos de lado a razão, o discernimento e o temor de Deus, e permite-se que o cego impulso, a obstinada determinação tomem o controle. MCP1 304 3 Homens e mulheres em outros aspectos sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos a conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes e dos servos de Deus. A expressão de cautela ou advertência é considerada impertinente intrometimento, e o amigo que é bastante fiel para proferir uma advertência é tratado como inimigo. Tudo isto é tal qual Satanás o quer. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o colo da concupiscência; domina a paixão profana até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro pintado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Não é dada a aprovação de Deus a uniões que Ele proibiu expressamente. -- Testimonies for the Church 5:365, 366 (1885); Testemunhos Selectos 2:123. Definição de um descrente MCP1 305 1 Mesmo que o companheiro de tua escolha fosse em todos os outros respeitos digno (o que não se dá), no entanto ele não aceitou a verdade para este tempo; é descrente; e és proibida pelo Céu de unir-te a ele. Não podes, sem perigo para tua alma, desrespeitar esta ordem divina. -- Testimonies for the Church 5:364 (1885); Testemunhos Selectos 2:121. O terreno proibido das fantasias profanas (conselho a um ministro) MCP1 305 2 Foste apresentado a mim como estando em grave perigo. Satanás está ao teu encalço, e por vezes te tem segredado fábulas agradáveis, mostrando-te encantadores quadros de alguém que ele representa como te sendo uma companheira mais adaptada do que a esposa de tua mocidade, a mãe de teus filhos. MCP1 305 3 Satanás está operando furtivamente, incansavelmente, para conseguir tua queda mediante especiosas tentações. Está ele resolvido a fazer-se teu professor, e deves agora colocar-te onde possas receber forças para lhe resistir. Ele espera envolver-te nas malhas do espiritualismo. Espera afastar da esposa a tua afeição e fixá-la em outra mulher. Deseja que lhe permitas que o pensamento demore sobre essa mulher até que, graças a uma afeição profana, ela se torne para ti uma deusa. MCP1 305 4 O inimigo das almas ganha muito quando consegue levar a imaginação de um dos escolhidos atalaias de Jeová a demorar o pensamento nas possibilidades de associação, no mundo por vir, com uma mulher a quem ama, e ali criar família. Não precisamos desses quadros aprazíveis. Todos esses pontos de vista se originam da mente do tentador. ... MCP1 306 1 Foi-me apresentado o fato de que as fábulas espirituais estão levando cativos a muitos. Tua mente é sensual, e a menos que venha uma mudança, isso se demonstrará tua ruína. A todos os que condescendem com fantasias profanas, desejo dizer: Parai! por amor de Cristo, parai exatamente onde estais. Estais em terreno proibido. Arrependei-vos, eu vos rogo, e convertei-vos. -- Carta 231, 1903; Medicina e Salvação, 100, 101. Amor livre MCP1 306 2 Tenho visto esses fantasiosos pareceres [espiritualistas e panteístas] acerca de Deus -- resultarem em apostasia, espiritualismo e amor livre. A tendência desses ensinos para o amor livre era tão disfarçada que a princípio era difícil tornar claro seu verdadeiro caráter. Antes que o Senhor me apresentasse o caso, eu não sabia que nome lhe dar, mas fui instruída a chamar-lhe: amor espiritual profano. -- The Signs of the Times, 292 (1904). Amor não é sentimentalismo MCP1 306 3 O amor e a simpatia que Jesus deseja demos a outros, não tem o sabor de sentimentalismo, que é uma cilada para a alma; é um amor que é de extração celestial, que Jesus exemplifica tanto por preceito como pelo exemplo. Mas em vez de manifestar esse amor, quantas vezes nos achamos alienados e separados um do outro! ... O resultado é nosso afastamento de Deus, uma vida definhada, uma atrofia do crescimento cristão. -- The Youth's Instructor, 20 de Outubro de 1892; Filhos e Filhas de Deus, 145. Identificada a falsificação MCP1 306 4 Somos advertidos pelo apóstolo: "O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12:9, 10. Paulo desejava que distinguíssemos, entre o amor puro, abnegado, que é induzido pelo espírito de Cristo, e a pretensão sem sentido e enganosa, que é abundante no mundo. MCP1 307 1 Essa vil falsificação tem desviado muitas almas. Pretendia apagar a distinção entre o certo e o errado, concordando com o transgressor, em vez de fielmente mostrar-lhe os seus erros. Tal procedimento nunca provém da verdadeira amizade. O espírito pelo qual é induzido só habita no coração carnal. Conquanto o cristão seja sempre bondoso, compassivo e perdoador, não pode ele sentir-se em harmonia com o pecado. Aborrecerá o mal e se apegará ao que é bom, mesmo com sacrifício da associação ou amizade com os ímpios. O espírito de Cristo nos levará a odiar o pecado, ao mesmo tempo que estaremos dispostos a fazer qualquer sacrifício para salvar o pecador. -- Testimonies for the Church 5:171 (1882). Escolha de companheiro MCP1 307 2 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com o seu amor. -- A Ciência do Bom Viver, 359 (1905). ------------------------Capítulo 33 -- Perigos que defrontam a juventude Os hábitos determinam o destino MCP1 308 1 Na infância e na mocidade, o caráter é extremamente impressionável. Deve ser adquirido então o domínio de si mesmo. Exercem-se, no círculo da família, ao redor da mesa, influências cujos resultados são duradouros como a eternidade. Acima de quaisquer dotes naturais, os hábitos estabelecidos nos primeiros anos decidem se um homem será vitorioso ou vencido na batalha da vida. A juventude é o tempo da semeadura. Determina o caráter da colheita, para esta vida e para a outra. -- O Desejado de Todas as Nações, 101 (1898). Disciplina própria, e condescendência própria MCP1 308 2 O mundo está entregue à condescendência com as próprias inclinações. Abundam erros e fábulas. Multiplicam-se os ardis de Satanás para destruir as almas. Todos quantos querem aperfeiçoar a santidade no temor de Deus, têm de aprender as lições da temperança e do domínio de si mesmo. Os apetites e paixões devem ser mantidos em sujeição às mais elevadas faculdades do espírito. Esta disciplina de si mesmo é essencial àquela resistência mental e visão espiritual que nos habilitarão a compreender e praticar as sagradas verdades da Palavra de Deus. É por esta razão que a temperança tem seu lugar na obra de preparação para a segunda vinda de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 101 (1898). "Portai-vos varonilmente, fortalecei-vos" MCP1 309 1 Os jovens devem ter idéias amplas e planos sábios, para poderem tirar o maior proveito de suas oportunidades e apanhar a inspiração e a coragem que animaram os apóstolos. Diz João: "Eu vos escrevi, mancebos, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno." Elevada norma é apresentada perante a mocidade, e Deus a convida a entrar em serviço real para Ele. Moços de coração sincero, que se deleitam em ser alunos na escola de Cristo, podem fazer grande obra pelo Mestre, se tão-somente derem ouvidos à ordem do Comandante, ao ressoar ela ao longo das fileiras até ao nosso tempo: "Portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos." 1 Coríntios 16:13. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1891; Mensagens aos Jovens, 24. Perigo de negligenciar a educação e o preparo especial MCP1 309 2 Os jovens que desejam ingressar no campo como pastores, colportores ou angariadores, devem primeiro receber um conveniente grau de educação mental, assim como um preparo especial para sua vocação. Os que são pouco educados, despreparados e incultos não estão em condições de ingressar num campo em que a poderosa influência do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco saberão eles enfrentar com êxito as estranhas formas de erros, religiosos e filosóficos combinados, para expor os quais se requer o conhecimento de verdades científicas assim como escriturísticas. -- Testimonies for the Church 5:390 (1885); Obreiros Evangélicos, 81. O brilhantismo não assegura o êxito MCP1 309 3 Não é verdade que os mais inteligentes jovens sejam sempre os que mais êxito conseguem. Quantas vezes homens de talento e educação têm sido colocados em posições de confiança, demonstrando-se um fracasso! Seu brilho tinha aparência de ouro, mas, quando provado, mostrou-se apenas ouropel e escória. Fizeram de sua obra um fracasso devido à falta de fidelidade. MCP1 309 4 Não eram industriosos e perseverantes, e não iam ao fundo das coisas. Não estavam dispostos a começar do início da escada, subindo, mediante paciente labor, lance após lance, até chegar ao topo. Caminharam nas faíscas que eles mesmos acenderam. Não confiaram na sabedoria que só Deus pode dar. Sua falha não proveio de falta de ensejo, mas de sobriedade. Não sentiram que suas vantagens de educação lhes eram de valor, e assim não avançaram como podiam ter feito, no conhecimento de religião e de ciência. Seu espírito e caráter não foram equilibrados por elevados princípios de justiça. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 193. Não há virtude na ignorância MCP1 310 1 Julgavas da mais alta importância obter uma educação científica. Não há virtude na ignorância, e não é certo que necessariamente os conhecimentos atrofiem o crescimento cristão; se, porém, tu os buscares dirigido por princípios, tendo em vista o objetivo certo e sentindo tua obrigação para com Deus, de usares tuas faculdades para bem dos outros e para promoveres a Sua glória, os conhecimentos te ajudarão a alcançar esse fim; isso te ajudará a pores em exercício as faculdades que Deus te concedeu e empregá-las em Seu serviço. -- Testimonies for the Church 3:223 (1872). Preferindo o lado da desgraça MCP1 310 2 A palavra divina julgar-nos-á, a cada um de nós, no grande dia final. Os rapazes falam acerca de ciência, e sua sabedoria está acima do que está escrito; buscam explicar os caminhos e obras de Deus de modo a satisfazer a própria compreensão finita; tudo isso, porém, é deplorável fracasso. MCP1 310 3 A verdadeira ciência e a inspiração se acham em perfeita harmonia. A falsa ciência é um tanto independente da divindade. Não passa de pretensiosa ignorância. Esse enganoso poder tem cativado e escravizado a mente de muitos, os quais preferiram as trevas à luz. Colocaram-se ao lado da incredulidade, como se duvidar fora virtude, indício de elevação de espírito -- quando, ao contrário, é sinal de espírito demasiado fraco e estreito para perceber a Deus em Suas obras criadas. Não poderiam sondar o mistério de Sua providência, ainda que, com todas as suas forças, o estudassem por toda a vida. E porque as obras divinas não podem ser explicadas por mentes finitas, Satanás traz sobre eles seus sofismas, e enreda-os nas malhas da incredulidade. Caso esses duvidosos se ponham em íntimo contato com Deus, Ele tornará claros Seus desígnios à compreensão deles. -- Testimonies for the Church 4:584, 585; Testemunhos Selectos 1:583. Poder destrutivo da dúvida MCP1 311 1 Não há desculpa para a dúvida ou cepticismo. Deus tomou amplas medidas para estabelecer a fé de todos os homens, caso eles estejam dispostos a tomar sua decisão em face da força das evidências. Se, porém, esperam que sejam removidas todas as aparentes objeções, para então crerem, nunca virão a ficar estabelecidos, arraigados e firmados na verdade. Deus nunca afastará todas as aparentes dificuldades de nosso caminho. Os que desejam duvidar, encontrarão ensejo para isso; os que desejam crer, acharão abundância de provas em que basearem a fé. MCP1 311 2 É inexplicável a atitude de alguns -- inexplicável mesmo para eles. Esses andam flutuando sem uma âncora, jogados daqui para ali na cerração da incerteza. Bem logo Satanás se apodera do leme, e dirige-lhes o frágil batel a seu bel-prazer. Ficam sujeitos a sua vontade. Não houvessem essas mentes dado ouvidos a Satanás, e não teriam sido enganadas pelos seus sofismas; houvessem permanecido firmes do lado de Deus, e não teriam ficado confundidas e perplexas. -- Testimonies for the Church 4:583, 584; Testemunhos Selectos 1:582. Fracasso em pôr em uso prático os conhecimentos adquiridos MCP1 311 3 Mas, jovens, se, embora alcanceis muito conhecimento, deixardes de pôr em uso prático esse conhecimento, deixareis de alcançar seu objetivo. Se, ao obterdes educação, vos tornardes tão absortos em vossos estudos que negligencieis a oração e os privilégios religiosos, tornando-vos descuidosos e indiferentes quanto ao bem-estar de vossa alma, se deixardes de aprender na escola de Cristo, estareis vendendo vossos direitos de primogenitura por um guisado de lentilhas. O objetivo pelo qual estais adquirindo educação não deve ser perdido de vista, por um momento sequer. Deve ser: Aperfeiçoar e dirigir vossas faculdades de modo a vos tornardes mais úteis e serdes uma bênção a outrem, até ao limite de vossa capacidade. MCP1 312 1 Se, ao obter conhecimentos, aumentardes vosso amor a vós mesmos e vossa tendência a recusar-vos assumir responsabilidades, será melhor que desistais de educar-vos. Se amardes e idolatrardes os livros, permitindo que se interponham entre vós e vossos deveres, de modo que vos sintais relutantes em abandonar vossos estudos e vossas leituras, para fazer um trabalho necessário, que alguém terá que fazer, deveis então restringir vosso desejo de estudar, e cultivar o amor ao fazer os trabalhos em que não tendes interesse agora. Quem for fiel no pouco, será também fiel nas grandes realizações. -- Testimonies for the Church 3:223, 224 (1872). Males da inação física e da excessiva atividade mental MCP1 312 2 O corpo todo se destina à ação; e a menos que as capacidades físicas sejam conservadas sadias mediante exercício ativo, as capacidades mentais não poderão ser usadas muito tempo na sua maior produtividade. A inação física que parece quase inevitável na sala de aula -- juntamente com outras condições insalubres -- faz da referida sala um lugar penoso às crianças, especialmente as de constituição fraca. ... Não admira que tantas vezes o fundamento de uma longa vida de enfermidades seja lançado na sala de aula. O cérebro, o mais delicado de todos os órgãos, e aquele de que se deriva a energia nervosa do organismo todo, é o que sofre o maior dano. Forçado a uma atividade prematura ou excessiva, e isto sob condições insalubres, debilita-se e muitas vezes os maus resultados são permanentes. -- Educação, 207, 208 (1903). Fugindo a encargos e labuta (experiência de dois jovens) MCP1 312 3 Esses jovens têm em casa deveres que passam por alto. Não aprenderam a levar a sério o dever, e assumir as responsabilidades domésticas que lhes cabem. Possuem uma mãe fiel e prática, a qual tem levado muitas cargas que os filhos não deveriam haver permitido que ficassem sobre ela. Nisto deixaram de honrar sua mãe. Não partilharam dos encargos do pai como era seu dever, negligenciando honrá-lo como deviam. Seguem a inclinação de preferência ao dever. MCP1 313 1 Têm seguido na vida uma direção egoísta com o fugir a encargos e trabalhos, deixando de obter uma valiosa experiência de que, se querem ter êxito na vida, não podem consentir em ser privados. Não têm sentido a importância de ser fiéis nas pequeninas coisas, nem na obrigação, para com seus pais, de ser verdadeiros, íntegros e fiéis nos humildes, singelos deveres da vida, que se lhes encontram pela frente. Passam por alto os ramos comuns de conhecimento, tão necessários à vida prática. -- Testimonies for the Church 3:221, 222; Mensagens aos Jovens, 339. Recreação versus divertimentos MCP1 313 2 Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo -- re-criação -- tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, ela proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito na vida. -- Educação, 207 (1903). Alegria insensata MCP1 313 3 Nossa recreação não se deve constituir de cenas de alegria insensata, tomando a forma de ridículo. Podemos conduzir-nos de maneira que elevemos e beneficiemos aqueles com quem nos associamos, melhor qualificando-nos, como também a eles, para com mais êxito atendermos aos deveres que sobre nós impedem, como cristãos que somos. -- História da Redenção, Julho 1871; O Lar Adventista, 493. As danças modernas MCP1 313 4 A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são sacrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. MCP1 314 1 Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. -- Patriarcas e Profetas, 707 (1890). Procurando satisfação em divertimentos e prazeres MCP1 314 2 O inimigo busca por muitas maneiras desviar-nos o espírito do estudo da Palavra. Muitos leva ele a buscar satisfação em divertimentos e prazeres que parecem desejáveis ao coração carnal. Mas os verdadeiros filhos de Deus não procuram sua felicidade neste mundo; buscam as perduráveis alegrias de um lar na cidade eterna, onde Cristo habita, e onde os remidos receberão as recompensas da obediência aos mandamentos de Deus. Estes não desejam as diversões transitórias, baratas, desta vida, mas a duradoura bem-aventurança do Céu. -- Manuscrito 51, 1912; Nossa Alta Vocação, 284. Pensamentos tolos e conversação fútil MCP1 314 3 Por que não conservar a mente fixa nas insondáveis riquezas de Cristo, a fim de que possais apresentar a outrem as jóias da verdade? ... É possível fazer isso enquanto condescendermos com um espírito ocioso, e desassossegado, sempre a buscar algo que satisfaça os sentidos, algo que divirta e provoque uma risada insensata. ... Não devemos pôr nossa mente em coisas como essas, quando há para nós riquezas insondáveis. Levará toda a eternidade para compreendermos as riquezas da glória de Deus e de Jesus Cristo. MCP1 315 1 Mas as mentes que se ocupam com leituras frívolas, com contos excitantes, ou com a busca de divertimentos, não demoram o pensamento em Cristo nem podem regozijar-se na plenitude de Seu amor. A mente que encontre prazer em pensamentos insensatos e conversação fútil é tão destituída da alegria que vem de Cristo como eram as colinas de Gilboa do orvalho e da chuva. -- The Review and Herald, 15 de Março de 1892. A roda viva do excitamento MCP1 315 2 As cidades modernas estão rapidamente se transformando em Sodomas e Gomorras. Numerosos são os dias de folga; o torvelinho da agitação e do prazer desvia milhares de pessoas dos austeros deveres da vida. Os esportes enervantes -- o teatro, as corridas de cavalos, os jogos de azar, as bebidas e as bacanais -- excitam ao máximo todas as paixões. MCP1 315 3 A juventude é levada de roldão pela onda popular. Os que se deixam dominar pelas diversões, abrem a porta para um dilúvio de tentações. Dedicam-se a divertimentos sociais e a irrefletida alacridade. Passam de uma a outra forma de dissipação, até perderem tanto o desejo como a capacidade de viver de maneira útil. Esfriam as aspirações religiosas; debilita-se a vida espiritual. As mais nobres faculdades da alma, numa palavra, tudo quanto liga o homem ao mundo espiritual, é envilecido. -- Testimonies for the Church 9:89, 90 (1909); Testemunhos Selectos 3:326. Reuniões sociais MCP1 315 4 Muitos permitem aos jovens assistirem a reuniões sociais, julgando que o divertimento é essencial à saúde e à felicidade; quantos perigos, no entanto, nessa orientação! Quanto mais satisfeito o desejo do prazer, tanto mais cultivado é ele, e mais forte se torna. A experiência da vida forma-se largamente da satisfação do próprio eu nas diversões. Deus nos manda estar em guarda. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:12. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 313 (1913). Frivolidade, um perigo MCP1 315 5 Um modelo, só, é dado aos jovens, mas como a vida deles se compara com a vida de Cristo? Sinto-me alarmada ao testemunhar por toda parte a frivolidade de jovens, moços e moças, que professam crer na verdade. Parece que Deus não está em suas cogitações. Têm a mente cheia de tolices. Sua conversa não passa de um falar vazio, frívolo. Têm ouvido agudo para a música, e Satanás sabe que órgãos excitar, animar, absorver e encantar a mente, de modo que Cristo não seja desejado. Falta o anseio espiritual da alma, em busca de conhecimento divino e de crescimento na graça. -- Testimonies for the Church 1:496, 497 (1867). A condescendência rouba ao cérebro o seu poder MCP1 316 1 A mesma testemunha que registrou a profanidade de Belsazar está presente conosco aonde quer que vamos. Jovens, moços e meninas, talvez não reconheçais que Deus vos está contemplando; podeis julgar que estais na liberdade de dar vazão aos impulsos do coração natural, que podereis contemporizar com leviandades e futilidades, mas de todas essas coisas tereis de dar conta. Conforme semeais, haveis de colher, e se tirardes os alicerces de vossa casa, roubando ao cérebro a sua nutrição e aos nervos o seu poder, mediante a dissipação e a condescendência com o apetite e a paixão, tereis de prestar contas Àquele que diz: "Conheço as tuas obras." -- The Review and Herald, 29 de Março de 1892. O prazer indiscriminado atrofia a mente MCP1 316 2 Assim como o comer apressadamente o alimento temporal é prejudicial à saúde física, assim o guloso deglutir de tudo que tenha a semelhança de prazer atrofia a mente, levando-a a recusar o alimento espiritual que lhe é apresentado. A mente é educada a ansiar pelo prazer como o ébrio anseia pela taça de licor. Parece impossível resistir à tentação. O pensamento sóbrio torna-se-lhe sem sabor porque a apresentação não satisfaz. Não existe nada de aprazível na idéia de ler e estudar as palavras da vida eterna. -- Carta 117, 1901. Divertimentos perigosos MCP1 316 3 Qualquer diversão que os desqualifique para a oração secreta, para a devoção junto ao altar de oração, ou para tomar parte na reunião de oração não é segura, mas sim perigosa. -- Testimonies for the Church 3:223 (1872). Condescendência com o apetite prejudica a saúde do corpo e da alma MCP1 317 1 Tomas em consideração, jovem, que ao escolheres teus princípios de ação e submeter o espírito a influências, estás formando teu caráter para a eternidade? Não podes ocultar coisa alguma a Deus. Podes praticar maus atos em segredo, mas não ficam ocultos de Deus e dos anjos. Eles vêem esses atos, e tens de defrontá-los de novo. Deus não está satisfeito contigo; de ti é exigido estares muito mais adiantado em conhecimento espiritual. MCP1 317 2 Com todos os privilégios e oportunidades que Deus te concedeu, não tens obras correspondentes. Tens um dever para com os outros, e um dever compreendido imperfeitamente será executado imperfeitamente. Há enganos e erros que não só são prejudiciais a ti mesmo mas ajudam a tornar outros presos a práticas erradas. Tens hábitos alimentares que praticas, em detrimento da saúde do corpo como da alma. Teus hábitos têm sido intemperantes, segundo os hábitos e costumes do mundo, e tua saúde tem sofrido por tua contemporização com o apetite. O cérebro se tornou anuviado, e nunca terás pensamentos claros, puros, antes que teus hábitos e práticas estejam de acordo com as leis de Deus em a Natureza. -- Carta 36, 1887. Fugir das tentações MCP1 317 3 Evita cair em tentação. Quando tentações te cercam, e não podes controlar as circunstâncias que te expõem a elas, então podes reclamar a promessa de Deus e com confiança e consciente poder, exclamar: "Tudo posso nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. Existe força para todos vós, em Deus. Mas nunca sentireis necessidade dessa força que, só, pode salvar-vos, a não ser que sintais vossa fraqueza e pecaminosidade. MCP1 317 4 Jesus, teu precioso Salvador, chama-te agora para tomar posição firme, sobre a plataforma da eterna verdade. Se sofreres com Ele, Ele te coroará com glória, em Seu reino eterno. Se estás disposto a tudo sacrificar por Ele, então Ele será teu Salvador. Se, porém, preferires seguir teu próprio caminho, continuarás a andar em trevas até que seja tarde demais para assegurar-te da recompensa eterna. -- Testimonies for the Church 3:45, 46 (1872). Entreter ambições justas MCP1 318 1 Ama a justiça porque é justiça, e analisa teus sentimentos, tuas impressões à luz da Palavra de Deus. A ambição mal dirigida te levará à tristeza, tão certo como é a ela cederes. Tento apanhar as próprias palavras e expressões que foram proferidas em referência a esse assunto, e enquanto a pena hesita por um momento, vêm-me à mente as palavras apropriadas, e quero que me entendas. MCP1 318 2 Entretém uma ambição que traga glória a Deus, porque é santificada pelo Espírito Santo. Deixa que o óleo santo, que procede dos dois ramos de oliveira, arda com santo brilho sobre o altar de tua alma. A obra desses dois ramos de oliveira representa a riquíssima comunicação do Espírito Santo. -- Carta 123, 1904. ------------------------Capítulo 34 -- A consciência Exaltar a consciência a seu justo lugar de autoridade MCP1 319 1 Deus propiciou ao homem mais do que simples vida animal. Ele "amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Espera Ele que, aqueles pelos quais fez tão grande sacrifício, demonstrem sua estima de Seu amor, seguindo o exemplo que Cristo lhes firmou, levando vida que esteja em harmonia com a Sua vontade. Espera que correspondam ao amor que expressou por eles, negando-Se a Si mesmo para o bem dos outros. Espera que usem ao Seu serviço as faculdades da mente e do corpo. Ele lhes deu sentimento, e espera que usem para Sua glória esse dom precioso. Deu-lhes uma consciência, e proíbe-lhes abusar de qualquer modo desse dom; deve, antes, ser exaltado ao lugar de autoridade que lhe designou. -- The Southern Watchman, 1 de Março de 1904. Controlar a consciência e cultivar disposição amável MCP1 319 2 Devemos todos cultivar disposição amável, sujeitando-nos ao controle da consciência. O espírito da verdade torna melhores homens e mulheres aqueles que o recebem no coração. Ele atua qual fermento, até que o ser todo seja posto em conformidade com os seus princípios. Abre o coração que foi enregelado pela avareza; abre a mão que sempre se manteve cerrada ao sofrimento humano; e como seus frutos vêem-se caridade e bondade. -- Testimonies for the Church 4:59 (1876). Uma consciência pura é aquisição maravilhosa MCP1 320 1 Uma consciência sem ofensa para com Deus e o homem é maravilhosa aquisição. -- Manuscrito 126, 1897; Nossa Alta Vocação, 141. Desprezar a consciência é terrível perigo MCP1 320 2 Dia-a-dia homens e mulheres estão decidindo seu destino eterno. Foi-me mostrado que muitos estão em grande perigo. Quando um homem faz ou diz qualquer coisa para alcançar o fim que tem em vista, nada senão o poder de Deus pode salvá-lo. Seu caráter precisa ser transformado antes de ele ter boa consciência, sem ofensa para com Deus ou o homem. O próprio eu tem de morrer, e Cristo tem de tomar posse do templo da alma. Quando, rejeitando a luz que Deus lhes deu, os homens abusam da consciência e a pisam aos pés, estão em terrível perigo. Periclita seu futuro bem-estar eterno. -- Carta 162, 1903. Satanás tenta sufocar a consciência MCP1 320 3 Satanás usa sua influência para sufocar a voz de Deus e a voz da consciência, e o mundo age como sob o seu controle. Os homens o escolheram como líder seu. Estão sob sua bandeira. Não querem ir ter com Cristo para que tenham vida. Possuídos de esquemas de prazer e divertimento, porfiam por aquilo que perecerá com o uso. -- Manuscrito 161, 1897. Um só passo errado pode mudar a vida MCP1 320 4 A remoção de uma só salvaguarda da consciência, o deixar de fazer a própria coisa que o Senhor indicou, um só passo no caminho dos maus princípios, muitas vezes levam a uma inteira mudança da vida e atuação. ... Só estamos seguros ao seguir aonde Cristo toma a dianteira. A vereda se tornará mais clara, brilhando mais e mais, até ser dia perfeito. -- Carta 71, 1898. A consciência violada enfraquece MCP1 321 1 A consciência uma vez violada fica grandemente enfraquecida. Carece da força de constante vigilância e oração incessante. -- Testimonies for the Church 2:90, 91 (1888); Testemunhos Selectos 1:199. A consciência violada torna-se indigna de confiança MCP1 321 2 Aquele que, após ouvir a verdade lhe volve costas, porque, aceitá-la, retardaria seu êxito em ramos de comércio, afasta-se de Deus e da luz. Vende a alma em mercado barato. Sua consciência será sempre indigna de confiança. Fez uma barganha com Satanás, violando a consciência que, se conservada pura e sincera, ter-lhe-ia sido de mais valor do que o mundo todo. Aquele que recusa a vida, participa do fruto da desobediência, como fizeram Adão e Eva, no Éden. -- Manuscrito 27, 1900. A perda da integridade consciente paralisa as energias MCP1 321 3 Uma vez que percas a integridade consciente, tua alma torna-se, para Satanás, um campo de batalha; tens dúvidas e temores suficientes para paralisar tuas energias e tanger-te para o desencorajamento. Uma vez afastado o favor de Deus, sabes que alguns de vós tentastes preencher o lugar, procurando compensar a perda do testemunho do Espírito Santo de que sois filhos de Deus, entregues à excitação mundana, associando-vos aos mundanos. -- Carta 14, 1885. A consciência violada torna-se um tirano MCP1 321 4 A consciência violada torna-se um tirano sobre outras consciências. -- Carta 88, 1896. Satanás controla a consciência obscurecida pelo álcool MCP1 321 5 O ébrio vende a razão por um copo de veneno. Satanás toma posse de sua razão, afeições e consciência. Tal homem está destruindo o templo de Deus. O beber chá ajuda a fazer essa obra. Todavia quantos há que põem esses instrumentos destrutivos em sua mesa, sufocando assim os atributos divinos. -- Manuscrito 130, 1899; Temperança, 79, 80. O regime alimentar afeta a consciência MCP1 322 1 Alimento gorduroso e estimulante torna o sangue febril, excita o sistema nervoso e muitas vezes embota as percepções morais, de modo que a razão e a consciência são levadas de vencida pelos impulsos sensuais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 243. Saúde e consciência MCP1 322 2 A saúde é uma bênção inestimável, e mais intimamente relacionada com a consciência e a religião, do que muitos imaginam. Afeta grandemente a capacidade da pessoa. Todo ministro deve sentir que, se quer ser um guarda fiel do rebanho, deve manter todas as faculdades em condições de prestar o melhor serviço possível. -- Obreiros Evangélicos, 242 (1893); Conselhos Sobre Saúde, 566. A consciência, eficaz agente na restauração da saúde MCP1 322 3 Se estais sobrecarregados e cansados, não precisais encolher-vos quais folhas num ramo emurchecido. A disposição animada e jovial e a consciência clara são melhores do que drogas e serão eficaz agente na restauração da saúde. -- História da Redenção, Junho 1871; Minha Consagração Hoje, 175. Possibilidade de estar conscienciosamente errado MCP1 322 4 Muitos entretêm a idéia de que a pessoa pode praticar qualquer ato que ela creia conscienciosamente estar certo. A questão, porém, é: Tem essa pessoa uma consciência bem instruída, boa mesmo, ou é tendenciosa e distorcida por suas próprias opiniões preconcebidas? A consciência não se propõe tomar o lugar de um "assim diz o Senhor". As consciências não se harmonizam todas, nem são todas igualmente inspiradas. Algumas consciências estão mortas, cauterizadas como com ferro quente. Pode haver homens conscienciosamente errados, assim como conscienciosamente certos. Paulo não cria em Jesus de Nazaré, e caçava os cristãos de cidade em cidade, verdadeiramente crendo que estivesse ao serviço de Deus. -- Carta 4, 1889. Percepções humanas, guia instável MCP1 322 5 "São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!" Mateus 6:22. MCP1 323 1 Estas palavras têm um primeiro e um segundo sentidos -- um sentido literal e outro figurado. São repletas de verdade com referência aos olhos físicos, com os quais vemos objetos externos. E são verdadeiras também em relação aos olhos espirituais, a consciência, com os quais nós avaliamos o bem e o mal. Se os olhos da alma, isto é, a consciência, é perfeitamente sadia, a alma será ensinada corretamente. MCP1 323 2 Quando, porém, a consciência é guiada por percepções humanas, que não são submissas e abrandadas pela graça de Cristo, a mente está em condição enfermiça. Então as coisas não são vistas em suas conseqüências certas. A imaginação é trabalhada, e os olhos da mente vêem as coisas a uma luz falsa, distorcida. MCP1 323 3 Precisas de uma visão clara, compassiva. Tua consciência sofreu abusos e tornou-se insensível, mas se seguires a conduta certa, nova sensibilidade te virá. -- Carta 45, 1904. Quando podemos confiar na consciência MCP1 323 4 Mas dirá alguém: "Minha consciência não me condena por não estar guardando os mandamentos de Deus." Na Palavra de Deus, porém, lemos que há boas e más consciências, e o fato de não te condenar a tua consciência por não guardares a lei de Deus, não prova que estejas sem condenação à vista divina. MCP1 323 5 Leva tua consciência para junto da Palavra de Deus e vê se tua vida e caráter estão de acordo com a norma de justiça que Deus ali revelou. Poderás então determinar se tens ou não tens uma fé inteligente, e que espécie de consciência é a tua. A consciência do homem não merece confiança a menos que esteja sob a influência da graça divina. Satanás se prevalece de uma consciência não iluminada, e assim leva os homens a toda sorte de enganos, porque não fizeram da Palavra de Deus o seu conselheiro. Muitos têm forjado um evangelho seu próprio, da mesma forma que substituíram a lei de Deus por outra, de sua própria feitura. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1901. A palavra de Deus, a norma MCP1 324 1 Não basta ao homem julgar-se seguro seguindo os ditames de sua consciência. ... O ponto a ser assentado é: Está a consciência em harmonia com a Palavra de Deus? Se não, não pode ser seguida com segurança, pois enganará. A consciência precisa ser esclarecida por Deus. Importa que se consagre tempo ao estudo das Escrituras e à oração. Assim se estabelecerá a mente, e fortalecerá, e fixará. -- Carta 21, 1901; Nossa Alta Vocação, 141. Está a consciência mudando a vossa vida? MCP1 324 2 Podeis ter consciência, e esta pode trazer-vos convicção, mas a questão é: É essa convicção um agente atuante? Atinge essa convicção vosso coração e atos do homem interior? Verifica-se uma purificação das sujidades do templo da alma? Isto é o que nós precisamos, porque vivemos em tempo como o dos dias dos filhos de Israel; e se tendes quaisquer pecados, não vos detenhais até que eles sejam corrigidos e removidos. -- Manuscrito 13, 1894. A influência da verdade sobre a consciência e o coração MCP1 324 3 Diz o salmista: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Salmos 119:130. Quando a verdade atua apenas sobre a consciência, ela cria muito desassossego; mas quando a verdade é convidada para adentrar o coração, o ser todo é levado em cativeiro a Jesus Cristo. Os próprios pensamentos são feitos cativos, pois a mente de Cristo opera onde a vontade é submetida à vontade de Deus. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:5. Aquele a quem o Senhor liberta é de fato livre, e não pode ser levado em servil cativeiro do pecado. -- Manuscrito 67, 1894. A verdade mantida apenas pela consciência, agitará a mente MCP1 324 4 Por sua consciência, todo judeu sincero se convencia de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, mas o coração, em seu orgulho e ambição, não se rendia. Mantinham uma oposição à luz da verdade, à qual estavam decididos a resistir e negar. Quando a verdade é considerada como tal apenas pela consciência, quando o coração não é estimulado e tornado receptivo, a verdade tão-somente agita a mente. Mas quando a verdade é como tal recebida no coração, ela passou através da consciência e cativou a alma por seus puros princípios. É posta no coração pelo Espírito Santo, que adapta a sua formosura à mente a fim de que seu transformador poder possa ser visto no caráter. -- Manuscrito 130, 1897. Deus não força a consciência MCP1 325 1 Deus nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo a homenagem. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 591 (1888). Quando a consciência é guia seguro MCP1 325 2 Aquele cuja consciência é guia seguro, não se detém a arrazoar, quando a luz brilha sobre ele, provinda da Palavra de Deus. Ele não será guiado por conselho humano. Não permitirá que negócios mundanos lhe impeçam a obediência. Deporá todo interesse egoísta à porta da investigação e se aproximará da Palavra de Deus como alguém cujo interesse eterno esteja na balança. -- Manuscrito 27, 1900. Emoções e desejos submetidos à razão e à consciência MCP1 325 3 Se não quisermos cometer pecado, temos de evitar seu próprio princípio. Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência. Todo pensamento pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para a câmara de oração, seguidores de Cristo! Orai com fé e de todo o coração. Satanás está vigilante, para enlaçar-vos os pés. Precisais ter socorro do alto, se quereis escapar de seus ardis. -- Testimonies for the Church 5:177 (1882). MCP1 326 1 Pertence-vos, porém, manter toda emoção e paixão sob domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1892; Nossa Alta Vocação, 85. As cicatrizes sempre permanecem MCP1 326 2 Que foi que ganhou aquele homem desonesto, com os seus princípios mundanos? Que alto preço pagou por seu êxito? Ele sacrificou sua nobre varonilidade e se encaminhou para a estrada que leva à perdição. Ele poderá converter-se; poderá reconhecer a impiedade de sua injustiça aos seus companheiros -- e, quanto possível, fazer restituição; as cicatrizes, porém, de uma consciência machucada permanecerão para sempre. -- The Signs of the Times, 7 de Fevereiro de 1884; The S.D.A. Bible Commentary 3:1158. A graça de Deus, suficiente para a consciência culpada MCP1 326 3 Quando o pecado luta pelo predomínio no coração, quando a culpa oprime a alma e sobrecarrega a consciência, quando a incredulidade obscurece a mente -- lembrai-vos de que a graça de Cristo é suficiente para subjugar o pecado e banir a escuridão. Entrando em comunhão com o Salvador, penetramos na região da paz. -- A Ciência do Bom Viver, 250 (1905). Podeis fazer de vós o que preferis MCP1 326 4 Uma vez mais vos advirto, como alguém que terá de defrontar estas linhas naquele dia em que o caso de cada qual será decidido. Entregai-vos a Cristo, sem demora! Ele, apenas, pelo poder de Sua graça, pode remir-vos da ruína. Só Ele pode pôr vossas faculdades morais e mentais em estado de saúde. Vosso coração pode aquecer-se com o amor de Deus; vosso entendimento, ser claro e amadurecido; vossa consciência, iluminada, viva e pura; vossa vontade, correta e santificada, sujeita ao controle do Espírito de Deus. Podeis tornar-vos o que preferis. Se quiserdes agora fazer meia-volta, cessai de fazer o mal e aprendei a fazer o bem, então sereis de fato felizes; tereis êxito nas lutas da vida e vos erguereis para a glória e honra na vida melhor que esta. "Escolhei hoje a quem sirvais." Josué 24:15. -- Testimonies for the Church 2:564, 565 (1870). Não se intrometer nas consciências alheias MCP1 327 1 A consciência em relação às coisas de Deus é um tesouro sagrado, no qual nenhum ser humano, qualquer que seja sua posição, tem o direito de se intrometer. Nabucodonosor ofereceu aos hebreus outra oportunidade, e quando a rejeitaram, ficou iradíssimo, e mandou que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais que de costume. Disse aos cativos que os lançaria nessa fornalha. Tomados de fé e confiança, responderam: Nosso Deus, a quem servimos, é capaz de livrar-nos; se não o faz, tudo bem: entregamo-nos a um Deus fiel. -- Carta 90, 1897. Não servir de critério aos outros MCP1 327 2 Deus não deseja que façais de vossa consciência um critério para os outros. Tendes um dever a cumprir, isto é, tornar-vos animosos e joviais e cultivar a abnegação em vossos sentimentos, até que tornar felizes a todos os que vos rodeiam seja vosso maior prazer. -- Testimonies for the Church 4:62 (1876). Os pais devem ajudar os filhos a conservar a consciência pura MCP1 327 3 Sou instruída a dizer aos pais: Fazei tudo que esteja em vosso poder para ajudar vossos filhos a terem uma consciência pura, limpa. Ensinai-os a se alimentarem com a Palavra de Deus. Ensinai-lhes que são os filhinhos do Senhor. Não vos esqueçais de que Ele vos designou como guardas deles. Se lhes derdes alimento adequado e os vestirdes saudavelmente, e lhes ensinardes diligentemente a Palavra do Senhor, preceito sobre preceito, preceito e mais preceito, um pouco aqui, um pouco ali [Isaías 28:10], com muita oração a nosso Pai celestial, vossos esforços serão ricamente recompensados. -- Manuscrito 4, 1905. Deve-se limpar a consciência MCP1 327 4 Cada aposento do templo da alma tornou-se mais ou menos maculado, e precisa de limpeza. A câmara da consciência, coberta de teia de aranha, deve ser adentrada. As janelas da alma devem ser fechadas em direção da Terra e escancaradas para o Céu, a fim de que os brilhantes raios do Sol da justiça tenham livre acesso. A memória deve ser refrigerada por princípios bíblicos. A mente deve ser mantida clara e pura, para que possa distinguir entre o bem e o mal. Ao repetirdes a oração que Cristo ensinou a Seus discípulos, e então lutardes para respondê-la na vida diária, o Espírito Santo renovará a mente e o coração e vos dará forças para cumprir altos e santos desígnios. -- Manuscrito 24, 1901 Consciência limpa traz perfeita paz MCP1 328 1 Paz interior e consciência livre de ofensa para com Deus, vivificará e revigorará o intelecto, qual orvalho destilado sobre as tenras plantas. A vontade é então dirigida e controlada adequadamente, e é mais decidida, e todavia livre de perversidade. As meditações são agradáveis, pois que são santificadas. A serenidade mental que vos será dado fruir, será uma bênção a todos aqueles com os quais vos associais. Essa paz e calma, em tempo tornar-se-á natural, e fará refletir seus preciosos raios sobre todos os que vos cercam, para de novo refluir sobre vós. Quanto mais experimentardes o sabor dessa paz celestial e quietude da mente, tanto mais aumentará. É um animado, vivo prazer, que não lança todas as energias morais num estupor, mas desperta-as para uma acrescida atividade. A perfeita paz é um atributo do Céu, que os anjos possuem. Que Deus vos ajude a tornar-vos possuidores dessa paz! -- Testimonies for the Church 2:327 (1869). ------------------------Capítulo 35 -- Influência da percepção Uma lei nos mundos intelectual e espiritual MCP1 331 1 É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 555 (1888). A contemplação do mal corrompeu os antediluvianos MCP1 331 2 Contemplando o mal, tornaram-se os homens transformados na imagem deles, até que Deus não mais pôde tolerar sua impiedade, e foram arrebatados pelo dilúvio. -- Special Testimonies on Education, 44, 11 de Maio de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 422. Mudados para melhor MCP1 331 3 Olhando para Jesus adquirimos visão mais brilhante e distinta de Deus, e pela contemplação somos transformados. A benignidade e o amor para com nossos semelhantes tornam-se-nos um instinto natural. Desenvolvemos caráter que é uma cópia do divino. Crescendo à Sua semelhança, ampliamos nossa capacidade de conhecer a Deus. Mais e mais entramos em comunhão com o mundo celeste, e temos poder incessantemente crescente de receber as riquezas do conhecimento e sabedoria da eternidade. -- Parábolas de Jesus, 355 (1900). Mudados para pior MCP1 332 1 É ao contemplar que somos transformados. Em negligenciando os preceitos sagrados nos quais Deus revelou aos homens a perfeição e santidade de Seu caráter, e atraindo o espírito do povo aos ensinos e teorias humanos, que de estranho poderá haver no conseqüente declínio na viva piedade da igreja? Diz o Senhor: "A Mim Me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas." Jeremias 2:13. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 478 (1911). A vida é transformada pelo ver MCP1 332 2 A Palavra de Deus é uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. "Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti." Salmos 119:11. O coração previamente ocupado com a Palavra de Deus é fortalecido contra Satanás. Os que tornam a Cristo seu cotidiano companheiro e familiar amigo, sentirão que os envolvem os poderes de um mundo invisível, e olhando para Jesus se tornarão assemelhados a Sua imagem. Contemplando, tornam-se transformados, segundo o modelo divino; o caráter se lhes torna abrandado, enobrecido e dignificado para o reino celestial. -- Testimonies for the Church 4:616 (1881). Percepção seletiva MCP1 332 3 Deus não deseja que ouçamos tudo que existe para ser ouvido, nem vejamos tudo que existe para ser visto. É grande bênção fechar os ouvidos para que não ouçamos, e os olhos, para não vermos. Nossa maior ansiedade deve ser a de ter clara visão para discernir nossas próprias faltas, e ouvido ligeiro para apanhar todas as instruções e repreensões necessárias, a fim de que, por nossa desatenção e descuido, não as deixemos escapar e nos tornemos ouvintes esquecediços, em vez de cumpridores da obra. -- Testimonies for the Church 1:707, 708 (1868). Manter alerta as faculdades da percepção MCP1 332 4 Se sois chamados a uma reunião conciliar, perguntai a vós mesmos se vossas faculdades perceptivas estão em condições adequadas para pesar a evidência. Se não estiverem em condições apropriadas, se vosso cérebro estiver confuso, não tendes o direito de tomar parte na reunião. Sois irascíveis? É vosso temperamento doce e fragrante, ou é tão agitado e desagradável que sereis levados a tomar decisões precipitadas? Tendes a sensação de que gostaríeis de lutar contra alguém? Então não vades à reunião, pois se fordes, por certo desonrareis a Deus. MCP1 333 1 Pegai um machado e cortai lenha, ou empenhai-vos em algum exercício físico até que vosso espírito esteja brando e facilmente acessível a rogos. Justamente tão certo como vosso estômago está causando perturbação no cérebro, vossas palavras criarão perturbação na assembléia. Mais tormento é causado por distúrbios digestivos do que muitos reconhecem. -- Manuscrito 62, 1900; Medicina e Salvação, 295. A percepção influenciada por hábitos físicos controlados pela consciência MCP1 333 2 Os que desejam possuir espírito claro para discernir os planos de Satanás, devem ter os apetites físicos sob o domínio da razão e da consciência. A ação moral e vigorosa das mais altas potências da mente é essencial ao aperfeiçoamento do caráter cristão. E o vigor e a fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade no mundo e nossa salvação final. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236, 237. O exercício melhora a percepção MCP1 333 3 O cérebro e os músculos devem ser proporcionalmente exercitados, se se quer manter a saúde e o vigor. A juventude pode, então, pôr no estudo da Palavra de Deus saudável percepção e nervos bem equilibrados. Terão pensamentos sãos, e poderão reter as coisas preciosas tiradas da Palavra. Digerir-lhe-ão as verdades e, em resultado, terão energia mental para discernir o que seja verdade. Depois, segundo o exigir a ocasião, podem dar a todo homem que lhes pedir, a razão da esperança que neles há, com mansidão e temor. -- Testimonies for the Church 6:180 (1900); Testemunhos Selectos 2:446. A perfeição maior aumenta a percepção MCP1 333 4 Quanto mais o homem se aproxima da perfeição moral, mais acentuada é sua sensibilidade, mais aguda a percepção do pecado e mais profunda a simpatia para com os aflitos. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 570 (1911). A tristeza obscureceu a percepção de Maria MCP1 334 1 Então ela se voltou para se afastar, mesmo dos anjos, pensando em encontrar alguém que lhe dissesse o que fora feito com o corpo de Jesus. Outra vez a ela Se dirigiu: "Mulher, por que choras? Quem buscas?" Através das lágrimas que lhe empanavam os olhos, Maria viu a figura de um homem e, pensando que fosse o hortelão, disse: "Senhor, se tu O levaste, dize-me onde O puseste, e eu O levarei." -- O Desejado de Todas as Nações, 790 (1898). Percebeu a Jesus por sua voz MCP1 334 2 Mas então em Sua voz familiar, lhe diz Jesus: "Maria!" Agora sabia que não era um estranho que se dirigia a ela e, voltando-se, viu diante de si o Cristo vivo. Em sua alegria, esqueceu que Ele fora crucificado. Saltando para Ele, como para abraçar-Lhe os pés, disse ela: "Raboni"! -- O Desejado de Todas as Nações, 790 (1898). Condescendência com o apetite amortece as faculdades perceptivas MCP1 334 3 O Redentor do mundo sabia que a contemporização com o apetite estava causando debilidade física e amortecendo as faculdades perceptivas de modo a não se poderem discernir as coisas sagradas e eternas. Ele sabia que a condescendência própria estava a perverter as faculdades morais e que a grande necessidade do homem era a conversão -- de coração, espírito e alma -- da vida de condescendência própria a outra de abnegação e sacrifício. -- Carta 158, 1909; Medicina e Salvação, 264. O pecado obscurece a percepção MCP1 334 4 É o pecado que nos obscurece a mente e enfraquece as percepções. À medida que nosso coração é expurgado do mal, a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo, iluminando-Lhe a palavra e refletindo-se na face da Natureza, declará-Lo-á mais e mais amplamente "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade". Êxodo 34:6. MCP1 335 1 Em Sua luz veremos a luz, até que a mente, o coração e a alma sejam transformados à imagem de Sua santidade. -- A Ciência do Bom Viver, 464, 465 (1905). Obscurecidas as faculdades perceptivas MCP1 335 2 O orgulho, amor-próprio, egoísmo, ódio, inveja e ciúme têm obscurecido as faculdades perceptivas. -- Testimonies for the Church 2:605 (1871). Como Cristo enfrenta as percepções obscurecidas pelo pecado MCP1 335 3 Cristo desceu para tomar sobre Si a natureza humana a fim de que alcançasse a caída raça humana, erguendo-a. Mas a mente dos homens tornara-se obscurecida pelo pecado, suas faculdades achavam-se entorpecidas, de modo que não discerniam Seu caráter divino sob a roupagem da humanidade. Esta falta de apreço de sua parte era um obstáculo à obra que Ele desejava realizar por eles; e para dar força aos Seus ensinamentos Ele muitas vezes Se achou em necessidade de definir e defender Sua posição. MCP1 335 4 Referindo-se ao Seu caráter misterioso e divino, Ele procurou dirigir-lhes a mente para uma cadeia de pensamento que seria favorável ao transformador poder da verdade. Servia-Se também das coisas da Natureza que lhes eram familiares, para ilustrar verdades divinas. O solo do coração era assim preparado para receber a boa semente. Fazia os ouvintes sentirem que os Seus interesses eram identificados com os deles, que Seu coração palpitava em correspondência com o deles, em suas alegrias e suas tristezas. Ao mesmo tempo viam nEle a manifestação de poder e excelência muito superior aos possuídos por seus mais honrados rabis. MCP1 335 5 Os ensinamentos de Cristo eram marcados por uma simplicidade, dignidade e poder até aí desconhecidos deles, e sua involuntária exclamação era: "Jamais alguém falou como este homem." O povo ouvia-O de bom grado. -- Testimonies for the Church 5:746, 747 (1889). Paixões não controladas prejudicam as faculdades perceptivas MCP1 335 6 As paixões inferiores devem ser estritamente vigiadas. As faculdades perceptivas são mal empregadas, terrivelmente mal empregadas, quando se permite que as paixões corram desenfreadas. Quando se condescende com as paixões, em lugar de circular por todas as partes do corpo, aliviando assim o coração e purificando a mente, é o sangue atraído em quantidade excessiva para os órgãos internos. Como resultado vem a doença. Não pode o homem ser sadio até que o mal seja notado e corrigido. -- Special Testimonies, Série B, 15:18, 3 de Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 587. A mente pode ser educada de modo que aceite o pecado MCP1 336 1 Uma longa operação preparatória desconhecida ao mundo, tem lugar no coração, antes que o cristão cometa francamente o pecado. A alma não desce de pronto da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que se degradem aqueles que foram formados à imagem de Deus, ao estado brutal e satânico. Pelo contemplar nos transformamos. Alimentando pensamentos impuros, o homem pode de tal maneira conduzir a mente que o pecado que uma vez lhe repugnava tornar-se-lhe-á agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459 (1890). As faculdades tornam-se joguetes do inimigo MCP1 336 2 Deus não dá ao homem permissão de violar as leis de seu ser. Mas, cedendo às tentações de Satanás para condescender com a intemperança, o homem põe as mais elevadas faculdades em sujeição aos apetites e paixões animais. Quando estes adquirem a ascendência, o homem, criado um pouco menor do que os anjos, com faculdades susceptíveis do mais alto desenvolvimento, entrega-se ao domínio de Satanás. E ele obtém fácil acesso aos que se acham escravizados ao apetite. Devido à intemperança, uns sacrificam a metade, e outros dois terços de suas faculdades físicas, mentais e morais, tornando-se joguete do inimigo. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236. Conselho a uma pessoa que, sem razão, se julgava ofendida MCP1 336 3 A irmã D tem-se enganado em alguns pontos. Ela tem pensado que Deus a tenha instruído em sentido especial, e ambos vocês têm crido e agido de acordo. O discernimento que ela julgava ter em um sentido especial, é um engano do inimigo. Ela é por natureza ligeira para ver, ligeira para compreender, ligeira para antecipar, e é de natureza extremamente sensível. Satanás tem-se aproveitado desses traços de caráter, levando cativos a vocês ambos. MCP1 337 1 Irmão D, você é um escravo de Satanás, há já bastante tempo. Muito daquilo que a irmã D tem julgado ser discernimento, é ciúme. Ela se dispôs a tudo considerar com olhos ciumentos, ser suspeitosa, conjecturando o mal, desconfiada de quase tudo. Isto causa infelicidade mental, desalento e dúvida, onde devia existir fé e confiança. Estes infelizes traços de caráter levam-lhe os pensamentos para um conduto sombrio, onde ela condescende com um pressentimento do mal, enquanto o temperamento grandemente sensível a leva a imaginar negligência, menosprezo e ofensa, quando isto não existe. ... MCP1 337 2 Estes infelizes traços de caráter, com uma vontade forte e arraigada, têm de ser corrigidos e reformados, ou do contrário levarão ambos vocês a sofrer o naufrágio da fé. -- Testimonies for the Church 1:708, 709 (1868). Não demorar o pensamento no poder de Satanás MCP1 337 3 É pelo contemplar que nos transformamos. Demorando o pensamento no amor de Deus e nosso Salvador, contemplando a perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como nos pertencendo pela fé, seremos transformados na mesma imagem. Portanto, não juntemos todos os quadros desagradáveis -- as iniqüidades e corrupções e desapontamentos, as evidências do poder de Satanás -- dependurando-os nas câmaras de nossa memória, sobre eles falando e nos lamentando até que nossa alma se encha de desânimo. Uma alma desanimada quer dizer um corpo em trevas, não só deixando nós de receber a luz de Deus, mas impedindo também que outros a recebam. Satanás satisfaz-se com ver os efeitos dos quadros de seus triunfos, tornando seres humanos desanimados e sem fé. -- Testimonies for the Church 5:744, 745 (1889); Testemunhos Selectos 2:341, 342. Influências do ambiente MCP1 338 1 Quanto mais o paciente puder ser conservado ao ar livre, de menos cuidados necessitará. Quanto mais agradável for o ambiente, mais se encherá de ânimo. Encerrado numa casa, embora elegantemente mobiliada, torna-se nervoso e sombrio. Rodeai-o das coisas da Natureza; colocai-o onde possa ver desabrochar as flores e ouvir trinar os pássaros, e então seu coração cantará em uníssono com as canções das avezinhas. O corpo e a alma experimentarão alívio. A inteligência despertará, a imaginação será estimulada, e preparado o espírito para apreciar a beleza da Palavra de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 265 (1905). O ambiente afeta a experiência MCP1 338 2 Foi-me então mostrada uma jovem... que se havia afastado de Deus e estava envolta em trevas. Disse o anjo: "Ela correu bem, por algum tempo; que foi que a estorvou?" Fui levada a olhar para trás e vi que fora a mudança do ambiente. Ela se associava com jovens semelhantes a ela mesma, tomados de desmedida alegria e hilaridade, orgulho e amor do mundo. Se tivesse levado a sério as palavras de Cristo, não precisava ter cedido ao inimigo. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." A tentação pode estar em toda a nossa volta, mas isto não torna necessário que nós entremos em tentação. A verdade vale tudo. Sua influência tende, não a degradar, mas a elevar, enobrecer, purificar, e exaltar à imortalidade e ao trono de Deus. Disse o anjo: "Você quer a Cristo, ou ao mundo?" MCP1 338 3 Satanás apresenta aos pobres mortais o mundo com os mais sedutores e lisonjeiros encantos, e eles o miram, e seu brilho e ouropel lhes eclipsam a glória do Céu e aquela vida que é permanente como o trono de Deus. Uma vida de paz, felicidade e inefável gozo, e que nada conhece de tristeza, pesar, dor ou morte, é sacrificada em troca de um breve espaço de vida de pecado. -- Testimonies for the Church 2:100, 101 (1868). A vista modela a personalidade MCP1 338 4 A vista de seus olhos e o ouvir de seus ouvidos lhe perverteram o coração. -- Testimonies for the Church 4:108 (1876). Percepções confundidas pela preferência de vantagens temporais MCP1 339 1 Ló escolheu Sodoma como residência, porque olhou mais às vantagens temporais que havia de obter, que às influências morais que o cercariam a ele e à família. Que lucrou ele quanto aos bens deste mundo? Seus bens foram destruídos, morreu parte de seus filhos na destruição da ímpia cidade, a esposa transformou-se em estátua de sal à beira do caminho, e ele próprio salvou-se "como pelo fogo". E não findaram aí os maus resultados de sua escolha egoísta; a corrupção moral daquele lugar tanto se havia entretecido no caráter de seus filhos, que não poderiam discernir entre o bem e o mal, entre o pecado e a justiça. -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1884; Mensagens aos Jovens, 419. Percepções obscurecidas a verdades eternas MCP1 339 2 Daqueles que fizeram mau uso dos meios dedicados a Deus, será exigido prestarem contas de sua mordomia. Há os que egoistamente lançavam mão de meios, por causa de seu amor do ganho. Outros não têm consciência delicada; esta foi cauterizada por um egoísmo longamente acariciado. ... MCP1 339 3 Sua mente fluiu por tanto tempo num conduto baixo, egoísta, que eles não podem apreciar coisas eternas. Não dão valor à salvação. Parece impossível elevar-lhes a mente de modo a estimarem devidamente o plano da salvação ou o valor da expiação. Interesses egoístas enlevaram-lhes o ser todo, prendendo, qual um ímã, a mente e as afeições, atando-as a um baixo nível. Algumas dessas pessoas jamais alcançarão a perfeição do caráter cristão, pois que não vêem o valor e a necessidade de semelhante caráter. Seu espírito não pode ser levantado de modo a ficarem encantados com a santidade. O amor próprio e interesses egoístas por tal forma se entreteceram no caráter que não podem ser levados a distinguir o sagrado e eterno, do comum. -- Testimonies for the Church 2:519, 520 (1870). O que vivifica as percepções MCP1 339 4 Quando o coração é purificado do egoísmo e egotismo, eles estão em harmonia com a mensagem que Deus lhes envia. As percepções são avivadas, as sensibilidades enobrecidas. O semelhante aprecia o semelhante. "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus." João 8:47. -- Testimonies for the Church 5:696 (1889). ------------------------Capítulo 36 -- Princípios na motivação O êxito exige um objetivo MCP1 341 1 O êxito em qualquer coisa que empreendamos exige um objetivo definido. Aquele que desejar alcançar o verdadeiro êxito na vida deve conservar firmemente em vista o alvo digno de seus esforços. Tal alvo acha-se posto diante da mocidade de hoje. -- Educação, 262 (1903). Deve ter alvo o mais alto possível MCP1 341 2 O lugar específico que nos é designado na vida, é determinado por nossas capacidades. Nem todos atingem o mesmo desenvolvimento ou fazem com igual eficiência o mesmo trabalho. Deus não espera que o hissopo atinja as proporções do cedro, ou a oliveira a altura da majestosa palmeira. Mas cada qual deve ter o objetivo de atingir tão alto quanto a união do poder humano com o divino lhe torne possível. -- Educação, 267 (1903). Os estudantes devem ter um alvo real MCP1 341 3 Ensinem-se os estudantes a usar para o mais elevado, santo propósito os talentos que Deus lhes deu, para que possam realizar o maior bem neste mundo. Os estudantes precisam aprender o que significa ter um alvo real na vida, e obter uma exaltada compreensão do que significa a verdadeira educação. -- Special Testimonies, Série B, 11:16, 14 de Novembro de 1905. Cristo anima alvos elevados MCP1 342 1 Deseja prover encorajamento para nossas mais elevadas aspirações e segurança para nosso mais dileto tesouro. -- Parábolas de Jesus, 374 (1900). Deixando de realizar o potencial MCP1 342 2 Muitos não se tornam aquilo que poderiam ser, pois não empregam o poder que neles está. Não lançam mão da força divina, como poderiam fazer. Muitos se desviam da linha em que poderiam alcançar o mais verdadeiro êxito. À procura de maior honra, ou de um trabalho mais agradável, tentam algo para que não são talhados. MCP1 342 3 Nutrem a ambição de entrar para alguma profissão, muitos homens cujos talentos são adaptados a alguma outra vocação; e os que poderiam ter sido bem-sucedidos como fazendeiros, artífices, enfermeiros, ocupam impropriamente os cargos de ministros, advogados ou médicos. Outros há também que poderiam ocupar uma posição de responsabilidade, mas que por falta de energia, aplicação e perseverança se contentam com um cargo mais fácil. -- Educação, 267 (1903). Grandes possibilidades na vida MCP1 342 4 E no que respeita às possibilidades da vida, quem seria capaz de decidir o que é grande e o que é pequeno? Quanto trabalhador tem havido, nas humildes posições da vida, que, movimentando influências para a bênção do mundo, têm conseguido resultados que reis poderiam invejar! -- Educação, 266 (1903). "Algo melhor", a lei do verdadeiro viver MCP1 342 5 "Algo melhor" é a senha da educação, a lei de todo o verdadeiro viver. Cristo oferece, em lugar do que quer que nos ordene renunciar, algo melhor. MCP1 342 6 Muitas vezes os jovens anelam objetos, consecuções e prazeres que podem não parecer males, mas que deixam de ser o mais elevado bem. Desviam a vida de seu mais nobre objetivo. Medidas arbitrárias ou ataques diretos podem deixar de produzir efeito no sentido de levar estes jovens a abandonar o que têm na conta de precioso. Sejam eles dirigidos a algo melhor do que a ostentação, ambição e condescendência própria. Ponde-os em contato com uma beleza mais verdadeira, com princípios mais elevados e com mais nobres vidas. Induzi-os a contemplar Aquele que é "totalmente desejável". MCP1 343 1 Quando o olhar se fixa sobre Ele, a vida encontra o seu centro. O entusiasmo, a devoção generosa, o apaixonado ardor da juventude encontram aqui o seu verdadeiro objetivo. O dever torna-se um deleite e o sacrifício um prazer. Honrar a Cristo, tornar-se semelhante a Ele, trabalhar por Ele, será a mais elevada ambição da vida e sua máxima alegria. -- Educação, 296, 297 (1903). Aperfeiçoar os mais altos motivos para o progresso MCP1 343 2 Os que se preparam para ser enfermeiros e médicos devem diariamente receber instrução que desenvolvam os mais altos motivos para o progresso. Devem freqüentar nossos colégios e escolas de preparo; e os professores nessas instituições de ensino devem reconhecer suas responsabilidades de trabalhar com esses estudantes e com eles orar. Nessas escolas, os alunos devem aprender a ser verdadeiros missionários médicos, vinculados firmemente ao ministério evangélico. -- Special Testimonies, Série B, 11:12, 14 de Novembro de 1905. A egoísta falta de objetivo do rico insensato MCP1 343 3 A aspiração desse homem não era mais elevada que a dos animais que perecem. Vivia como se não houvesse Deus, nem Céu, nem vida futura; como se tudo que possuía lhe pertencesse e nada devesse a Deus nem aos homens. Descreve o salmista este rico, ao dizer: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus." -- Parábolas de Jesus, 257, 258 (1900). Vida sem alvo, morte em vida MCP1 343 4 Uma vida sem objetivo é uma vida morta. A mente deve deter-se sobre assuntos relacionados com nossos interesses eternos. Isso conduzirá à saúde do corpo e da mente. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 51. O fungo medra na vida sem propósito MCP1 343 5 Uma das principais causas da ineficiência mental e fraqueza moral, é a falta de concentração para fins dignos. Orgulhamo-nos da vasta difusão de literatura; mas a multiplicação de livros, até os que em si mesmos não são perniciosos, pode ser um positivo mal. ... MCP1 344 1 Grande parte das revistas e livros que, à semelhança das rãs do Egito, se estão espalhando pela Terra, não é meramente coisa banal, ociosa e enervante, mas impura e degradante. Seu efeito não consiste simplesmente em envenenar e arruinar o espírito, mas também em corromper e destruir a alma. MCP1 344 2 O espírito e o coração indolentes e sem objetivos, são fácil presa do mal. É nos organismos doentios e sem vida, que medra o fungo. É a mente ociosa que é a oficina de Satanás. Dirija-se a mente para os altos e santos ideais, tenha a vida um objetivo nobre, um propósito absorvente, e o mal encontrará pouco terreno. -- Educação, 189, 190 (1903). A falta de objetivo, causa predisponente da intemperança MCP1 344 3 A fim de atingirmos a raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente. -- Educação, 202 (1903). Poucos males mais temíveis MCP1 344 4 Poucos males há que se devem temer mais do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da mocidade. ... Estimulam o amor ao prazer e à excitação, alimentando assim o desgosto pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir o deleite pelas sóbrias realidades da vida e seus gozos tranqüilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados. -- Educação, 210, 211 (1903). Ninguém deve levar vida sem objetivo MCP1 344 5 Toda pessoa deve servir. Deve usar todo o poder físico, moral e mental -- pela santificação do Espírito -- para que possa ser coobreiro de Deus. Todos estão comprometidos a dedicar-se ativamente e sem reservas ao serviço de Deus. Devem cooperar com Jesus Cristo na grande obra de ajudar outros. Cristo morreu por todos os homens. Ele resgatou todos os homens, dando a vida na cruz. Isto fez Ele para que o homem pudesse não continuar a viver uma vida sem objetivo e egoísta, mas vivesse para Jesus Cristo, que morreu por sua salvação. Nem todos são convocados para ingressar no ministério, todavia devem servir. É um insulto para o Santo Espírito de Deus, qualquer homem preferir uma vida de servir-se a si mesmo. -- Carta 10, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 4:1159. Devem ser cultivados motivos justos MCP1 345 1 Os verdadeiros motivos de serviço devem ser mantidos diante de velhos e jovens. Os alunos devem ser instruídos de tal maneira que se transformem em homens e mulheres úteis. Deve-se empregar todo recurso que possa elevá-los e enobrecê-los. Precisam ser ensinados a dar a suas faculdades o melhor uso. As faculdades físicas e mentais devem ser aplicadas de igual modo. Têm de ser cultivados hábitos de ordem e disciplina. Deve-se mostrar aos alunos o poder exercido por uma vida pura e sincera. Isso os ajudará na preparação para um serviço útil. Dia a dia crescerão em pureza e vigor, estando melhor preparados, por Sua graça e pelo estudo de Sua Palavra, a envidar dinâmicos esforços contra o mal. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1912; Fundamentos da Educação Cristã, 543. Os atos revelam motivos MCP1 345 2 Os atos revelam princípios e motivos. Os frutos apresentados por muitos que pretendem ser plantas da vinha do Senhor, revelam que são apenas espinheiros e abrolhos. Pode uma igreja inteira aprovar o procedimento errado de alguns de seus membros, mas essa aprovação não mostra que o errado seja certo. Ela não pode colher uvas dos espinheiros. -- Testimonies for the Church 5:103 (1882); Testemunhos Selectos 2:15. Julgados os motivos, e não as aparências MCP1 345 3 É importante dever de todos, familiarizar-se com a tendência de sua conduta de dia para dia, e com os motivos que inspiram suas ações. Precisam conhecer os motivos específicos que inspiraram as ações específicas. Cada ato de sua vida é julgado, não pela aparência exterior, mas pelo motivo que ditou a ação. -- Testimonies for the Church 3:507 (1875). Os seguidores de Cristo encontram motivos novos MCP1 346 1 Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. Mas só podem fazer progressos por meio de lutas; pois há um inimigo que continuamente contende com eles, apresentando tentações que levam a alma à dúvida e ao pecado. Há tendências hereditárias e cultivadas para o mal, que precisam ser vencidas. O apetite e a paixão devem ser postos sob o controle do Espírito Santo. Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a alcançar, e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 20 (1913), [no inglês]. Dois princípios antagônicos MCP1 346 2 A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da história e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. -- Educação, 189, 190 (1903). Cada atitude tem caráter duplo MCP1 347 1 Cada atitude tem caráter e importância duplos. É virtuosa ou viciosa, certa ou errada, segundo o motivo que a impele. Uma ação errada, pela repetição freqüente, deixa uma impressão perene na mente de quem a pratica, e também na dos que com ela estão ligados em qualquer relação, seja espiritual ou temporal. Os pais ou professores que não dão atenção às pequeninas ações erradas estabelecem esses hábitos na juventude. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898; Orientação da Criança, 201. A ação deriva do motivo a sua qualidade MCP1 347 2 Cada ação deriva sua qualidade do motivo que a prontificou, e se os motivos não são elevados e puros e altruístas, a mente e o caráter jamais se tornarão bem equilibrados. -- The Youth's Instructor, 7 de Abril de 1898. Os motivos imprimem cunho às ações MCP1 347 3 É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. A viúva pobre deu sua subsistência para fazer o pouco que fez. Privou-se de alimento para oferecer aquelas duas moedinhas à causa que amava. E fê-lo com fé, sabendo que seu Pai Celestial não passaria por alto sua grande necessidade. Foi esse espírito abnegado e essa infantil fé que atraiu o louvor do Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 615 (1898). Deus revela os motivos MCP1 347 4 Deus conduz Seu povo avante, passo a passo. Leva-os a posições calculadas para revelar os motivos do coração. Alguns resistem em Um ponto, mas caem no seguinte. A cada passo adiante é o coração provado, e provado um pouco mais de perto. Se alguém achar seu coração oposto à direita obra de Deus, isto o deve convencer de que tem uma obra a fazer em vencer, do contrário será afinal rejeitado pelo Senhor. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 160. Nossos motivos secretos decidem o destino MCP1 348 1 Nossos atos, palavras, e mesmo nossos intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao decidir-se nosso destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda que esquecidos por nós, darão o seu testemunho para justificar ou condenar. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 486, 487 (1911). Deus avalia o homem pela pureza do motivo MCP1 348 2 Não é pelas riquezas, educação ou posição que Deus avalia os homens. Avalia-os pela sua pureza de intenção e formosura de caráter. Olha para averiguar em que medida possuem o Seu Espírito, e até que ponto sua vida revela semelhança com a Sua. Para ser grande no reino de Deus, é preciso ser como a criancinha, em humildade, simplicidade de fé e pureza de amor. -- A Ciência do Bom Viver, 477, 478 (1905). Deus julga pelos motivos MCP1 348 3 Na conduta de um pastor há muita margem para melhora. Muitos vêem e sentem suas deficiências, contudo parecem ignorar a influência que exercem. Estão conscientes de suas ações ao praticá-las, mas permitem que deixem sua memória, e portanto não se reformam. MCP1 348 4 Se os pastores tornassem os atos de cada dia um assunto de cuidadosa reflexão e deliberada recapitulação, com o objetivo de conhecer seus próprios hábitos de vida, eles melhor se conheceriam a si mesmos. Mediante um íntimo escrutínio de sua vivência diária sob todas as circunstâncias, eles conheceriam seus motivos, os princípios que os atuam. Essa diária recapitulação de nossos atos, para ver se a consciência aprova ou condena, é necessária para todos os que anelam chegar à perfeição do caráter cristão. MCP1 348 5 Muitos atos que passam por boas obras, mesmo feitos de beneficência, se investigados rigorosamente, terão de ser considerados como induzidos por motivos errados. Muitos há que recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Esquadrinhador dos corações inspeciona os motivos, e muitas vezes os próprios atos que são vivamente aplaudidos pelos homens são por Ele registrados como provindo de motivos egoístas e vil hipocrisia. Cada ato de nossa vida, quer excelente e digno de louvor, quer merecedor de censura, é julgado pelo Esquadrinhador dos corações de acordo com os motivos que o induziram. -- Testimonies for the Church 2:511, 512 (1870). Às vezes é difícil discernir os motivos MCP1 349 1 Em meio aos afazeres da vida ativa, às vezes é difícil discernirmos nossos próprios motivos, mas diariamente se consignam progressos, ou para bem, ou para mal. -- Testimonies for the Church 5:420 (1889). A real conversão muda os motivos MCP1 349 2 A real conversão é uma decidida mudança de sentimentos e motivos; é uma virtual despedida das ligações mundanas, um apressado abandono de sua atmosfera espiritual, um afastamento do poder controlador de seus pensamentos, suas opiniões e influências. -- Testimonies for the Church 5:82, 83 (1889). As grandes forças incentivadoras da alma MCP1 349 3 As grandes forças incentivas da alma são a fé, a esperança e a caridade; é para estas que apela o estudo da Bíblia, bem dirigido. A beleza exterior da Bíblia, a beleza das imagens e expressões, não é, por assim dizer, senão o encaixe de seu tesouro real -- a beleza da santidade. No relato que apresenta de homens que andaram com Deus, podemos apanhar os lampejos de Sua glória. NAquele que é "totalmente desejável" contemplamos o Ser de quem toda a beleza na Terra e no Céu é apenas um pálido reflexo. "E Eu", disse Ele, "quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." João 12:32. -- Educação, 192 (1903). ------------------------Capítulo 37 -- Princípios no estudo e aprendizado A mente e as afeições têm de ser educadas MCP1 350 1 Deus deu a razão, as faculdades mentais; se, porém, forem deixadas ineducadas e despreparadas, deixam o homem tal como se revela no pagão feroz. A mente e as afeições requerem educação e orientação por professores. Tem de haver preceito e mais preceito, regra sobre regra (Isaías 28:10), para guiar e educar o agente moral humano a fim de que trabalhe em cooperação com Deus. Deus opera no agente humano mediante a luz de Sua verdade. A mente iluminada pela verdade, vê a verdade distinta do erro. -- Carta 135, 1898. A mais alta cultura da mente recebe a mais plena aprovação de Deus MCP1 350 2 A mente humana é suscetível do mais alto cultivo. Uma vida devotada a Deus não deve ser uma vida de ignorância. Muitos falam contra a instrução, devido a ter Jesus escolhido incultos pescadores para pregar Seu evangelho. Afirmam haver Ele mostrado preferência pelos ignorantes. Muitos homens instruídos e de destaque acreditaram em Seus ensinos. Houvessem estes, destemidamente, obedecido às convicções da consciência, e havê-Lo-iam seguido. Suas aptidões teriam sido aceitas e empregadas no serviço de Cristo, caso se houvessem oferecido. Não tiveram, no entanto, força moral, em presença dos severos sacerdotes e ciumentos príncipes, para confessar a Cristo e arriscar a própria reputação, ligando-se ao humilde Galileu. ... MCP1 351 1 Jesus não desprezava a educação. A mais alta cultura do espírito, quando santificada mediante o amor e o temor de Deus, recebe Sua inteira aprovação. Os humildes homens escolhidos por Cristo estiveram com Ele por três anos, sujeitos à enobrecedora influência da Majestade do Céu. Cristo foi o maior educador que o mundo já conheceu. MCP1 351 2 Deus aceitará a mocidade com seus talentos e a opulência de suas afeições, caso a Ele se consagrem. É-lhes possível atingir o mais elevado grau de grandeza intelectual; e se forem equilibrados pelos princípios religiosos, poderão levar avante a obra que Cristo veio do Céu efetuar, sendo assim coobreiros do Mestre. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1877; Fundamentos da Educação Cristã, 47, 48. Não se satisfaz com trabalho de segunda ordem MCP1 351 3 O verdadeiro ensinador não se satisfaz com trabalho de segunda ordem. Não se contenta com encaminhar seus estudantes a um padrão mais baixo do que o mais elevado que lhes é possível atingir. Não pode contentar-se com lhes comunicar apenas conhecimentos técnicos, fazendo deles meramente hábeis guarda-livros, destros artistas, prósperos homens de negócios. E sua ambição incutir-lhes os princípios da verdade, obediência, honra, integridade, pureza -- princípios que deles farão uma força positiva para a estabilidade e o erguimento da sociedade. Ele quer que eles, acima de tudo mais, aprendam a grande lição da vida sobre o trabalho altruísta. -- Educação, 29, 30 (1902). A mente deve ser levada mais alto MCP1 351 4 Sou instruída de que devemos levar a mente de nossos estudantes para mais alto do que agora muitos julgam ser possível. Coração e mente devem ser educados de modo a preservar sua pureza mediante o receber diário suprimento da fonte de eterna verdade. A Mente e a Mão Divinas preservaram através dos séculos o registro da criação em sua pureza. É a Palavra de Deus, tão-somente, que nos dá um autêntico relato da criação de nosso mundo. Esta Palavra deve ser o principal estudo em nossas escolas. Aqui podemos entreter conversa com patriarcas e profetas; aqui podemos aprender o que nossa redenção custou Àquele que era igual ao Pai desde o princípio, e que sacrificou a vida a fim de que pudesse estar diante dEle um povo remido de todas as coisas comuns, terrenas, e renovado à imagem de Deus. -- Carta 64, 1909. A verdadeira educação combina o intelectual e o moral MCP1 352 1 O Senhor tem esperado por muito tempo que nossos professores andem na luz que lhes enviou. Há necessidade de humilhação do próprio eu, para que Cristo possa restaurar a imagem moral de Deus no homem. O caráter da educação ministrada precisa ser consideravelmente alterado antes que ela possa dar a devida feição a nossas instituições. É somente quando as nossas faculdades intelectuais e morais são combinadas para se obter educação, que é alcançada a norma da Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1908; Fundamentos da Educação Cristã, 527. A verdadeira piedade enobrece e aprimora MCP1 352 2 Nosso povo de toda parte permite que a mente tome uma direção muito baixa, um ponto de vista muito estreito. Permitem que os planos de agentes humanos os guiem e um espírito mundano os molde, em vez dos planos de Cristo e o Espírito de Cristo. Sou instruída a dizer ao nosso povo: Olhai acima do que é terreno, para o celestial. Algarismos não são prova de sucesso; se fossem, Satanás poderia ter muitas reivindicações. É o grau de poder moral que impregna nossas instituições, nossas escolas e nossas igrejas. Deveria ser motivo de regozijo para todos, desde o mais alto até ao menor, representar a Cristo em virtudes cristãs. Aprendam todos os nossos professores que a verdadeira piedade, o amor mostrado na obediência a Deus, enobrece e aprimora. -- Carta 316, 1908. Necessária a integridade MCP1 352 3 Na formação do nosso caráter, a integridade é necessária ao êxito. Importa haver sincero desejo de executar os planos do Construtor-Mestre. As vigas empregadas precisam ser sólidas: nenhuma obra descuidosa, que não seja digna de confiança, pode ser aceita; isto arruinaria o edifício. Todo o ser deve ser posto nesta obra. Ela requer resistência e energia; não há reserva para ser gasta em assuntos sem importância. Importa pôr na obra determinada força humana, em cooperação com o Obreiro divino. Importa esforço perseverante para romper com os costumes e máximas e companhias do mundo. São essenciais profundeza de pensamento, sinceridade de propósito, firme integridade. Não deve haver preguiça. A vida é um depósito sagrado; e cada momento deve ser sabiamente empregado. -- The Youth's Instructor, 19 de Fevereiro de 1903; Nossa Alta Vocação, 82. Questões triviais enfraquecem a mente MCP1 353 1 O estudante que, em lugar dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e a atenção sejam absorvidos com assuntos triviais, de lugar comum, verá que a mente se tornará atrofiada e enfraquecida; ela perderá o poder do crescimento. A mente tem de ser educada de modo a compreender as importantes verdades que concernem à vida eterna. -- Carta 64, 1909. Negócios temporais não devem ser negligenciados MCP1 353 2 A vida é demasiado solene para ser absorvida em negócios terrenos e temporais, em um remoinho de cuidados e ansiedades pelas coisas terrenas que são apenas um átomo em comparação com as de interesse eterno. Contudo, Deus nos chamou para servi-Lo nos afazeres temporais da vida. Diligência nesta obra é tanto parte da religião verdadeira como a devoção. A Bíblia não apóia a ociosidade, que é a maior maldição de nosso mundo. Todo homem e mulher verdadeiramente convertidos serão trabalhadores diligentes. -- Parábolas de Jesus, 343 (1900). A espécie de homens chamados a ensinar MCP1 353 3 A causa de Deus precisa de professores que tenham altas qualidades morais, e aos quais pode ser confiada a educação de outros, homens que sejam sãos na fé e tenham tato e paciência, que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal, que estejam em tão íntima comunhão com Deus que sirvam de condutos de luz -- em suma, cavalheiros cristãos. As boas impressões causadas por esses nunca se apagarão, e a educação assim ministrada perdurará através da eternidade. Aquilo que for negligenciado nesse processo educativo, provavelmente ficará por ser feito. Quem quer empreender essa obra? MCP1 354 1 Oxalá houvesse jovens cavalheiros fortes, arraigados e firmados na fé, que possuíssem tão viva comunhão com Deus que pudessem, se assim fosse aconselhado por nossos irmãos dirigentes, freqüentar nossos colégios superiores de nossa terra, onde teriam um campo mais amplo, para estudo e observação. A associação com diferentes classes de espíritos, um conhecimento da operação e dos resultados de métodos populares de educação, e um conhecimento de teologia como é ensinada nas principais instituições de ensino, seriam de grande valor para esses obreiros, preparando-os para trabalhar em favor das classes educadas, e para enfrentar os erros prevalecentes em nosso tempo. Era esse o método seguido pelos antigos valdenses; e, se fiéis a Deus, nossa juventude, tal qual a deles, faria uma boa obra, mesmo enquanto ainda estudando, em semear as sementes da verdade em outras mentes. -- Testimonies for the Church 5:583, 584 (1885). Hábitos corretos deixam impressão sobre o caráter MCP1 354 2 A formação de hábitos corretos deve deixar sua impressão sobre a mente e o caráter das crianças, para que pratiquem o que é direito. Significa muito colocar tais crianças sob a influência direta do Espírito de Deus, educando e disciplinando-as na doutrina e admoestação do Senhor. A formação de hábitos corretos e a manifestação do devido espírito requerem ingentes esforços no nome e na força de Jesus. O mestre precisa perseverar, apresentando preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, com toda a longanimidade e paciência, simpatia e amor, ligando essas crianças a seu coração pelo amor de Cristo revelado em sua própria pessoa. -- Christian Education, 153 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 268. Caracteres não formados num só molde MCP1 354 3 Os professores devem considerar que não estão lidando com anjos, porém com seres humanos com idênticas paixões que eles próprios. Os caracteres não são formados num só molde. Há aspectos de caráter de toda a espécie, recebidos como herança pelas crianças. São assim revelados os defeitos e as virtudes dos traços de caráter. Que todo mestre leve isto em consideração. A deformidade hereditária e cultivada do caráter humano, bem como a beleza de caráter, terão de ser enfrentadas, e muita graça cultivada no mestre a fim de saber como lidar com os errantes para seu bem presente e eterno. O impulso, a impaciência, o orgulho, o egoísmo e a presunção, se acariciados, causarão grande número de males que podem lançar a alma no campo de batalha de Satanás, sem sabedoria para dirigir a embarcação, mas estando em perigo de ser arremessada de uma parte para outra, ao bel-prazer das tentações de Satanás, até naufragar. Todo professor tem de vigiar seus próprios traços peculiares de caráter para que Satanás não o use como seu agente para destruir almas, por meio dos seus próprios traços de caráter não consagrados. -- Carta 50, 1893; Fundamentos da Educação Cristã, 277, 278. Tem de ser semelhante a Cristo, no trato com as mentes MCP1 355 1 É um instrumento que opera diariamente, que deve ser posto em exercício, uma fé que atua pelo amor e purifica a alma do educador. É a revelada vontade de Deus acatada como vossa autoridade suprema? Se Cristo, a esperança da glória, é formado no interior, a verdade de Deus agirá de tal maneira sobre vosso temperamento natural, que seu poder transformador será revelado num caráter transformado, e não convertereis a vontade de Deus em mentira perante qualquer de vossos alunos, por vossa influência mediante as manifestações de não santificado coração e temperamento; nem revelareis que a graça de Cristo não é suficiente para vós em todas as ocasiões e em todos os lugares, por vossa exteriorização de um temperamento egoísta, impaciente e que não se assemelha ao de Cristo, ao lidar com a mente humana. Evidenciareis, assim, que a autoridade de Deus sobre vós não é meramente nominal, mas em realidade e verdade. Deve haver uma separação de tudo o que é objetável ou não cristão, por mais difícil que seja para o verdadeiro crente. -- Christian Education, 148 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 263, 264. Contínua censura confunde a criança MCP1 356 1 O Céu vê na criança o homem ou a mulher não desenvolvidos, com aptidões e poderes que, corretamente orientados e desenvolvidos, com sabedoria celestial, tornar-se-ão os instrumentos humanos pelos quais as influências divinas podem cooperar, para serem coobreiros de Deus. Palavras ásperas e contínua censura confundem, mas não reformam a criança. Não pronuncieis essa palavra irritada; conservai vosso próprio espírito sob a disciplina de Jesus Cristo; aprendereis então a ter compaixão e simpatia para com os que estiverem sob vossa influência. Não vos mostreis impacientes nem ásperos; pois, se essas crianças não precisassem educar-se, não necessitariam das vantagens da escola. Elas devem ser paciente, bondosa e amorosamente ajudadas ao subir a escada do progresso, subindo degrau após degrau na obtenção de conhecimentos. -- Idem, 147 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 263. Cuidado na eliminação de estudantes MCP1 356 2 Tenha cuidado no que faz na questão de eliminar estudantes. É esta uma questão solene. Apenas uma falta muito grave deve autorizar essa disciplina. MCP1 356 3 Deve haver cuidadosa consideração de todas as circunstâncias ligadas ao caso. Estudantes que deixam o lar, perto ou longe, por vezes a milhares e milhares de quilômetros ficam privados das vantagens do lar, e uma vez eliminados da escola, perdem também os privilégios da educação. Todas as suas despesas têm de ser satisfeitas por alguém que teve esperança e confiança nesses jovens, e de que seu dinheiro não seria empregado em vão. O estudante entra em tentação, ou cai nela, e então deve ser disciplinado pelo erro cometido. Ele sente agudamente que seu registro esteja manchado, e decepciona os que confiaram em que ele desenvolvesse o caráter sob influência da educação da vida escolar, que pagará tudo que foi investido em seu favor. MCP1 356 4 Mas suponhamos que ele seja suspenso por mau procedimento. Que fará ele? Seu ânimo está na mais baixa maré, nem mesmo o brio ele cultiva. Ele representa uma despesa, e perde-se tempo precioso. Quem é terno e bondoso, e sente preocupação por essas almas? Não admira que Satanás se prevaleça das circunstâncias. Eles são lançados no campo de batalha de Satanás, e são chamados em exercício os piores sentimentos do coração humano, que se fortalecem e se confirmam. -- Carta 50, 1893. Evitar criar sentimentos de injustiça MCP1 357 1 Quando esbarras com elementos manifestos por aqueles que não possuem a religião bíblica, mas apenas uma profissão, não te esqueças de que és cristão. Rebaixas muito a tua influência e manchas tua própria vida cristã quando perdes o domínio próprio e lhes dás a mínima ocasião de pensar que os maltrataste. Não produzas essa impressão na mente deles, se for possível evitá-lo. Neste tempo de graça estamos formando nosso caráter para a vida futura e imortal; isto, porém, não é tudo, pois nesse mesmo processo de formação do caráter devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos. -- Carta 20, 1892; Medicina e Salvação, 209. A mente tem de ter alimento puro MCP1 357 2 A mente, como o corpo, deve ter alimento puro, para que tenha saúde e força. Dai a vossos filhos algo em que pensar, que esteja fora e acima deles mesmos. A mente que vive numa atmosfera pura e santa, não se tornará leviana, frívola, vã e egoísta. MCP1 357 3 Vivemos num tempo em que tudo o que é falso e superficial é exaltado acima do real, natural e duradouro. Deve a mente ser conservada livre de tudo o que a guiaria numa direção errada. Não deve ser atravancada com histórias sem valor, que não acrescentam força às faculdades mentais. Os pensamentos serão do mesmo caráter que o alimento que provemos para a mente. -- Carta 27, 1890; Orientação da Criança, 188. Livros ateus MCP1 357 4 O estudo de livros escritos por ateus causa grande dano. Assim o joio é semeado no espírito e coração dos estudantes. No entanto, é esse o alimento muitas vezes propiciado ao cérebro, enquanto muitos têm reduzidos conhecimentos dos assuntos que pertencem aos interesses eternos que deveriam compreender. MCP1 358 1 É precioso o talento do tempo. Dia a dia ele nos é concedido como um legado, e seremos por Deus chamados a contas quanto a ele. Deve ele ser usado para a glória de Deus, e se queremos prolongar nossa vida, se queremos alcançar a vida que se mede pela vida de Deus, temos que dar à mente alimento puro. Não se deve esbanjar tempo algum que poderia ser usado de modo correto. -- Manuscrito 15, 1898. Os estudantes devem aprender a obedecer a Deus MCP1 358 2 Vejo que há necessidade de, sob direção divina, introduzir em nossas escolas um grande sentimento, e excluir outro. Mas a grande lição que o estudante tem de aprender é buscar a Deus de todo o coração, espírito e forças, e obedecer-Lhe implicitamente. A ciência da salvação da alma humana é a primeira lição da vida. Nenhuma linha de literatura ou educação em conhecimento livresco deve tornar-se supremo. Mas conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou, é vida eterna. MCP1 358 3 Que os estudantes levem consigo, para sua vida escolar, o amor e temor de Deus. Isto representa uma sabedoria tão preciosa que palavras não podem expressar. Unidos a Deus, deles se pode dizer, como de Daniel, que Deus lhes deu sabedoria e conhecimento em todos os mistérios. MCP1 358 4 A erudição é boa coisa. É desejável a sabedoria de Salomão; mas a sabedoria de alguém maior que Salomão é muito mais desejável e necessária. Pelos estudos, em nossas escolas, não podemos alcançar a Cristo, mas podemos, mediante Cristo, alcançar o último degrau na ciência, pois diz a Palavra inspirada: "NEle estais aperfeiçoados." Colossences 2:10. Nossa primeira obrigação é ver e reconhecer a Deus, e então Ele dirigirá nossa vereda. -- Carta 120, 1896. ------------------------Capítulo 38 -- Equilíbrio na educação A educação tem implicações eternas MCP1 359 1 A educação é um trabalho cujo efeito será visto através dos intérminos séculos da eternidade. -- Testimonies for the Church 6:154 (1900). Restaurar a harmonia no ser MCP1 359 2 O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus na alma. No princípio Deus criou o homem à Sua semelhança. Dotou-o de nobres qualidades. Sua mente era bem equilibrada, e todas as faculdades de seu ser estavam em harmonia entre si. Mas a queda e seus efeitos perverteram estes dons. O pecado mareou e quase obliterou a imagem de Deus no homem. Foi para restaurar a mesma que se concebera o plano da salvação, e se concedera ao homem um tempo de graça. Levá-lo novamente à perfeição em que a princípio fora criado -- é o grande objetivo da vida, objetivo este que constitui a base de todos os outros. É o trabalho dos pais e professores, na educação da juventude, cooperar com o propósito divino; e, assim fazendo, são "cooperadores de Deus". -- Patriarcas e Profetas, 595 (1890). Todas as capacidades devem ser desenvolvidas MCP1 359 3 Todas as variadas capacidades que o homem possui -- de espírito, alma e corpo -- são-lhes por Deus dadas a fim de serem empregadas de tal maneira que atinjam o mais elevado grau possível. Mas esta não pode ser uma cultura egoística e exclusiva; pois o caráter de Deus, cuja semelhança devemos receber, é benevolência e amor. Cada faculdade, cada atributo de que o Criador nos dotou, deve ser empregado para Sua glória, e para o erguimento de nossos semelhantes. E nesse emprego encontra-se o seu exercício mais puro, mais nobre e mais feliz. -- Patriarcas e Profetas, 595 (1890). A verdadeira educação é ampla MCP1 360 1 A verdadeira educação significa mais que um certo curso de estudo. É vasta. Inclui o harmônico desenvolvimento de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais. Ensina o amor e o temor de Deus, sendo o preparo para o fiel desempenho dos deveres da vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 64 (1913), [no inglês]. Desenvolvimento completo para cada dever MCP1 360 2 E os que querem ser coobreiros de Deus devem esforçar-se para aperfeiçoar cada órgão do corpo e qualidade da mente. Verdadeira educação é o preparo das faculdades físicas, mentais e morais para a execução de todo dever; é o adestramento do corpo, mente e alma para o serviço divino. Esta é a educação que perdurará para a vida eterna. -- Parábolas de Jesus, 330 (1900). Todas as faculdades devem atingir seu mais elevado potencial MCP1 360 3 Deus pretende que o colégio de Battle Creek alcance mais alta norma de cultura intelectual e moral do que qualquer outra instituição dessa espécie em nossa terra. Aos jovens deve ser ensinada a importância do cultivo de suas faculdades físicas, mentais e morais, a fim de que possam não só alcançar as mais altas consecuções na ciência, mas possam, mediante um conhecimento de Deus, ser educados para glorificá-Lo; que possam aperfeiçoar caráter simétrico, e assim estar plenamente preparados para ser úteis neste mundo e alcançar uma aptidão moral para a vida imortal. -- Testimonies for the Church 4:425 (1880). Há poder no conhecimento de ciências de toda espécie. MCP1 360 4 -- As escolas estabelecidas entre nós são assunto de grave responsabilidade, pois envolvem importantes interesses. Em sentido especial, nossas escolas são um espetáculo aos anjos e aos homens. Há poder no conhecimento de ciências de toda espécie, e é desígnio de Deus que a ciência avançada seja ensinada em nossas escolas como preparação para a obra que há de preceder as cenas finais da história terrestre. A verdade deve ir aos mais remotos confins da Terra, mediante pessoas preparadas para a obra. Mas, embora haja poder no conhecimento da ciência, o conhecimento que Jesus veio transmitir pessoalmente ao mundo era o conhecimento do evangelho. A luz da verdade destinava-se a lançar seus brilhantes raios nas partes mais longínquas da Terra, e a aceitação ou a rejeição da mensagem de Deus envolvia o destino eterno das almas. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 186. Os jovens devem ser pensadores MCP1 361 1 Cada ser humano criado à imagem de Deus, é dotado de certa faculdade própria do Criador -- a individualidade -- faculdade esta de pensar e agir. Os homens nos quais se desenvolve esta faculdade, são os que arrostam responsabilidades, que são os dirigentes nos empreendimentos e que influenciam nos caracteres. É a obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem. MCP1 361 2 Em vez de limitar seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a pesquisas na Natureza e na Revelação. Que contemplem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á, fortalecer-se-á. Em vez de educados fracotes, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções. -- Educação, 17, 18 (1903). A verdadeira educação aperfeiçoa o caráter MCP1 361 3 A educação e preparo dos jovens é uma obra importante e solene. O grande objetivo a ser alcançado deve ser o apropriado desenvolvimento do caráter, para que a pessoa possa estar devidamente apta para cumprir os deveres da vida presente, e para participar afinal da vida futura, imortal. A eternidade revelará a maneira em que a obra foi executada. Se os pastores e os professores tivessem um verdadeiro senso de sua responsabilidade, veríamos um diferente estado de coisas no mundo hoje. São, porém, muito estreitos em seus pontos de vista e propósitos. Não reconhecem a importância de sua obra nem os seus resultados. -- Testimonies for the Church 4:418 (1880). O maior valor é formar o caráter MCP1 362 1 Os alunos [da escola de Avondale] trabalham arduamente e com fidelidade. Estão fortalecendo os nervos e ganhando solidez, bem como atividade muscular. Esta é a devida educação, que fará sair de nossas escolas moços que não são fracos nem deficientes, que não têm uma educação unilateral, mas um preparo físico, mental e moral completo. MCP1 362 2 Não devem os educadores do caráter esquecer-se de pôr o fundamento que tornará a educação do maior valor. Exigirá isso abnegação, mas deve ser feito. Devidamente conduzido, o ensino físico preparará para a tensão mental. Mas esse somente, sempre forma um homem deficiente. MCP1 362 3 A tensão física, combinada com o esforço mental, conserva a mente e o moral numa condição mais saudável, sendo feito muito melhor trabalho. Sob este ensino, sairão de nossas escolas alunos educados para a vida prática, habilitados a dar o melhor uso a sua capacidade intelectual. Se quisermos fazer justiça aos nossos estudantes, devem ser combinados o exercício físico e o mental. Temos trabalhado aqui neste plano com absoluta satisfação, não obstante a maneira inconveniente em que os alunos têm de trabalhar. -- Special Testimonies, Série A, 4:16, 27 de Agosto de 1895; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 241. Muitos deixam de compreender os verdadeiros princípios MCP1 362 4 Muitos estudantes têm tanta pressa em terminar sua educação, que não são cabais em nada do que empreendem. Poucos têm suficiente coragem e domínio próprio para agir por princípios. A maioria dos estudantes não compreendem o verdadeiro objetivo da educação, e não procedem, portanto, de tal maneira que o consigam. Aplicam-se ao estudo de matemática ou de línguas, ao passo que negligenciam um estudo muito mais necessário para a felicidade e o êxito da vida. Muitos dos que podem explorar as profundezas da Terra com o geólogo, ou atravessar os céus com o astrônomo, não revelam o menor interesse pelo maravilhoso mecanismo de seu próprio corpo. Outros sabem dizer com exatidão quantos ossos há no esqueleto humano e descrever corretamente cada órgão do corpo, sendo não obstante tão ignorantes acerca das leis da saúde e do tratamento das enfermidades, como se a vida fosse regida por um cego destino, em vez de por uma lei definida e invariável. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 71, 72. A educação não deve ser só do cérebro MCP1 363 1 Os alunos que adquiriram conhecimento de livros sem obter o do trabalho prático, não podem pretender educação simétrica. As energias que deveriam ter sido consagradas a ofícios vários, têm sido negligenciadas. A educação não consiste em empregar o cérebro apenas. A ocupação física é parte do preparo essencial a todo jovem. Falta um importante aspecto de educação, se o estudante não aprender a se empenhar em útil labor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 276, 277 (1913). Trabalho físico e mental equilibrados MCP1 363 2 Muito se tem falado e escrito acerca da importância de educar a mente para o mais elevado serviço. Isto às vezes tem levado à opinião de que, se o intelecto é educado de modo a pôr em campo suas mais altas faculdades, isso fortalecerá a natureza física e moral, para o desenvolvimento do homem todo. O tempo e a experiência têm demonstrado ser isto um erro. Temos visto homens e mulheres saírem do colégio como diplomados, sem ser absolutamente qualificados para fazer uso adequado do maravilhoso organismo físico com o qual Deus os proveu. O corpo todo se destina à ação, e não à inação. MCP1 364 1 Se as faculdades físicas não se empenharem tal qual as mentais, demasiado esforço é exigido destas. A menos que cada parte da maquinaria humana cumpra as tarefas que lhe são designadas, as faculdades mentais não podem ser usadas até sua capacidade máxima por tempo determinado. Faculdades naturais têm de ser governadas por leis naturais, e têm de ser educadas a trabalhar em harmonia com essas leis. Não podem os professores de nossas escolas desrespeitar nenhum desses pormenores sem esquivar-se à responsabilidade. O orgulho pode levá-los a buscar um alto padrão secular de realização intelectual, a fim de que os estudantes possam brilhar; mas em se tratando de sólidas aquisições -- essas que são necessárias para habilitar homens e mulheres para toda e qualquer emergência na vida prática -- esses estudantes estarão apenas parcialmente preparados para ter êxito na vida. Sua educação defeituosa muitas vezes leva ao fracasso, seja qual for o ramo de atividade que empreendam. -- Testimonies for the Church 5:522 (1889). Não esquivar-se aos encargos da vida MCP1 364 2 Grave-se nos jovens o pensamento de que a educação não consiste em ensinar-lhes como escapar das ocupações desagradáveis e fardos pesados da vida; mas que seu propósito é suavizar o trabalho, ensinando melhores métodos e objetivos mais elevados. Ensinai-lhes que o verdadeiro alvo da vida não é adquirir o maior ganho possível para si, mas honrar ao seu Criador, cumprindo sua parte no trabalho do mundo, e estendendo u'a mão auxiliadora aos mais fracos e mais ignorantes. -- Educação, 221, 222 (1903). Necessário o desenvolvimento harmônico MCP1 364 3 O reto uso de si mesmo é a mais valiosa lição que se possa aprender. Não devemos empenhar-nos em trabalho mental e aí parar; devemos fazer o melhor uso das várias partes que compõem a maquinaria humana: cérebro, ossos, músculos, cabeça e coração. -- The Youth's Instructor, 7 de Agosto de 1898; Filhos e Filhas de Deus, 171. A ignorância não aumenta a espiritualidade MCP1 364 4 Os moços não devem ingressar na obra de explanar as Escrituras e fazer conferências sobre as profecias, quando não têm conhecimento das importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outrem. Podem ser deficientes nos ramos comuns da educação e por isso não fazem a quantidade de bem que poderiam fazer se tivessem tido as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumenta a humildade ou espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina melhor podem ser aproveitadas pelo cristão intelectual. Cristo melhor pode ser glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos concedeu, da maneira que melhor represente a religião da Bíblia e promova a glória de Deus. -- Testimonies for the Church 3:160 (1872). A educação requer esforços laboriosos MCP1 365 1 Devem os professores levar os estudantes a pensar e compreender claramente a verdade, por si mesmos. Não basta que o professor explique ou o estudante creia; tem de ser despertado o desejo de indagar, e o estudante tem de ser levado a declarar a verdade em sua própria linguagem, tornando-se assim evidente que ele lhe reconhece a força e faça a aplicação. Por laborioso esforço as verdades vitais devem assim ser-lhe gravadas na mente. Pode este ser um processo lento, mas é de maior valor do que o precipitado passar por assuntos importantes sem lhes dar a devida consideração. Deus espera que Suas instituições sobrepujem as do mundo, pois são representantes Seus. Os homens verdadeiramente ligados a Deus mostrarão ao mundo que está ao leme um agente mais do que humano. -- Testimonies for the Church 6:154 (1900). Colocar marcos bem definidos MCP1 365 2 Estabeleça a juventude balizas bem definidas, pelas quais possa ser guiada em emergências. Quando sobrevém uma crise que requeira faculdades físicas ativas e bem desenvolvidas, e uma mente clara, forte, de atuação prática; quando há por fazer obra difícil, onde cada golpe tem de valer, e as perplexidades só podem ser vencidas mediante buscar sabedoria de Deus, então a juventude que aprendeu a vencer dificuldades mediante fervoroso labor, estará em condições de responder ao chamado por obreiros: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Seja o coração dos moços e das moças claro como cristal. Não sejam triviais os seus pensamentos, mas consagrados pela virtude e santidade. Não há necessidade de serem diferentes. Com pureza de pensamento mediante a santificação do Espírito, sua vida pode ser distinta, elevada, enobrecida. -- Special Testimonies, Série B, 1:31, 32, Julho 1900. É importante a formação de hábitos corretos MCP1 366 1 Deve ser o fixo propósito de todo jovem, ter alvo elevado, em todos os seus planos para o trabalho vitalício. Adota para teu governo, em todas as coisas, a norma apresentada pela Palavra de Deus. É este o positivo dever do cristão, e deve ser também teu positivo prazer. Cultiva respeito por ti mesmo, porque és a adquirida propriedade de Cristo. MCP1 366 2 O êxito na formação de hábitos corretos, o progresso naquilo que é nobre e justo, dar-te-á uma influência a que todos saberão dar valor. Vive para algo além de ti mesmo. MCP1 366 3 Se teus motivos forem puros e altruístas, se estiveres sempre em busca de um trabalho que alguém tem que fazer, se estiveres sempre alerta para demonstrar bondosas atenções e praticar atos corteses, estarás inconscientemente erguendo teu próprio monumento. Esta é a obra para fazer a qual Deus concita todas as crianças e jovens. -- Special Testimonies, Série B, 1:31, 32, Julho 1900. Manutenção própria, parte importante da educação MCP1 366 4 Ao adquirir sua educação, muitos estudantes obteriam uma valiosíssima habilitação, se quisessem tornar-se aptos a se manterem por si mesmos. Em vez de contrair dívidas, ou depender da abnegação de seus pais, dependam os moços e as moças de si mesmos. Aprenderão assim a avaliar o dinheiro, o tempo, a força e oportunidade, e estarão muito menos sob a tentação de condescender com hábitos de ociosidade e prodigalidade. As lições de economia, indústria, abnegação, direção prática de negócios e firmeza de propósitos, assenhoreadas desta maneira, revelar-se-iam parte importantíssima de seu aparelhamento para a batalha da vida. E a lição do auxílio de si mesmo aprendida pelo estudante, muito faria no sentido de preservar as instituições de ensino do peso das dívidas sob o qual tantas escolas têm lutado, e que tanto tem feito para prejudicar sua utilidade. -- Educação, 221 (1903). A educação molda a estrutura social MCP1 367 1 Por todo o mundo a sociedade se acha em desordem, e uma transformação radical se faz mister. A educação dada à juventude deve moldar toda a estrutura social. -- A Ciência do Bom Viver, 406 (1905). Necessidade de escolas que ensinem agricultura MCP1 367 2 Nossas escolas poderiam auxiliar eficazmente na colocação de multidões destituídas de emprego. Milhares de seres desamparados e famintos, cujo número diariamente engrossa as fileiras dos criminosos, poderiam obter a manutenção própria em uma vida feliz, saudável, independente, se fossem guiados em trabalho hábil e diligente no cultivo da terra. -- Educação, 220 (1903). A educação continua através da vida MCP1 367 3 Na escola de Cristo os estudantes nunca se formam. Entre os discípulos há tanto velhos como jovens. Os que dão atenção às instruções do divino Mestre, adiantam-se constantemente em sabedoria, correção e nobreza de alma, e assim preparam-se para entrar naquela escola superior onde o adiantamento continuará por toda a eternidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 45, 46 (1913). Ambição verdadeira MCP1 367 4 Querida mocidade, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançar o padrão. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 82. O conhecimento mais necessário MCP1 368 1 Avance a juventude tão rapidamente e vá tão longe em adquirir conhecimentos quanto lhe seja possível. ... E à medida que aprendam, vão eles comunicando os seus conhecimentos. É assim que a mente adquirirá disciplina e vigor. É o emprego que eles fazem de seus conhecimentos, que determina o valor de sua educação. Gastar longo tempo em estudos, sem esforço algum para comunicar o que se adquire, demonstra-se muitas vezes um prejuízo em lugar de um auxílio ao real desenvolvimento. Tanto em casa como na escola, o esforço do estudante deve ser no sentido de aprender a estudar e a passar a outros os conhecimentos adquiridos. Seja qual for sua vocação, terá de ser durante toda a sua vida, tanto aluno como professor. -- A Ciência do Bom Viver, 402 (1905). MCP1 368 2 A educação mais necessária a ser obtida por nossos jovens hoje, e que os habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é a que os ensinará a revelar ao mundo a vontade de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Outubro de 1907; Fundamentos da Educação Cristã, 512. MCP1 368 3 O conhecimento essencial é o conhecimento de Deus e dAquele que Ele enviou. MCP1 368 4 Toda criança e todo jovem devem conhecer-se a si mesmos. Convém que compreendam a habitação física que Deus lhes deu, e as leis mediante as quais se mantêm com saúde. Todos devem ter base sólida nos ramos comuns de educação. E devem ser exercitados em indústrias que os tornem homens e mulheres de habilidade prática, aptos para os deveres da vida diária. A isso devem acrescentar-se conhecimentos e experiência prática em vários ramos de trabalho missionário. -- A Ciência do Bom Viver, 402 (1905). "Que curso universitário pode ser igual a isto?" MCP1 368 5 "Está perto o grande dia do Senhor..." (Sofonias 1:14) e há um mundo a ser avisado. ... Milhares de jovens... devem consagrar-se a esta obra. ... Todo o educador cristão... anime e auxilie a juventude sob seu cuidado a obter preparo para unir-se às fileiras. MCP1 369 1 Não há outro ramo de trabalho em que seja possível aos jovens receber maior benefício. ... São coobreiros dos anjos; ou antes, são o poder humano por meio do qual os anjos cumprem a sua missão. Os anjos falam pela sua voz e agem por suas mãos. E os obreiros humanos, cooperando com os seres celestiais, recebem o benefício da educação e experiência deles. Como meio de educação, que "curso de universidade" poderá igualar a este? -- Educação, 271 (1903). Comunicar conhecimento é necessário MCP1 369 2 Para sua completa educação é necessário que se dê aos alunos tempo para fazer trabalho missionário -- tempo para se relacionarem com as necessidades espirituais das famílias da vizinhança. Não devem ficar tão sobrecarregados de estudos, que não tenham tempo de empregar o conhecimento adquirido. Sejam animados a fazer diligente trabalho missionário em favor dos que estão no erro, relacionando-se com eles, e levando-lhes a verdade. Trabalhando com humildade, buscando sabedoria de Cristo, orando e velando em oração, poderão dar a outros o conhecimento que lhes enriqueceu a própria vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 595, 596 (1913).